Votação

Escolha o melhor

Super Hornet
4 (3.5%)
F-35
46 (40.4%)
Rafale
17 (14.9%)
Gripen
32 (28.1%)
Eurofighter Typhoon
15 (13.2%)

Votos totais: 114

Substituiçao dos F-16's

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miguelbud

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2010 em: Fevereiro 07, 2020, 11:23:14 pm »
Voltamos à tal questão do porque do Gripen aterrar em pistas curtas e ser de fácil manutenção além do preço por hora de voo...  ::) ::)
Isso seria um excelente argumento para abrir Monte real a tráfego civil e colocar os caças numa daquelas auto estradas que ninguém usa.
 

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Get_It

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2011 em: Fevereiro 08, 2020, 01:16:50 am »
Mas em 2030 se tudo correr bem e cá estivermos todos, falaremos sobre o atraso tecnológico do Gripen face à 5ª geração, caso fosse este o escolhido. O problema é que estamos a ver estes concursos a achar que vamos comprar caças novos em 2010/2015, mas será só além de 2030, e por essa altura os caças de 4.5 só serão relevantes se a tecnologia "estancar", o que duvido que aconteça...
Falava-se em caça de marketing, eu falo em gerações de marketing. Isso das gerações tem muito que se diga. E com os actuais avançados tecnológicos rapidamente qualquer coisa é ultrapassada.

Mas o Gripen E/F já está activo?
Refiro-me aos C suecos. Independentemente das alterações/inovações na nova versão E/F e a ser um a espécie de Super Gripen (Hornet/Super Hornet), a linha do Gripen já tem muitas provas dadas em termos operacionais, de manutenção e mesmo em combate.

Eu, tendo de abrir mão de capacidades/equipamentos XPTO devido à falta de interesse em gastar dinheiro nas forças armadas, preferia seguir um novo rumo, mesmo levando a um distanciamento dos norte-americanos e das ligações históricas, com os Gripen, dando prioridade à substituição de outros meios.

Ficávamos assim com 12 F-35 na Esq. 301 e 16 *inserir nome de caça de 6ª geração* na 201.
Esquece meu caro dc. Nunca na vida. Nem que saí-se o eurotriliõs a Portugal. Olha só o que se passa com a Holanda e Dinamarca. Génio é quem convenceu muitos dos clientes do F-35 que aquilo consegue ser o mesmo que um submarino.

Não existe capacidade financeira, mesmo que existisse interesse político, em manter duas frotas distintas de caças quanto mais caças de 6ª geração ainda por desenvolver.

Cumprimentos,
« Última modificação: Fevereiro 08, 2020, 01:24:53 am por Get_It »
:snip: :snip: :Tanque:
 

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dc

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2012 em: Fevereiro 08, 2020, 03:05:12 pm »
Esta de comparar 30 Gripen com meia dúzia de F-35 é no mínimo estapafúrdio. É que ao preço actual do F-35 (que ainda pode baixar), não existe vantagem absolutamente nenhuma em comprar menos F-35. Se não houver dinheiro para 30 F-35, também não há dinheiro para 30 Gripens, Super Hornet, F-15X, Typhoons, etc. Os valores unitários variam relativamente pouco, e até nisto, favorecem mais o F-35 do que muitos dos aviões a concurso.

Ódio de estimação pelo Gripen? Não. Desde cedo que têm "embelezado" as capacidades do Gripen de uma forma parva. Desde as simulações com rácios de 4 para 1 (ou mais até) vs SU-35, e isto ainda antes do primeiro NG ter voado sequer. No papel, segundo a Saab, é o melhor caça da história e nunca nada o irá ultrapassar, mas a realidade foi, é e sempre será diferente. Portanto temos de ser críticos a olhar para o avião. Se no caso do Brasil o Gripen só ganhou por causa da transferência de tecnologia, sendo inferior a muitos dos outros concorrentes em várias vertentes, acham que ganharia aqui? Acham que se o Brasil começasse em 2025 o programa FX, o escolhido ainda seria o Gripen? Gostarem da estética do avião é uma coisa, e se fossemos por aí ainda alguém vinha propor a substituição dos F-16 por Spitfires, fora isso, vamos apenas julgar as coisas de forma crítica.

Mesmo face aos concorrentes da mesma geração, o Gripen perde em muitos aspectos. O payload é risório, algo de extrema importância para uma FA que não terá mais que 30 aviões, (e ainda 30 pilotos já era um sonho). O raio de acção é tremendamente curto (se não estou em erro é o mais baixo de todos os concorrentes). Os sensores não estarão muito atrás nem muito à frente da concorrência (em teoria), e o armamento é partilhado entre praticamente todas as plataformas.

Portanto, tirando a questão financeira (€ por h/voo), qual a vantagem do Gripen mesmo, que justifique uma nova linha logística, treino de mecânicos e tripulações face ao caça que já possuímos e face aos outros concorrentes? E eu nem estou a falar de comparações com o F-35.

E querem comparar a Finlândia que vive ao lado do construtor e maior operador do Gripen, connosco que estamos/estaremos envoltos em países que operam literalmente tudo menos o Gripen? E o Gripen já venceu o concurso sequer?
10 anos é muito tempo, e por essa altura veremos quanto evoluiu o F-35 e eventualmente outros caças mais recentes. Até lá, deixem-se de invenções a comparar 6 F-35 vs 30 Gripen, porque se chegarmos ao ponto de ter só dinheiro para meia dúzia de F-35, a nossa menor preocupação será qual o caça a comprar, e sim todos os alicerces da Nação como um todo.
 

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mafets

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2013 em: Fevereiro 08, 2020, 10:11:22 pm »
Esta de comparar 30 Gripen com meia dúzia de F-35 é no mínimo estapafúrdio. É que ao preço actual do F-35 (que ainda pode baixar), não existe vantagem absolutamente nenhuma em comprar menos F-35. Se não houver dinheiro para 30 F-35, também não há dinheiro para 30 Gripens, Super Hornet, F-15X, Typhoons, etc. Os valores unitários variam relativamente pouco, e até nisto, favorecem mais o F-35 do que muitos dos aviões a concurso.

Vê lá bem as contas...  ::) ::) https://www.quora.com/Is-the-Gripen-E-better-than-the-F-35



Ódio de estimação pelo Gripen? Não. Desde cedo que têm "embelezado" as capacidades do Gripen de uma forma parva. Desde as simulações com rácios de 4 para 1 (ou mais até) vs SU-35, e isto ainda antes do primeiro NG ter voado sequer. No papel, segundo a Saab, é o melhor caça da história e nunca nada o irá ultrapassar, mas a realidade foi, é e sempre será diferente. Portanto temos de ser críticos a olhar para o avião. Se no caso do Brasil o Gripen só ganhou por causa da transferência de tecnologia, sendo inferior a muitos dos outros concorrentes em várias vertentes, acham que ganharia aqui? Acham que se o Brasil começasse em 2025 o programa FX, o escolhido ainda seria o Gripen? Gostarem da estética do avião é uma coisa, e se fossemos por aí ainda alguém vinha propor a substituição dos F-16 por Spitfires, fora isso, vamos apenas julgar as coisas de forma crítica.

Pessoalmente para o Brasil tinha escolhido o Rafale e depois o F18. Agora em termos de embelezamento nada bate o F35. Segundo a USAF e a LM até faz CAS substituindo o A10 (atenção às horas de voo que os actuais F16 da FAP fazem. Agora compara isso com um aparelho muito mais caro de comprar, manter e operar).  :mrgreen: :mrgreen:



Mesmo face aos concorrentes da mesma geração, o Gripen perde em muitos aspectos. O payload é risório, algo de extrema importância para uma FA que não terá mais que 30 aviões, (e ainda 30 pilotos já era um sonho). O raio de acção é tremendamente curto (se não estou em erro é o mais baixo de todos os concorrentes). Os sensores não estarão muito atrás nem muito à frente da concorrência (em teoria), e o armamento é partilhado entre praticamente todas as plataformas.
O Gripen como qualquer caça perde em aspectos e ganha noutros. Por exemplo em termos de aterragem curtas nada no mercado o bate. E temos uma Montereal que nem uma bateria de Misseis AA possui. Além disso, vendo escolhas da FAP como o KC390 e o Koala achas que esses argumentos foram tidos em conta?    ;) ;)





https://dailycaller.com/2016/01/22/american-gripen-the-solution-to-the-f-35-nightmare/

Portanto, tirando a questão financeira (€ por h/voo), qual a vantagem do Gripen mesmo, que justifique uma nova linha logística, treino de mecânicos e tripulações face ao caça que já possuímos e face aos outros concorrentes? E eu nem estou a falar de comparações com o F-35.
100% de acordo. Daí que a melhor opção era o F16V e logo se via, até porque seria uma transição muito mais fácil do que para o Gripen e o F35. Lembram-se do salto tecnológico dos F86 e Fiat para o A7? Nada teve a ver com a transição A7/F16, pelo que o V era mesmo a melhor opção.  ;) ;)



https://fighterjetsworld.com/air/difference-between-new-f-21-and-new-f-16-block-70-fighter-jet/10746/


E querem comparar a Finlândia que vive ao lado do construtor e maior operador do Gripen, connosco que estamos/estaremos envoltos em países que operam literalmente tudo menos o Gripen? E o Gripen já venceu o concurso sequer?

Parece-me que a distancia entre Portugal e os EUA é maior que entre a aqui a Lusitânia e a Suécia. Além disso, aquelas suecas...  :mrgreen: :mrgreen:



Já venceu alguns. Caso da Suiça que depois o parlamento Vetou, na Republica Checa foi adiado mas os Húngaros chegaram-se à frente. Além disso, os KC390 venceram algum e não foram escolhidos? E a Embrear  vai fabricar o Gripen...  ;) ;)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Saab_JAS_39_Gripen

10 anos é muito tempo, e por essa altura veremos quanto evoluiu o F-35 e eventualmente outros caças mais recentes. Até lá, deixem-se de invenções a comparar 6 F-35 vs 30 Gripen, porque se chegarmos ao ponto de ter só dinheiro para meia dúzia de F-35, a nossa menor preocupação será qual o caça a comprar, e sim todos os alicerces da Nação como um todo.

E as duas Marlin que custam 6 milhões?  ::) ::)



A mim não me preocupa a evolução do F35, que como outros caças terá os problemas resolvidos face por exemplo ao número de operadores. Preocupa-me sim a falta de reformas estruturais que sustente o pais e as suas instituições. E daqui a 10 anos duvido que estejam feitas bem como não estou a ver o BCE a manter a taxa de juro no valor actual, a comprar dívida,  e muito menos qualquer governo a baixar impostos. Por isso a tendência é a nação piorar assim como a saúde, ensino e obviamente a defesa que é um parente pobre. Daí que se a decisão dos F16 MLU serem substituídos pelo F35 me pareça difícil, mas mesmo os Gripen ou F16V parecem-me caros demais para este caos de nação. Daí que qualquer solução que não envolva uns quantos Super Tucano a fazer de caças (passando a FAP a um corpo aéreo tipo os Irlandeses) porque não existe mais nada, me pareça uma solução melhor do que se perder essa capacidade que tanto custou a ganhar com os F16.  ;) :)



Saudações

"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2014 em: Fevereiro 08, 2020, 10:58:17 pm »
Ora bem, eu só escrevi que o Gripen tem bons argumentos no concurso finlandês.

No nosso caso, o Gripen tem algumas hipóteses porque a Embraer pode ganhar o gosto de nós enfiar um supositório de vez em quando..
Mas não há dinheiro, e daqui a 15 anos este tópico ainda estará válido. Pode ser que haja alguma coisa em 2a mão nessa altura..

Cumprimentos
 

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Victor Fukushima

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2015 em: Fevereiro 09, 2020, 03:35:55 am »
Desconhecia este tópico.

Então não foi por mero acaso que o ministro Cravinho ouviu atentamente as informações sobre o Gripen repassadas a ele em GPX.

Acham que se o Brasil começasse em 2025 o programa FX, o escolhido ainda seria o Gripen?

Pergunta feita acima, e eu lhes digo, o Gripen seria escolhido hoje o caça para a FAB mais do que ele foi quando o escolheram no final do FX-2. Este caça superou todas as expectativas, foi muito além de transferência de conhecimento, hoje a FAB o escolheria mais do que foi antes.

Autonomia, carga bélica, nada disso procede. Segundo estudos da USAF, pasmem, 98% de suas missões teria sido cumprida utilizando uma bomba de apenas 100 quilos. A precisão compensa, e o Gripen transporta umas 6 toneladas de munição tranquilo, transporta mais, mas seis tranquilo, é muita, mas muita munição.. dificilmente vai a uma missão com algo assim.

Um míssil anti navio padrão pesa em torno de 600 quilos, em uma missão de ataque a um navio, levaria um míssil anti navio, dois IR e dois BVR, o resto seria combustível, tem alcance aí para 1.600 km de raio de combate pelo menos. É muita coisa, deve ir mais longe, mas isso já basta para qualquer força aérea, para o Brasil que é maior que a UE em extensão territorial dá e sobra.

Quinze minutos para armar e abastecer por uma equipe de um graduado e quatro recrutas, opera em qualquer lugar sem infra estrutura, o Brasil é o terceiro país do mundo em quantidade de aeródromos, só perde para EUA e Rússia, em caso real seriam espalhados pelo território nacional. Estes foram os pontos fracos do SH e principalmente do Rafale, pesados demais, além do preço, hora de voo, transferência de tecnologia, sem acesso aos códigos fontes, nada.

O F-35 nasceu bichado, é como se alguém tentasse criar um jogador de futebol para ser o camisa dez do time igual o Pelé, mas ele tinha que jogar na defesa igual o Bobby Moore, jogar no gol igual o Yashin, jogar na ponta direita igual o Garrincha e ser o camisa nove igual o Ronaldo Fenômeno. Seria impossível cumprir todas as tarefas ao mesmo tempo. Esse foi o problema do F-35, pensaram em fazer um avião capaz de cumprir todas as missões, voar com um interceptor e ao mesmo tempo pousar decolar na vertical ou de uma pista de um porta aviões, então no final, não consegue fazer nada muito bem feito. Sua hora de voo é de mais de 59 mil dólares, nem a USAF aguenta pagar, e isso eles não conseguem diminuir.

O Gripen tem arquitetura modular, à medida que novas tecnologias forem surgindo, ele poderá ser atualizado com muita facilidade, pois a alteração será apenas no item específico.

Quem sabe já não estão tratando de um Gripen para a FAP.


 

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luis simoes

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2016 em: Fevereiro 09, 2020, 09:01:39 am »
Boas
Espero e para ja que nao sera assim...de facto o Gripen e um belissimo aviao e ja com provas Dadas mas nosso F 16 para ja da conta do recado em nada fica a dever a qualquer outro aviao ...isto para ja num futuro obviamente que Portugal tera que comecar a procurar um substituto a altura e quase tenho a certeza que vira um bom aviao se sera F35A,,,nao sei mas ate la Bons voos ---
Abriste os olhos,,,agradece a deus por isso.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2017 em: Fevereiro 09, 2020, 10:28:21 am »
O troll de serviço também achou este tópico? Bonito serviço, agora é que vai tudo descambar... ::)
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2018 em: Fevereiro 09, 2020, 10:46:32 am »
O troll de serviço também achou este tópico? Bonito serviço, agora é que vai tudo descambar... ::)

ele podia era ajudar o pessoal e achar a Bartolomeu Dias e o 204 em Yeovil, isso é que era !!!

Abraços
« Última modificação: Fevereiro 09, 2020, 10:47:48 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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dc

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2019 em: Fevereiro 09, 2020, 04:40:25 pm »
@mafets, respondendo já um pouco tarde, os valores de hora/voo do Gripen sempre foram questionados por muita gente. Mas vamos assumir que são verdade. Os 31000 do F-35 certamente baixarão, eventualmente, nem que seja no período pós IOC. Além de que não está especificado no gráfico que esse valor seja para a versão A ou a média das 3 versões.

Para a dimensão do Brasil justificava-se algo bimotor, com mais alcance, e para um país que ambiciona um porta-aviões, um modelo já com versão naval. Mas lá está, não ganharam as "capacidades" mas sim a transferência de tecnologia, o que acaba por ser justificado para eles.

O meu "desdenho" pelo Gripen é simples, ora fala-se em concurso, ora já se dá o Gripen E como vencedor antecipado (lol). Em que ficamos? Seria um concurso para levar a sério, ou para encher chouriços dando o troféu ao Gripen independentemente das propostas dos outros fabricantes? É que se formos para um concurso em que o mais barato ganha (o que por cá dá sempre asneira, veja-se os Pandur), então também aparecerão a concurso os FA-50 sul coreanos e toda uma mistela de caças novos e em segunda-mão... e desta forma quem ganha, numa óptica de "gastar o mínimo possível"? Qualquer uma das propostas "novas" ficará por aproximadamente o mesmo valor, e sempre caro para os nossos bolsos.

Mas se for para gastar tanto dinheiro, ao menos que seja por algo que dê garantias de continuidade no futuro, e nada de 4ª geração o dá. Vêm falar de modularidades e tal... se até caças maiores e mais poderosos como os outros dois eurocanards têm os dias contados, vai ser o pequeno Gripen a ter melhoramentos que os equipare aos caças de 6ª geração?

Eu também acho que no nosso caso, a solução mais viável seria o MLU dos PA I para V, e se justificado, adquirir mais 9 F-16V novos ou então 9 células do AMARG em boas condições para ficarem com horas de voo até 2035/40. Como há quem não considere esta opção viável, então mal por mal que se gaste logo o dinheiro no avião padrão de vários países da NATO.

Depois temos afirmações destas:
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Autonomia, carga bélica, nada disso procede. Segundo estudos da USAF, pasmem, 98% de suas missões teria sido cumprida utilizando uma bomba de apenas 100 quilos. A precisão compensa, e o Gripen transporta umas 6 toneladas de munição tranquilo, transporta mais, mas seis tranquilo, é muita, mas muita munição.. dificilmente vai a uma missão com algo assim.

Como se a capacidade de ataque dos EUA dependesse apenas dos caças, e não das centenas de Tomahawks lançados no inicio de um conflito, dos bombardeiros que possuem e das centenas de caças dos mais variados tipos e funções, o que lhes permite um tipo completamente diferente de abordagem das missões ofensivas e defensivas. Esses "98% das missões podiam ser cumpridos com apenas 1 bomba de 100kg" favorece, então, o uso de UCAVs, com hora de voo muito mais barata, e que não metem em risco a vida de um piloto.

O Titterington não foi lá para ver o Gripen. Pode até ter dado uma vista de olhos, mas assinar nadinha. Com que cara de pau é que este senhor iria dar a notícia ao povo de que não há dinheiro para um AOR, mas há uns milhares de milhões para comprar caças.  ::)
 

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Red Baron

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2020 em: Fevereiro 09, 2020, 06:12:16 pm »
Boas
Espero e para ja que nao sera assim...de facto o Gripen e um belissimo aviao e ja com provas Dadas mas nosso F 16 para ja da conta do recado em nada fica a dever a qualquer outro aviao ...isto para ja num futuro obviamente que Portugal tera que comecar a procurar um substituto a altura e quase tenho a certeza que vira um bom aviao se sera F35A,,,nao sei mas ate la Bons voos ---

O Gripen D?? Esse é pior que o nosso MLU.

Os Gripen E devem ser uns 3 prototipos e andam sempre escondidinhos, só aparecem para as câmeras da TV:
 

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mafets

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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2021 em: Fevereiro 09, 2020, 09:15:50 pm »
@mafets, respondendo já um pouco tarde, os valores de hora/voo do Gripen sempre foram questionados por muita gente. Mas vamos assumir que são verdade. Os 31000 do F-35 certamente baixarão, eventualmente, nem que seja no período pós IOC. Além de que não está especificado no gráfico que esse valor seja para a versão A ou a média das 3 versões.

Meu caro DC, se vendemos F16s para ter dinheiro para o MLU à restante frota que voa o mínimo possível, qualquer escolha acima desses valores, quer de manutenção quer por hora são um problema. Mais no caso do F35, que é stealth e por exemplo tem tendência a perder parte do revestimento. Ou seja, mesmo que o preço hora e de aquisição baixem será sempre mais caro que os caças de quarta geração.  ;)

https://www.defensenews.com/air/2019/06/12/supersonic-speeds-could-cause-big-problems-for-the-f-35s-stealth-coating/




Para a dimensão do Brasil justificava-se algo bimotor, com mais alcance, e para um país que ambiciona um porta-aviões, um modelo já com versão naval. Mas lá está, não ganharam as "capacidades" mas sim a transferência de tecnologia, o que acaba por ser justificado para eles.
Não era tão simples assim escolher um bimotor pois na altura o NAE S. Paulo ainda estava em serviço, e tanto o Rafale como o Super Hornet só podiam descolar com peso mínimo, devido às limitações das catapultas. Daí a modernização dos A4 e parte da justificação do Gripen, pois Suecos e Brasileiros tinham planificado uma versão naval. Além disso FAP e MB terem um modelo mais capaz que o outro seria uma "guerra de capelinhas (basta ver a celeuma que causou a possível compra de F18s)  ;)

https://www.airway.com.br/mesmo-sem-porta-avioes-marinha-do-brasil-segue-interessada-no-gripen-naval/



https://www.airway.com.br/marinha-do-brasil-estuda-a-possibilidade-de-comprar-cacas-f-a-18-hornet/

O meu "desdenho" pelo Gripen é simples, ora fala-se em concurso, ora já se dá o Gripen E como vencedor antecipado (lol). Em que ficamos? Seria um concurso para levar a sério, ou para encher chouriços dando o troféu ao Gripen independentemente das propostas dos outros fabricantes?
O Gripen E venceu na Suiça e no Brasil. Independentemente das razões que levaram à escolha a verdade é que foi o modelo escolhido, enquanto que noutras situações perdeu. Portanto parece ser normal.  c56x1

https://www.ft.com/content/676f617e-1b73-11e1-8b11-00144feabdc0 



É que se formos para um concurso em que o mais barato ganha (o que por cá dá sempre asneira, veja-se os Pandur), então também aparecerão a concurso os FA-50 sul coreanos e toda uma mistela de caças novos e em segunda-mão... e desta forma quem ganha, numa óptica de "gastar o mínimo possível"? Qualquer uma das propostas "novas" ficará por aproximadamente o mesmo valor, e sempre caro para os nossos bolsos.

Os contratos do Portas quase todos deram buraco e não me parece que os Pandur tenha sido por essa razão. Estamos a falar de verbas pagas pelo fabricante (tanto a GE como no caso dos EC a agora Airbus) e já se sabe que o dinheiro cá no burgo é muito importante. Além disso, não estou a ver um concurso internacional para um caça quando na "tugolandia" foram sempre escolhidos por "ajuste directo". Mas se houver uma escolha seja qual for já será positiva pois por exemplo no caso dos "caracóis" não existiu escolha alguma e a esquadra não foi desactivada continuando à espera sabe-se lá do que.  ;)

 

Mas se for para gastar tanto dinheiro, ao menos que seja por algo que dê garantias de continuidade no futuro, e nada de 4ª geração o dá. Vêm falar de modularidades e tal... se até caças maiores e mais poderosos como os outros dois eurocanards têm os dias contados, vai ser o pequeno Gripen a ter melhoramentos que os equipare aos caças de 6ª geração?

Não percebo porque. A questão de toda a gente na NATO ter caças de 5ª e 6ª gerações é para mim um fenómeno estranho já que partimos do pressuposto que a própria USAF e US NAVY, vai encostar todos os outros modelos, algo que não é verdade. Quantos F15, F16, F18, etc, vão continuar em serviço? O Rafale também não tem data para ser substituído e quanto ao Gripen ter os dias contados, isso só dependerá do projecto Tempest. Mesmo com a entrada da Suécia, não estou a ver todos os Gripen E substituídos por um Stealth.    ;)



 

Eu também acho que no nosso caso, a solução mais viável seria o MLU dos PA I para V, e se justificado, adquirir mais 9 F-16V novos ou então 9 células do AMARG em boas condições para ficarem com horas de voo até 2035/40. Como há quem não considere esta opção viável, então mal por mal que se gaste logo o dinheiro no avião padrão de vários países da NATO.
Actualmente a NATO não está padronizada e por mais que diversos países usem o F16, outros não. A opção V era a melhor, com novamente uma serie de países, caso da Grécia e EUA, a usarem o modelo. Depois, não me parece que seja só o F35 a pesar na equação, quando o Tempest já arrancou.  ;)

https://www.thedrive.com/the-war-zone/25279/eurofighter-consortium-2-0-takes-shape-as-spain-set-to-join-franco-german-stealth-jet-program



Depois temos afirmações destas:
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Autonomia, carga bélica, nada disso procede. Segundo estudos da USAF, pasmem, 98% de suas missões teria sido cumprida utilizando uma bomba de apenas 100 quilos. A precisão compensa, e o Gripen transporta umas 6 toneladas de munição tranquilo, transporta mais, mas seis tranquilo, é muita, mas muita munição.. dificilmente vai a uma missão com algo assim.

Como se a capacidade de ataque dos EUA dependesse apenas dos caças, e não das centenas de Tomahawks lançados no inicio de um conflito, dos bombardeiros que possuem e das centenas de caças dos mais variados tipos e funções, o que lhes permite um tipo completamente diferente de abordagem das missões ofensivas e defensivas. Esses "98% das missões podiam ser cumpridos com apenas 1 bomba de 100kg" favorece, então, o uso de UCAVs, com hora de voo muito mais barata, e que não metem em risco a vida de um piloto.
Afirmações não querem dizer que sejam verdadeiras. Quem ouve a LM parece que tudo na USAF e Navy vai ser substituído pelo F35 e sabe-se que não é assim. Aliás a par dos F35 tiveste encomendas de novos Super Hornet, nomeadamente a de EW e dos próprios AWAC. Ou seja, mesmo um stealth precisa dos "convencionais" EF-18 e E2, já para não falar do comum SH.  ;)

https://navaltoday.com/2019/03/21/us-navy-orders-additional-78-super-hornets-under-4b-contract/



O Titterington não foi lá para ver o Gripen. Pode até ter dado uma vista de olhos, mas assinar nadinha. Com que cara de pau é que este senhor iria dar a notícia ao povo de que não há dinheiro para um AOR, mas há uns milhares de milhões para comprar caças.  ::)

Com a mesma cara que deu a notícia dos 830 milhões para o Kc390. "Ajuste directo e interesse nacional", bastando que para isso a Embraer fabricasse alguns componentes do Gripen por cá. Aliás, como o Super Hornet é da Boeing e esta vai ficar com as fabricas de Évora, na volta...  :mrgreen:

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/fabrica-da-embraer-em-evora-deve-passar-para-nova-empresa-anunciada-com-a-boeing/



Saudações
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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2022 em: Fevereiro 09, 2020, 10:55:01 pm »

O Gripen E venceu na Suiça e no Brasil. Independentemente das razões que levaram à escolha a verdade é que foi o modelo escolhido, enquanto que noutras situações perdeu. Portanto parece ser normal.  c56x1


O Gripen venceu na Suíça?

https://www.defensenews.com/global/europe/2019/06/14/saabs-gripen-is-out-of-the-running-in-swiss-aircraft-race/

Citar
The remaining lineup of contenders are the F-18 Super Hornet, the Eurofighter, the Rafale and the F-35A.
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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2023 em: Fevereiro 10, 2020, 09:43:59 am »
Segundo me lembro, o Gripen E tinha ficado de fora na Suíça, precisamente porque apenas tinha protótipos a voar, mas pode ter mudado algo entretanto.
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Re: Substituiçao dos F-16's
« Responder #2024 em: Fevereiro 10, 2020, 10:07:26 am »
Segundo me lembro, o Gripen E tinha ficado de fora na Suíça, precisamente porque apenas tinha protótipos a voar, mas pode ter mudado algo entretanto.

Em Maio de 2014 a população suíça votou em referendo contra a compra de 22 Saab Gripen para substituir os F-5E/F Tiger II ; em Junho do ano passado a Saab retirou-se oficialmente do concurso após as autoridades helvéticas terem avançado que para o mesmo só seriam levadas em conta aeronaves que se encontrassem operacionais em 2019. Apesar disso a decisão do construtor sueco deixou os suíços espantados e o concurso limitado aos 4 caças sobejamente conhecidos.
Saudações Aeronáuticas,
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"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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