Mas tínhamos o Curso de Patrulhas de Reconhecimento de Longo Raio de Acção, se calhar com mais polivalências que o COIR, em que o pessoal RC já se podia habilitar.
Eis outro curso que sempre pensei que só o pessoal QP podia fazer. Entre o que se lê e a realidade por vezes vai uma longa distância.
Um coisa curiosa que já deu para perceber é que noutras unidades de Operações Especiais o que é dado no curso já inclui curso de mergulhador de Combate, Montanhismo, Patrulhas de Reconhecimento de Longo Raio de Acção, etc. No CTOE, é o contrário, faz-se um curso de Operações Especiais para abrir as hostilidades e depois tens inúmeros cursos à posteriori. Não digo que seja negativo ou positivo, apenas que é uma opção diferente.
São cursos com objectivos perfeitamente distintos e nem sequer se interligam.
Em relação ao COIR o AtInf já explicou.
Quanto ao CPRLRA é como o nome indica vocacionado para o reconhecimento de pessoal e material.
Abriu aos RC esporadicamente na década de 80 quando era ministrado alternadamente no RCMDS e CIOE; na inico da década de 90, no RCMDS houve alguns com pessoal RC, quando o RCMDS estava a levantar um destacamento especifico de PLRA e que não eram exclusivas de reconhecimento, incluindo a capacidade de pequenas operações de acção directa, nomeadamente sabotagens e tambem outras capacidades em termos de mobilidade e inflitração.
Com a extinção da unidade em 93 o destacamento foi ao ar e o curso passou definitivamente para Lamego, que começou a incluir pessoal RC pelo facto de mais tarde integrar a AMF-L e ter como missão fornecer o pelotão de PRLRA e ter que manter um efectivo habilitado suficiente.
Em relação ao COE não incluir isso tudo, a lógica é a de que vai-se especializando o militar aos poucos e rentabilizando os seus conhecimentos.
Dáva-se-lhe um curso com tudo e mais alguma coisa e ao fim de um contrato ele ia-se embora e foi investimento perdido.
Assim o risco é menor e os RC tem o aliciante de que para tirarem mais cursos tem que se manter mais tempo nas fileiras.
Por alguma razão o COE/QP tem muito mais matérias e valências - o militar garante uma maior permanencia na unidade e mesmo saindo, pode ser ser requisitado; aliás, ainda agora aconteceu irem buscar sargentos que estavam no BIPara em S.Jacinto para Lamego por decisão superior - os próprios e que não ficaram lá muito contentes