Revolta no Mundo Árabe

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Cabeça de Martelo

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #225 em: Setembro 06, 2011, 02:54:31 pm »
Citação de: "HaDeS"
Enquanto, metade da população da Somália morre de fome e NINGUÉM faz nada! Pobre Somália, se tivesse petróleo poderia ter um futuro mais afortunado.

O problema é que se alguém mete-se lá os pés eram logo rotulados de imperialistas e coisa pior. Por mim é deixá-los em paz...nem que seja do caixão.

A eles e a todos os outros.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Digo

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #226 em: Setembro 06, 2011, 07:44:18 pm »
Como o meu avo diz: Preso por ter cão preso por não ter
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #227 em: Setembro 30, 2011, 11:50:56 am »
NATO descarta intervenção militar Síria ou outro país árabe


O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, descartou hoje uma intervenção militar da Aliança Atlântica «na Síria ou em qualquer outro país» da região com as mesmas características da realizada na Líbia. «Não temos a intenção de intervir na Síria ou noutro país» do Médio Oriente, assinalou Rasmussen durante uma conferência em Bruxelas.

O secretário-geral argumentou que, ao contrário da operação que a Aliança ainda desempenha na Líbia, e que ajudou a derrubar o regime de Muammar Kadhafi, a NATO não conta «com o mandato das Nações Unidas».

Além disso, destacou que, no caso da Líbia, a NATO também contava com o apoio ldo de outros países árabes - Jordânia, Qatar e Emirados Árabes Unidos, por exemplo -, algo que não ocorre noutros casos.

Neste sentido, segundo Rasmussen, as condições registadas na Líbia «não se dão em nenhum outro caso», pelo que a Aliança não tem qulaquer plano para agir na Síria ou no Iémen, outro país árabe com conflitos entre o Governo e a população.

Desde o início das manifestações, em fevereiro deste ano, o presidente sírio, Bashar al Assad, exerce brutal repressão sobre a população, que exige a queda do seu regime e reformas democráticas.

A ONU estima que cerca de 2.700 civis já morreram até ao momento devido à repressão do Governo sírio.

No Iémen, o presidente Ali Abdullah Saleh também atacou a sua própria população a fim de deter os protestos contra o seu Governo que acontecem desde o princípio do ano.

Os membros europeus e norte-americanos da Otan não querem intervir nem na Síria nem no Iémen, entre outros fatores, devido às reservas da maioria dos países do Médio Oriente quanto a uma operação armada.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #228 em: Outubro 06, 2011, 08:05:39 pm »
Repressão do regime sírio atinge activistas sediados no estrangeiro


A repressão das forças do regime de Bashar al-Assad chega além-fronteiras. Activistas sediados no estrangeiro têm sofrido ameaças por parte de representantes do regime sírio, que já recorreu até à agressão e tortura de familiares dos activistas que se encontram em território sírio.
Os mais de seis meses de protesto na Síria têm sido acompanhados, invariavelmente, por uma onda de repressão do regime que, nas últimas semanas, tem escalado nos seus níveis de violência. Ao todo, tanto a ONU como os grupos de activistas sírio elevam para mais de três mil o número de mortes causadas pela repressão.

A par da violência promovida em território sírio, surgem agora relatos por parte da Amnistia Internacional (AI) de ameaças dirigidas a activistas no estrangeiro e também de actos de tortura cometidos sobre os seus familiares na Síria. Entre os relatos, são mais de 30 os casos de intimidação e ameaça.

O britânico The Guardian dá conta de relatos provenientes da Suécia, Reino Unido, França e EUA. Paralelo a quase todos os casos é a abordagem aos activistas, feita por responsáveis das embaixadas sírias nesses países, que intimidaram os activistas através de ameaças à sua vida e à dos seus familiares.

«Não penses que estás protegido, conseguimos apanhar-te em qualquer lado. É melhor que pares com o que estás fazer [protestos]. És um traidor». Estas foram as palavras relatadas por Ghias Aljundi, activista sírio sediado no Reino Unido, ao dar conta das intimidações que lhe foram dirigidas.

Um activista que manifestou o seu protesto diante da Casa Branca, em Washington, nos EUA, soube depois que os seus pais tinham sido agredidos em Homs, cidade síria onde residem. Há cerca de cinco semanas, três activistas foram atacados, em Paris, por indivíduos que exibiam bandeiras pró-Assad.

Os três activistas foram posteriormente informados pela polícia francesa que dois dos agressores dispunham de passaportes diplomáticos e, como tal, não podia ser tomada qualquer acção policial sobre eles.

Os focos de protestos que emigrantes/activistas sírios protagonizam no estrangeiro não escapam, portanto, às teias da repressão de Bashar al-Assad. A AI apela à comunidade internacional para trabalhe rumo ao fim da repressão promovida por uma regime sírio que, defende Ghias Aljundi, «está moralmente na bancarrota».

SOL
 

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linergy

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #229 em: Outubro 13, 2011, 07:08:02 am »
O Problema nos países árabes é o mesmo que na Europa
 

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GI Jorge

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #230 em: Outubro 13, 2011, 05:20:22 pm »
Citação de: "linergy"
O Problema nos países árabes é o mesmo que na Europa

Demasiados teóricos da conspiração?
Confunde-se em Portugal tantas vezes a justiça com a violência que é vulgar não haver reacções contra o crime e haver reacções contra a pena.

Oliveira Salazar
 

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linergy

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #231 em: Outubro 14, 2011, 12:56:39 am »
Os arabés estão mais bem informados, tanto que alguns não têm aluminio pulverizado por cima.
 

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linergy

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #232 em: Outubro 14, 2011, 01:05:15 am »
A politica é controlada por dinheiro, como hoje pudemos ver, não existe nenhuma democracia (governo pelo povo), existe um grupo perito em estupidificar a população,

e um grupo a tentar educa-la
 

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GI Jorge

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #233 em: Outubro 14, 2011, 05:06:53 pm »
Citação de: "linergy"
Os arabés estão mais bem informados, tanto que alguns não têm aluminio pulverizado por cima.

Mas se calhar usam-no para embrulhar as sandes.
Confunde-se em Portugal tantas vezes a justiça com a violência que é vulgar não haver reacções contra o crime e haver reacções contra a pena.

Oliveira Salazar
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #234 em: Outubro 14, 2011, 06:58:02 pm »
Primavera Árabe já custou mais de 55 mil milhões de dólares


As rebeliões no Médio Oriente e Norte de África este ano custaram mais de 55 mil milhões de dólares aos países envolvidos, segundo um novo relatório, mas o aumento no preço do petróleo - uma das consequências dos movimentos da chamada Primavera Árabe - acabou por beneficiar outros países produtores. Uma análise estatística de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), feita pela consultoria de risco político Geopolicity, mostrou que os países que tiveram as rebeliões mais sangrentas - Líbia e Síria - sofreram também prejuízos financeiros maiores, vindo o Egipto, Tunísia, Bahrein e Iémen em seguida.

Juntos, esses países viram 20,6 mil milhões de dólares serem eliminados do seu PIB, além de sofrerem prejuízos de 35,3 mil milhõesde dólares nas suas contas públicas, por causa da redução da arrecadação e dos aumentos de gastos.

Enquanto isso, grandes produtores de petróleo, como Emirados Árabes, Arábia Saudita e Koweit, conseguiram evitar protestos significativos - até porque puderam aumentar a distribuição das receitas, como resultado da alta nos preços do petróleo. Para esses países, o PIB cresceu.

No começo do ano, o barril do petróleo tipo Brent era negociado a cerca de 90 dólares. Chegou a quase 130 em Maio, para cair para os 113 dólares actuais.

«Como resultado, o impacto geral da Primavera Árabe em todo o mundo árabe foi ambíguo, mas positivo em termos agregados», afirmou o relatório, estimando que até Setembro a produção económica da região teve uma alta de 38,9 mil milhões de dólares, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Líbia parece ter sido o país mais afectado, já que a guerra civil paralisou a actividade económica - inclusive as exportações de petróleo - num valor estimado em 7,7 mil milhões de dólares, ou 28 por cento do PIB. O custo total para as contas públicas foi estimado em 6,5 mil milhões de dólares.

Lusa
 

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PILAO251

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #235 em: Outubro 26, 2011, 12:08:31 am »
Primavera Árabe??????????

Um caralh......., Na Tunísia os islamistas vão ganhar as eleições que serão as ultimas por muito tempo, na Líbia temos a sharia, coisa moderna e democrática, e no Egipto, tá a queimar igrejas e tratar da saúde dos "não crentes".

O que me vale são os amigos muçulmanos dos meus amigos e os politicos esclarecidos que há por essa Europa fora.

Segundo me consta em Veneza não há mesquitas, porque é que o governo italiano não os deixa rezar nas ruas, especialmente durante as cheias??

Vou pastar até a Austrália pois os ares são mais saudáveis, pelo menos o 1º ministro é directo e claro.


Cantando e rindo
 
PS: Escrito em completo desacordo com o Acordo.
 
E o que me lixa é não puder estar dia 12 em Lisboa com a rapaziada
 

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HSMW

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #236 em: Novembro 13, 2011, 03:51:30 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #237 em: Novembro 15, 2011, 09:53:30 pm »
Turquia rompe com Assad e ameaça cortar fornecimento de electricidade à Síria


O primeiro-ministro da Turquia, Recep Erdogan, disse que a Turquia perdeu a confiança no regime sírio e já ameaçou cortar o fornecimento de electricidade ao país caso a violência continue. «Neste momento estamos a fornecer electricidade à Síria», disse o ministro da Energia turco, Taner Yildiz, «mas se a Síria continuar neste caminho temos de rever as nossas decisões».

As empresas turcas fornecem ao país uma média de 2 biliões de quilowatts/hora de electricidade por ano, o que corresponde a cerca de 10 por cento do consumo anual de energia da Síria. Por outro lado, a própria Síria produz um excesso de cerca de 10 biliões de quilowatts/hora, o que implica que não fique significativamente prejudicada com o corte da Turquia.

«O corte pode afectar algumas partes da Síria durante um curto período de tempo, mas isso não implica uma grande perda», adiantou Necdet Pamir, analista de energia turco.

A verdade é que a Turquia, que era um velho aliado do estado sírio, tem vindo a manifestar publicamente o seu desagrado face à acção do regime de Bashar al-Assad. Apesar de não ser membro da Liga Árabe, não hesitou em aplaudir a decisão do organismo, que no sábado anunciou a suspensão da Síria.

Mas se os sinais de descontentamento já se faziam sentir, o ataque, no sábado, de manifestantes pró-Assad à embaixada turca em Damasco foi talvez o momento decisivo para o fim daquilo que ainda restava da aliança entre os dois países. O primeiro-ministro turco afirmou que condenava vivamente «o ataque à bandeira turca» e exigiu a Assad que punisse os responsáveis pela demonstração de desrespeito face à Turquia e às suas missões diplomáticas.

Dirigindo-se ao presidente sírio pelo nome próprio, «Bashar…tens de encontrar os culpados e puni-los», Erdogan deixou patente que a relação entre a Turquia e a Síria está mesmo a entrar em colapso.

«Nenhum regime consegue sobreviver por via da morte ou prisão de oponentes», prosseguiu Erdogan. «Ninguém pode construir um futuro em cima de sangue e opressão».

O governo da Turquia já tinha começado, aliás, a impor sanções à Síria com o embargo de armas, e até já abriu as suas fronteiras aos sírios que procuram escapar ao clima de violência.  Além disso, já deu abrigo a um grupo preponderante da oposição síria. Tudo para se desvincular do regime de Assad.

SOL
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #238 em: Novembro 17, 2011, 12:25:06 pm »
Rússia: Ataque de desertores na Síria parece «guerra civil»


O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, disse hoje que o ataque de desertores do Exército sírio contra um complexo de inteligência se parecia com um ato de guerra civil e reiterou o pedido de Moscovo para abertura de negociações entre o regime Sírio e os seus opositores. Acrescentou que tais negociações deveriam ocorrer na sede da Liga Árabe.

«Assistimos a notícias na televisão indicando que uma nova força, o chamado Exército Livre da Síria, creio, organizou um ataque contra um edifício do governo pertencente às forças armadas sírias. Isto já é completamente igual a uma verdadeira guerra civil», disse Lavrov a jornalistas, após um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da índia, S.M. Krishna, em Moscovo.

O ataque ao complexo de inteligência na periferia da capital síria, Damasco, ocorreu na madrugada de quarta-feira.

A Rússia pediu ao ditador sírio, Bashar Assad, a implementação mais rápida das reformas prometidas, mas disse que os seus opositores também têm culpa pela violência.

Segundo a Organização das Nações Unidas, mais de 3.500 pessoas morreram desde o início da repressão do governo contra manifestantes, há oito meses.

A Rússia e a China vetaram, no mês passado, uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que teria condenado o regime de Assad pela violência.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #239 em: Novembro 29, 2011, 12:11:04 am »
Governo sírio cometeu "crimes contra a humanidade"


As «tropas sírias mataram centenas de crianças e cometeram outros crimes contra a humanidade» desde que os conflitos começaram em Março. Foi esta a conclusão do inquérito das Nações Unidas apresentado esta segunda-feira. A comissão responsável pelo relatório entrevistou 223 vítimas e testemunhas, incluindo soldados desertores do exército sírio, num extenso inquérito que teve início em Setembro.

«O leque de crimes inclui assassínio, tortura, violação e outras formas de violência sexual», avançou o presidente da comissão de inquérito, Paulo Sergio Pinheiro, professor de nacionalidade brasileira. «Temos evidências bastante sólidas para fazer estas afirmações».

De acordo com as conclusões apuradas, pelo menos 256 crianças foram mortas nas mãos das forças do governo, tendo algumas sido torturadas até à morte e agredidas sexualmente. Mas o relatório vai mais longe e adianta que uma criança de 2 anos foi mesmo morta a tiro para evitar que se tornasse numa manifestante anti-governo.

O relatório prossegue, dizendo que as autoridades fizeram uso excessivo da força para «disparar indiscriminadamente contra protestantes desarmados» e que a «tortura se aplicou igualmente a adultos e crianças». «Numerosas testemunhas indicam que os rapazes mais novos eram expostos a torturas sexuais em frente a homens adultos», continua a ler-se.

Entre detalhes do relatório, chega a informação de que as forças do governo teriam 'listas negras' de pessoas procuradas pelas autoridades e ordens para disparar directamente sobre os todos os manifestantes que tentassem passar pelos 'checkpoints' das forças de segurança.

E não fica por aqui. Ao que a comissão de inquérito conseguiu apurar, os feridos que eram levados para os hospitais militares eram torturados por militares disfarçados de médicos, alegadamente com a cumplicidade e ajuda do verdadeiro pessoal médico.

Durante os últimos nove meses de conflitos entre manifestantes anti-governo e as forças leais a Bashar al-Assad multiplicaram-se assim as prisões arbitrárias e as detenções ilegais. Muitos dos presos foram torturados, privados de alimentos e de ajuda médica, e milhares de pessoas foram sequestradas ou estão dadas como desaparecidas.

SOL