Guerra na Ucrânia

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LuisPolis

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1815 em: Março 09, 2022, 08:31:52 am »
A Arábia Saudita e o Emirados recusam entrar na onda de Russia má a não ser que os EUA os apoiem directamente na guerra no Iémen. Recusam encontrar-se com o Joe Biden. E o preço do petróleo não vai baixar. Parece que a receita da guerra fria não vai funcionar desta vez.

https://www.dailymail.co.uk/news/article-10592401/Saudi-Abu-Dhabi-refuse-work-bring-oil-prices-unless-Joe-Biden-backs-Yemen.html
 

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LuisPolis

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1816 em: Março 09, 2022, 08:39:33 am »
De Notícias da América Latina- 3 de março de 2022

A Assembleia Geral Extraordinária da ONU votou nesta quarta-feira uma resolução condenando a operação militar especial russa na Ucrânia.
Curioso que a ONU não chama invasão nem guerra. Usa o nome dado pelos Russos.
 

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Lampuka

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1817 em: Março 09, 2022, 08:41:30 am »
De Notícias da América Latina- 3 de março de 2022

A Assembleia Geral Extraordinária da ONU votou nesta quarta-feira uma resolução condenando a operação militar especial russa na Ucrânia. Foram 141 votos a favor, cinco contra (Bielorrússia, Eritreia, Coreia do Norte, Síria e a própria Rússia) e 35 abstenções. Este último grupo inclui a China e quatro países latino-americanos: Bolívia, Cuba, El Salvador e Nicarágua. Um quinto, a Venezuela, aliada incondicional de Moscou, tem seu voto desqualificado por dívidas com a organização. Os votos positivos de Argentina e Brasil, dois países que jogaram a carta da neutralidade e finalmente optaram pelo repúdio, foram relevantes.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

EUA discute aliviar sanções à Venezuela para conter petróleo
Altos funcionários do governo de Joe Biden iniciaram conversas presenciais com autoridades da Venezuela neste fim de semana, sobre a intenção de permitir que o petróleo cru venezuelano voltei ao mercado internacional

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 07/03/2022 11:32 | Última atualização em 07/03/2022 11:32

E quem se lixa e o mexilhão

Atualizada em 08/03/2022 11h51

A Rússia ameaçou cortar o fornecimento de gás para a Europa caso sanções econômicas sejam impostas ao setor energético. A medida foi discutida por países da União Europeia, mas não foi aprovada até que fontes alternativas sejam encontradas. A Rússia é o principal fornecedor de gás da região. Especialistas ouvidos pelo UOL concordam que o serviço de gás natural é a principal arma geopolítica da Rússia, que fornece cerca de 40% do que é consumido pela Europa....
O possível levantamento de sanções à Venezuela diz muito da honestidade das mesmas.
Os venezuelanos,  independentemente de terem um regime vergonhoso, sofrem na pele todos os dias o resultado dessas sanções que agora, e sem motivo conhecido,  parece poderem ser dispensáveis. 
Andamos ao som dos interesses...
João Pereira
 

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papatango

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1818 em: Março 09, 2022, 08:59:26 am »
De Notícias da América Latina- 3 de março de 2022

A Assembleia Geral Extraordinária da ONU votou nesta quarta-feira uma resolução condenando a operação militar especial russa na Ucrânia.
Curioso que a ONU não chama invasão nem guerra. Usa o nome dado pelos Russos.
Mas o que é que acha estranho ?

A SIC por exemplo disse isto:
A Assembleia Geral da ONU aprovou esta quarta-feira uma resolução que condena a invasão russa da Ucrânia, com o apoio de 141 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas.

Quem utiliza a expressão Operação Militar Especial, é o Sputnik, que tem muita divulgação entre a esquerda brasileira e os sites satélites, que copiam os textos.

A esquerda brasileira, tentando fazer o mesmo que os bolsonaristas transformou-se num esgoto podre. É trágico, o ponto a que o Brasil chegou.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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papatango

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1819 em: Março 09, 2022, 09:05:28 am »
A Arábia Saudita e o Emirados recusam entrar na onda de Russia má a não ser que os EUA os apoiem directamente na guerra no Iémen. Recusam encontrar-se com o Joe Biden. E o preço do petróleo não vai baixar. Parece que a receita da guerra fria não vai funcionar desta vez.

https://www.dailymail.co.uk/news/article-10592401/Saudi-Abu-Dhabi-refuse-work-bring-oil-prices-unless-Joe-Biden-backs-Yemen.html

Os emirados têm o problema do Dubai, que não depende do petróleo, mas sim do turismo, e como noutros lugares, os oligarcas, russos estão lá em peso.
Mas na Arábia Saudita o problema não é realmente grande. De uma forma ou de outra a família Saud tem demasiado a perder por confrontar os americanos.
Com medo disto, alguns oligarcas transferiram os iates do Dubai para ilhas no oceano índico, porque sabem que mais tarde ou mais cedo, o problema chegará lá.
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1820 em: Março 09, 2022, 09:08:56 am »
De Notícias da América Latina- 3 de março de 2022

A Assembleia Geral Extraordinária da ONU votou nesta quarta-feira uma resolução condenando a operação militar especial russa na Ucrânia. Foram 141 votos a favor, cinco contra (Bielorrússia, Eritreia, Coreia do Norte, Síria e a própria Rússia) e 35 abstenções. Este último grupo inclui a China e quatro países latino-americanos: Bolívia, Cuba, El Salvador e Nicarágua. Um quinto, a Venezuela, aliada incondicional de Moscou, tem seu voto desqualificado por dívidas com a organização. Os votos positivos de Argentina e Brasil, dois países que jogaram a carta da neutralidade e finalmente optaram pelo repúdio, foram relevantes.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

EUA discute aliviar sanções à Venezuela para conter petróleo
Altos funcionários do governo de Joe Biden iniciaram conversas presenciais com autoridades da Venezuela neste fim de semana, sobre a intenção de permitir que o petróleo cru venezuelano voltei ao mercado internacional

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 07/03/2022 11:32 | Última atualização em 07/03/2022 11:32

E quem se lixa e o mexilhão

Atualizada em 08/03/2022 11h51

A Rússia ameaçou cortar o fornecimento de gás para a Europa caso sanções econômicas sejam impostas ao setor energético. A medida foi discutida por países da União Europeia, mas não foi aprovada até que fontes alternativas sejam encontradas. A Rússia é o principal fornecedor de gás da região. Especialistas ouvidos pelo UOL concordam que o serviço de gás natural é a principal arma geopolítica da Rússia, que fornece cerca de 40% do que é consumido pela Europa....
O possível levantamento de sanções à Venezuela diz muito da honestidade das mesmas.
Os venezuelanos,  independentemente de terem um regime vergonhoso, sofrem na pele todos os dias o resultado dessas sanções que agora, e sem motivo conhecido,  parece poderem ser dispensáveis. 
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Não será por acaso que, as sanções aplicadas pelos americanos são, geralmente, a países produtores de petróleo ou gás..
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1821 em: Março 09, 2022, 09:14:02 am »
Notar que na declaração votada nas Nações Unidas, nos considerandos é referida a declaração por parte da Russia de uma Operação Militar Especial, mas depois dos "considerandos" vem o texto importante, ou seja, a declaração baseada no que foi considerado...

Citar
1. Reaffirms its commitment to the sovereignty, independence, unity and territorial integrity of Ukraine within its internationally recognized borders, extending to its territorial waters;

2. Deplores in the strongest terms the aggression by the Russian Federation against Ukraine in violation of Article 2 (4) of the Charter;

3. Demands that the Russian Federation immediately cease its use of force against Ukraine and to refrain from any further unlawful threat or use of force against any Member State;
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CruzSilva

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1822 em: Março 09, 2022, 09:34:38 am »
Uma coisa que acho estranho no Zelensky, é que ainda antes da invasão o Biden e lideres da NATO gritaram aos quatro ventos que não iam intervir militarmente na Ucrânia, e agora o Zelensky diz que se sente traído pelo ocidente... Querem ver que disseram aquilo nos telejornais de Portugal e outros países mas não disseram ao homem??? É para se vitimizar...

Ele e muitos ucranianos podem odiar os russos, razões históricas e actuais não lhes faltam, realmente tem lutado com uma determinação inquebrável, mas também estão a pagar um preço em sangue e vão herdar um país em ruínas.

Não sabemos que Ucrânia, que Rússia ou que União Europeia vamos ter quando isto acabar, e normalmente é nestes momentos que há grandes mudanças, mas para muitos cidadãos ucranianos, os que morreram, que apenas queriam levar uma vida tranquila, devia ter-se negociado mais e tentar evitar a guerra, está certo que a Rússia pede coisas que não lhe pertencem (Crimeia, republicas separatistas, forçar um país a fazer a sua vontade), e ninguém devia ser obrigado a submeter-se à vontade de um bully, pelo que parece, a população concorda com o seu presidente, mas ele também é o responsável pelas vidas dos ucranianos, se o Putin dá pouco valor aos russos que morrem nesta guerra, que o Zelensky seja diferente.

O Zelensky é um político inexperiente que pensa com o coração ao contrário de Putin que pensa com a cabeça (com excepção desta última intervenção militar).

Se voltarmos ao período pré-invasão, verificamos que o governo Ucraniano duvidou da invasão Russa até ao último momento, mesmo com os Americanos que têm dos melhores serviços de informação do mundo a avisar que a invasão iria acontecer (era tudo histeria...viu-se). Outro erro foi a mobilização que só aconteceu ao 3º ou 4º dia.

Como Zelensky e restantes políticos Ucranianos duvidaram da invasão, não se importaram com a posição da NATO de não intervir... depois quando viram tudo a arder começaram a pedir a intervenção... devem ter pensado que as imagens de pessoas inocentes a sofrer que seriam suficientes para a NATO intervir o que revela ingenuidade.

De qualquer forma o Ocidente tomou uma posição muito forte nesta intervenção da Rússia na Ucrânia e isso é inegável.
« Última modificação: Março 09, 2022, 09:56:29 am por CruzSilva »
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1823 em: Março 09, 2022, 09:48:27 am »
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Caro Patatango, você já tem anos suficientes disto para saber que não é disso que se trata.
Mas, disso, o quê ?

A comunicação escrita, diz-me a experiencia - que de facto é alguma - tem limites que às vezes levam a interpretações completamente erroneas...

O que eu percebi, é que há quem considere que é tudo uma questão de ego dos governantes ...
Mas nesse caso, se não fosse assim, não haveria Historia do Mundo...
Daí eu sinceramente não entender...

Disso...

"O direito à existência de um povo, a liberdade dos seus cidadãos não são palhaçadas."

Adesão à NATO, territórios separatistas e redefinição de fronteiras, "ocidentalização"/perda de influência russa e... muita influência externa.
Estes sim, são os motivos do conflito, com razões de ambas as partes. 😉

Concordando com o que está acima escrito, se me permite, eu acrescento a todos esse factores o fator energético. Não tenho dúvidas que o Gás está no topo dos motivos para este conflito. Parece-me até que se trata mais de uma fuga para a frente por parte da Rússia que uma reação política à NATO ou UE.

Polónia, Turquia e Ucrânia detém o acesso do gás russo à UE (o melhor cliente do mundo), e a Ucrânia é o último que a Rússia poderia controlar.

É claro que a política da NATO foi infeliz, ao expandir se até à fronteira russa, deixando apenas a UKR de fora.
Também não percebo se os USA tinham de facto a informação antecipada da invasão, porque não se agiu no sentido de a contrapor com auxílio material imediato.
Mas quem mais beneficia desta guerra é, novamente, a economia americana, vai finalmente entrar em força com o Gás liquefeito na Europa e ainda é capaz de aumentar significativamente as exportações de armamento.

O presidente UKR esteve muito mal ao não prevenir a invasão, podia ter se distanciado da NATO oficialmente, sem que daí ocorresse algum prejuízo para o país. Mas é obrigatório notar que, ao contrário das democracias maduras e estáveis da Suécia e Finlândia, a UKR é uma nação com graves problemas, muita corrupção, regiões separatistas, controlo duvidoso das populações, etc.
Zelensky tem tido um comportamento muito diferente, muito mais activo desde o início das hostilidades. E para já, a propaganda ucraniana tem estado muito bem a agregar o mundo ocidental do seu lado.

Acerca da UE enfim, eu não vejo nada, tem sido espectadora apática na primeira fila.

Cumprimentos
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1824 em: Março 09, 2022, 10:06:00 am »
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Caro Patatango, você já tem anos suficientes disto para saber que não é disso que se trata.
Mas, disso, o quê ?

A comunicação escrita, diz-me a experiencia - que de facto é alguma - tem limites que às vezes levam a interpretações completamente erroneas...

O que eu percebi, é que há quem considere que é tudo uma questão de ego dos governantes ...
Mas nesse caso, se não fosse assim, não haveria Historia do Mundo...
Daí eu sinceramente não entender...

Disso...

"O direito à existência de um povo, a liberdade dos seus cidadãos não são palhaçadas."

Adesão à NATO, territórios separatistas e redefinição de fronteiras, "ocidentalização"/perda de influência russa e... muita influência externa.
Estes sim, são os motivos do conflito, com razões de ambas as partes. 😉

Também não percebo se os USA tinham de facto a informação antecipada da invasão, porque não se agiu no sentido de a contrapor com auxílio material imediato.


Os Americanos forneceram algumas armas mas não foram mais longe porque queriam que a U.E. tomasse a iniciativa até porque o problema dá-se na Europa e os Americanos estão a focar-se na Ásia por causa da China.
« Última modificação: Março 09, 2022, 11:13:00 am por CruzSilva »
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asalves

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1825 em: Março 09, 2022, 10:16:35 am »
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Caro Patatango, você já tem anos suficientes disto para saber que não é disso que se trata.
Mas, disso, o quê ?

A comunicação escrita, diz-me a experiencia - que de facto é alguma - tem limites que às vezes levam a interpretações completamente erroneas...

O que eu percebi, é que há quem considere que é tudo uma questão de ego dos governantes ...
Mas nesse caso, se não fosse assim, não haveria Historia do Mundo...
Daí eu sinceramente não entender...

Disso...

"O direito à existência de um povo, a liberdade dos seus cidadãos não são palhaçadas."

Adesão à NATO, territórios separatistas e redefinição de fronteiras, "ocidentalização"/perda de influência russa e... muita influência externa.
Estes sim, são os motivos do conflito, com razões de ambas as partes. 😉

Concordando com o que está acima escrito, se me permite, eu acrescento a todos esse factores o fator energético. Não tenho dúvidas que o Gás está no topo dos motivos para este conflito. Parece-me até que se trata mais de uma fuga para a frente por parte da Rússia que uma reação política à NATO ou UE.

Polónia, Turquia e Ucrânia detém o acesso do gás russo à UE (o melhor cliente do mundo), e a Ucrânia é o último que a Rússia poderia controlar.

É claro que a política da NATO foi infeliz, ao expandir se até à fronteira russa, deixando apenas a UKR de fora.
Também não percebo se os USA tinham de facto a informação antecipada da invasão, porque não se agiu no sentido de a contrapor com auxílio material imediato.
Mas quem mais beneficia desta guerra é, novamente, a economia americana, vai finalmente entrar em força com o Gás liquefeito na Europa e ainda é capaz de aumentar significativamente as exportações de armamento.

O presidente UKR esteve muito mal ao não prevenir a invasão, podia ter se distanciado da NATO oficialmente, sem que daí ocorresse algum prejuízo para o país. Mas é obrigatório notar que, ao contrário das democracias maduras e estáveis da Suécia e Finlândia, a UKR é uma nação com graves problemas, muita corrupção, regiões separatistas, controlo duvidoso das populações, etc.
Zelensky tem tido um comportamento muito diferente, muito mais activo desde o início das hostilidades. E para já, a propaganda ucraniana tem estado muito bem a agregar o mundo ocidental do seu lado.

Acerca da UE enfim, eu não vejo nada, tem sido espectadora apática na primeira fila.

Cumprimentos

Atenção, as capacidade de produção de gás e petróleo Americanas estão quase no limite, eles não tem capacidade para aumentar muito mais, sim podem beneficiar com o aumento dos preços, mas a sua própria economia será tb prejudicada com isso.

E a prova disso é os EUA terem-se virado para a Venezuela (e esta que era totalmente a favor de Putin, já veio dizer que a guerra é má e que deveria acabar) que tem só das maiores reservas mundiais e quase que não as exploraram (já chegaram ao cumulo de ter que importar combustíveis), achas-se que esta mudança é uma tentativa para aumentar o fornecimento mundial e assim encontrar soluções aos produtos Rússos.
 

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papatango

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1826 em: Março 09, 2022, 10:20:21 am »
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O Zelensky é um político inexperiente que pensa com o coração ao contrário de Putin que pensa com a cabeça (com excepção desta última intervenção militar).

Se voltarmos ao período pré-invasão, verificamos que o governo Ucraniano duvidou da invasão Russa até ao último momento, mesmo com os Americanos que têm dos melhores serviços de informação do mundo a avisar que a invasão iria acontecer (era tudo histeria...viu-se). Outro erro foi a mobilização que só aconteceu ao 3º ou 4º dia.

Como Zelensky e restantes políticos Ucranianos duvidaram da invasão, não se importaram com a posição da NATO de não intervir... depois quando viram tudo a arder começaram a pedir a intervenção... devem ter pensado que as imagens de pessoas inocentes a sofrer que seriam suficientes para a NATO intervir o que revela ingenuidade.

Totalmente de acordo.
Isto mostra o problema de ter atores e gente do espetáculo e da televisão a  comandar países. São bons a cativar a opinião pública, mas depois falta-lhes aquele tempero que só um certo nível de conhecimento em história, estratégia e mesmo tática -  nomeadamente no campo militar , pode dar.

E depois há anos e anos de propaganda, que criaram para lá da cortina de ferro, mesmo depois de ela desaparecer, a ideia de que a NATO era uma espécie de grupo de senhores que dava porrada nos maus e que por isso, os pequenos podem enfrentar os maus da fita. Quando  o mau da fita se irrita, então vai-se chamar o papá NATO.

Ora como todos sabemos, a NATO como se fosse uma espécie de organismo extra governamental autónomo, malvado e vilipendiado, nunca existiu.

O Zelensky aprendeu da pior maneira que a NATO serve apenas como aliança defensiva.
Pode ter tido intervenções em outros campos, mas foram operações pontuais que em termos de movimentação de tropas etc. pouco tiveram a ver com a defesa dos países da Europa.
Basicamente, houve operações da NATO aceites pelas Nações Unidas, porque não havia mais nenhuma organização internacional com capacidade para fazer alguma coisa.

Agora, a NATO, está perante o "real deal" ou seja... aquilo para que foi feita. E agora não há lugar para erros.
Todos deveriam saber, tinham que saber, e sabiam seguramente, que a NATO não aceita países com "pendengas" territoriais ativas.
O ditador russo ocupou parte da Geórgia para criar essa pendenga e ocupou parte da Ucrânia (tendo mesmo encenado uma fantochada eleitoral na Crimeia) e da Moldavia por causa disso.

Ontem o presidente da Ucrânia veio finalmente reconhecer que a adesão à NATO não fazia sentido, dado não haver condições para que o país aderisse à aliança.
O que é de qualquer forma irrelevante. O Art. 5º não é uma obrigação. O "um por todos e todos por um" não é automático nem mesmo entre os países da NATO.

« Última modificação: Março 09, 2022, 10:27:49 am por papatango »
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1828 em: Março 09, 2022, 10:32:52 am »
Citar
O Zelensky é um político inexperiente que pensa com o coração ao contrário de Putin que pensa com a cabeça (com excepção desta última intervenção militar).

Se voltarmos ao período pré-invasão, verificamos que o governo Ucraniano duvidou da invasão Russa até ao último momento, mesmo com os Americanos que têm dos melhores serviços de informação do mundo a avisar que a invasão iria acontecer (era tudo histeria...viu-se). Outro erro foi a mobilização que só aconteceu ao 3º ou 4º dia.

Como Zelensky e restantes políticos Ucranianos duvidaram da invasão, não se importaram com a posição da NATO de não intervir... depois quando viram tudo a arder começaram a pedir a intervenção... devem ter pensado que as imagens de pessoas inocentes a sofrer que seriam suficientes para a NATO intervir o que revela ingenuidade.

Totalmente de acordo.
Isto mostra o problema de ter atores e gente do espetáculo e da televisão a  comandar países. São bons a cativar a opinião pública, mas depois falta-lhes aquele tempero que só um certo nível de conhecimento em história, estratégia e mesmo tática -  nomeadamente no campo militar .

E depois há anos e anos de propaganda, que criaram para lá da cortina de ferro, mesmo depois de ela desaparecer, a ideia de que a NATO era uma espécie de grupo de senhores que dava porrada nos maus e que por isso, os pequenos podem enfrentar os maus da fita. Quando  o mau da fita se irrita, então vai-se chamar o papá NATO.

Ora como todos sabemos, a NATO como se fosse uma espécie de organismo extra governamental autónomo, malvado e vilipendiado, nunca existiu.

O Zelensky aprendeu da pior maneira que a NATO serve apenas como aliança defensiva.
Pode ter tido intervenções em outros campos, mas foram operações pontuais que em termos de movimentação de tropas etc. pouco tiveram a ver com a defesa dos países da Europa.
Basicamente, houve operações da NATO aceites pelas Nações Unidas, porque não havia mais nenhuma organização internacional com capacidade para fazer alguma coisa.

Agora, a NATO, está perante o "real deal" ou seja... aquilo para que foi feita. E agora não há lugar para erros.
Todos deveriam saber, tinham que saber, e sabiam seguramente, que a NATO não aceita países com "pendengas" territoriais ativas.
O ditador russo ocupou parte da Geórgia para criar essa pendenga e ocupou parte da Ucrânia (tendo mesmo encenado uma fantochada eleitoral na Crimeia) e da Moldavia por causa disso.

Ontem o presidente da Ucrânia veio finalmente reconhecer que a adesão à NATO não fazia sentido, dado não haver condições para que o país aderisse à aliança.
O que é de qualquer forma irrelevante. O Art. 5º não é uma obrigação. O "um por todos e todos por um" não é automático nem mesmo entre os países da NATO.

A parte boa disto é que podemos ter visões para todos os gostos e feitios.

Eu em parte concordo consigo, contudo este discurso publico do Zelensky, pode muito bem servir para tentar forçar uma posição da NATO ou dos Países que integram a NATO. A maioria da opinião publica não entende as consequenciais de um apoio mais explicito e acha que deve haver mais apoio, como tal isto pode ser uma forma (tal quando ele disse que está desiludido com o ocidente que tinham deixados os ucranianos sozinhos, e depois houve uma reação) de fazer pressão para obter esse apoio.

Não sei.

PS: Em relação à Intel pré-invasão dos Americanos, conhecendo as regras do jogo e o histórico, toda a intel não deve ser considerada 100% fidedigna, tal como acontece agora os diferentes lados estão a tentar "manipular" a informação para satisfazer as suas pretensões, e se reconhecermos isso é meio caminho andado para não sermos enganados. Para além de que na altura não era benéfico criar alarmismo, não ia beneficiar a população como não ia beneficiar as preparações da defesa.
« Última modificação: Março 09, 2022, 10:43:44 am por asalves »
 

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papatango

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #1829 em: Março 09, 2022, 10:34:25 am »
https://mobile.twitter.com/WarintheFuture/status/1501357963394441217

Comentários desta madrugada que passaram nas edições da noite em televisões americanas, indicavam que dos cerca de 160 batalhões do exército russo (forças permanentes), aproximadamente 90 a 98 estariam envolvidos no conflito.
Esta indicação implicaria que todos os 90 estão já engajados.
Deste ponto de vista a Russia  contaria com cerca de 60.
O problema é que, para utilizar essas forças, os russos têm que os retirar das várias fronteiras, fronteira ocidental com a Bielorrússia, fronteiras com os Estados Bálticos, com a Geórgia,  e mesmo fronteira com o Irão e a China.

Putin disse que não vai decretar a mobilização, enquanto a Ucrânia decretou mobilização geral.
Isto quer dizer que os ucranianos, se não forem rapidamente desarticulados, têm potencialmente acesso a mais homens que os russos.


Uma nota adicional sobre a população:
https://foreignpolicy.com/2022/01/03/russia-demography-birthrate-decline-ukraine/
Aqui diz que, um dos problemas que prende mais a atenção de Putin, é a queda da população russa ...
« Última modificação: Março 09, 2022, 10:41:54 am por papatango »
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