Votação

Qual a solução mais sensata?

Sou a favor da construção dos dois.
37 (27.2%)
Sou a favor apenas do TGV.
11 (8.1%)
Sou a favor apenas do aeroporto.
25 (18.4%)
Nenhum, há outras prioridades.
63 (46.3%)

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Votação encerrada: Julho 05, 2005, 08:14:28 pm

Aeroporto da Ota e TGV... prioridades?

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Upham

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Re: Aeroportos em Portugal: Estudos e bom senso
« Responder #195 em: Julho 04, 2007, 07:04:47 pm »
Citação de: "Get_It"
Foi publicado um artigo, de 12 páginas, no Área Militar da autoria do P.Mendonça e J.P.Brás intitulado Aeroportos em Portugal: Estudos e bom senso, que analisa a localização do novo aeroporto e juntamente com o TGV. Nada mau o artigo, vale mesmo a pena passar alguns minutos a lê-lo - fica aqui uma dica: leiam-no enquanto comem mousse de chocolate, que foi o meu caso.
Citação de: "Aeroportos em Portugal: Estudos e bom senso"
O tema desta análise não se relaciona directamente com questões militares excepto quando as últimas duas localizações referidas para o possível futuro aeroporto de Lisboa são ou onde já se encontram instalações da Força Aérea, ou onde a Força Aérea efectua exercícios de tiro.

A importância e dimensão estratégica do investimento, bem como as suas possíveis consequências para o futuro do país, levam no entanto a que pelo menos nos permitamos coligir alguns dados e colocar algumas questões, perante uma «quase decisão» que praticamente ninguém entende.

A análise, tem em atenção as duas opções para a construção do novo Aeroporto Internacional de Lisboa, que o governo de Portugal aceitou que fossem analisadas. As duas opções correspondem a um aeroporto na região da Ota, e a um aeroporto na área correspondente ao Campo de Tiro de Alcochete, que é referido também como «C.T.A.» nos mapas e gráficos.

[continua]

Cumprimentos,


Boa tarde! :)

Já tive a oportunidade de ler o artigo em questão, que achei muito interessante, e uma ajuda para formar opinião.
Não que tenha muitas duvidas quanto á necessidade para Lisboa da desactivação do Aeroporto da Portela (penso que apesar das viagens aéreas serem muito seguras hoje em dia, há sempre o perigo latente da queda de um avião, lembram-se do Concorde ou da queda de um Jumbo de Carga em Amsterdão há uns anos?) e da construção de um novo Aeroporto de grande capacidade e com possibilidades de expansão.

Diz-me o meu senso (comum) que o melhor local para isso seria efectivamente a margem sul, podendo ser em Alcochete, não só por ser mais perto do que a Ota (para mim) como também ter possibilidade de expansão (e porque não instalar as OGMA e a futura fábrica do Skylander num novo Aeroporto?), como também permitir a potencial utilização por um maior numero de passageiros (Portugueses e Espanhóis) se a linha de TGV tiver uma estação no Aeroporto (Schipool tem uma estação de CF no sub-solo), tornando o maior numero de passageiros e de instalações técnicas o investimento mais rentavel.

Uma coisa não ficou clara para mim neste estudo. No caso de uma hipotética construção em Alcochete, como acederiam ao Aeroporto os Lisboetas, que representariam a maior parte dos passageiros? É que não obstando a ligação ao TGV que tem lógica para transporte a longa distância, não teria muita lógica apanhar um TGV na gare do oriente para viajar pouca mais de 20 Km. Teria mais sentido um comboio sub-urbano ligado á malha ferroviaria que já existe ou então utilizando a linha do TGV para atravessamento do Tejo pela nova ponte?

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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zocuni

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Frase.
« Responder #196 em: Julho 10, 2007, 04:07:24 pm »
Tudo bem,

Upham,penso que essa frase é de autoria de Júlio César(100-44A.C).

Abraços,
zocuni
 

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comanche

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« Responder #197 em: Julho 11, 2007, 01:06:28 pm »
Forças Armadas sem alternativa imediata a Campo de Tiro de Alcochete

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As Forças Armadas não têm alternativa imediata ao Campo de Tiro de Alcochete, para ser construído o novo aeroporto, mas está a ser analisada a instalação de um campo de treino em Mértola, no Alentejo.
 


Fontes militares afirmaram hoje à Agência Lusa que a Força Aérea Portuguesa "não pode deixar de ter um campo de treino", até por exigências de qualificação dos pilotos, e que a zona de Mértola, pelas características do terreno e baixa densidade demográfica, poderá ser, "a prazo", uma alternativa a estudar.

As mesmas fontes militares advertem ser "muito difícil" encontrar um local como o de Alcochete para campo de tiro, admitindo-se que a alternativa tenha uma área mais pequena, sem implicações para a sua viabilidade, face aos avanços tecnológicos entretanto registados.

Até que essa alternativa esteja concretizada, segundo fontes ligadas ao estudo sobre o novo aeroporto em Alcochete, a hipótese é fazer, numa "primeira fase", os treinos dos pilotos "fora do país", por "troca de serviços" com forças aéreas europeias.

No entanto, os custos de aluguer de campos de tiro em países europeus como Bélgica, Suécia, Itália ou no Canadá - que a Força Aérea Portuguesa já utilizou em exercícios militares da NATO - "são muitos elevados", alertam fontes militares.

"Custa milhares de euros por dia e por avião", afirmaram à Lusa responsáveis militares portugueses, que explicam que os valores são negociados caso a caso, dependendo do tipo de treino a efectuar e do campo de treino a efectuar.

Além de campos na Europa, haveria ainda possibilidade, de acordo com as fontes militares, de fazer os treinos no Norte de África, em ambiente de deserto.

Esta opção de treinos fora de Portugal é cara por implicar a deslocação e estadia das tripulações de aviões ou helicópteros durante alguns dias.

Contactado pela Lusa, o Estado-Maior da Força Aérea (EMFA) limitou-se a informar que, oficialmente, o ramo não está, neste momento, a fazer qualquer estudo sobre alternativas ao Campo de Tiro de Alcochete.

A única declaração pública sobre o assunto foi do general Luís Araújo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, que, à margem das comemorações do 19 de Julho, afirmou à Lusa que o ramo não seria um obstáculo à saída dos militares de Alcochete, caso fosse essa a opção do Governo para instalar o futuro aeroporto.

"A Força Aérea é parte da solução, nunca parte do problema", afirmou o general Luís Araújo, à margem da sessão solene do Dia de Portugal, este ano realizada em Setúbal.

"Se for decidido que é lá [que é construído o novo aeroporto internacional], a Força Aérea encontrará uma solução, uma alternativa", acrescentou.

O Campo de Tiro de Alcochete é uma unidade de utilização partilhada pelos três ramos das Força Armadas, mas é gerida pela Força Aérea.

Com 7.539 hectares, foi criado por decreto régio em 24 de Março de 1904 como polígono de tiro de artilharia, tendo sido durante muitos anos uma instalação do Exército, até em 1993, ano em que ficou na dependência da Força Aérea.

Um estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) para a localização do novo aeroporto de Lisboa, divulgado há um mês, aponta Alcochete como alternativa à Ota, proposta pelo Governo.

A 14 de Junho, à margem de uma reunião da NATO, em Bruxelas, o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, garantiu que "está disponível para estudar todas as alternativas que forem necessárias" para a construção do novo aeroporto.

Até final do ano, por decisão do Governo, estão ser feitos estudos comparativos entre a opção Ota e Alcochete para a localização do futuro aeroporto internacional.


© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

 
 

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SSK

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« Responder #198 em: Julho 11, 2007, 02:13:40 pm »
Com tantas viaturas que estaram a trabalhar nas obras e depois aeronaves julgo que alvos não faltaram :lol:
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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Upham

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« Responder #199 em: Julho 12, 2007, 04:33:29 pm »
Boa tarde! :(

http://dn.sapo.pt/2007/07/12/nacional/g ... e_aer.html

Ou me engano muito ou com estes (convenientes) atrasos chegamos ao final do ano sem o estudo pronto.

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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Lancero

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« Responder #200 em: Julho 12, 2007, 04:55:47 pm »
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Defesa: Alcochete, campo de tiro criado por um rei e utilizado por caças "hi-tech"    

   Lisboa, 11 Jul (Lusa) - O Campo de Tiro de Alcochete (CTA), criado por  decreto régio em 1904, é utilizado quase diariamente por aviões da Força  Aérea Portuguesa e este ano foi cenário do treino de caças A-10 dos Estados  Unidos.  

   O CTA, um dos maiores da Europa, com mais de 7.500 hectares, é utilizado  não só pelas Forças Armadas, mas também para treinos, quando solicitados,  das forças de segurança, como a PSP, GNR e Polícia Judiciária.  

   Fonte da Força Aérea disse à Agência Lusa que "praticamente todos os  dias, tendo em conta os horários de utilização", há aviões, como os F-16,  a utilizar (nem sempre com fogo real) o Campo de Tiro, que tem condições  "ímpares" para os treinos militares.  

   O terreno do CTA é arenoso, pelo que se evitam ricochetes de balas ou  em explosões.  

   O campo de tiro tem duas carreiras de tiro ar-solo para treino de tiro  de pilotos de aeronaves de combate, bem como uma área para a largada de  bombardeamento real.  

   Além disso, recebe exercícios de tiro de armas ligeiras, tiro de combate  e lançamento de foguetes, exercícios tácticos ou de desmantelamento de engenhos  explosivos.  

   Nestas instalações estão igualmente situados os paióis centrais da Força  Aérea e nove paióis do Exército  

   Apesar da actividade militar, o campo de tiro criado por decreto do  Rei D. Carlos I, em 1904, rodeada pela Reserva Natural do Estuário do Tejo,  tem uma zona de reserva com animais selvagens, como aves de rapina, raposas,  ginetes, javalis e saca-rabos.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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SSK

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« Responder #201 em: Julho 12, 2007, 06:51:33 pm »
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Novo Aeroporto 2007-07-12 00:05
Alcochete pode estar contaminado
Os solos do campo de tiro em Benavente podem exigir descontaminação ou remoção de explosivos. LNEC aguarda esclarecimentos da Defesa antes de avançar com estudo do novo aeroporto.

Nuno Miguel Silva

O LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil aguarda resposta a um pedido de esclarecimento solicitado ao ministério da Defesa sobre se é necessário proceder à descontaminação de solos e à remoção de explosivos na área do campo de tiro de Alcochete. O presidente do LNEC, Carlos Matias Ramos, explicou, ontem, na Comissão Parlamentar de Obras Públicas, que “só depois de ver esclarecida esta questão é que poderei estar em condições de estabelecer uma data-limite para conclusão da primeira fase” do estudo comparativo entre Alcochete e a Ota para localizar o novo aeroporto de Lisboa
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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lurker

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« Responder #202 em: Julho 13, 2007, 07:22:10 pm »
Citação de: "Upham"
Boa tarde! :(

http://dn.sapo.pt/2007/07/12/nacional/g ... e_aer.html

Ou me engano muito ou com estes (convenientes) atrasos chegamos ao final do ano sem o estudo pronto.

Cumprimentos!


É possivel.
Mas também é uma questão que levantei desde o dia em que ouvi falar da hipótese de colocar o NAL em Alcochete.
Desminar é lento, caro e perigoso.  E apesar de nunca ter havido muito orçamento para exercidios de fogo real, o campo tem 100 anos...
 

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André

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« Responder #203 em: Setembro 02, 2007, 01:41:10 pm »
Alcochete foi hipótese equacionada em 1972

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A localização do novo aeroporto em Alcochete foi uma hipótese estudada em 1972, no primeiro estudo do Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa, que avaliou cinco localizações a Sul do Tejo e apontou Rio Frio como a melhor solução.
O Estudo da Localização do Novo Aeroporto de Lisboa, o primeiro entregue ao Governo de então pelo Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa, avaliou cinco localizações na margem esquerda do Tejo para a construção da nova infra-estrutura aeroportuária: Fonte da Telha, Porto Alto, Rio Frio, Montijo e Alcochete.

Paralelamente, e dada a «impossibilidade» de construção do novo aeroporto na margem Norte do Tejo, o trabalho analisou também a hipótese Portela de Sacavém, «embora esta apresentasse, desde logo, graves inconvenientes resultantes de se encontrar praticamente dentro da cidade e não se vislumbrar qualquer hipótese de expansão».

A análise, baseada em condições operacionais, sociais e de custo, concluiu que Rio Frio era a «única (localização) em que era possível dispor de uma área que permitisse a instalação de um aeroporto de grandes dimensões, sem quaisquer restrições para ampliações futuras».

Sublinhando o facto de «não ser possível» a ampliação do aeroporto da Portela e a inexistência de «qualquer hipótese aceitável de localização do novo aeroporto na margem direita do Tejo», o estudo concluiu que Rio Frio é a localização que «melhor satisfaz os requisitos de localização do aeroporto de Lisboa».

O mesmo estudo sugeria que, «para efeitos do prosseguimento dos estudos relativos ao novo aeroporto de Lisboa, fosse aceite a tranferência oportuna do Campo de Tiro de Alcochete e a desactivação oportuna da base aérea do Montijo».

Quase 30 anos depois, em Julho 1999, um despacho do Ministério do Ambiente elimina a hipótese Rio Frio, e o conselho de ministros confirma a escolha da Ota para localização do novo aeroporto de Lisboa.

O relançamento do projecto foi feito pelo actual Governo mas, em Junho deste ano, depois da apresentação de um estudo patrocinado pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), que apontava Alcochete, «uma área nunca antes estudada», como alternativa à Ota para a construção do novo aeroporto, o Governo mandatou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) fazer um estudo comparativo entre estes dois locais, com o objectivo de saber qual é o melhor para construir a nova infra-estrutura.

O estudo deverá estar concluído a 12 de Dezembro deste ano, sendo que a decisão final sobre a localização do novo aeroporto será tomada em função dos resultados obtidos por este estudo.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #204 em: Setembro 22, 2007, 02:18:28 pm »
Ministro pede estudo sobre mancha florestal

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O ministro da Agricultura encomendou em Junho um estudo sobre a mancha florestal a sul do Tejo, que pretende ser «um contributo» para a discussão sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa, disse à Lusa fonte do ministério.

O semanário Expresso noticia hoje que o ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva, «encomendou aos serviços do Ministério um estudo sobre o impacto que o novo aeroporto terá na Companhia das Lezírias».
O jornal adianta ainda que o primeiro- ministro «chamou a si a condução política» do dossiê relativo à construção do novo aeroporto de Lisboa, uma informação desmentida hoje de manhã pelo gabinete de José Sócrates.

«No âmbito das suas competências, a coordenação do processo da construção do novo aeroporto é feita pelo ministro das Obras Públicas, engenheiro Mário Lino, não existindo qualquer alteração deste procedimento e facto, como especula e insinua a falsa notícia do semanário Expresso», adiantou à Lusa o gabinete do primeiro-ministro.

«A notícia hoje publicada pelo Expresso sob o título 'Sócrates tira aeroporto das mãos de Mário Lino' é falsa, fantasiosa nos seus pressupostos e não tem qualquer fundamento», referiu o gabinte de Sócrates.

A notícia do semanário refere também que o ministro da Agricultura «receia que a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete possa afectar a reserva de sobreiros da Companhia das Lezírias», propriedade do Estado e que tem funcionado como um «laboratório».

Em declarações à agência Lusa, fonte do gabinete de Jaime Silva confirmou que o ministro pediu em Junho um estudo, que deverá estar concluído «em breve», à Direcção-Geral dos Recursos Florestais «para se conhecer em pormenor a mancha florestal a sul do Tejo», onde existe a Companhia das Lezírias e outras propriedades, como a Herdade do Canha.

«Trata-se de um estudo que o ministro pretende que seja um contributo, mais um dado a levar em conta na discussão do aeroporto», adiantou a mesma fonte.

O gabinete de Jaime Silva desmentiu, em comunicado, que tenha dúvidas sobre a hipótese de Alcochete, como adianta o semanário.

«O ministro nunca afirmou ser contra ou a favor da construção do novo aeroporto em Alcohete ou na Ota. A notícia do Expresso é falsa quando diz que o ministro da Agricultura não quer o aeroporto em Alcochete», sublinha.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #205 em: Setembro 24, 2007, 03:30:15 pm »
Mário Lino nega retirada das suas mãos do dossiêr Aeroporto

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O ministro das Obras Públicas reagiu hoje com uma gargalhada à notícia, publicada no fim-de-semana, de que o primeiro-ministro lhe teria retirado a «condução política» do dossiêr relativo à construção do novo aeroporto de Lisboa.
«É uma notícia completamente falsa, o próprio primeiro-ministro já desmentiu, não tem qualquer base, é um disparate completo, mas que consta da 1ª página de um jornal de referência como o Expresso», referiu aos jornalistas Mário Lino, depois de soltar uma gargalhada.

Mário Lino disse ainda que vê «com alguma apreensão» que notícias deste teor saiam em «órgãos de comunicação social da qualidade do Expresso, que habituou os seus leitores a ser um jornal com rigor e independência»

O Expresso, na sua edição de sábado, noticia que o primeiro-ministro «chamou a si a condução política» do dossiêr relativo à construção do novo aeroporto de Lisboa, uma informação desmentida nesse mesmo dia pelo gabinete de José Sócrates.

«No âmbito das suas competências, a coordenação do processo da construção do novo aeroporto é feita pelo ministro das Obras Públicas, engenheiro Mário Lino, não existindo qualquer alteração deste procedimento e facto, como especula e insinua a falsa notícia do semanário Expresso», adiantou à Lusa o gabinete do primeiro-ministro.

«A notícia sob o título Sócrates tira aeroporto das mãos de Mário Lino é falsa, fantasiosa nos seus pressupostos e não tem qualquer fundamento», referiu ainda o gabinete de Sócrates.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #206 em: Setembro 24, 2007, 03:44:17 pm »
Jaime Silva entrega estudo da margem Sul até 2008

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O ministro da Agricultura garantiu hoje que vai entregar «até ao final do ano» ao ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, um estudo sobre solos e florestas na região a sul do Tejo, incluindo Alcochete, uma das possíveis localizações para o novo aeroporto.

Jaime Silva, que falava à imprensa no final da sessão plenária de abertura da Reunião Anual da NAFO - Organização de Pesca do Atlântico Noroeste, que se realiza em Lisboa até sexta-feira, afirmou que o estudo foi encomendado antes da decisão do Governo de comparar a Ota com Alcochete como possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa.

Segundo o ministro da Agricultura, o estudo sobre a mancha florestal a Sul do Tejo foi encomendado, tendo em conta «a responsabilidade pela política agrícola do montado» e inicialmente «não tinha tempo limite».

Agora, «fará todo o sentido estar pronto até ao final do ano», afirmou Jaime Silva, admitindo que o estudo possa ser tido em conta na decisão de localização do novo aeroporto.

Questionado sobre se a implantação de um aeroporto em Alcochete teria impacto na Companhia das Lezírias, Jaime Silva respondeu «não ter dúvidas, nem certezas», realçando: «não sou um especialista».

«O estudo incide sobre o ciclo vegetativo das plantas e foi pedido há bastante tempo», garantiu o ministro.

No sábado, o Semanário Expresso noticiou que o ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva, tinha encomendado aos serviços do Ministério «um estudo sobre o impacto que o novo aeroporto terá na Companhia das Lezírias».

Por sua vez, fonte do ministério disse sábado à Lusa se trata de «um estudo que o ministro pretende que seja um contributo, mais um dado a levar em conta na discussão do aeroporto».

«O ministro nunca afirmou ser contra ou a favor da construção do novo aeroporto em Alcohete ou na Ota. A notícia do Expresso é falsa quando diz que o ministro da Agricultura não quer o aeroporto em Alcochete», sublinhou.

O jornal adiantava ainda que o primeiro-ministro «chamou a si a condução política» do dossiê relativo à construção do novo aeroporto de Lisboa, uma informação desmentida sábado de manhã pelo gabinete de José Sócrates.

«A notícia publicada pelo Expresso [sábado] sob o título 'Sócrates tira aeroporto das mãos de Mário Lino' é falsa, fantasiosa nos seus pressupostos e não tem qualquer fundamento», referiu o gabinete de Sócrates.

O estudo foi pedido em Junho à Direcção-Geral dos Recursos Florestais «para se conhecer em pormenor a mancha florestal a sul do Tejo», onde existe a Companhia das Lezírias e outras propriedades, como a Herdade do Canha.

Diário Digital / Lusa

 

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Lancero

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« Responder #207 em: Outubro 04, 2007, 03:51:19 pm »
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Aeroporto de Lisboa: Campo de Alcochete não é coutada de caça - Força Aérea

Monte Real, Leiria, 04 Out (Lusa) - O chefe do Estado-Maior da Força  Aérea, Luís Araújo, afirmou hoje que "Alcochete não é uma coutada de caça"  mas a construção de um novo aeroporto de Lisboa naquele local tem de salvaguardar  um local alternativo para treino de tiro ar-chão.  

     

   "Em relação ao novo aeroporto de Lisboa, a Força Aérea não é nunca um  problema, é sempre uma solução" e "se for entendido que é no Campo de Tiro  de Alcochete, é no Campo de Tiro de Alcochete" até porque a hierarquia militar  "não é dona de nada" mas sim os contribuintes portugueses, disse.  

     

   Se o novo aeroporto for para Alcochete, "nós vamos apresentar a factura"  e exigir um local de treino de tiro ar-chão junto do poder político, prometeu  o general, recordando que isso é um requisito essencial para os pilotos  portugueses.  

     

   Presente hoje na Base Aérea de Monte Real, onde assistiu à mudança de  comando, o general Luís Araújo admitiu também a utilização da pista para  fins civis, como vários autarcas e operadores turísticos da região centro  reclamam.  

     

   "Monte Real é uma infra-estrutura aeronáutica militar" mas "a sua capacidade  é supletiva, tem apoiado a operação de meios que não são militares.  

     

   "Se for decidido pelo poder político que aqui se vai fazer um aeroporto,  com certeza que a pista serve para aterrar aviões civis e militares", afirmou.  

     

   No entanto, os responsáveis civis "têm que fazer infra-estruturas em  termos de gares que não são propriamente no sítio onde se senta o comandante  da base".  

     

   O CEMFA recorda mesmo uma cerimónia do antigo primeiro-ministro Santana  Lopes que foi a Monte Real anunciar a abertura ao tráfego civil, no âmbito  de um protocolo que outros Governos já haviam celebrado.  

     

   "O aeroporto já está inaugurado", ironizou Luís Araújo, embora salientando  que nunca foi contactado pelo poder político actual no sentido de fazer  cumprir o protocolo.  

     

   E "não é a Força Aérea que está interessada em fazer voos low-cost",  notou o general.  

     

   "As nossas infra-estruturas, na sua capacidade sobrante", podem ser  utilizadas para fins civis, desde que seja "entendido que Monte Real é muito  necessário" pelo poder político.  

     

   Do ponto de vista técnico, é possível conciliar a utilização da pista  mas "não é fácil" e será sempre necessário "conciliar os interesses de segurança  e de defesa" com "os interesses de uma pista civil".  

     

   E "se isso for decidido, as pessoas têm que se sentar à mesa", defendeu  o chefe do Estado-Maior da Força Aérea.  

     
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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André

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« Responder #208 em: Outubro 24, 2007, 05:53:45 pm »
Mário Lino admite recorrer a requisição civil

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O ministro dos Transportes, Mário Lino, disse hoje que a requisição civil para assegurar o normal funcionamento dos aeroportos durante os próximos dias de greve dos pilotos é «uma possibilidade», mas adiantou «não estar nesse registo».
«Todas as possibilidades são possíveis, por isso é que são possibilidades, mas eu não estou nesse registo. O meu registo é procurar a um entendimento com o sindicato no sentido de sentar e discutir as matérias», reiterou o ministro à margem de uma visita à feira de materiais de construção Concreta, na Exponor, em Matosinhos.

Questionado pelos jornalistas sobre até onde o Governo poderá ir nas negociações com o sindicato, Mário Lino garantiu «não ter nenhum limite» e reforçou a necessidade de discutir e encontrar soluções.

«Temos que ver quais são as soluções que existem e se elas deixam os sindicatos, os pilotos e o Governo confortáveis ou não«, explicou.

Segundo o ministro, a questão do limite de idade da reforma já foi discutida com o sindicato, o problema agora a analisar será essencialmente o dos valores das pensões da reforma, entre outros.

«Eu continuo com esperança que nós encontremos ambiente para discutirmos seriamente estas questões», disse.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAV) convocou uma greve para os dias 23, 25 e 27 de Outubro e 5, 7 e 9 de Novembro.

A greve deverá afectar as companhias de aviação comercial portuguesas, TAP e SATA.

No primeiro dia da greve dos pilotos (terça-feira) dezenas de ligações aéreas foram afectadas, estando estimados já fortes prejuízos para as companhias aéreas portuguesas afectadas pela paralisação.

Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #209 em: Outubro 26, 2007, 12:48:53 pm »
AEROPORTO NO SUL POUPA 3 MIL MILHÕES




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A instalação do futuro aeroporto em Alcochete, a construção de uma nova ponte a ligar o Beato à península do Montijo e o redesenho da rede de alta velocidade, com um troço comum nas ligações ao Porto, Madrid e Algarve, permitirão poupar mais de três mil milhões de euros ao País, face aos custos da localização do aeroporto na Ota, da construção de uma ponte Chelas-Barreiro e da rede de alta velocidade aprovada pelo Governo. Esta é a principal conclusão do estudo desenvolvido pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), a que o DN teve acesso, e que já foi entregue ao Presidente da República e ao primeiro-ministro.

Só a construção do aeroporto em Alcochete representa uma poupança calculada em um milhão de euros. A Ota, nos cálculos do Governo, representa um investimento de 3,1 mil milhões de euros, enquanto em Alcochete não ultrapassará dois mil milhões de euros.

Nos próximos dias deverá ter lugar uma reunião entre José Sócrates e a CIP para se começar a discutir as conclusões do estudo, cujo dossier tem mais de 200 páginas. Em cima da mesa estará igualmente o modelo de negócio que, no caso da solução Ota, contemplava, como forma de financiamento, a privatização da ANA-Aeroportos de Portugal.

A proposta da indústria defende uma integração "perfeita" entre o novo aeroporto e a nova rede de TGV, bem como as ligações aos sistemas rodoviários e ferroviários, diz fonte ligada aos estudos.

A localização do futuro aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, a pouco mais de 30km de Lisboa, numa zona plana, ocupada sobretudo por eucaliptos, e pertencente ao Estado, "oferece uma economia superior a mil milhões de euros por não requerer expropriações e poder beneficiar de maior grau de financiamento da União Europeia, por se localizar no distrito de Santarém", acrescenta a mesma fonte.

O Campo de Tiro de Alcochete ocupa uma área da ordem dos oito mil hectares, que não serão totalmente ocupados pela infra-estrutura. O espaço existente permite dimensionar o aeroporto, prevendo futuras expansões. Este é um ponto negativo na Ota, que ao fim de 40 anos fica esgotado. Alcochete pode receber duas pistas sem restrições de operação.

Os técnicos envolvidos no estudo fizeram o redesenho completo da rede de alta velocidade, no que respeita às entradas e saídas de Lisboa.

Assim, ao contrário da proposta defendida pelo Governo, a CIP propõe uma saída comum nas ligações em alta velocidade ao Porto, Algarve e Madrid, com partida da Gare do Oriente ou de uma nova estação, a erguer preferencialmente na zona Chelas/Olaias. Os comboios, revela o estudo, seguem numa linha comum até ao aeroporto, e é a partir da estação situada no aeroporto que a linha se divide em três e os comboios partem daí em direcção ao Porto, Madrid e Algarve.

O projecto de alta velocidade aprovado pelo Governo prevê a construção de duas linhas à saída de Lisboa. A ligação ao Porto segue pela margem norte, junto à actual linha ferroviária, enquanto a ligação a Madrid segue pela ponte prevista para a zona Chelas-Barreiro, em direcção ao Sul. As ligações ao Algarve não estão incluídas nos planos, continuando o comboio para Faro a circular pela Ponte 25 de Abril. No global, o projecto de alta velocidade apresentado pelo Governo está estimado em 7,1 mil milhões de euros, dos quais 4,5 mil milhões na linha de alta velocidade para o Porto e 2,4 mil milhões na ligação até à fronteira.

O projecto defendido pela CIP contempla a ligação do novo aeroporto ao nó ferroviário do Poceirão e à respectiva plataforma logística. Os planos para a Ota não prevêem ligações directas às plataformas logísticas em estudo na região. Um ponto negativo na ligação pelo Sul ao Porto é o facto do tempo de viagem aumentar cerca de 15 minutos. Estudos do Governo estimam a viagem Lisboa- -Porto em alta velocidade em 1.15, com o desvio para Alcochete o tempo pode subir para 1.30. Em contraponto, a ligação ao Algarve, recorrendo à linha até Alcochete, vai representar uma poupança de tempo de 30 minutos, face às actuais três horas.

Estrangeiros estudaram ponte

A ligação ao aeroporto implica a construção de uma nova travessia sobre o rio Tejo, e que a CIP prevê exclusivamente ferroviária e com quatro vias, duas em bitola ibérica para os comboios suburbanos que já circulam na rede nacional, e duas em bitola europeia para servir o TGV.

A terceira travessia do Tejo pode ser construída em ponte ou em túnel imerso, defende a CIP. Qualquer destas soluções, com amarração prevista entre o Beato e a península do Montijo, são mais económicas que a ponte que o Governo quer construir entre Chelas e o Barreiro. A distância entre o Beato e o Montijo está fixada em 5,6 km, enquanto a distância entre Chelas-Barreiro é de 7,6 km. Os planos do Governo apontam para um investimento superior a 1,2 mil milhões de euros para a terceira travessia na parte ferroviária, dos quais 600 milhões para a alta velocidade. Até à data ainda não ficou definido se a ligação comportará um tabuleiro rodoviário.

A CIP confessa alguma "segurança" na proposta apresentada, baseando-se no facto de ter recorrido aos maiores especialistas em pontes. A solução em ponte entre o Beato e o Montijo foi estudada pelo mesmo especialista que desenvolveu os estudos iniciais da ponte Chelas/Barreiro.

Pelas contas da confederação esta solução "só no aspecto estrutural custa menos 40% do que a opção pelo Barreiro", refere a mesma fonte, que aponta como vantagem "de não obrigar praticamente a realojamentos", como sucede no caso da ponte Chelas--Barreiro.

A solução em túnel imerso entre o Beato e o Montijo foi estudada por especialistas ingleses, que estiveram envolvidos na concepção e construção do túnel de Oresund entre a Suécia e a Dinamarca. Segundo os estudos, esta solução, com maior incorpora-ção da indústria nacional, "tem um custo inferior à solução em ponte". O investimento numa ou noutra solução não ultrapassa os mil milhões de euros.|