Paisano
As Barroso, de facto não são bem corvetas.Na realidade são fragatas ligeiras. Bastava por exemplo comparar as características das Barroso com as fragatas “Comandante João Belo” para ver a comparação.
As Barroso, estão ele disso equipadas como muitas fragatas.
O problema, neste momento, é que mesmo no Brasil, a classe está em vias de acabar. As Barroso, são consideradas demasiado pequenas, para os padrões actuais, e demasiado armadas (e caras de operar) para serem apenas navios de patrulha.
Hoje, as marinhas do mundo, caminham no sentido de ter navios patrulha relativamente grandes, mas pouco armados, que vão servir para patrulha e que podem servir em situações de guerra assimétrica, e. Por outro lado, navios maiores, em menor numero, mas equipados com os mais sofisticados sistemas disponíveis, pois são esses sistemas que vão definir que ganha os recontros navais que possam existir no futuro.
A marinha portuguesa, é relativamente pequena, mas não deixa de seguir esse mesmo conceito. Temos o programa do NPO-2000,que é o patrulha de dimensões grandes (para o oceano) e algumas fragatas, de tecnologia média, que se espera que possam evoluir para navios mais sofisticados.
E estas últimas considerações, sem deixar de achar que talvez não tenhamos necessidade de ter navios tipo Arleigh Burke. (contra-torpedeiros anti-aéreos)
As Barroso, são o resultado da análise que o Brasil fez nos anos 80 sobre as suas necessidades. Daí surgiu a classe Inhaumá, da qual a Barroso é uma derivação.
http://www.areamilitar.net/cplp/BR_Marinha_inhauma.asp?tp=ACT&rm=Marinha&pa=BrasilA própria marinha brasileira provavelmente não encomendará mais barcos desta classe, exactamente por causa desta análise. Ou seja, a marinha brasileira parece considerar que as Inhaumá são demasiado grandes e caras para serem navios de patrulha, e são demasiado pequenas para fragatas, tendo varias desvantagens, mas mantendo um custo elevado, que pode ser quase tão elevado quanto o de uma fragata moderna.
Basta por exemplo ver a tripulação de uma Inhaumá (típica de um navio dos anos 80). Um patrulha do futuro, ou um patrulha transformado em corveta, deverá ter uma tripulação entre os 30 e os 50 militares.
O que eu acho que faria sentido em Portugal, seriam os patrulhas da classe Grajaú, embora também tenha uma tripulação bastante grande.
http://www.areamilitar.net/cplp/br_marinha_grajau.asp?tp=ACT&rm=Marinha&pa=BrasilCumprimentos