Creio que isso dependerá de como é feito o confronto. Não estou a ver o F-35 disparar os seus mísseis e continuar a convergir com o oponente à espera de acertar. O F-35 tem a vantagem (teórica) de poder disparar primeiro, e deixar o míssil fazer o seu trabalho. O adversário, que não terá uma solução de tiro contra o F-35 antes deste próprio a ter, terá que decidir desengajar e realizar manobras evasivas, ou continuar na ofensiva. O F-35 aqui tem vantagens claras, principalmente se tivermos um rácio de 1 para 1 das aeronaves de ambos os lados. Óbvio que se estivermos a falar de 2 F-35 contra 8 ou mais adversários, é mais complicado.
Mas, não esquecer que estão em desenvolvimento novos mísseis ar-ar, o Raytheon Peregrine e o Lockheed Martin Cuda. Estes mísseis terão metade do tamanho do AMRAAM, com o objectivo de caber o dobro dos mísseis nas baías de armas do F-35 (e não só). Mas isto para já não entra no debate, mas é importante lembrar que para nós, que nunca teremos F-35 antes de 2030, estes novos mísseis poderão nessa altura já estar em operação.
Nem falo do futuro AIM-260, cuja ideia é vir a ser superior aos mísseis BVR mais recentes de outros países.
Tendo em conta que o F-35 na sua configuração ar-ar "full stealth", não possui mísseis WVR, é inteiramente possível que a doutrina seja diferente dos caças de gerações anteriores, que após o combate BVR, as aeronaves restantes convergiam para o dogfight. Com o F-35 esta situação poderá nem se colocar.