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Conflitos => Conflitos do Passado e História Militar => Tópico iniciado por: Asa em Agosto 24, 2007, 11:37:16 pm
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Pensei que fosse um tema interressante discutir para variar, sobre o nosso exercito e a sua historia?
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Bom:
Poderia ser um tema interessante se alguma vez tivesse tido qualquer relevância. Mas na realidade, a não ser que falemos dos cavaleiros em armadura (e mesmo aí o que temos é a demonstração da falência da armadura) a «cavalaria blindada» nunca teve qualquer utilidade ou relevância.
Para Portugal, no que respeita à defesa do território, os tanques têm naturalmente uma função meramente defensiva em pequenos grupos e dispersos. De outra forma serão completamente inuteis. Ou seja: Não podem ser utilizados em missões de contra-ataque.
Além disso presentemente a função que poderiamos dar aos tanques (unidades pesadas com um canhão capaz de destruir tanques inimigos) pode ser eficientemente desempenhada por unidades leves, camufladas, móveis e armadas de armamento anti-tanque eficiente.
Fora da situação actual, a única utilização prática conhecida de tanques por Portugal, foram os três tanques leves M3/M5 enviados para Angola, onde terão tido algun sucesso, mas mais pela não existência de contra-medidas adequadas que pela bondade do conceito.
Cumprimentos
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É verdade tudo o que disseste mas uma coisa é também verdade a cavalaria blindada portuguesa só é assim devido ao facto, que Portugal é um país pequeno e tem de ter uma cavalaria de acordo com seu tamanho.
A cavalaria é uma das armas mais antiga em todo o mundo, para assustar e desmobilizar o inimigo, mas desde a 1ª grande guerra que nenhuma outra utilidade se pode dar a ela. hoje em dia grupos de infataria, podem fazer o mesmo ou ainda melhor trabalho que um grupo de cavalaria quer seja blindada ou não.
Por isso Portugal não foge à regra e mantem uma cavalaria de fachada que em caso de invasão só serviria para empatar a invasão de modo a que grupos militares se preparassem para uma luta de guerrilha.
Mesmo, acabei-me de lembrar que quanto a cavalaria blindada também se consideram as viaturas ligeiras blindadas, logo, chaimite, fox, panhard erc, entre outras viaturas também participaram na guerra colonial, kosovo, e todo o resto de operações militares de paz ou de guerra, que nós tenhamos feito desde então.
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Do meu ponto de vista, a cavalaria tem o seu equivalente hoje nas grandes unidades blindadas constituidas por tanques médios ou pesados.
A cavalaria sempre foi importante no campo de batalha porque se considerava que era uma força móvel que poderia ser utilizada com facilidade conforme as necessidades do campo de batalha, e ao mesmo tempo, se fosse blindada (cavaleiros com armadura) poderia penetrar nas linhas inimigas desorganizando-as.
Sabemos que deste a antiguidade é da maior importãncia manter uma linha coesa de defesa, porque um soldado defende-se a si ao mesmo tempo que defende um dos flancos do soldado seguinte e é defendido pelo soldado que está ao lado.
Quando a linha é rompida, toda a organização defensiva se perde.
A cavalaria blindada foi perdendo importância à medida que foram aparecendo as armas de fogo, mas o conceito da ruptura das linhas inimigas foi novamente introduzido durante a I Guerra Mundial com a introdução do carro de combate, que na prática desempenhou a função do cavaleiro com armadura da idade média.
A cavalaria blindada é portanto na sua essencia uma arma ofensiva, e desde logo na Europa os nossos exércitos quase sempre foram forças defensivas e não ofensivas, enquanto que o tipo de inimigos que encontrámos fora do país podiam ser enfrentados ou com navios ou com forças de infantaria.
A Cavalaria á portanto importante apenas como arma defensiva, função para a qual não é a arma mais adequada.
Para combater um tanque, diz-se que a melhor arma é outro tanque, mas pelo que vimos no Iraque, onde os M1 americanos destruiram centenas ou milhares de T-72 e T-55 nas duas guerras sem que um único M1 tenha sido destruido, deixam-nos a pensar que isto não é verdade.
Aliás, quando olhamos para o Iraque verificamos que os únicos Abrams destruidos foram destruidos por armas ligeiras anti-tanque.
A lição que creio que se deve extrair, é a de que os tanques não são das armas mais eficientes como armas defensivas e que armamento ligeiro mas poderoso pode efectivamente resultar tão bem ou melhor.
O que de alguma forma explica e justifica a grande redução do numero de carros de combate principais prevista para o exército português, que não é exctamente uma má noticia, desde que acompanhada do necessário reforço de unidades ligeiras e móveis com equipamentos que possam de alguma forma equilibrar a falta de tanques.
Cumprimentos