Vítor, a mim faz-me sentido os Leo2 exactamente pela componente Argentina. Não que os "Muchachos" sem aviação se metessem em qualquer coisa, mas porque seriam uma clara vantagem sobre os TAM modernizados. Ainda assim parece-me que os Leo1 levam vantagem porque tem uma melhor blindagem original que os TAM e porque pelo preço da modernização (2,5 a 3 milhões USD) versus a conhecida penúria argentina, devem ficar pela meia duzia.
Com certeza seria excelente a aquisição de Leopard 2. Porém, a princípio, a visita de militares brasileiros à Suíça para avaliar uma frota de Leo1A5 (ex- Exército Italiano, atualmente propriedade da empresa helvética RUAG) teria como objetivo sua possível aquisição para a substituição dos Leo1A1 ainda operativos no EB. Desta forma, caso efetuada a compra destes meios, o EB padronizaria sua frota de carros de combate (CC) com cerca de 300 Leo1A5.
De fato, levando em consideração a escassez de recursos que abate o Exército Argentino, não creio que a modernização do TAM para o padrão 2C abranja toda a frota. Portanto, nesta perspectiva, os Leo1A5 do EB continuam a formar fileiras couraçadas intransponível à cavalaria argentina. Na realidade, os esquadrões da FAB dotados de Super Tucano e AMX-M, baseados no Estado do Rio Grande do Sul (fronteira com a Argentina) já neutralizariam os TAMs argentinos antes mesmo destes entrarem em choque com os nossos Leo1A5.
Além disso há os dispositivos anti-tanque (mísseis portáteis) à disposição do inventário do E.B, operados por infantes a pé ou por comandos mobilizados em viaturas leves: ERYX (135mm), MILAN e o míssil de fabricação brasileira MSS-1.2 (130mm).
Na zona da Amazónia, faz-me sentido uma versão 6x6 ou 8x8, mas uma peça de 90mm parece-me pouco. O ideal seria pegar no saudoso SUCURI ou pelo menos ver se seria possível adaptar torre e peça de 105 mm ao Cascavel modernizado (Ideal), ou pelo menos ao Guarani.
Tens razão. Uma peça de 90 mm é insuficiente para um blindado sobre rodas combater em ambiente amazônico. Contudo, não acredito que o EB venha ressuscitar o projeto do SUCURI da extinta Engesa e tampouco inicie um projeto de dotação de um canhão de 105 mm à torre do EE-9 Cascavel. Tenho a impressão que o EB, mesmo no longo prazo, vá concentrar recursos e esforços na finalização e obtenção da versão 8x8 do Guarani (reconhecimento) equipado com uma torre armada de uma peça de 105mm. Pelo menos é o que prevê inicialmente o Projeto Estratégico Guarani.