Português acusado no Brasil de espionagem empresarial

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Fábio G.

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Português acusado no Brasil de espionagem empresarial
« em: Julho 27, 2004, 12:03:29 pm »
SIC

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2004-07-27 10:51  
Prisão preventiva
 
Português acusado no Brasil de espionagem empresarial
 
 
 
   
Polícia Federal (PF) do Brasil deve solicitar, quarta-feira, o prorrogamento, por cinco dias, da prisão preventiva do português Tiago Nunes Hendrish Verdial, acusado de espionagem industrial, disse hoje à Lusa fonte policial.
 
Lusa
 
 
 
 
Acusado de espionagem industrial, formação de quadrilha, quebra de sigilo constitucional, corrupção activa e obtenção ilegal de documentos sigilosos, Tiago Verdial, 30 anos, foi preso no sábado, no Rio de Janeiro, e transferido para a superintendência regional da PF no Distrito Federal.

Ligado a uma das maiores empresas de investigação do mundo, a norte-americana Kroll Associates, Tiago Nunes poderá estar envolvido em acções de espionagem industrial no Brasil que atingiram também membros do governo brasileiro e do Judiciário.

A Kroll foi contratada pela Brasil Telecom, controlada pelo grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, para investigar a Itália Telecom, com quem trava uma batalha judicial há anos.

De acordo com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o governo brasileiro sabia, desde Janeiro, que a Brasil Telecom fazia espionagem no país contra concorrentes e autoridades.

O caso só veio a público quando a Folha de São Paulo, na passada quinta-feira, divulgou que a Kroll teve acesso a e-mails do ministro Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação, antes de sua posse, e investigou também o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb.

A Policia Federal disse à Lusa que, não é possível a extradição de Tiago Verdial, já que os crimes dos quais ele é acusado foram cometidos no Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores disse, por seu turno, à Lusa que as autoridades estão a estudar os detalhes do caso para verificar a possibilidade de Tiago Verdial poder responder o processo em Portugal e, se condenado, cumprir pena no seu país.

Na Polícia Federal, as investigações estão sob segredo da Justiça. Segundo indicou à Lusa fonte policial, Tiago Verdial já prestou dois depoimentos, e com a provável prorrogação de sua prisão por mais cinco dias, a polícia espera esclarecer os vínculos deste cidadão português com a Kroll.

Além de prorrogar a prisão preventiva, as autoridades brasileiras podem solicitar ainda, se julgarem necessário, a prisão temporária do acusado por mais 30 dias. De acordo com a Folha de São Paulo, Tiago Verdial admitiu, ao procurar emprego na divisão de segurança da Telecom Itália, que usava "métodos ilegais" para obter informações.

A declaração de Tiago Verdial foi gravada e apresentada à PF pela empresa. Segundo a Folha de São Paulo, as autoridades brasileiras estão a procurar agora um espião inglês, de nome Wiliam, ex-integrante do serviço secreto britânico, que seria o coordenador mundial do esquema de investigação internacional de negócios na área de telecomunicações.
 

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Fábio G.

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Agosto 04, 2004, 11:34:19 am »
JN

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"Espião" português libertado no Brasil
falta de provas  

O alegado espião português Tiago Verdial, acusado de ter investigado membros do governo brasileiro para a multinacional de informações Kroll, foi libertado anteontem, após nove dias de prisão, anunciou a Polícia Federal (PF). O pedido da PF para manter Tiago Verdial sob detenção não foi aceite pela Justiça.

O juiz federal Renato Pacheco Chaves de Oliveira, da 5ª Vara Criminal de São Paulo, considerou que a Polícia Federal e o Ministério Público não apresentaram até agora indícios de práticas criminosas de Tiago Verdial que justificassem a transformação da sua prisão temporária (até cinco dias, renováveis) em prisão preventiva (até 81 dias).

Segundo o despacho do juiz, o próprio Ministério Público reconhece que "o único delito que apresenta contornos mais definidos" é o abrangido pelo artigo 343 do Código Penal, referente à acusação de "dar ou oferecer dinheiro à testemunha, perito, contabilista, tradutor ou intérprete", ou seja, um acto de corrupção.

As outras acusações - espionagem, formação de quadrilha, quebra de sigilo constitucional e obtenção ilegal de documentos sigilosos - ainda estão "pendentes", de acordo com Renato Oliveira, "de elementos suficientes para apresentação da denúncia". O juiz reiterou também que os advogados do ex-funcionário da Kroll continuarão sem ter acesso aos autos. De acordo com a assessoria de imprensa da PF, a polícia continuará as investigações que estão sob sigilo de Justiça.

Ligado a uma das maiores empresas de investigação do mundo, a norte-americana Kroll Associates, Tiago Nunes, 30 anos, foi detido a dia 24 de Julho, no Rio de Janeiro, e transferido para a superintendência regional da PF no Distrito Federal. Verdial é acusado de estar envolvido em acções de espionagem industrial no Brasil que atingiram também membros do poder judicial e do governo brasileiro, como os ministros Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação, e José Dirceu, da Casa Civil.

A Kroll foi contratada pela Brasil Telecom, controlada pelo grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, para investigar a Itália Telecom, com a qual trava há anos uma batalha judicial.