No sistema IRIS_T SLS, o lançador é uma coisa muito simples, transportada numa palete metálica standardizada.
Coloca-se em cima de um camião.
Penso que esse lançador deve ser mais barato que os lançadores rotativos de MISTRAL ou STINGER ou PIORUN.
O lançador não será uma simples palete, terá sistemas lá dentro que poderão até ser mais complexos (e consequentemente caros) que uma simples torre remota.
A diferença entre o IRIS-T SLS (original e Mk3), é que exige grandes modificações ao veículo para acomodar o sistema, enquanto os sistemas de torre, como o MPCV e ATLAS RC, conseguem ser instalados em praticamente qualquer veículo porta-armas.
Dito isto, a nível de mobilidade e protecção, há uma grande diferença em ter um sistema SHORAD num blindado 4x4, 6x6, 8x8 ou ter num camião, e ter num camião.
Por outro lado, o IRIS-T SLS Mk3 tem a grande vantagem de ter o radar acoplado ao veículo lançador.
E isto levanta a questão, se ganhasse o IRIS-T, ia-se pedir que cortassem o radar da maioria dos lançadores?
Eu não acho que o concurso esteja feito para ganhar o IRIS-T, até porque se a ideia fosse isso, um concurso feito à medida, punham logo um valor mínimo para o alcance na ordem dos 10km e eliminava logo os outros concorrentes todos. Tenho até sérias dúvidas que o orçamento dê para aquele modelo, nas quantidades que se pretende.
O Radar do IRIS_T deverá ser mais caro. Porque, se o míssil IRIS-T tem um alcance de uns 20km, o radar tem que ter um alcance de uns 40 ou 50, não?
Para os mísseis MANPADS com açcance de 7, chega um radar com alcance de 20.
Não necessariamente. O radar é praticamente à escolha do freguês, O IRIS-T SLS Mk3 tem como opção usar o Saab Giraffe 1X ou o Hensoldt Spexer, que também pode ser opção para qualquer outro. Quando a ideia é ter o lançador e o radar no mesmo veículo, o seu alcance não precisa de ser gigante
Quando a ideia é ter apenas um radar para vários lançadores, convém que este radar tenha um alcance consideravelmente maior.