Muito obrigado a todos pelo acolhimento, respostas e esclarecimentos
Dizer que enquanto Português me faz uma profunda confusão como é que se gasta esbanja tanto dinheiro em coisas supérfluas e depois não temos posições estratégicas minimamente defendidas O que me leva a perguntar no porquê de existir essa situação....
Voltando ao tópico, pelo que entendi a defesa deveria ser constituída por 3 "camadas": Curto, Médio e Longo alcance. Sendo que esta ultima é extremamente cara e que só temos defesas de curto. Segundo o site das forças armadas a defesa é orgulhosamente constituída por M48 Chaparral que pelas minhas pesquisas data dos anos 60/70 e ja é obsoleto (foi retirado pelos EUA em 1998). Os FIM-92 Stinger tambem estão prestes a ser descontinuados (pela minha rápida pesquisa os EUA vão reforma-los para o ano).
O NASAMS parece ser uma boa alternativa para defesa de médio alcance. Existem outros países europeus a opera-lo (como os espanhóis). Só é pena não ser movel.
Quais as melhores alternativas custo/beneficio para defesa de curto e médio alcance na vossa opiniao? Eu pela rápida pesquisa que fiz achei interessante o Crotale pelo baixo custo de 7/8 milhões por unidade com 20km de alcance, o Avenger que apesar de ja ter uns aninhos tem um alcance muito grande (400 km segundo a wikipedia )
Como foi dito, a razão para estarmos mal, é essencialmente por falta de investimento e de interesse, o que decorre um pouco por todos os sectores das forças armadas. Depois as necessidades são tantas, que do pouco que se investe, não dá para tudo, ficando certas áreas, como a Defesa Aérea, para segundo plano.
Mesmo antes das tensões na Ucrânia atingirem o seu auge, decorreu o conflito de Nagorno-Karabakh entre a Arménia e o Azerbaijão. E o principal destaque deste conflito, foi o uso de UAVs (drones) por parte do Azerbaijão, que sendo meios relativamente baratos, destruíram uma grande quantidade veículos blindados da Arménia. E com isto viu-se que, sem defesas anti-aéreas adequadas, poderosas divisões blindadas ficam completamente expostas a ataques aéreos. Dado os custos reduzidos dos drones, qualquer grupo terrorista pode colocar mão numa dezena deles, e colocar em risca uma força de manutenção de paz, uma cimeira, uma base militar, etc. Infelizmente por cá, é como se nada se passasse.
Quanto a sistemas em si, o NASAMS como o conhecemos, de facto não é móvel da mesma forma que um sistema Avenger é. Mas, o NASAMS possui um lançador de alta mobilidade (HML), o que colmata essa lacuna:
https://www.kongsberg.com/newsandmedia/news-archive/2013/new-capability-in-the-nasams-air-defence-system/É difícil saber qual é de facto o melhor dos sistemas, ou o que tem melhor relação custo/benefício. No fim, o custo vai depender da composição das baterias (quantos radares e quantos lançadores), e na quantidade de mísseis a adquirir. Claro que existem sistemas mais baratos que outros. O NASAMS por ser um sistema usado por vários países da NATO pode ser mais fácil integrar em operações conjuntas. No entanto existem sempre alternativas, como o SPYDER israelita (várias versões com alcances variados), o VL Mica e o Sky Sabre mencionado pelo LM. O Iron Dome, ou mais concretamente o I-Dome que é a versão móvel, também seria uma opção. A família de mísseis Barak também é interessante. Essencialmente, abrindo concurso com valores aceitáveis, não faltarão opções.
Sistemas de curto alcance, existem vários, como o MPCV e Atlas RC (ambos com Mistral), ASRAD-R, Crotale NG, Avenger (usa Stinger), M SHORAD (opção de 2 mísseis, Stinger, Hellfire), IRIS-T SLM... enfim, opções não faltam!
E o sistema Avenger não tem 400km de alcance, o valor da Wikipedia, é o raio de acção do veículo.
Entretanto, deixo aqui isto:
https://www.raytheonmissilesanddefense.com/capabilities/products/coyoteUm drone... anti-drone!