Guerra na Ucrânia

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5490 em: Junho 21, 2022, 11:17:41 pm »
Ultimamente tenho lido alguns manuais e artigos sobre o tanque T-72 (yes, that's what I do...) e encontrei um aspecto curioso e que também revela a fragilidade da indústria militar russa.

Por volta de 2010 os russos executaram uma modernização (motor, sistemas de mira, etc) de vários T-72 antigos tornando-os em T-72B3. Um programa de sucesso (e bem pensado) que combina o bom chassis do T-72 com tecnologia mais moderna, muita dela "importada" do T-80U e T-90. Assim sendo, os russos tem no T-72B3 um tanque com 80-90% da capacidade táctica dos T-80/T-90 por uma fração do custo.  Tudo bem.

O ponto de interesse é o "coração" deste upgrade, o sistema de tiro SOSNA-U, na foto abaixo juntei duas fotos (frente e trás). Para quem não está por dentro destes mecanismos, basta saber que a parte de baixo fica dentro do tanque no local do gunner (artilheiro) e a parte superior, onde se vê as transparências, fica fora da torre. È um sistema moderno, multi-channel, com mira diurna e nocturna térmica de boa resolução/alcance. Aliás, versões semelhantes são usadas no T-90.



Desenhei o círculo amarelo na janela da mira. A diferença de aspecto da mira nesta foto é o acrescento de caixa de blindagem protectora e de uma porta frontal (também blindada) para proteger as ópticas.


A empresa que fez parceria com os russos e forneceu esta mira é a francesa Thales Catherine-FC, produzida sob licença pela empresa russa VOMZ.
A questão é; conseguirá a empresa russa continuar a produzir esta mira sem componentes franceses e sem apoio técnico?
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5491 em: Junho 21, 2022, 11:38:42 pm »
A empresa que fez parceria com os russos e forneceu esta mira é a francesa Thales Catherine-FC, produzida sob licença pela empresa russa VOMZ.
A questão é; conseguirá a empresa russa continuar a produzir esta mira sem componentes franceses e sem apoio técnico?
O problema está em que tecnologia desse nível é cara de desenvolver (dinheiro e recursos humanos). Essas empresas estão sempre à beira da falência. Como o mercado é dominado pelos EUA e pelo baratucho chinés as coisas ficam ainda mais complicadas.

Sendo que esse mercado é praticamente conquistado por razões políticas.

Logo, a França sendo um jogador de 2º nível tem as suas empresas em desvantagem. No tempo da guerra fria a França vendia para todo o mundo exactamente para poder sobreviver (África do Sul - apartheid, Portugal, Israel, etc - todos países embargados). O mercado Russo é muito grande para ser simplesmente abandonado se não houver alternativas (que não as há). Pelo currículo da França o apoio vai ser feito de forma encapotada.
« Última modificação: Junho 22, 2022, 12:11:17 am por LuisPolis »
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5492 em: Junho 22, 2022, 03:22:24 am »
O cerco de Kaliningrado tem passado despercebido por aqui, assim como o boicote por parte da Estónia dos produtos russos, sendo que parte da população estoniana (assim como dos outros países bálticos) é russa.
A "perseguição" aos russos que habitam nos países bálticos não poderá servir de pretexto para uma invasão da Estónia, Lituânia ou da Letónia ? O espectro de um conflito aberto com a OTAN adensa-se ...

Cada vez mais este conflito faz lembrar a 2ª grande guerra, com os alemães a invadir os países vizinhos para proteger a população alemã perseguida nos Sudetas (Rép. Checa) ou na Silésia  (Polónia),  as mesmas estórias de boicotes, embargos...entre outras similitudes.

Os russos dizem não aceitar o fecho da fronteira com Kaliningrado por parte da Lituânia e preparam retaliações...não consigo adivinhar que retaliações poderão ser essas mas os países bálticos parece-me que andam à procura de emoções fortes.
Será desta que os alemães vão recuperar o seu antigo território de  Königsberg ?

Segundo números (que não se consegue verificar), os combatentes estrangeiros têm perdido bastante gente sobretudo os de proveniência dos EUA com mais de 200 mortos, ou seja, mais de 1/3 dos camones que foi para a guerra da Ucrânia. Os ingleses contam mais de 100 mortos num total de 400 voluntários ; os canadianos tiveram cerca de 200 mortos num total de 600.  Entretanto, mais de metade dos voluntários estrangeiros fizeram as malas e voltaram para o lar, doce lar. Como é possível que os deixem fugir ? não assinaram um contrato ? Enfim...já não há mercenários como antigamente :)
« Última modificação: Junho 22, 2022, 03:41:37 am por legionario »
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5493 em: Junho 22, 2022, 07:18:36 am »
O fracasso do ataque das Forças Armadas da Ucrânia a "snake island" e os ataques das Forças Russas aos aeródromos perto de Odessa. Resumo 20/06/2022.

O verdadeiro sinal de inteligência não é o conhecimento, mas sim a imaginação.

 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5494 em: Junho 22, 2022, 09:05:35 am »
O cerco de Kaliningrado tem passado despercebido por aqui, assim como o boicote por parte da Estónia dos produtos russos, sendo que parte da população estoniana (assim como dos outros países bálticos) é russa.
A "perseguição" aos russos que habitam nos países bálticos não poderá servir de pretexto para uma invasão da Estónia, Lituânia ou da Letónia ? O espectro de um conflito aberto com a OTAN adensa-se ...

Cada vez mais este conflito faz lembrar a 2ª grande guerra, com os alemães a invadir os países vizinhos para proteger a população alemã perseguida nos Sudetas (Rép. Checa) ou na Silésia  (Polónia),  as mesmas estórias de boicotes, embargos...entre outras similitudes.

Os russos dizem não aceitar o fecho da fronteira com Kaliningrado por parte da Lituânia e preparam retaliações...não consigo adivinhar que retaliações poderão ser essas mas os países bálticos parece-me que andam à procura de emoções fortes.
Será desta que os alemães vão recuperar o seu antigo território de  Königsberg ?

Segundo números (que não se consegue verificar), os combatentes estrangeiros têm perdido bastante gente sobretudo os de proveniência dos EUA com mais de 200 mortos, ou seja, mais de 1/3 dos camones que foi para a guerra da Ucrânia. Os ingleses contam mais de 100 mortos num total de 400 voluntários ; os canadianos tiveram cerca de 200 mortos num total de 600.  Entretanto, mais de metade dos voluntários estrangeiros fizeram as malas e voltaram para o lar, doce lar. Como é possível que os deixem fugir ? não assinaram um contrato ? Enfim...já não há mercenários como antigamente :)

Creio que o bloqueio é algo que os russos devem ter antecipado e que vão limitar-se a fazer algum barulho diplomático, umas declarações mais inflamadas e pouco mais. A retaliação será no campo económico onde os 3 bálticos já levam a maior inflação da UE, com taxas á volta de 20%, e se usar-mos o CPI corrigido será algo acima de 30 a 35%. Combustível, electricidade e também a fecho total de fronteiras (não esquecer que muitos bálticos atravessavam para abastecer os carros, tal como aqui onde estou) assim como legumes e carne.

O objectivo russo está focado e isto parece-me serem apenas tentativas de mudar o foco com muito pouco ou nenhum impacto no desenrolar do "grande jogo".

Quanto aos alemães recuperarem Konigsberg, sempre podem sonhar, pois creio que isso a acontecer, estarão os que escaparem às jardas, mais preocupados em sobreviver no meio do vidro radioactivo em que ficará o hemisfério norte.


A empresa que fez parceria com os russos e forneceu esta mira é a francesa Thales Catherine-FC, produzida sob licença pela empresa russa VOMZ.
A questão é; conseguirá a empresa russa continuar a produzir esta mira sem componentes franceses e sem apoio técnico?
O problema está em que tecnologia desse nível é cara de desenvolver (dinheiro e recursos humanos). Essas empresas estão sempre à beira da falência. Como o mercado é dominado pelos EUA e pelo baratucho chinés as coisas ficam ainda mais complicadas.

Sendo que esse mercado é praticamente conquistado por razões políticas.

Logo, a França sendo um jogador de 2º nível tem as suas empresas em desvantagem. No tempo da guerra fria a França vendia para todo o mundo exactamente para poder sobreviver (África do Sul - apartheid, Portugal, Israel, etc - todos países embargados). O mercado Russo é muito grande para ser simplesmente abandonado se não houver alternativas (que não as há). Pelo currículo da França o apoio vai ser feito de forma encapotada.

Penso o mesmo e é bom que a industria de defesa europeia vá sobrevivendo e cresça até. Os americanos têm feito de tudo para arrasar com ela e a ultima coisa que quero, como português e europeu, é ter de ser obrigado a comprar merda cara e limitada propositadamente aos americanos, porque as opcções são ou russas, ou chinesas.
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5495 em: Junho 22, 2022, 11:07:28 am »
Todos os sete Panzerhaubitzen 2000 prometidos chegaram a Ucrânia
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5496 em: Junho 22, 2022, 02:29:14 pm »

Infelizmente vou ter que concordar com eles, a Ucrânia pode ter muito apoio militar estrangeiro, mas os Russos têm uma máquina de guerra que tem meios que poucos países conseguem aguentar. Esses meios podem estar longe de serem modernos, mas para o tipo de guerra que eles fazem e é estabelecido na sua doutrina, chega e basta.

A Crimeia e os Donbass já não voltam às mãos da Ucrânia. Esperemos que haja negociações de paz de boa fé de ambas as partes, porque senão teremos uma guerra prolongada e isso ninguém quer.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5497 em: Junho 22, 2022, 02:38:00 pm »
Infelizmente vou ter que concordar com eles, a Ucrânia pode ter muito apoio militar estrangeiro, mas os Russos têm uma máquina de guerra que tem meios que poucos países conseguem aguentar. Esses meios podem estar longe de serem modernos, mas para o tipo de guerra que eles fazem e é estabelecido na sua doutrina, chega e basta.

A Crimeia e os Donbass já não voltam às mãos da Ucrânia. Esperemos que haja negociações de paz de boa fé de ambas as partes, porque senão teremos uma guerra prolongada e isso ninguém quer.

A guerra já dura á meses e a ucrania tem "aguentado" perfeitamente, tem imposto baixas catastróficas aos russos (em homens e equipamento) e continua a aguentar.
Os russos pensavam que iam ser recebidos em braços abertos na maioria do território e tomariam conta da ucrania em 2-3 dias.  Falharam ridiculamente.

A ucrania vai recuperar todos os territórios invadidos, ou os russos saem pelo seu pézinho ou saem na horizontal. 
Quanto a "negociações de paz de boa fé de ambas as partes", isso é impossível porque os russos nem sabem o significado de boa fé.
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5498 em: Junho 22, 2022, 02:42:27 pm »
Citação de: Agência Lusa
Embaixador russo na ONU aponta Portugal entre países "responsáveis por arrastar" guerra na Ucrânia.

 :arrow: https://t.co/IsHu8jOJCp

https://twitter.com/i/status/1539595511925276672

Por acaso vi umas granadas Portuguesas nas mãos dos Ucranianos...entre isso e as G3, ui! :mrgreen:

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5499 em: Junho 22, 2022, 03:38:34 pm »
The Kremlin recently replaced the commander of the Russian Airborne (VDV) forces and may be in the process of radically reshuffling the command structure of the Russian invasion of Ukraine, indicating a possible purge of senior officers blamed for failures in Ukraine. Several Russian outlets confirmed that the current Chief of Staff of the Central Military District, Colonel-General Mikhail Teplinsky, will replace the current Commander of the Russian Airborne Forces, Colonel-General Andrey Serdyukov.[1] Ukrainian sources previously reported on June 17 that the Kremlin fired Serdyukov for poor performance during the invasion and high casualties among paratroopers, but ISW could not confirm this reporting at the time.[2] Several sources are additionally reporting contradictory claims about replacements for the current Southern Military District Commander—and overall commander of the Russian invasion of Ukraine–Army General Alexander Dvornikov:

Russian reserve officer Oleg Marzoev claimed on June 21 that Russian military officials will soon appoint General of the Army Sergey Surovikin, the current commander of the Russian Aerospace Forces, as commander of the Southern Military District (SMD), effectively replacing current SMD Commander Alexander Dvornikov.[3]
Investigative journalism group Bellingcat previously reported on June 17 that Russian President Vladimir Putin planned to replace Dvornikov as the commander of the invasion of Ukraine following Dvornikov’s excessive drinking and lack of trust among Russian forces.[4]
Ukraine’s Conflict Intelligence Team (CIT) reported on June 19 that Putin replaced Dvornikov as the commander of the Ukrainian operation with Colonel-General Gennady Zhidko, the head of the Military-Political Directorate of the Russian Armed Forces.[5]
An unofficial but widely followed Russian Airborne Troops social media page claimed that Dvornikov has been promoted and that Serdyukov will take his position within the SMD. This claim is highly unlikely to be true given that pro-Kremlin sources announced Serdyukov’s retirement.[6]
ISW cannot independently verify these reports and will continue to monitor the situation for corroboration. However, if these varied reports are all accurate, former Aerospace Forces Commander Surovikin has replaced Dvornikov (who may have been forced to retire) as commander of the Southern Military District, but Zhidko has been appointed commander of Russian operations in Ukraine, despite not directly commanding Russian combat troops in his permanent role. Zhidko currently directs the body of the Russian Ministry of Defense responsible for maintaining morale and ideological control within the Russian military, rather than commanding a military district. As ISW previously reported, Southern Military District Commander Dvornikov was the natural choice to command Russia’s operations in Ukraine following Russia’s loss in the Battle of Kyiv, as the majority of Russian offensive operations are occurring within the Southern Military District’s area of responsibility. The appointment of a separate commander over the Southern Military District, and the replacement of the commander of the SMD in the middle of major combat operations, is a drastic step that would speak to severe crises within the Russian high command, and possibly a purge by the Kremlin. Such drastic rotations within the Russian military, if true, are not actions taken by a force on the verge of a major success and indicate ongoing dysfunction in the Kremlin’s conduct of the war.

Russian forces are successfully advancing toward Lysychansk from the south rather than making an opposed river crossing from Severodonetsk, threatening Ukrainian defenses in the area. ISW previously forecasted that Russian forces would seek to attack toward Lysychansk from the south to negate the defensive advantage that the Siverskyi Donets River would grant Ukrainian defenders opposing a direct assault from Severodonetsk. Russian forces appear to be securing such an advance and will likely attack the outskirts of Lysychansk within the coming week. This Russian advance is a clear setback for Ukrainian defenses in the Severodonetsk-Lysychansk area, but Russian forces will likely require further protracted battles with Ukrainian forces similar to the block-by-block fighting seen in Mariupol and Severodonetsk in order to capture Lysychansk.

The Kremlin is failing to deter the family members of sailors that survived the sinking of the Moskva from issuing an appeal against the deployment of surviving conscripts to the war in Ukraine as of June 20.[7] Russian opposition outlet Novaya Gazeta published an appeal from the parents of the surviving 49 conscript crewmembers of the Moskva, demanding that the Military Prosecutor’s Office in Sevastopol, the Committee of Soldier’s Mothers, and the Human Rights Commissioner immediately terminate the crewmembers’ deployment. The appeal states that Russian commanders did not send the surviving conscripts home from their deployment following the sinking of Moskva and that they will be recommitted to hostilities on June 30. The appeal noted that the survivors refuse to participate in further assignments due to psychological distress and are currently stationed on the old ship Ladnyi, which the appeal claims is unfit for combat. The Ukrainian Military Intelligence Directorate (GUR) previously reported that Russian forces have threatened the families of Moskva sailors with criminal prosecution and nullification of any financial benefits to prevent them from speaking out against Russian operations.[8]

Russian forces continue to face force generation challenges and are committing unprepared contract servicemen to the invasion of Ukraine. The BBC’s Russian service reported on June 20 that new Russian recruits receive only 3 to 7 days of training before being sent to “the most active sectors of the front.”[9] The BBC also reported that volunteers within the conventional Russian military, Rosgvardia units, and Wagner Group mercenaries have become Russia’s main assault force, as opposed to full conventional military units. ISW has previously assessed that Russian units in eastern Ukraine are suffering from poor complements of infantry, slowing their ability to seize urban terrain. The Russian military is offering substantial financial incentives to secure additional recruits with increasing disregard for their age, health, criminal records, and other established service qualifications. The Ukrainian General Staff reported on June 21 that Russian Airborne (VDV) units are forced to recruit reserve officers for short-term three-month contracts due to significant officer losses, and the BBC reported that the Russian Ministry of Defense is offering to pay off the loans and debts of volunteers to entice recruits.[10]

Key Takeaways

The Kremlin recently replaced the commander of the Russian Airborne (VDV) forces and may have fired the commander of the Southern Military District and appointed a new overall commander of Russian forces in Ukraine, indicating ongoing dysfunction in the Kremlin’s conduct of the war.
Russian forces conducted several successful advances in settlements southeast of Severodonetsk on June 21 and may be able to threaten Lysychansk in the coming days while avoiding a difficult opposed crossing of the Siverskyi Donets River.
Russian forces continued to launch assaults on settlements along the T1302 Lysychansk-Bakhmut highway to interdict Ukrainian ground lines of communications (GLOCs).
Russian operations along the Izyum-Slovyansk axis are increasingly stalled as Russian forces prioritize operations around Severodonetsk.
Russian forces likely recaptured the eastern bank of the Inhulets River from the Ukrainian bridgehead situated near the Kherson-Mykolaiv Oblast border.
Ukrainian forces reportedly struck Russian positions on Snake Island in the Black Sea, likely to destroy Russian fortifications and equipment on the island, but ISW cannot confirm competing Ukrainian and Russian claims of the results of the attack.
Russian occupation authorities are continuing to face challenges recruiting local collaborators and are likely relying on Russian government personnel to consolidate their societal control of occupied Ukrainian territories.



We do not report in detail on Russian war crimes because those activities are well-covered in Western media and do not directly affect the military operations we are assessing and forecasting. We will continue to evaluate and report on the effects of these criminal activities on the Ukrainian military and population and specifically on combat in Ukrainian urban areas. We utterly condemn these Russian violations of the laws of armed conflict, Geneva Conventions, and humanity even though we do not describe them in these reports.

Main Effort—Eastern Ukraine (comprised of one subordinate and three supporting efforts);
Subordinate Main Effort—Encirclement of Ukrainian troops in the cauldron between Izyum and Donetsk and Luhansk oblasts
Supporting Effort 1—Kharkiv City;
Supporting Effort 2—Southern Axis;
Activities in Russian-occupied Areas
Main Effort—Eastern Ukraine

Subordinate Main Effort—Southern Kharkiv, Donetsk, Luhansk Oblasts (Russian objective: Encircle Ukrainian forces in eastern Ukraine and capture the entirety of Donetsk and Luhansk oblasts, the claimed territory of Russia’s proxies in Donbas)

Russian forces conducted several successful advances in settlements southeast of Severodonetsk on June 21 and may be able to threaten Lysychansk in the coming days while avoiding a difficult opposed crossing of the Siverskyi Donets River. The Ukrainian General Staff confirmed that Russian forces seized Pidlisne, Myrna Dolyna, and Ustynivka and stated they captured portions of Bila Hora, all towns situated on the western Siverskyi Donets Riverbank within 10 km of the southern outskirts of Lysychansk.[11] Geolocated footage from June 20 indicates Russian forces captured terrain in contested Toshkivka, just east of the T1303 Lysychansk-Hirske highway.[12] Russian forces also conducted a partially successful attack against Hirske, and will likely attempt to carry out a shallow encirclement around Zolote.[13] The Ukrainian General Staff reported that Ukrainian forces repelled Russian assaults on Severodonetsk’s southeastern outskirts of Syrotyne and Voronove, likely to interdict Russian advances to the eastern bank of Siverskyi Donets River.[14] Ukrainian and Russian sources reported that fighting is still ongoing at the Azot Chemical Plant in Severodonetsk as of June 21.



Russian forces continued to launch assaults on settlements along the T1302 Lysychansk-Bakhmut highway to interdict Ukrainian ground lines of communications (GLOCs). Russian forces attacked Mykolaivka and seized Vrubivka, both adjacent to the T1302 highway.[16] Russian forces also launched ground assaults against Vershina and Semyhirya, approximately 12 km and 17 km south of Bakhmut. Russian forces will still need to seize the T1302 to cut off Ukrainian GLOCs running through Siversk to disrupt Ukrainian GLOCs to Lysychansk. The Ukrainian General Staff also reported that Russian forces consolidated battalion tactical groups (BTGs) from the 5th Combined Arms Army and withdrew units of the 1st Separate Motorized Rifle Brigade of the 1st Army Corps (the armed forces of the Donetsk People‘s Republic) to restore their combat capabilities, indicating that Russian forces are experiencing significant losses in ongoing operations in Luhansk Oblast.[17]

Russian operations along the Izyum-Slovyansk axis are increasingly stalled as Russian forces prioritize operations around Severodonetsk. The Ukrainian General Staff reported that Russian forces launched unsuccessful ground assaults against Bohorodychne and Dolyna (north of Slovyansk) and did not attempt to conduct offensive operations in the Lyman area.[18] Ukraine’s Strategic Communications Directorate reported that Russian forces are redeploying several army-level headquarters units from frontlines in the Izyum and Lyman areas to Svatove and Horoshe, just 30-40 km east of Severodonetsk and Popasna.[19] The redeployment of these headquarters units may further complicate Russian logistics routes and troop management in Izyum and Lyman and indicates that these units may be further shifting to the Severodonetsk axis. Satellite imagery from June 19 also showed that Russian forces constructed a pontoon bridge in Kupyansk, likely to improve supply routes to Svatove.[20] ISW previously reported on June 17 that Russian forces are deploying additional equipment via GLOCs in Svatove to support offensive operations in the Severodonetsk-Lysychansk area.[21]



...

 :arrow: https://www.understandingwar.org/backgrounder/russian-offensive-campaign-assessment-june-21
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5500 em: Junho 22, 2022, 03:44:14 pm »
Infelizmente vou ter que concordar com eles, a Ucrânia pode ter muito apoio militar estrangeiro, mas os Russos têm uma máquina de guerra que tem meios que poucos países conseguem aguentar. Esses meios podem estar longe de serem modernos, mas para o tipo de guerra que eles fazem e é estabelecido na sua doutrina, chega e basta.

A Crimeia e os Donbass já não voltam às mãos da Ucrânia. Esperemos que haja negociações de paz de boa fé de ambas as partes, porque senão teremos uma guerra prolongada e isso ninguém quer.

A guerra já dura á meses e a ucrania tem "aguentado" perfeitamente, tem imposto baixas catastróficas aos russos (em homens e equipamento) e continua a aguentar.
Os russos pensavam que iam ser recebidos em braços abertos na maioria do território e tomariam conta da ucrania em 2-3 dias.  Falharam ridiculamente.

Concordo (parcialmente).

Citar
A ucrania vai recuperar todos os territórios invadidos, ou os russos saem pelo seu pézinho ou saem na horizontal. 
Quanto a "negociações de paz de boa fé de ambas as partes", isso é impossível porque os russos nem sabem o significado de boa fé.

A primeira frase tenho sérias dúvidas, a segunda concordo (parcialmente). Os Russos faram tudo o que puderem para fazer o que sempre fizeram. Vejam o que se passou na Finlândia. Ainda hoje à regiões que eram do dito país nas mãos da Rússia e de lá não saem.
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5501 em: Junho 22, 2022, 04:55:25 pm »
 

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asalves

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5502 em: Junho 22, 2022, 05:22:10 pm »
Infelizmente vou ter que concordar com eles, a Ucrânia pode ter muito apoio militar estrangeiro, mas os Russos têm uma máquina de guerra que tem meios que poucos países conseguem aguentar. Esses meios podem estar longe de serem modernos, mas para o tipo de guerra que eles fazem e é estabelecido na sua doutrina, chega e basta.

A Crimeia e os Donbass já não voltam às mãos da Ucrânia. Esperemos que haja negociações de paz de boa fé de ambas as partes, porque senão teremos uma guerra prolongada e isso ninguém quer.

A guerra já dura á meses e a ucrania tem "aguentado" perfeitamente, tem imposto baixas catastróficas aos russos (em homens e equipamento) e continua a aguentar.
Os russos pensavam que iam ser recebidos em braços abertos na maioria do território e tomariam conta da ucrania em 2-3 dias.  Falharam ridiculamente.

Concordo (parcialmente).

Citar
A ucrania vai recuperar todos os territórios invadidos, ou os russos saem pelo seu pézinho ou saem na horizontal. 
Quanto a "negociações de paz de boa fé de ambas as partes", isso é impossível porque os russos nem sabem o significado de boa fé.

A primeira frase tenho sérias dúvidas, a segunda concordo (parcialmente). Os Russos faram tudo o que puderem para fazer o que sempre fizeram. Vejam o que se passou na Finlândia. Ainda hoje à regiões que eram do dito país nas mãos da Rússia e de lá não saem.

A questão é que apesar dos meios oferecidos à Ucrânia, estes também são obsoletos ou ao mesmo níveis que os Russos, e os meios mais modernos vão sempre em pouca quantidade ou incompletos (M777 acho faltava o controlo de tiro digital ou o que era, e que permitia atingir o alcance máximo).

E para além disto há zonas em que o rácio de forças é de 10 para 1, segundo alguns oficiais nossos seria suficiente para a Rússia fazer grandes avanços (km), o que não se tem verificado.
 

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papatango

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5503 em: Junho 22, 2022, 06:04:19 pm »
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Infelizmente vou ter que concordar com eles, a Ucrânia pode ter muito apoio militar estrangeiro, mas os Russos têm uma máquina de guerra que tem meios que poucos países conseguem aguentar. Esses meios podem estar longe de serem modernos, mas para o tipo de guerra que eles fazem e é estabelecido na sua doutrina, chega e basta.

A Crimeia e os Donbass já não voltam às mãos da Ucrânia. Esperemos que haja negociações de paz de boa fé de ambas as partes, porque senão teremos uma guerra prolongada e isso ninguém quer.

A União Soviética está agarrada ao Afeganistão e já não voltará a sair de lá.
A URSS, tal como o império russo tem como objectivo atingir o Indico ou o Golfo Pérsico e agora estão prestes a conseguir isso
... (circa 1979 ...)

Desde que o conflito fique adormecido e a Russia isolada, cada vez mais dependente da China, vai chegar o dia em que Putin vai morrer, pode ser envenenado, ou então de velho ...
O problema das autocracias, é que ao contrário das democracias (que sobrevivem à transição democrática) normalmente não sobrevivem à morte ou desaparecimento do autocrata.

Pode até vir um pior, mas se o isolamento da Russia continuar, os russos ou aceitam o que o ocidente quiser, ou acabam sufocados nas mãos do grande império celestial.
Entre ceder de volta o Don Bass e ter que entregar 8 milhões de quilómetros quadrados de volta à China... enfim ...
Este conflito não é para acabar tão cedo, vai provavelmente durar gerações...

A Russia, move-se ao ritmo de Putin, e está condicionada pela sua existência fisica.
A China move-se ao ritmo de um império milenar, que pensa ainda onde estavam as suas fronteiras há 800 anos atrás, e que como herdeiros do grande Kublai Khan, eles podem referir-se aos territórios do Khanato da Crimeia, Khanato de Kazan, Khanato do Cazaquistão (este já mais ou menos incluido) como suas antigas possessões ...

Os russos estão a jogar um jogo perigoso, pensando que já se ajoelharam perante os mongóis uma vez ... podem ajoelhar-se outra ...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Hammerhead

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #5504 em: Junho 22, 2022, 09:59:56 pm »
A captura de Ustinovka / Mirnaya Dolina... Resumo 21/06/2022.

O verdadeiro sinal de inteligência não é o conhecimento, mas sim a imaginação.