Os americanos costumam ser práticos neste tipo de coisas.
Tendo sido decidido enviar M113 para a Ucrânia, então tudo quanto for M113 tem a sua utilidade. Acho no entanto que os americanos não perceberam que tipo de M113 é que Portugal tem.
Tendo em consideração o material americano, descarregado nos ultimos anos na europa, nao percebo o pedido.
Em 2019, e isto eu vi, foram descarregados em Vlissingem, Holanda 85 tanques, 120 veículos de combate Bradley, 15 obuses autopropulsados Paladin, 500 veículos de lagartas, 1.200 veículos com rodas e equipamentos e 300 reboques.
Este ano ano pelo que sei, nao vi, o mesmo, ou algo parecido em nr.
O que nao falta e M113, o porque de pedir a terceiros os que teem???
Esquecer os Abrams e Bradley e afins, os que têm operacionais na Europa, é para enfrentar a ameaça russa caso a guerra se alastra a outros territórios. Não fazia sentido abdicarem dos meios operacionais que podem precisar um dia mais tarde. Aliás, isto é algo que praticamente ninguém está a fazer, abdicar dos seus meios de "primeira linha", enviam sim o que seja mais ou menos excedentário/em fim de vida.
Suponho que seja mais prático Portugal enviar M-113, que se encontrem operacionais e prontos para usar, do que os americanos e outros países que tenham esses meios na reserva parados há anos/décadas e a precisar de serem colocados operacionais (o que demora tempo, que é coisa que a Ucrânia não tem). Se no nosso caso seria pegar neles, meter num comboio, e siga, os M-113 em reserva noutros países, precisavam de passar pelo processo de reactivação. A National Guard americana vai também enviar alguns M-113, portanto não seríamos só nós a fornecer.
O que não se entende é não haver por cá nenhum esforço para tentar investir na defesa, de forma a que fornecer este armamento, não deixe cá um buraco. Milan, LAW, etc, pode ir tudo, desde que se arranje substituto.
Também calculo que muitos M-113 poderão vir a ser fornecidos, para servir de peças para os operacionais.
Quanto à utilidade destes, parece-me mais que sejam veículos que sirvam mais de meio logístico do que para ir para a linha da frente.