Guerra na Ucrânia

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Daniel

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2235 em: Março 20, 2022, 04:17:10 pm »
Turquia fala em “quase acordo” em quatro dos seis temas das negociações entre Rússia e Ucrânia
https://eco.sapo.pt/2022/03/20/turquia-fala-em-quase-acordo-em-quatro-das-seis-questoes-em-discussao-entre-russia-e-ucrania/
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O chefe da diplomacia turca, Mevlut Çavusoglu, afirmou em entrevista ao jornal turco Hurriyet que Rússia e Ucrânia estão perto de um entendimento em quatro dos seus temas principais que estão em cima da mesa das negociações para chegar a um cessar-fogo.

“Há convergência nas posições dos dois lados sobre questões importantes e críticas. Vemos, em particular, que eles quase concordam nos primeiros quatro pontos. Algumas questões precisam de ser decididas ao nível da liderança”, disse Çavusoglu, numa entrevista ao jornal turco Hurriyet, citada pela agência espanhola EFE.

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, que se deslocou a Moscovo e Kiev na semana passada, não precisou os pontos em que há “quase um acordo”.

Numa entrevista recente ao mesmo jornal, Ibrahim Kalin, porta-voz do Presidente da Turquia, disse que as questões em discussão foram agrupadas em seis pontos, o primeiro dos quais diz respeito à neutralidade da Ucrânia, que impediria a adesão do país à NATO.

As restantes questões, pela ordem referida por Kalin, são o desarmamento e as garantias mútuas de segurança, o processo a que a Rússia chama “desnazificação”, a remoção de obstáculos à utilização generalizada do russo na Ucrânia, o estatuto do Donbass e o da Crimeia.

Çavusoglu disse que as duas delegações às conversações já percorreram um longo caminho, mas que a paz exigirá uma reunião entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky.

No entanto, admitiu que primeiro é necessário um cessar-fogo, o que acredita ser possível “Se as partes não se desviarem das suas posições atuais, podemos dizer que temos esperança de um cessar-fogo. Existem canais abertos entre os líderes. Isto já é conhecido”, disse ele.

“Se houver paz, se houver um acordo, eles [Putin e Zelensky] reunir-se-ão definitivamente. Eles não excluem esta possibilidade. Eles não têm uma atitude negativa em relação ao encontro”, acrescentou.

Desde o início da crise, a Turquia, que faz parte da NATO, tem tentado mediar entre os dois países, uma vez que tem importantes laços diplomáticos, políticos e económicos com Kiev e Moscovo.

Ancara acolheu um encontro entre os chefes da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e ofereceu-se para organizar também uma cimeira entre Putin e Zelensky. “Em última análise, o que importa é que eles se encontrem. Quer aconteça na Turquia ou noutro lugar qualquer”, disse Çavusoglu ao jornal turco.

A primeira ronda de negociações entre Kiev e Moscovo realizou-se na Bielorrússia, em 28 de fevereiro, quatro dias após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia.

As rondas seguintes decorreram também na Bielorrússia, em 03 e 07 de março, mas, desde então, as negociações têm decorrido por videoconferência.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 25.º dia, provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares, assim como mais de 3,3 milhões de refugiados.

A ONU considera que se trata da pior crise do género na Europa, desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
 
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Lampuka

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2236 em: Março 20, 2022, 04:27:25 pm »
Caro Patatango,
os factos têm muito que se lhe diga.
Por exemplo, os nazis estarem do lado dos russos é relativo,  porque até pelo vídeo há pouco colocado pelo colega Lusitano89 parece que se calhar não é bem assim.
E também o comportamento, idolatrado por muitos, dos EUA neste e nos últimos conflitos têm que se diga.
Treinam e equipam nazis como os Azov, tal como fizeram com terroristas como Bin Laden. Apoioaram e armaram ditadores sanguinários como Saddam ou Gaddafi.  Viabilizaram invasões como em Chipre. Enfim, não faltam exemplos.
Se "cegarmos" as nossas opiniões por esses factos (e não opiniões) então das duas uma. Somos hipócritas ou desonestos.
Já pensou que o "antiamericanismo" de que fala pode ter do outro lado o mesmo entendimento?
E que a "pedra" Putin pode também ser um "calhau" EUA?
Sem querer ofender ninguém,  quem são os únicos que estão a lucrar com este conflito?
Se são os culpados? Obviamente não. Mas são também responsáveis.  Inclusivamente apoiando quem supostamente tem comportamentos contrários ao ideais que defendem.
O Mundo actual,  infelizmente,  é  feito de mentiras.
João Pereira
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2237 em: Março 20, 2022, 04:54:39 pm »
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Caro Patatango,
os factos têm muito que se lhe diga.
Por exemplo, os nazis estarem do lado dos russos é relativo,  porque até pelo vídeo há pouco colocado pelo colega Lusitano89 parece que se calhar não é bem assim.

Os factos, verificados não têm nada que se lhe diga.
Tentar matar a verdade e dizer que a verdade é igual à mentira é a primeira e a mais devastadora arma de guerra do fascismo e do comunismo.
Por tudo em causa
Dizer que todas as verdades inconvenientes aão mentiras e afirmar que as mentiras são verdades.

Mente, Mente, Mente camarada... Mente muito, mente sempre,  ... Alguma coisa há de ficar...
É o mote tanto dos camaradas nazistas quanto dos camaradas comunistas

Só cai quem quer, e quem não quiser utilizar o cérebro.

Qualquer simples análise através da internet (para quem não quer ir à procura de material impresso) mostra que a grande maioria de movimentos neo-nazis europeus está exactamente na Federação Russa, não na Ucrânia.

A questão do batalhão AZOV é evidentemente em grande medida propaganda fascista russa.
Se você fizer uma sondagem, entre o pessoal das forças especiais portuguesas, que partido você acha que ganha ?

As pessoas com uma visão mais militarista e violenta da sociedade, e que mais facilmente ingressam nesses organismos, são por natureza partidários de movimentos mais extremistas e mais radicais. Isso é assim na Ucrânia, como em Portugal.
O problema, é que na Ucrânia não há deputados de extrema direita... Já em Portugal... coff coff coff ... (na Russia então ... pesquise sobre Vladimir Zhirinovsky)
Devemos partir do principio de que Portugal precisa ser desnazificado por causa das posições politicas de grande parte dos militares nas nossas forças especiais ?

Temos nós em Portugal movimentações religiosas que defendam que devemos reocupar Angola, Cabo Verde ou Moçambique ?
Há muitos deputados a defender que devemos purificar a Pátria e cuspir os elementos indesejáveis como se fossem moscas ?

O discurso de Putin, do partiarca Kirill e dos extremistas do Kremlin, permite chama-los pelo que são... Fascistas da primeira água.
E se não fosse o fanatismo absolutamente doentio, dos restos do cadavérico partido de Cunhal, afogado no estretor da morte, mas ainda falante, os próprios comunistas, se alguma vez o tivessem sido, protestariam e viriam para a rua gritar contra Putin e a sua pandilha degenerada de criminosos fascistas.

Não vêm porque são comunistas.
E porque são comunistas, sempre foram desonestos ...

Esta aliança satânica entre os orfãos da URSS e a extrema-direita europeia, é uma realidade, para a qual as pessoas honestas têm que estar alerta.
À primeira oportunidade aproveitam meias verdades e atacam sem pudor e sem vergonha.

E o mundo não é feito de mentiras.
Não é nem será, para aqueles que tiverem a coragem de dizer Não, e de se levantarem, quando for altura de desmascarar os mentirosos e desmontar as suas táticas criminosas para controlar o nosso futuro.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2238 em: Março 20, 2022, 05:11:38 pm »
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Caro Patatango,
os factos têm muito que se lhe diga.
Por exemplo, os nazis estarem do lado dos russos é relativo,  porque até pelo vídeo há pouco colocado pelo colega Lusitano89 parece que se calhar não é bem assim.

Os factos, verificados não têm nada que se lhe diga.
Tentar matar a verdade e dizer que a verdade é igual à mentira é a primeira e a mais devastadora arma de guerra do fascismo e do comunismo.
Por tudo em causa
Dizer que todas as verdades inconvenientes aão mentiras e afirmar que as mentiras são verdades.

Mente, Mente, Mente camarada... Mente muito, mente sempre,  ... Alguma coisa há de ficar...
É o mote tanto dos camaradas nazistas quanto dos camaradas comunistas

Só cai quem quer, e quem não quiser utilizar o cérebro.

Qualquer simples análise através da internet (para quem não quer ir à procura de material impresso) mostra que a grande maioria de movimentos neo-nazis europeus está exactamente na Federação Russa, não na Ucrânia.

A questão do batalhão AZOV é evidentemente em grande medida propaganda fascista russa.
Se você fizer uma sondagem, entre o pessoal das forças especiais portuguesas, que partido você acha que ganha ?

As pessoas com uma visão mais militarista e violenta da sociedade, e que mais facilmente ingressam nesses organismos, são por natureza partidários de movimentos mais extremistas e mais radicais. Isso é assim na Ucrânia, como em Portugal.
O problema, é que na Ucrânia não há deputados de extrema direita... Já em Portugal... coff coff coff ... (na Russia então ... pesquise sobre Vladimir Zhirinovsky)
Devemos partir do principio de que Portugal precisa ser desnazificado por causa das posições politicas de grande parte dos militares nas nossas forças especiais ?

Temos nós em Portugal movimentações religiosas que defendam que devemos reocupar Angola, Cabo Verde ou Moçambique ?
Há muitos deputados a defender que devemos purificar a Pátria e cuspir os elementos indesejáveis como se fossem moscas ?

O discurso de Putin, do partiarca Kirill e dos extremistas do Kremlin, permite chama-los pelo que são... Fascistas da primeira água.
E se não fosse o fanatismo absolutamente doentio, dos restos do cadavérico partido de Cunhal, afogado no estretor da morte, mas ainda falante, os próprios comunistas, se alguma vez o tivessem sido, protestariam e viriam para a rua gritar contra Putin e a sua pandilha degenerada de criminosos fascistas.

Não vêm porque são comunistas.
E porque são comunistas, sempre foram desonestos ...

Esta aliança satânica entre os orfãos da URSS e a extrema-direita europeia, é uma realidade, para a qual as pessoas honestas têm que estar alerta.
À primeira oportunidade aproveitam meias verdades e atacam sem pudor e sem vergonha.

E o mundo não é feito de mentiras.
Não é nem será, para aqueles que tiverem a coragem de dizer Não, e de se levantarem, quando for altura de desmascarar os mentirosos e desmontar as suas táticas criminosas para controlar o nosso futuro.

Fico a aguardar por essas coragens.

P.S. Até lá, seguimos  nas mentiras de parte a parte 😉
« Última modificação: Março 20, 2022, 05:18:29 pm por Lampuka »
João Pereira
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2239 em: Março 20, 2022, 05:22:59 pm »


A questão do batalhão AZOV é evidentemente em grande medida propaganda fascista russa.


Como é?!?! !?!?   :o :o

Já sigo o Azov há alguns anos.
E não, não é propaganda russa.










 :arrow: https://www.youtube.com/c/AZOVmedia/videos



Se você fizer uma sondagem, entre o pessoal das forças especiais portuguesas, que partido você acha que ganha ?


O PS sem qualquer duvida.
« Última modificação: Março 20, 2022, 05:35:04 pm por HSMW »
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2240 em: Março 20, 2022, 05:34:55 pm »
As mentiras de parte a parte não são iguais.

Essa é outra das mentiras que nos querem fazer comer.

Os dois lados são iguais, os dois lados mentem e as narrativas dos dois lados são equivalentes porque dos dois lados há mentiras.

Dos dois lados há mentiras, isso é assim desde sempre.
Mas há sempre um lado que mente e distorce muito muito muito mais que o outro.

Isso acontece por razões também ligadas à história.
A mentira é utilizada por todos os lados numa guerra, mas na Russa a mentira é uma arma de guerra, porventura a maior de todas.

Quando os criminosos do Russia Today foram proibidos, as carpideiras de Estaline e de Hitler, começaram todas aflitas aos berros de "censura" ! ! !
A RT, não é um orgão de comunicação. É uma arma de guerra disfarçada de estação de televisão.

A mentira é uma arma. E ninguém a utiliza tão bem quanto os fascistas russos.

Dizer que os dois lados mentem, é até um desprestigio para o Putin ... :D :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2241 em: Março 20, 2022, 05:37:44 pm »
#Ukraine: Insane footage from a Ukrainian gunner of a BTR-4 APC during a raid on the Russian army in Mariupol. Apparently, a Russian BTR-82A and T-72B3M tank were destroyed. https://t.co/CRkZIDKWOr

https://twitter.com/UAWeapons/status/1505467814500605953?t=LRRjMX1mompmCA70TwUvcg&s=19


#Ukraine: A Russian "Forpost-R" UAV in action - reconnaissance, coordination of artillery fire and use of guided munitions against UA targets. https://t.co/XchRBIqe5V


https://twitter.com/UAWeapons/status/1505510987620888576?t=mCpc5CSnK1VdSDAoBSCWeQ&s=19
 

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Malagueta

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2242 em: Março 20, 2022, 05:47:32 pm »
 

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Daniel

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2243 em: Março 20, 2022, 06:01:26 pm »
Zelensky descarta reconhecer independência de Donbass pedida pelo Kremlin
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/zelensky-descarta-reconhecer-independencia-de_62375942c49da265162d0327
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Em entrevista ao canal americano de televisão CNN, Volodymyr Zelensky afirmou que não assumirá "nenhum compromisso que afete a integridade territorial e a soberania" da Ucrânia.

As negociações em curso entre Kiev e Moscovo sobre a guerra incluem o estatuto da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e dos territórios separatistas de Donetsk e Lugansk, na região ucraniana do Donbass, cuja declaração unilateral de independência foi reconhecida pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

"Temos que aproveitar todas as oportunidades para negociar e conversar com Putin. Se essas tentativas falharem, isso significará a terceira guerra mundial", afirmou Zelensky sobre as negociações que ambos os países mantiveram na Bielorrússia.

Contudo, Zelensky referiu que "como presidente e cidadão" não pode reconhecer a independência dos territórios ucranianos.

E, acrescentou, o povo ucraniano deixou isso claro, depois de receber os soldados russos com "coragem e armas nas mãos e não com um ramo de flores".

Em relação à eventual entrada na NATO, Zelensky assegurou que a própria Aliança Atlântica descartou a admissão da Ucrânia.

"A Ucrânia não pode dizer que não se vai juntar à NATO, foi a NATO que disse que não vai admitir a Ucrânia", afirmou.

Embora tenha apreciado o apoio militar e bélico dos membros da NATO para enfrentar a invasão, Zelensky considerou que a guerra não teria começado se a Ucrânia tivesse sido admitida como membro da Aliança Atlântica.

O presidente ucraniano, de origem judaica, revelou que "uma das poucas vezes" que se riu desde o início da invasão russa foi quando ouviu Putin dizer que o objetivo da operação militar é "desnazificar" a Ucrânia.

Se isto for verdade, começo a desconfiar deste tipo, ou então já perdeu a razão, juizo e mais alguma coisa,  pois quer levar o mundo para uma 3 guerra mundial.
 

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Lightning

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2244 em: Março 20, 2022, 06:10:48 pm »
Continuam aqui os delírios dos "atrás das pedras da calçada nas outras guerras". Esta então da NATO ser a razão de alguma coisa substancial em Portugal deve ser para os apanhados da SIC, onde ando o Rojas, aquele "grande patriota" venerado por muitos e seguido por uns outros tantos  :mrgreen: . Quanto muito, teve algum peso em o Brejnev mandar o Cunhal às malvas.   O comportamento da NATO no caso da Invasão da Chipre pelos Turcos, claramente lacaios dos delírios made in USA, é a prova do caminho até ao fundo, com aquele norueguês com ar de professor de filosofia aristotélica. Mas que continue a comédia "malha nos russos" é a minha onda...  :mrgreen:

https://www.publico.pt/2004/07/20/mundo/noticia/invasao-turca-de-chipre-foi-ha-30-anos-1199432

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Jogo duplo”
A “crise de Chipre”, que se arrastava na prática desde 1963, permitiu ao então secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, e ao Presidente Richard Nixon, utilizarem uma “diplomacia dupla”, expondo uma linha política em público, enquanto secretamente adoptavam outra. E quando se intensificavam os apelos de Kissinger para a “estabilidade da frente Sudeste da NATO”.

Investigações recentes revelaram que no decurso da crise cipriota os Estados Unidos encorajaram em privado os coronéis gregos de Atenas a fomentarem um golpe de Estado em Chipre, ao mesmo tempo que forneciam uma implícita “luz verde” para a posterior invasão da Turquia. Kissinger também foi acusado de incentivar Ancara para a segunda e decisiva invasão de Agosto de 1974.

Este “jogo duplo”, num contexto de Guerra Fria e caracterizado por grandes tensões no Mediterrâneo Oriental, foi então utilizado pelos EUA em vários cenários mundiais apesar da crise interna motivada pelo desfecho do “caso Watergate”, que vai implicar a resignação de Nixon.

Em 1959, tinha sido Eisenhower, então Presidente dos EUA, a pressionar o Reino Unido para a concessão da soberania à ilha de Chipre em troca de bases militares e foi Washington quem negociou secretamente o acordo que legitimou a independência, sob os auspícios das três potências “garantes” do compromisso.

Mas já em 1964 os EUA tinham planos para a divisão de Chipre que previam uma limitada ocupação turca da ilha, e mesmo propostas concretas para obrigar as arqui-inimigas Grécia e a Turquia, membros da NATO desde 1953, a dividirem o território. E durante a ditadura dos coronéis (1967-74) reforçaram-se os laços militares entre a Junta militar de Atenas e os Estados Unidos de Richard Nixon, o que terá encorajado o general Ioannides a prosseguir as suas aventuras militares em Chipre.

Em diversas entrevistas, Henry Kissinger, também secretário de Estado do Presidente Gerald Ford, assegurou que nunca considerou o então Presidente de Chipre, o arcebispo Makarios, como o “Castro do Mediterrâneo Oriental”, e negou qualquer “estratégia” para a sua deposição. Mas admitiu recear que Makarios “conduzisse Chipre para o Bloco de Leste”. E nos planos dos golpistas cipriotas gregos e gregos incluía-se o assassínio do Presidente cipriota grego, que consegue escapar no limite, regressando à ilha apenas em finais de 1974.

Só para complementar o offtopic, a parte operacional dessa guerra.

« Última modificação: Março 20, 2022, 08:40:48 pm por Lightning »
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2245 em: Março 20, 2022, 06:21:14 pm »
As mentiras de parte a parte não são iguais.

Essa é outra das mentiras que nos querem fazer comer.

Os dois lados são iguais, os dois lados mentem e as narrativas dos dois lados são equivalentes porque dos dois lados há mentiras.

Dos dois lados há mentiras, isso é assim desde sempre.
Mas há sempre um lado que mente e distorce muito muito muito mais que o outro.

Isso acontece por razões também ligadas à história.
A mentira é utilizada por todos os lados numa guerra, mas na Russa a mentira é uma arma de guerra, porventura a maior de todas.

Quando os criminosos do Russia Today foram proibidos, as carpideiras de Estaline e de Hitler, começaram todas aflitas aos berros de "censura" ! ! !
A RT, não é um orgão de comunicação. É uma arma de guerra disfarçada de estação de televisão.

A mentira é uma arma. E ninguém a utiliza tão bem quanto os fascistas russos.

Dizer que os dois lados mentem, é até um desprestigio para o Putin ... :D :mrgreen:

Pois eu, ingénuo, ainda vivo nas verdades de Donald Rumsfeld 😉

Essas não contam,  só as dos faxos russos.
« Última modificação: Março 20, 2022, 06:30:52 pm por Lampuka »
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2246 em: Março 20, 2022, 07:11:45 pm »
imagem que mostra o quão diferente é um míssil hipersónico. Tem havido certos comentários inclusive na tv de gente que diz que os misseis baliticos também atingem velocidades hipersónicas na fase final da trajectória e que portanto o o Kinzhal não é nada de especial. Essa malta está enganada, porque a engenharia é totalmente diferente.

Esta geração de mísseis (Russia e China têm operacionais) altera completamente o tempo de reacção após detecção (e mesmo essa é difícil de quantificar com a actual geração de radares).
« Última modificação: Março 20, 2022, 07:15:27 pm por LuisPolis »
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2247 em: Março 20, 2022, 07:22:28 pm »

Sviatlana Tsikhanouskaya
@Tsihanouskaya
The Belarus resistance to Russia's invasion of Ukraine & their troops in our country continues. BYPOL initiative informs about multiple cases when Belarusian partisans block the roads & disrupt the railway system in our country – to stop movement of trains with military vehicles.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2248 em: Março 20, 2022, 07:31:45 pm »
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https://www.youtube.com/watch?v=-MVqym1up6c
Uma curiosa explicação sobre a forma de ver o mundo de uma parte da Russia (aquela que nós vemos e a que quer ser vista)
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2249 em: Março 20, 2022, 08:03:18 pm »
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imagem que mostra o quão diferente é um míssil hipersónico. Tem havido certos comentários inclusive na tv de gente que diz que os misseis baliticos também atingem velocidades hipersónicas na fase final da trajectória e que portanto o o Kinzhal não é nada de especial. Essa malta está enganada, porque a engenharia é totalmente diferente.
A questão tem a ver com a expressão hipersónico, que dá uma ideia de qualquer coisa de tenebroso.

A questão é que se trata de um míssil de cruzeiro hipersónico. Mas como a maior parte das pessoas nem entende o que é um míssil de cruzeiro, nem adianta muito dar explicações...

A pergunta que eu faço é simples ...
Os mísseis de cruzeiro hipersónicos são complicador de gerir, mas são armas eficientes, e ao mesmo tempo têm outra característica...
Custam os olhos da cara.
São caríssimos
Tenho tentado entender que tipo de alvos absolutamente vitais os russos têm atingido, que justifiquem o custo do míssil.

Há no entanto outra explicação: Não há nenhuma imagem credivel sobre o míssil  e as que existem já foram todas provadas falsas.
Este míssil é essencialmente propaganda, logo...
Se eu estivesse do lado do Putin, diria que lancei o míssil, para lembrar que o tenho, mas jamais o utilizaria, porque podia vir a ser útil para coisas que realmente fizessem sentido...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...