Guerra na Ucrânia

  • 5755 Respostas
  • 532022 Visualizações
*

Lampuka

  • Analista
  • ***
  • 793
  • Recebeu: 267 vez(es)
  • Enviou: 322 vez(es)
  • +146/-1437
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2220 em: Março 19, 2022, 09:57:34 pm »

Acabariamos com  o Putin em Lisboa a dizer que tínhamos que nos habituar a ter o Jeronimo como presidente e algum dos filhinhos do Papá do PC como primeiro-ministro...
Olhe que não, olhe que não ...

Ou o Me(r)dina...

P.S. Donde surgiu esta infestação de comunas no forum?

Olha mais um pseudo-especialista de elite dono da razão 😱😱😱

Outro democrata exemplar que só aceita os que consigo estão alinhados.

Comunas, de extrema, russos, fascistas, kengas... tudo serve.

Meu caro, para tudo isto há cura, só para a estupidez não...

Sou só eu mas ouvir um comuna a falar de democracia soa sempre como uma prostituta a falar sobre as virtudes da virgindade?

Das suas virgindades não sei nada, mas quanto a ser comuna tenho a certeza que não sou. Mas também não tenho qualquer problema com eles.
Por isso, para além de estar enganado,  continua a prestar-se a esse papel...
Desenvolva e acrescente alguma coisa que não isto à discussão, fale do tema.
Abraço
« Última modificação: Março 19, 2022, 10:08:45 pm por Lampuka »
João Pereira
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7493
  • Recebeu: 974 vez(es)
  • +4596/-871
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2221 em: Março 20, 2022, 12:39:22 am »
Citar
Caro Patatango,  você com essa história dos fascistas faz-me lembrar estes
A referência à Russia como estado fascista, é minha de há mais de dez anos. Aliás, bastante mais que isso, decorreu do comportamento dos russos na invasão da Georgia.

Hoje, não sou apenas eu que o digo, são os ucrânianos, nas ruas. As pessoas que nasceram na União Soviética mas que mesmo assim, desarmadas, enfrentam os russos e na cara deles, chamam-nos de fascistas e ocupantes.

A expressão, tem as suas raizes muito profundas na análise descomplexada da história.
A unica coisa que posso fazer, é aconselhar a leitura de livros...
Aquelas coisas antiquadas com muitas folhas pegadas umas ás outras pela lombada...


Há no entanto - e eu sei que há - saudosistas do passado, que, agarrados a esse mesmo passado ( por muito esquelético que ele seja), não conseguem compreender que o país que Álvaro Barreirinhas Cunhal designou como "a luz do Sol na terra", se tenha transformado num estado fascista. Aquilo que a versão comunista do Império dos Czares deveria combater.

A URSS foi uma farsa. Apenas uma forma de garantir a continuação e reconstrução do império russo, derrotado e humilhado pela catastrófica derrota militar que sofreu frente ao I Reich alemão e à posterior guerra civil.

A Reconstrução do Império Russo comunista, levou à pacificação do Cáucaso, ao massacre de ucranianos (Holodomor), à invasão da Polónia (antiga provincia do império) à ocupação da Bessarábia (basicamente a Moldávia), a invasão da Letónia, Estónia e Lituânia e finalmente à invasão da Finlândia.

A História está sempre a repetir-se e não podemos esquece-la.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Lampuka

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 8560
  • Recebeu: 3914 vez(es)
  • Enviou: 722 vez(es)
  • +4988/-790
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2222 em: Março 20, 2022, 12:50:02 am »
Papatango, presumo que retirará informação de várias fontes, por isso...

"Na verdade, também fiquei curioso, porque se há algo que não encontrei em absoluto nada elaborado é como é que teria sido possível impedir uma situação como esta..."

Segundo se vai sabendo os pontos principais para se chegar a um princípio de acordo são precisamente os mesmos que estavam em cima da mesa para evitar a guerra, 
Na altura foram considerados inegociaveis por todos, principalmente pelos aliados, mas afinal parece que não é bem assim.
Portanto, para elaborar mais só repetindo novamente tudo.
Começamos pela NATO...

Diga lá que pontos é que eram inegociáveis, e que agora passaram a ser (após uma invasão russa, que muitos achavam que não iria acontecer)? Até agora, só mesmo a Ucrânia não se juntar à NATO (coisa que não ia acontecer na mesma, enquanto se mantivesse o conflito com os separatistas) e aceitar a independência das regiões separatistas. O resto das exigências são absurdas, que são as que passam pela desmilitarização da Ucrânia, saída do Zelensky do poder e agora a Ucrânia também não vir a fazer parte da UE (que também deve ser uma ameaça militar à Rússia  ::)) e nada indica que serão cumpridas.

Mas é sempre engraçado depois vir aqui passar o atestado de estupidez à malta, quando ainda acha, ao fim deste tempo todo, que o Putin tinha razões para invadir a Ucrânia, e atribui as culpas de tudo à NATO.
Ironia das ironias, é que o excelente jogador de xadrez que é o Putin, deu um tiro no pé, ao fazer com que a NATO, que alguns cromos diziam que não tinha razão de existir, fizesse ainda ainda mais sentido do que alguma vez fez nos últimos 30 anos? Genial!
 

*

LuisPolis

  • Especialista
  • ****
  • 1113
  • Recebeu: 390 vez(es)
  • Enviou: 565 vez(es)
  • +179/-2212
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2223 em: Março 20, 2022, 01:24:42 am »
Ataque à base de Yavoriv (a que tinha estrangeiros) foi conseguido através da monitorização da rede móvel. Os Russos detectaram um aumento de roaming de telemóveis Britânicos e inclusive escolheram os edíficios com mais Britânicos.

Os serviços de Inteligência Britânicos culpam a ministra dos negócios estrangeiros Liz Truss pela desgraça (incentivo ao voluntariado militar na Ucrania). Também suspeitam que o GRU adquiriu números de telemóveis ligados em bases Britânicas e criaram uma base de dados com os mesmos.

Parece que foi o maior desastre Britânico (perda de pessoal militar qualificado) dos últimos 20 anos.

Artigo: https://www.dailymail.co.uk/news/article-10631861/Missile-attack-Ukrainian-military-base-launched-Russian-forces-hacked-British-phones.html
« Última modificação: Março 20, 2022, 01:41:51 am por LuisPolis »
 

*

HSMW

  • Moderador Global
  • *****
  • 12774
  • Recebeu: 3106 vez(es)
  • Enviou: 7616 vez(es)
  • +804/-1321
    • http://youtube.com/HSMW
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2224 em: Março 20, 2022, 02:19:02 am »

Ukrainian Team Collects Dead Russian Soldiers To Exchange For Ukrainian POWs
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7493
  • Recebeu: 974 vez(es)
  • +4596/-871
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2225 em: Março 20, 2022, 09:26:11 am »
Citar
Ataque à base de Yavoriv (a que tinha estrangeiros) foi conseguido através da monitorização da rede móvel. Os Russos detectaram um aumento de roaming de telemóveis Britânicos e inclusive escolheram os edíficios com mais Britânicos.

Duas questões diferentes aqui...

A primeira, tenta dar a ideia de que os russos conseguiram entrar nos telemóveis do pessoal britânico e que por isso foram atacados. A credibilidade desta informação é reduzida e destina-se a conseguir atenção dos internautas britânicos... nada mais que isso.

A segunda, tem um nível de credibilidade muito elevado.
Os russos têm capacidade para determinar se há ou não, um aumento do tráfico de voz e dados em telefones móveis e podendo determinar a proveniencia desses sinais (não são só os países livres que possuem essa capacidade) é relativamente facil determinar onde é que há uma modificação significativa no tráfego.
Se isso ocorrer numa cidade, por causa dos refugiados, é uma coisa, mas se ocorrer próximo a uma base militar, isso só pode querer dizer uma coisa.

Todos sabemos que há muita gente que vai para este tipo de coisas por causa da adrenalina, e também par tirar muitas fotos e fazer videos, fazendo posteriormente o upload para a internet, mostrando a arma e o camuflado  e a pose ou poses na foto, todas muito aguerridas...

Ou seja... mais do mesmo,
Devemos juntar esta informação, ao francês que aparentava ainda estar em choque após um bombardeamento.
Há uma diferença muito grande entre a guerra na internet, ou mesmo os "marcors" que muito menino faz a pensar que já está na tropa ...


É por isto que, sempre que há problemas nos treinos das nossas forças especiais, eu tenho sempre alguns pruridos em criticar os instrutores. Às vezes são demasiado duros e em alguns casos, reconheço, de uma brutalidade gratuita.

No entanto, é uma forma de evitar que em situação de stress, a tropa se desintegre e agarre no telemóvel para pedir ajuda à mamã...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: HSMW, LuisPolis, Subsea7

*

ICE 1A+

  • Especialista
  • ****
  • 926
  • Recebeu: 770 vez(es)
  • Enviou: 72 vez(es)
  • +470/-31
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2226 em: Março 20, 2022, 10:29:30 am »
Já eu, acho a maior idiotice e amadorismo:

1: concentrar  recrutas voluntários  em quartéis que todo mundo sabe onde ficam…

2: Deixar os recrutas tranquilamente usarem seus portáteis.

Rastrear  e localizar comunicações móveis e a coisa mais básica e simples que há , não é preciso tirar um curso de espionagem no MI6 
Os russos devem ter rido ao ouvirem as conversas dos meninos.

PS: Dos voluntários,   quantos não serão infiltrados russos?
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: HSMW, CruzSilva, Subsea7

*

CruzSilva

  • Investigador
  • *****
  • 1357
  • Recebeu: 542 vez(es)
  • Enviou: 2219 vez(es)
  • +679/-119
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2227 em: Março 20, 2022, 10:48:37 am »
Já eu, acho a maior idiotice e amadorismo:

1: concentrar  recrutas voluntários  em quartéis que todo mundo sabe onde ficam…

2: Deixar os recrutas tranquilamente usarem seus portáteis.

Rastrear  e localizar comunicações móveis e a coisa mais básica e simples que há , não é preciso tirar um curso de espionagem no MI6 
Os russos devem ter rido ao ouvirem as conversas dos meninos.

Concordo. Numa perspetiva positiva o ataque russo despachou para casa o pessoal que quer guerra mas não tem estômago para combater um adversário militarmente superior.
« Última modificação: Março 20, 2022, 10:49:00 am por CruzSilva »
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Subsea7

*

Lampuka

  • Analista
  • ***
  • 793
  • Recebeu: 267 vez(es)
  • Enviou: 322 vez(es)
  • +146/-1437
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2228 em: Março 20, 2022, 10:50:43 am »
Papatango, presumo que retirará informação de várias fontes, por isso...

"Na verdade, também fiquei curioso, porque se há algo que não encontrei em absoluto nada elaborado é como é que teria sido possível impedir uma situação como esta..."

Segundo se vai sabendo os pontos principais para se chegar a um princípio de acordo são precisamente os mesmos que estavam em cima da mesa para evitar a guerra, 
Na altura foram considerados inegociaveis por todos, principalmente pelos aliados, mas afinal parece que não é bem assim.
Portanto, para elaborar mais só repetindo novamente tudo.
Começamos pela NATO...

Diga lá que pontos é que eram inegociáveis, e que agora passaram a ser (após uma invasão russa, que muitos achavam que não iria acontecer)? Até agora, só mesmo a Ucrânia não se juntar à NATO (coisa que não ia acontecer na mesma, enquanto se mantivesse o conflito com os separatistas) e aceitar a independência das regiões separatistas. O resto das exigências são absurdas, que são as que passam pela desmilitarização da Ucrânia, saída do Zelensky do poder e agora a Ucrânia também não vir a fazer parte da UE (que também deve ser uma ameaça militar à Rússia  ::)) e nada indica que serão cumpridas.

Mas é sempre engraçado depois vir aqui passar o atestado de estupidez à malta, quando ainda acha, ao fim deste tempo todo, que o Putin tinha razões para invadir a Ucrânia, e atribui as culpas de tudo à NATO.
Ironia das ironias, é que o excelente jogador de xadrez que é o Putin, deu um tiro no pé, ao fazer com que a NATO, que alguns cromos diziam que não tinha razão de existir, fizesse ainda ainda mais sentido do que alguma vez fez nos últimos 30 anos? Genial!

Entrada na UE nunca esteve em causa.
Na NATO é mais do que conhecida a intolerância.
Territórios separatistas já estavam e continuam a ser discutidos. Nem no resto do mundo há ainda consenso relativamente a este assunto.
Crimeia, aparentemente os próprios ucranianos dão como perdida.
A queda do actual governo parece que já não é assunto, e se ler o que escrevi antes já tinha percebido.  Mas parece que não quer ou não consegue fazer isso de forma tranquila.
Quanto às razões, que existem de ambas os lados, mais ou menos consensuais, foi o não reconhecimento das mesmas que nos levou até aqui.
Para finalizar o conflito terá de haver entendimento sobre estas mesmas razões e um acordo.
Caso contrário teremos o cenário actual com tendência a piorar, onde o mais forte militarmente acabará por vencer em mais ou menos tempo e com mais ou menos sacrifício.
A NATO, sobre isso mais tarde explico-lhe.
No entanto,  neste momento,  tem tido um papel fundamental no conflito,  principalmente na defesa dos interesses ucranianos...
Deslocam tropas e meios para os países próximos que, sabem, não serão atacados. Fazem umas conferências de imprensa da treta a dizer nada para parecer que estão no conflito.
Mas no fundo tudo não passa de ruído para entreter as massas e justificar a sua ainda existência. Aliás,  o circuito é sempre o mesmo... Biden-Boris-Banqueiro (só para ser por "B"...)
Retirem da Aliança os países não europeus e digam-ne que argumentação teria a Rússia para exigir o que quer que fosse da Europa?
Que exigem da China? Não os respeitam?
Como querem uma "sã convivência" entre dois blocos quando nos dois existem países que ainda se consideram inimigos e projectam o seu poderio militar principalmente um em função do outro?
Por muito que custe a muitos entender a Europa seria mais segura sem a NATO que, neste momento, só nos arrasta para possíveis conflitos.
Nunca vi ninguém ameaçar a UE.
É mais do que tempo para a Europa crescer e se assumir enquanto potência, não só militar, caso contrário seremos sempre levados pela mão pelos outros.
Nós sim (europeus) parecemos kengas. Uns deitam-se com  a Rússia, outros com os EUA,  outros nem se deitam... só olham. E há aqueles que se deitam às escondidas com os dois.
Utópico? Se calhar, até porque há logo o problema da distinção UE/Europa.
Mas imagino um bloco coeso, forte economicamente e seguro militarmente, única forma de nós, europeus, dependentes em demasiado de recursos externos, podermos ter a nossa própria voz na resolução dos nossos assuntos.
A actual NATO, no meu entender,  é uma barreira para que tal aconteça.
Bom domingo.
João Pereira
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Hammerhead

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7493
  • Recebeu: 974 vez(es)
  • +4596/-871
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2229 em: Março 20, 2022, 11:27:46 am »
Citar
Entrada na UE nunca esteve em causa.

Peço desculpa, mas somos pessoas sérias ?  :o :o :o

Então já nos esquecemos do Yanukovitch, cujo principal problema foi ter sido eleito com um programa pro-europeu e depois foi forçado pelos russos a recuar, o que levou à sua queda ?

A pertença à União Europeia foi o rastilho inicial, a Origem inicial de TODO o problema.

E a ideia de que a NATO é a origem de todos os males, sinceramente eu já ando neste mundo há uns aninhos e sempre ouvi a mesma coisa do lado que todos conhecemos.
O PCP aceitava sempre aumentar as despesas militares se fosse para pagar salários.  :mrgreen: :mrgreen:

A ideia de que a NATO é um problema, é a mesma daqueles que depois do inicio da II guerra mundial, quando a França ainda não tinha sido derrotada, pintavam as paredes de Paris com frases a dizer "porquê morrer por Danzig ? "

A União Europeia só não é um problema para a ditadura russa porque não tem caracteristicas militares. Se amanhã as tiver, os russos vão evidentemente vê-la como inimigo.
É assim com todo o Bully...
Quer bater em toda a gente... quer mostrar que é muito forte e é o melhor do mundo.
E quando aparece alguém que lhe pode dar uns murros no focinho, berra, grita e esbraceja, a dizer que estão a tirar-lhe a liberdade de fazer o que sempre fez.

Em 1945, num jantar dado em Berlim, num palacete que tinha escapado aos bombardeamentos, um general inglês deu os parabens aos russos por terem chegado a Berlim.
O russo respondeu ... em 1814, entrámos em Paris...

Vamos parar com os delirios românticos. A NATO, é a razão porque Jerónimo de Sousa não é presidente da República, e nós não andamos na fila para comprar pasta de dentes na loja do povo, e a dizer que ... se não fossem os americanos, tinhamos pasta de dentes com fartura ...
« Última modificação: Março 20, 2022, 11:28:17 am por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: LM, Lampuka, Subsea7

*

Lampuka

  • Analista
  • ***
  • 793
  • Recebeu: 267 vez(es)
  • Enviou: 322 vez(es)
  • +146/-1437
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2230 em: Março 20, 2022, 01:26:14 pm »
Citar
Entrada na UE nunca esteve em causa.

Peço desculpa, mas somos pessoas sérias ?  :o :o :o

Então já nos esquecemos do Yanukovitch, cujo principal problema foi ter sido eleito com um programa pro-europeu e depois foi forçado pelos russos a recuar, o que levou à sua queda ?

A pertença à União Europeia foi o rastilho inicial, a Origem inicial de TODO o problema.

E a ideia de que a NATO é a origem de todos os males, sinceramente eu já ando neste mundo há uns aninhos e sempre ouvi a mesma coisa do lado que todos conhecemos.
O PCP aceitava sempre aumentar as despesas militares se fosse para pagar salários.  :mrgreen: :mrgreen:

A ideia de que a NATO é um problema, é a mesma daqueles que depois do inicio da II guerra mundial, quando a França ainda não tinha sido derrotada, pintavam as paredes de Paris com frases a dizer "porquê morrer por Danzig ? "

A União Europeia só não é um problema para a ditadura russa porque não tem caracteristicas militares. Se amanhã as tiver, os russos vão evidentemente vê-la como inimigo.
É assim com todo o Bully...
Quer bater em toda a gente... quer mostrar que é muito forte e é o melhor do mundo.
E quando aparece alguém que lhe pode dar uns murros no focinho, berra, grita e esbraceja, a dizer que estão a tirar-lhe a liberdade de fazer o que sempre fez.

Em 1945, num jantar dado em Berlim, num palacete que tinha escapado aos bombardeamentos, um general inglês deu os parabens aos russos por terem chegado a Berlim.
O russo respondeu ... em 1814, entrámos em Paris...

Vamos parar com os delirios românticos. A NATO, é a razão porque Jerónimo de Sousa não é presidente da República, e nós não andamos na fila para comprar pasta de dentes na loja do povo, e a dizer que ... se não fossem os americanos, tinhamos pasta de dentes com fartura ...

São opiniões...
Eu não partilho totalmente.
Penso que você está demasiado agarrado ao passado e não consegue ver a Rússia senão como o inimigo omnipresente.  Entendo, mas não concordo com essa visão.
Preferia uma mais futurista onde inevitavelmente teremos de ter uma Europa independente para não ficar refém de ninguém e conseguir impor-se perante as novas economias emergentes onde, por exemplo a África, acabará por ter papel preponderante.
A Rússia seria um benéfico aliado.
Assim ficamos mais vulneráveis.
Abraço

P.S. E ainda acrescento que vejo a Ucrânia como uma mais valia na UE, contrariamente à Turquia,  por exemplo.
Pena é que a verdadeira essência da UE esteja inquinada há muito tempo e não será por acaso aquilo que se passou recentemente com o Brexit, que vem no seguimento do EUR e outras "sabotagens" parecidas.
« Última modificação: Março 20, 2022, 01:38:42 pm por Lampuka »
João Pereira
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Hammerhead

*

mafets

  • Investigador
  • *****
  • 8684
  • Recebeu: 3263 vez(es)
  • Enviou: 1002 vez(es)
  • +4063/-6488
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2231 em: Março 20, 2022, 01:36:08 pm »
Continuam aqui os delírios dos "atrás das pedras da calçada nas outras guerras". Esta então da NATO ser a razão de alguma coisa substancial em Portugal deve ser para os apanhados da SIC, onde ando o Rojas, aquele "grande patriota" venerado por muitos e seguido por uns outros tantos  :mrgreen: . Quanto muito, teve algum peso em o Brejnev mandar o Cunhal às malvas.   O comportamento da NATO no caso da Invasão da Chipre pelos Turcos, claramente lacaios dos delírios made in USA, é a prova do caminho até ao fundo, com aquele norueguês com ar de professor de filosofia aristotélica. Mas que continue a comédia "malha nos russos" é a minha onda...  :mrgreen:

https://www.publico.pt/2004/07/20/mundo/noticia/invasao-turca-de-chipre-foi-ha-30-anos-1199432

Citar

Jogo duplo”
A “crise de Chipre”, que se arrastava na prática desde 1963, permitiu ao então secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, e ao Presidente Richard Nixon, utilizarem uma “diplomacia dupla”, expondo uma linha política em público, enquanto secretamente adoptavam outra. E quando se intensificavam os apelos de Kissinger para a “estabilidade da frente Sudeste da NATO”.

Investigações recentes revelaram que no decurso da crise cipriota os Estados Unidos encorajaram em privado os coronéis gregos de Atenas a fomentarem um golpe de Estado em Chipre, ao mesmo tempo que forneciam uma implícita “luz verde” para a posterior invasão da Turquia. Kissinger também foi acusado de incentivar Ancara para a segunda e decisiva invasão de Agosto de 1974.

Este “jogo duplo”, num contexto de Guerra Fria e caracterizado por grandes tensões no Mediterrâneo Oriental, foi então utilizado pelos EUA em vários cenários mundiais apesar da crise interna motivada pelo desfecho do “caso Watergate”, que vai implicar a resignação de Nixon.

Em 1959, tinha sido Eisenhower, então Presidente dos EUA, a pressionar o Reino Unido para a concessão da soberania à ilha de Chipre em troca de bases militares e foi Washington quem negociou secretamente o acordo que legitimou a independência, sob os auspícios das três potências “garantes” do compromisso.

Mas já em 1964 os EUA tinham planos para a divisão de Chipre que previam uma limitada ocupação turca da ilha, e mesmo propostas concretas para obrigar as arqui-inimigas Grécia e a Turquia, membros da NATO desde 1953, a dividirem o território. E durante a ditadura dos coronéis (1967-74) reforçaram-se os laços militares entre a Junta militar de Atenas e os Estados Unidos de Richard Nixon, o que terá encorajado o general Ioannides a prosseguir as suas aventuras militares em Chipre.

Em diversas entrevistas, Henry Kissinger, também secretário de Estado do Presidente Gerald Ford, assegurou que nunca considerou o então Presidente de Chipre, o arcebispo Makarios, como o “Castro do Mediterrâneo Oriental”, e negou qualquer “estratégia” para a sua deposição. Mas admitiu recear que Makarios “conduzisse Chipre para o Bloco de Leste”. E nos planos dos golpistas cipriotas gregos e gregos incluía-se o assassínio do Presidente cipriota grego, que consegue escapar no limite, regressando à ilha apenas em finais de 1974.

Saudações  à esquerda e à direita  :mrgreen: 

P.S. Já agora, os Ucranianos nesta guerra também têm perdas e abandonos, veja-se lá isto...  :mrgreen:

https://www.reddit.com/r/TankPorn/comments/t3o0bc/abandoned_ukrainian_t80bv_and_btr80_near_the/





"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Lampuka

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 21066
  • Recebeu: 2515 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1163/-1487
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2232 em: Março 20, 2022, 02:38:44 pm »
BATALHÃO AZOV: quem realmente são esses soldados?


 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7493
  • Recebeu: 974 vez(es)
  • +4596/-871
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2233 em: Março 20, 2022, 02:57:48 pm »
Citar
São opiniões...
Eu não partilho totalmente.
Por partes ...
Factos são factos, opiniões são opiniões.
Neste mundo, onde a propaganda do Kremlin e da extrema direita americana criaram aquilo a que chamaram de "factos alternativos! temos o dever de não confundir as duas (factos e opiniões).

O programa eleitoral do Viktor Yanukovich não é uma opinião.
As pressões dos russos sobre ele, (por causa de a sua fortuna estar completamente dependente da Russia) são factos !
As mudança de posição sobre a União Europeia, forçadas pelos russos e que levaram Yanukovitch a mudar... não são opiniões são factos
A movimentação popular, resultado da mudança de posição, também é um facto.

 
Citar
Penso que você está demasiado agarrado ao passado e não consegue ver a Rússia senão como o inimigo omnipresente
.
Ler a História não é estar agarrado a nada. Essa ideia das pessoas que não conseguem ver a Rússia de outra forma, já eu a ouvia do Álvaro Cunhal.
Era o anti-comunismo primário e todo um chorrilho de disparates que tinham como objetivo distorcer a realidade, que atingiu o seu ponto alto naquela expressão posta a circular pelo partido em que "os comunistas comiam criancinhas  à hora de almoço".
Tratava-se de inventar uma acusação estrambolica evidentemente mentirosa, para depois a comparar às acusações verdadeiras.


Citar
Preferia uma mais futurista onde inevitavelmente teremos de ter uma Europa independente para não ficar refém de ninguém

Eu também preferia uma visão mais futurista.

Mas os nossos desejos futuristas, embatem numa pedra chamada Putin e afundam-se de imediato num mar de realidade objetiva e de factos !
O ditador não quer saber de futurismos para nada e que não gosta dessas coisas, porque para Putin como para o patriarca Kirill o que conta é a sua (deles) versão distorcida da História.

E ainda que a Russia seja um país que como diz o José Milhazes, tem um passado imprevisível, a visão de Putin e da extrema direita neo-nazi russa é obvia e evidente. É histórica e neste momento é ainda mais distorcida, ainda mais aberrante e ainda mais perigosa que no tempo dos czares.

Depois, o que temos, por muito estranho que seja, é um fanatismo anti-americano, e um tal odio à America, vincado, martelado, injetado ao longo dos anos,  que é até capaz de vender a alma ao diabo, e mesmo apoiar um criminoso nazista como Putin, tentando encontrar razões para defender o indefensável. Tudo para poder morder nos americanos.
(curiosamente não costumavam morder no balofo maquilhado).

Diz-se que em qualquer opinião, a única coisa que conta, é o que vem depois do MAS...

E neste caso, não pode haver MAS.
« Última modificação: Março 20, 2022, 02:59:54 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3136
  • Recebeu: 417 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +645/-8622
Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #2234 em: Março 20, 2022, 04:09:45 pm »
A NATO inicia a implantação do Patriot na Eslováquia
https://www.msn.com/de-ch/nachrichten/international/nato-beginnt-patriot-stationierung-in-slowakei/ar-AAVi3oF?ocid=msedgntp
Citar
O lançamento de sistemas de mísseis antiaéreos Patriot para reforçar o flanco oriental da NATO começou na Eslováquia. As primeiras forças chegaram, o Ministro da Defesa eslovaco Jaroslav Nad anunciou no Facebook no domingo. Tanto a Alemanha como os Países Baixos estão a fornecer soldados e sistemas de armas para o destacamento, a pedido da NATO. Nad agradeceu aos parceiros pelo seu apoio.

De acordo com o Ministro da Defesa, as unidades serão inicialmente alojadas no aeródromo militar de Silac, na Eslováquia central. A nova relocalização será consultada com peritos a fim de cobrir um território tão vasto e objectos importantes quanto possível, afirmou. A Eslováquia faz fronteira com a Ucrânia, que se defende contra uma guerra de agressão russa, durante quase 100 quilómetros a leste. Os Patriots podem abater aviões, helicópteros e mísseis mesmo a grandes altitudes.

Nad salientou mais uma vez que os mísseis Patriot não são um substituto para os sistemas de mísseis antiaéreos S-300 existentes, que ainda são originários da União Soviética. Pelo contrário, são um elemento adicional de defesa do espaço aéreo. Os meios de comunicação tinham especulado que a Eslováquia poderia entregar os seus sistemas S-300 à Ucrânia, mas Bratislava negou-o repetidamente. A Eslováquia, com uma população de quase cinco milhões e meio de habitantes, é membro da OTAN e da UE desde 2004.

Traduzido com a versão gratuita do tradutor - www.DeepL.com/Translator

Sei por fonte segura, que vários comboios partiram da Alemanha com vários veículos blindados americanos para a Polonia.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: CruzSilva