Um texto de Realpolitik, que Russia vamos ter.
https://observador.pt/opiniao/russia-caminha-para-moldar-novo-ambiente-de-seguranca-na-europa/amp/
É um texto interessante, ainda que disfarce mal um certo aparente regozijo pelo avanço de uma ditadura sobre um povo inteiro.
Porém a análise, como muitas análises dos setores ligados especialmente à extrema esquerda (na extrema-direita provavelmente nem tanto) deixa o elefante na sala, sem saber o que fazer com ele.
Mesmo hoje, quinta-feira dia 3 de Março de 2022 há um homem que pode dizer a Putin para acabar com a guerra. E esse homem, evidentemente, é o presidente da China.
Não há volta a dar... Sem a China e com a pressão tremenda por parte dos países livres, A Russia de Putin está encurralada. Sem Xi Jin Ping dar o seu aval, Putin não poderia começar a guerra.
Neste momento, utilizando uma regra de três simples, e tendo como base os dados conhecidos do PIB russo, e a desvalorização do Rublo,o país de Putin tem uma economia inferior à da Espanha e pouco maior que a da Holanda.
Esta realidade não pode ser contornada do ponto de vista estratégico. Portanto a decisão de Putin, resultará quase que inevitavelmente no controla Russia, mais tarde ou mais cedo e ainda que indiretamente, pelo império celestial.
Eu escrevi isto há mais de dez anos, Volto a escreve-lo agora, com um nível de certeza inimaginavelmente maior.
No dia em que Putin morrer, e para isso pode até não faltar muito tempo, sabendo-se como se processa a transição dentro da Russia, será sempre o candidato que mais oferecer à China, que terá a primazia e ocupará o poder.
As eleições, isso pode ficar para mais tarde, porque tanto os comunistas chineses como os fascistas russos sabem que isso não conta para nada.
A partir daí, podemos até ter uma Russia na Europa, mas já não será a Russia dos czares, será a Russia do Grão-Ducado da Muscóvia [1] dependente dos poderes do oriente.
Para os chineses, que têm paciencia de chinês ... Putin é apenas um episódio passageiro, na sua construção da nova Estrada da Seda.
[1] Diz-se Muscóvia e não Moscóvia... não é erro