Mulheres nas FA

  • 204 Respostas
  • 42128 Visualizações
*

Malina

  • 531
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #135 em: Novembro 07, 2009, 04:05:15 am »
Pelo que me disseram desde sempre, é proibido ter tatuagens que sejam visíveis com farda...
O que vais desde T-shirts e calções (seja homem ou mulher). Se tiver no antebraço, pulso, mão, pescoço, cabeça, ou parte inferior da perna (joelho para baixo), não deixam entrar... estou a dizer isto foi até o que deu na TV há por aí um ano atrás quando saiu um novo regulamento sobre o assunto.
E eu nem sou contra tatuagens nem nada que se pareça. Até cheguei a pensar fazer uma, mas como estou a pensar entrar na Força Aérea ou no Exército (se conseguir) prefiro evitar o que quer que seja que possa servir de "embirranço".

Quanto às "coitadinhas" das mulheres que andam na recruta e não aguentam sequer com a mochila delas... fora com elas se forem para especialidades de operações no terreno, leia-se Infantaria, Operações Especiais, Comandos, Paraquedistas, etc. Acho no mínimo ridículo isso. Está bem que, na minha opinião, não é a só a força que faz apenas o militar, mas é preciso o mínimo, se for para o Terreno que possa ao menos carregar o seu próprio equipamento! Facilitismos desses deixam-me triste, depois vê-se certas figuras nas Forças Armadas. E não falo só das mulheres, claro está. Uma coisa é apoiar um colega em dificuldades que pelo menos esforçou-se e tem força de vontade, outra coisa é andar a fazer de burro de carga.

E não vou falar de "fraqueza feminina" que isso é tudo conversa inútil. O que não falta aí é mulheres bem melhores que certos homens. Não foi a natureza que desenhou a mulher como fraca, milhares de anos a desprezar a natureza feminina é que as tornaram fracas.
Está bem que o nosso desenvolvimento muscular não é o mesmo que do homem, mas isso não nos faz inúteis, com treino e vontade qualquer uma chega ao necessário. Agora se há mulheres que não aguentam, metam-nas fora da mesma maneira que metem um homem, é simples.
E nem sequer venham com "fraqueza de espírito", não há nada neste mundo que me comprove que uma mulher é mais fraca de espírito que um homem. Não confundam sensibilidade com fraqueza de espírito, antes pelo contrário, a sensibilidade pode levar a uma melhor percepção das coisas, um melhor raciocínio e até uma melhor ponderação e tomada de decisões. Eu até posso desatar a chorar por uma razão qualquer, mas faço o que tenho a fazer. Afinal de contas é uma forma de libertação de stress legítima e bem mais eficaz e plausível do que certos homens que desatam à porrada uns com os outros no seio da equipa, ficam cegos de raiva e irracionais e muitas vezes acabam até por matar colegas de armas...

Se não derem oportunidade das mulheres se desenvolverem, então aí é que vamos passar a eternidade toda como fracas e inúteis, como tem sido nos últimos anos. Afinal de contas o que não falta na natureza são fêmeas bem mais fortes que os machos.
Até lá, é tratar as mulheres da mesma forma que aos homens, mas não desprezando a sua falta de força em relação a estes... o que faz um bom militar não é só a força, é também uma boa cabeça, e esta até num campo de batalha pode dar bem mais jeito do que a força.

Eu posso não aguentar com um homem ao colo ou ás cavalitas durante muito tempo (e não conheço muitos homens não treinados que consigam com 70 ou 80 kilos ao colo ou cavalitas por muito tempo por isso não me parece desvantagem! Aliás até tive namorados meus que não aguentava bem muito tempo comigo, que tenho 55kg, ao colo), mas se tiver cabeça para poder evitar que homens/mulheres sequer sejam feridos ou em campo conseguir orientá-los ou orientar-me a mim para haver uma melhor táctica/mais segura do que o bruto com força mas sem cabeça, acho bem mais vantajoso do que ter que carregá-los todos ao colo.

Quanto a violações/abusos/etc sobretudo em tempos de campanha, talvez seja bem melhor uma mulher fazê-lo voluntariamente aos colegas de armas (se for a sua vontade e se for o caso) do que, como aconteceu durante milénios e continua a acontecer, irem violar e massacrar populações só para satisfazer o seu apetite sexual (basta pensar no massacre May Lai no Vietname, ou a quantidade de mulheres que os soldados deixaram lá, que foram forçadas a serem prostitutas deles e depois foram abandonadas à sua sorte quando os americanos saíram de lá). Acho que não há homem que possa falar pelo seu grupo sexual que tenha legitimidade para falar que "mulheres distorcem a mentalidade e integridade do coitado do militar macho santo" quando todos os anos existem abusos destes em cenários de guerras, incluindo actualmente no Iraque...

Não sejam tão mordazes e não julguem de forma tão leviana pessoas que querem servir tanto o seu país como vocês querem. Muito menos com argumentos que, a meu ver, não reflectem de todo a verdade por detrás das Forças Armadas, sejam as mais bonitas de se ouvir, sejam as mais horríveis de se ver.
Não é nossa culpa se ainda há quem ande com facilitismos despropositados (mas vejam, se facilitam um homem é aceitável, se facilitam uma mulher, é descriminação positiva/porque é mulher/porque é gira, é preciso ser-se também imparcial e ver que existe nos dois sentidos algumas vezes). Mas também se passarem a vida a barrarem tudo às mulheres, então aí é que nunca irá haver evolução. Já tem havido noutros países que começam a aceitar com honestidade e vontade as mulheres no seu seio: lentamente, com progressos não do dia-para-a-noite (mas também não se deve esperar isso!) mas notam-se, portanto não sei para quê continuar com uma mentalidade antiquada e de privação.

Roma não se fez em um dia e a mulher passou bem mais tempo amordaçada do que Roma.
 

*

papoila

  • 72
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #136 em: Novembro 09, 2009, 12:34:42 am »
Citação de: "Malina"
Pelo que me disseram desde sempre, é proibido ter tatuagens que sejam visíveis com farda...
O que vais desde T-shirts e calções (seja homem ou mulher). Se tiver no antebraço, pulso, mão, pescoço, cabeça, ou parte inferior da perna (joelho para baixo), não deixam entrar... estou a dizer isto foi até o que deu na TV há por aí um ano atrás quando saiu um novo regulamento sobre o assunto.
E eu nem sou contra tatuagens nem nada que se pareça. Até cheguei a pensar fazer uma, mas como estou a pensar entrar na Força Aérea ou no Exército (se conseguir) prefiro evitar o que quer que seja que possa servir de "embirranço".

Quanto às "coitadinhas" das mulheres que andam na recruta e não aguentam sequer com a mochila delas... fora com elas se forem para especialidades de operações no terreno, leia-se Infantaria, Operações Especiais, Comandos, Paraquedistas, etc. Acho no mínimo ridículo isso. Está bem que, na minha opinião, não é a só a força que faz apenas o militar, mas é preciso o mínimo, se for para o Terreno que possa ao menos carregar o seu próprio equipamento! Facilitismos desses deixam-me triste, depois vê-se certas figuras nas Forças Armadas. E não falo só das mulheres, claro está. Uma coisa é apoiar um colega em dificuldades que pelo menos esforçou-se e tem força de vontade, outra coisa é andar a fazer de burro de carga.

E não vou falar de "fraqueza feminina" que isso é tudo conversa inútil. O que não falta aí é mulheres bem melhores que certos homens. Não foi a natureza que desenhou a mulher como fraca, milhares de anos a desprezar a natureza feminina é que as tornaram fracas.
Está bem que o nosso desenvolvimento muscular não é o mesmo que do homem, mas isso não nos faz inúteis, com treino e vontade qualquer uma chega ao necessário. Agora se há mulheres que não aguentam, metam-nas fora da mesma maneira que metem um homem, é simples.
E nem sequer venham com "fraqueza de espírito", não há nada neste mundo que me comprove que uma mulher é mais fraca de espírito que um homem. Não confundam sensibilidade com fraqueza de espírito, antes pelo contrário, a sensibilidade pode levar a uma melhor percepção das coisas, um melhor raciocínio e até uma melhor ponderação e tomada de decisões. Eu até posso desatar a chorar por uma razão qualquer, mas faço o que tenho a fazer. Afinal de contas é uma forma de libertação de stress legítima e bem mais eficaz e plausível do que certos homens que desatam à porrada uns com os outros no seio da equipa, ficam cegos de raiva e irracionais e muitas vezes acabam até por matar colegas de armas...

Se não derem oportunidade das mulheres se desenvolverem, então aí é que vamos passar a eternidade toda como fracas e inúteis, como tem sido nos últimos anos. Afinal de contas o que não falta na natureza são fêmeas bem mais fortes que os machos.
Até lá, é tratar as mulheres da mesma forma que aos homens, mas não desprezando a sua falta de força em relação a estes... o que faz um bom militar não é só a força, é também uma boa cabeça, e esta até num campo de batalha pode dar bem mais jeito do que a força.

Eu posso não aguentar com um homem ao colo ou ás cavalitas durante muito tempo (e não conheço muitos homens não treinados que consigam com 70 ou 80 kilos ao colo ou cavalitas por muito tempo por isso não me parece desvantagem! Aliás até tive namorados meus que não aguentava bem muito tempo comigo, que tenho 55kg, ao colo), mas se tiver cabeça para poder evitar que homens/mulheres sequer sejam feridos ou em campo conseguir orientá-los ou orientar-me a mim para haver uma melhor táctica/mais segura do que o bruto com força mas sem cabeça, acho bem mais vantajoso do que ter que carregá-los todos ao colo.

Quanto a violações/abusos/etc sobretudo em tempos de campanha, talvez seja bem melhor uma mulher fazê-lo voluntariamente aos colegas de armas (se for a sua vontade e se for o caso) do que, como aconteceu durante milénios e continua a acontecer, irem violar e massacrar populações só para satisfazer o seu apetite sexual (basta pensar no massacre May Lai no Vietname, ou a quantidade de mulheres que os soldados deixaram lá, que foram forçadas a serem prostitutas deles e depois foram abandonadas à sua sorte quando os americanos saíram de lá). Acho que não há homem que possa falar pelo seu grupo sexual que tenha legitimidade para falar que "mulheres distorcem a mentalidade e integridade do coitado do militar macho santo" quando todos os anos existem abusos destes em cenários de guerras, incluindo actualmente no Iraque...

Não sejam tão mordazes e não julguem de forma tão leviana pessoas que querem servir tanto o seu país como vocês querem. Muito menos com argumentos que, a meu ver, não reflectem de todo a verdade por detrás das Forças Armadas, sejam as mais bonitas de se ouvir, sejam as mais horríveis de se ver.
Não é nossa culpa se ainda há quem ande com facilitismos despropositados (mas vejam, se facilitam um homem é aceitável, se facilitam uma mulher, é descriminação positiva/porque é mulher/porque é gira, é preciso ser-se também imparcial e ver que existe nos dois sentidos algumas vezes). Mas também se passarem a vida a barrarem tudo às mulheres, então aí é que nunca irá haver evolução. Já tem havido noutros países que começam a aceitar com honestidade e vontade as mulheres no seu seio: lentamente, com progressos não do dia-para-a-noite (mas também não se deve esperar isso!) mas notam-se, portanto não sei para quê continuar com uma mentalidade antiquada e de privação.

Roma não se fez em um dia e a mulher passou bem mais tempo amordaçada do que Roma.

Cara Melina, confesso que nem sei bem por onde começar...
Para me conseguir situar, e espero que não leves a mal....és militar? já foste? ou estás a pensar vir a ser?
É que muita coisa do que dizes, é de quem não está bem com a noção como é o meio castrense....não é como nos filmes...percebes?
Um abuso é sempre um abuso....um abuso sexual é um abuso sexual...um abuso entre camaradas de armas que se devem proteger e inter-agir ainda eleva a gravidade desse mesmo abuso...um camarada é família...percebes o que quero dizer? Muito tempo no mato...facilitar para não ser violada....é das coisas mais abismantes que li neste forum, peço desculpa se estou a ser frontal demais....mas supera a minha capacidade de encaixar...não dá....
Por essa linha de pensamento....e mantendo o cenário de periodos demorados de operação, sem elementos presentes....como é que os elementos masculinos conseguem aguentar? Consegues-me responder a isso?....Estou a conseguir fazer-me entender?
Em relação à questão de educação....o facto de se não estar habituada não é necessariamente o mesmo de não se ser capaz...Até porque os rapazes não são educados por instrutores militares, ou são?
O Exército Americano tem um programa sobre o assédio Sexual e abuso sexual...dá lá um vista de olhos...ok?

http://www.preventsexualassault.army.mil/

Agora que a sociedade em geral, e a Portuguesa em particular não se encontra preparada para alguns cenários...é uma verdade inequivoca...os USA, país com grande tradição em cenários de guerra entrou quase em choque quando morreu a 1ª mulher americana em combate...os homens é só mais um número....Portugal ainda sofre e é fortemente abalado quando morre um militar português (e não acho que seja mau...é apenas verdade)...percebes o longo caminho a percorrer?
Em relação à questão da educação, a minha perspectiva pessoal, frizo pessoal...é uma questão de atitude....é como aquele pessoal que entra na universidade aceita a praxe, quer ser praxado e depois fica chateado porque anda como o nome do curso escrito na testa....Quando se incorpora, tem que se saber para o que se vai, devemos ir minimamente preparados, a internet é um importante meio de informação e por vezes de "desinformação"....
Partilho da tua opinião,  que quem não for capaz de atingir os minimos, e o que é pedido é mesmo minimo...deve ser encorajado a conseguir, esse incentivo não pode nem deve ser eterno...quero com isto dizer que se deve procurar cultivar o espírito de corpo...mas este tem limites, e o pior que pode ser feito para aquele "candidato a militar" é enganá-lo...é fazer com que ele/ela acredite que está a conseguir atingir os objectivos...
A capacidade física e psicológica de aguentar é fortemente influenciada pela postura e nivel de exigência do próprio militar e de quem o comanda/lidera....Sentimo-nos imbativeis quando superamos as nossas dificuldades, os nossos receios....mas simultaneamente ficamos a conhecer-nos melhor.....espero sinceramente que penses um bocado no que procurei transmitir...
Se és militar, já foste ou estás a pensar vir a ser....e na minha opinião...deves rever a tua maneira de pensar...Porque facilitar é igual a compactuar....Campactuar é para os fracos....porque é mais fácil facilitar/ compactuar do que enfrentar e defender a TUA INTEGRIDADE...essa, só tu podes abdicar, certo?
"Hic Non hostes nisi morbi”
 

*

papoila

  • 72
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #137 em: Novembro 09, 2009, 12:39:15 am »
Peço Desculpa...Melina não é igual a Malina c34x
"Hic Non hostes nisi morbi”
 

*

Ranger Rebelde

  • Perito
  • **
  • 413
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #138 em: Novembro 09, 2009, 10:34:21 am »
Pelo interesse demonstrado por esta questão essencial, para que realmente caminhemos para umas forças armadas modernas e sem preconceitos, deixo esta informação para as militares femininas que se sintam de alguma forma "diminuídas" pela realidade do "sistema" ou que possuam qualquer tipo de questão que se prenda com a prestação de serviço militar, principalmente em RV/RC, a ANCE tem um Gabinete de apoio só para estes assuntos específicos, liderado pela Exma Dr.ª Elsa Gonçalves. Não hesitem em entrar em contacto, sempre que necessitarem, pois foi com esse propósito que o Gabinete foi criado.

http://www.ance.pt/gabineteapoio.html

Cumprimentos
 

*

Malina

  • 531
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #139 em: Novembro 09, 2009, 11:09:47 am »
Quanto à tua pergunta: não sou, mas tenciono vir a ser e espero ter essa sorte.

Eu não disse que era correcto haver abusos sexuais! Não me viste dizer isso em lado nenhum.
Eu disse que é preferível haver uma mulher que o faça de livre vontade (volto a dizer, livre vontade, não vejo qualquer mal em uma pessoa fazê-lo de livre vontade!) do que haver massacres com conotação sexual como há em todas as guerras.
Claro que para nós é pior uma mulher de armas e camarada ser violada, é bastante óbvio, mas não vamos dizer isso a uma mulher que foi violada e assassinada por soldados estrangeiros que vieram ao seu país supostamente para a defender. Ou que mesmo em tempo de guerra, uma mulher que vê a sua filha violada e assassinada e que não fizeram nada de mal. Não faltam filmes sobre isso (baseados em factos reais, só para não se vir dizer que só acontece em filmes) e digo-te que todos os que vi chocaram-me, porque é tema para uma pessoa se sentir chocada.
Para mim é tão triste uma coisa como outra, seja uma camarada de armas, seja uma mulher que está a fazer a sua vida no seu país mesmo estando em guerra.
A verdade é que parece-me que quando chega a hora de apertar a fome sexual, os homens não distinguem uma coisa de outra... e eu pessoalmente pergunto-me porquê, somos humanos portanto supostamente devíamos ter uma capacidade de controlar os impulsos do que os animais sobretudo numa questão em que chegamos a magoar e matar conscientemente semelhantes, coisa que nem os animais fazem.
Um homem civil que viola uma mulher ou criança é um psicopata, um doente mental. Um homem militar que vá lá fora e faça o mesmo é apenas uma vítima do seu trabalho...
É certo que um militar sofre pressões que possivelmente um civil não sofre, mas hey, cada um tem a sua história e não justifica tal acto, quando supostamente são pessoas que deviam ter valores, honra e passaram testes para serem militares. Pois supostamente não é qualquer um que deve ser militar.
Respeito muito os militares, tenho imenso orgulho na grande maioria deles (seria hipocrisia dizer que é em todos... mas estaria a mentir, há quem não mereça ser) mas não consigo conceber algo que justifique tais actos.

Assédios sexuais não é coisa exclusiva da guerra nem do meio militar! Assédio sexual acontece em qualquer profissão. O que não faltam são mulheres em empresas que se queixam disso. Aliás, existe algo chamado de "chantagem sexual". Um patrão diz a uma empregada que ou vai para a cama com ele, ou é despedida, despromovida, etc. Isto acontece todos os dias, em todo o mundo, e é uma vergonha.
Logo nem sequer faria sentido que não existisse no meio militar (não digo isto num sentido positivo, claro, apenas no sentido factual!): existe em qualquer meio. Se há esforços contra o assédio sexual no trabalho na actividade civil, também tem de haver na actividade militar, e com ainda maior controlo por razões que parecem óbvias a ti e a mim: sofrem maior pressão emocional e física.

Então, no fundo, diz-me: achas que as mulheres nunca deviam ir em campanha? Porque há o risco de haver assédio ou abusos sexuais? Pela ideia que tenho vi que és enfermeira ou médica militar, certo (desculpa se me enganei)? Então diz-me, se um dia fosses destacada para uma missão seja de paz, seja de guerra directa, e tivesses a escolha de o fazer, recusarias prontamente? De fazer o teu trabalho, aquilo que te comprometeste a fazer, de salvar vidas, porque há a probabilidade de vires a sofrer abusos/assédios/ameaças?

Sinceramente não percebi onde queres chegar. Porque o que me dás a entender é que me estás a repreender como se eu tivesse dito que era correcto haver abusos sexuais ou que o devíamos facilitar entre camaradas, o que eu não disse nem nunca me passaria pela cabeça dizer.

Se um dia vier a ser militar, irei confiar plenamente nos meus camaradas. E se um dia me chamassem a ir em campanha, iria sem medo. Claro que há risco...
Porque riscos temos sempre, a mulher tem sempre, desde o momento em que mete o pé na rua ou, vê só, na própria casa, e não é por acaso que em grande parte dos abusos sexuais, estes são perpetrados por conhecidos da vítima... Portanto seja aqui, seja lá, iria cumprir o meu dever. E ficaria em confiança que haja bom senso, e caso não houvesse, que houvesse chefias ou outros camaradas para me proteger, da mesma forma que eu protegeria qualquer camarada meu. Porque se uma pessoa não confiar no seu camarada, vai confiar em quem?!

Claro que entraram em choque. É normal. Foi a primeira, e a primeira coisa má que nos acontece na vida, ou na sociedade, é sempre chocante. Mas não lhes chocava talvez tanto quando os seus soldados massacravam mulheres inocentes nos seus países. E a mim choca-me.
A guerra nunca foi um cenário bonito, nunca vai ser e irá sempre chocar. Haverão sempre histórias novas. Chocou-lhes que a primeira mulher soldado tenha sido K.I.A. Pessoalmente não ouvi essa história, a única história que ouvi falar que chocou os americanos foi a primeira mulher capturada no Iraque e que foi depois salva pelas tropas americanas num hospital. Mas choca algumas ou muitas pessoas. A mim, admito não me chocar. Entristece-me sim ouvir falar de soldados mortos em batalha, sobretudo nossos, independentemente do sexo ou idade. Chocar não, talvez porque encaro a guerra assim mesmo: há sempre o risco de ser morto. Tenho essa mentalidade assim, não sei se é normal ou não.
Mas também chocou um país inteiro quando as primeiras mulheres votaram, quando as primeiras mulheres puderam finalmente ser admitidas em trabalhos ditos normais, quando começaram a usar calças, quando começaram a ter liberdade de expressão, quando os primeiros negros escravos se viram libertados por lei, quando os primeiros negros viram os seus direitos igualados aos dos brancos... as primeiras coisas chocam sempre.
Uma coisa também é certa, uma mulher, tal como um homem, quando se alista, sabe ao que vai... por muito que guarde a esperança e se agarre a uma certeza que irá correr tudo bem, todos nós sabemos o risco que corre, e que o risco que corre pode chocar.

Isto é um assunto complicado e varia de mentalidade para mentalidade. De pessoa para pessoa. Também não digo que as coisas devam ser feitas do dia para a noite. Deve ser gradual e, sobretudo no meio militar, tem que se manter atento, muito atento, e protector.
Eu ao contrário de muita gente, não considero a mentalidade americana boa. Têm um excelente exército e oferecem-lhes condições muito boas. Mas a mentalidade deles como povo não é, nem de longe, a melhor. Aposto que há mais problemas de assédio no exército americano do que no francês, no sueco, no italiano e, arrisco até a dizer em parte, no britânico. Não esqueçamos que os americanos tiram criminosos das prisões para o exército. Ou dizem-lhes: "Ou vais para o exército servir, ou vais para a prisão". Não esqueçamos que os EUA é um país multi-cultural como não se vê em quase mais lado nenhum e se não me engano aceitam estrangeiros nas suas fileiras, ou facilitam a nacionalização para quem o faça.
Eu acredito que estaria muito melhor protegida de abusos sexuais em campanha estando no Exército Português do que no Exército Americano.

Eu acho que gradualmente se pode inserir a mulher na vida militar como qualquer outro homem. Não já, não hoje e possivelmente não nos próximos anos, afinal de contas nem faz cem anos que a mulher é "totalmente" livre. Mas gradualmente, sim.
Respeito e admiro tanto um homem como uma mulher que queira servir o seu país. Mas dadas as dificuldades que a mulher actualmente passa para conseguir fazer o mesmo que um homem (nem que seja pela questão dos riscos de abusos ou descriminação/inferiorização que ainda se faz sentir, se bem que cada vez menos!), admito que ainda lhe devo um pouco mais de consideração quando o consegue (seguindo os mesmos padrões que os homens, ou próximos, não com os tais facilitismos a torto e a direito).
 

*

papoila

  • 72
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #140 em: Novembro 10, 2009, 12:15:28 am »
Basicamente, e desculpa se entendi mal....a mulher deve facilitar aos camaradas para que estes não vão às populações violar....e isso não é, para mim aceitavel....estás a confundir as coisas....as violações em massa como ocorreram na guerra dos Balcãs não ocorreram porque os militares estavam à muito privados ou à muito em  operações, ocorreram com base num plano préviamente elaborado...as violações, e em especial, na cultura mulçumana adquirem uma gravidade muito superior à do chamado mundo ocidental....a mulher fica a ser considerada impura, é renegada pelos seus pares, as crianças geradas pelas violações são descriminadas....quando uma era violada, a sua família era também afectada....toda a sociedade envolvente era afectada, daí o recurso às violações em massa....violação como arma de guerra, certo?
Em relação, à minha profissão, sou Militar, e sendo Enfermeira já estive numa missão, com cerca de 6 meses de duração....e posso-te dizer que não facilitei nada a ninguém...isso de se pensar que só os homens têm necessidades é uma coisa que não aceito...somos seres humanos, somos também classificados como animais racionais,...e também te posso dizer que também não desataram a ocorrer violações junto da população que estavamos a proteger....
Não quero com isto dizer que elas não ocorram...ocorreram e ocorrem quando as pessoas NÃO SABEM SER E NÃO SABEM ESTAR.....
Tive oportunidade de trabalhar com militares dos exércitos por ti citados....os seus paises de origem não impõem uma conduta universal....as histórias pessoais influenciam e muito a postura do militar....e muitos dos militares americanos estão no exército pelas mesmas razões que levam os jovens portugueses a incorporar....realizar um sonho...e muito deles, e porque o exército americano têm esse programa....conseguir tirar o curso sonhado em troca de comissões de serviço....
Espero sinceramente que tenhas sucesso, e que consigas realizar todos os teus sonhos...agradecia que depois me desses um feedback sobre aquilo que pensavas e o que foste encontrar....
Em relação à mulher ser livre....somos livres mas, e ai concordo um bocado limitadas pela sociedade em que nos inserimos...agora isso não é desculpa....talvez já esteja um bocado "contaminada" mas concordo com alguns militares masculinos...que se as mulheres deixarem de se armarem em princesas conseguem....daí que também diga e defenda que parte tudo da postura e atitude do/da militar em questão....
Não te quis colocar em cheque....aquilo que pertendi é que reflectisses....penso que não tive sucesso....
Também tive oportunidade de procurar saber mais....pretendes concorrer a Oficial, certo?...Boa sorte....


E peço desculpa, se estou a ser inconveniente mas relê o teu 6º paragrafo da mensagem que comentei....colocas, e aceito que possa ter sido de uma forma inconsciente, a mulher no papel deveras complicado....

talvez seja bem melhor uma mulher fazê-lo voluntariamente aos colegas de armas (se for a sua vontade e se for o caso) do que, como aconteceu durante milénios e continua a acontecer, irem violar e massacrar populações só para satisfazer o seu apetite sexual (basta pensar no massacre May Lai no Vietname, ou a quantidade de mulheres que os soldados deixaram lá, que foram forçadas a serem prostitutas deles e depois foram abandonadas à sua sorte quando os americanos saíram de lá).

Percebes agora? Não existe um verdadeira vontade, na minha opinião, perante um cenário desses....a vontade de facilitar, NÃO PODE SER CONDICIONADA....a vontade de uma pessoa se envolver com outra não pode e nem deve ser condicionada...é isso que eu acredito, é isso que eu defendo....e é disso que eu não abdico....Espero que tenha ficado esclarecida agora...mas confesso que temos maneiras muito diferentes de pensar...e citando uma pessoa minha amiga..."nem todos temos os mesmo gostos...senão o que seria do amarelo"....e eu até gosto do amarelo, é a diversidade de pensamentos, de pontos de vista diferentes que me fazem participar neste forum...

Como o este meio é mais pequeno, do que sonhamos....vemo-nos por aí....
"Hic Non hostes nisi morbi”
 

*

Malina

  • 531
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #141 em: Novembro 13, 2009, 05:15:58 am »
Eu não disse que devia facilitar! Ninguém deve facilitar. Nada no sexo deve ser de facilitismo. Mas se for essa a sua vontade, cada um sabe de si, eles lá sabem.
Não, não são os homens só que têm necessidades, mas os homens cedem muito mais facilmente a esse impulso, pelo menos é o que se vê... Também porque violar normalmente incluí violência e a maioria das mulheres nem sequer quer pensar nisso. Acontecem violações por parte de mulheres, mas a sua percentagem é minúscula.
Olha que eu digo isto mas sou muito cuidadosa com as minhas práticas sexuais: limito-me ao meu parceiro (mais propriamente namorado) e sou muito fiel, sempre. Apenas digo isto olhando para a sociedade em que vivemos, na realidade em si inserida, porque eu nesse aspecto fui educada de uma maneira muito diferente do que vejo no dia-a-dia. Não facilito ninguém nem nunca hei-de facilitar. Estava apenas a comentar isto porque há aí muito veterano que diz que as mulheres não podem andar nas Forças Armadas porque, diabos, tentam os homens e desviam-nos do seu objectivo (leia-se entrelinhas muito a ver com as necessidades sexuais...). Portanto não penses que ando a dizer as coisas que digo porque é minha prática, porque não é nem nunca foi nem espero que venha a ser, não fui educada assim e agarro-me aos meus valores, tenho muito respeito pelo ser humano e pela intimidade, que na minha opinião deve ser preservada. Mas como eu já fui enxovalhada por pensar assim muitas vezes, e me cospem "sou livre de fazer o que bem me apetecer", parece que neste mundo estou deslocada. Não condeno as pessoas, mas também não aprovo.

Quanto a violações serem usadas como armas de guerra, sei disso perfeitamente. Muito se sabe o que aconteceu às tais prostitutas que os soldados americanos deixaram no Vietname que referi acima: foram renegadas pela sociedade e pelas suas próprias famílias. Mas não acredito que fosse simplesmente isso. A verdade é que muitas vezes há quem use a sexualidade para se aliviar do stress, das depressões, do ócio entre batalhas, da pressão... daí o Exército Americano ter montado tendas de prostitutas nos seus campos no Vietname: para os pobres dos soldados poderem "desanuviar".
No entanto não é só isso... muitos fazem porque realmente têm vontade ou por sua conta, não por ser uma arma de guerra e desmotivação. Não fosse o soldado americano que violou e matou uma menina de 14 anos no Iraque dado como culpado, e ele há-de ser só um de muitos ( http://www.msnbc.msn.com/id/30628635/ ). Saiu um filme sobre isto ("Censurado" ou "Redacted" em inglês). Se fosse só política de guerra como qualquer outra, tentavam meter isto a silêncio e o tipo nunca seria julgado, certo? Pelo menos hoje em dia, já não estamos no Vietname e a opinião pública é voraz no que toca a estes assuntos. É demasiado arriscado para eles usar métodos tão bárbaros sabendo que o mais certo é virem a ser apanhados mais tarde ou mais cedo, hoje em dia a imprensa não perdoa.
Eu não acredito que um homem honrado violasse e massacrasse uma aldeia inteira. Mesmo que o mandassem.

O que quero simplesmente dizer é que não gosto de ouvir comentários da boca de veteranos e soldados do sexo masculino como não querem mulheres nas Forças Armadas porque estas são uma "distracção para os soldados". Os soldados têm, como dizes e bem, saber ser e saber estar, senão são eles que não devem ser soldados, e não o contrário!
Até acho a teoria de "menina não vai para as FA porque é mais fraquinha" mais aceitável do que isto... parece que ainda vivemos na idade média em que a mulher tem que ser presa, controlada e afastada porque pode fazer muito mal aos pobres homens... que criatura impura...

Claro que no Exército dos EUA há gente que quer seguir sonhos e tem muita honra e valores, o que eu quis dizer é que têm também muita gente lá de laia duvidosa porque eles tiram criminosos da prisão para meter na guerra, como carne para canhão. Coisa que aqui, que eu saiba, por exemplo, não acontece. Nem se pode ter nada no registo criminal. Era apenas uma comparação, não disse que todos são criminosos, nada disso, mas que há muitos lá nessa situação, há. Obrigados a servir para não irem para trás das grades, ou saírem delas. "Serve o teu país e tens a dívida paga". Isto é algo usado (pelo menos) na América faz séculos, já na altura das colonizações, escravos batalhavam para ganhar a sua liberdade.

É simples, e usando a tua frase uma vez mais: se as pessoas não sabem ser nem sabem estar, procurem outra profissão, sejam do sexo masculino ou feminino! Por estas e por outras é que acho que o recrutamento devia ser mais apertado nesse sentido, se calhar apostar menos na componente física e de testes exaustivos e tentar procurar gente com vocação muito a sério. Porque a componente física pode-se trabalhar depois, e quem tem vontade rapidamente aprende. Agora vocação nem todos têm. Isto é um ponto muito pouco apostado em Portugal, e isso reflecte-se muito por aí... incluído e ainda por mais na Medicina, em que temos muita gente que vai para lá para satisfazer o seu status social ou familiar, mas vocação e vontade de ajudar igual a nada. Tu que és enfermeira já viste disso certamente por aí, e a mim revolta-me muito ver gente em medicina, que deviam ter uma grande vontade de ajudar os outros e gostar de se relacionar com as pessoas e ser compreensivo, e no fundo estão lá feitos pedras frias como obrigação, nunca se preocupando realmente com o seu doente. Não fosse por isso não gastava eu tanto dinheiro a ir ao privado para ser bem atendida, e garanto que é das principais razões pelas quais marco sempre consulta lá e urgências também é sempre lá. Porque no público já assisti a barbaridades que me gelaram o coração. Ali no privado (vou sempre ao mesmo) são atenciosos, todos os médicos (excepto uma mas evito-a sempre ao máximo) e enfermeiros bem como recepcionistas (já me conhecem e tudo!). Dá outro gosto, dá outra confiança.
Isto tudo para explicar o meu ponto de vista de que quem não pode, quem não tem vocação, simplesmente não poderia ser, sobretudo neste tipo de trabalhos em que se tem uma enorme responsabilidade.

Não te preocupes, eu passo muito tempo a reflectir em tudo, sou conhecida por isso. E também sei que nada no mundo é linear.

Eu não meto a mulher num papel complicado. Não estou a dizer que a mulher deve pensar "É melhor eu dar o meu corpo senão eles vão violar por aí uma civil qualquer". Nada disso. Nem pensar.
Disse o que disse apenas em resposta a comentários do género que referi que há quem sustente"As mulheres desviam as atenções dos militares (com conotação sexual claro está)". A minha resposta é que isso não impede de nada, haver militares ao serviço ou não não é isso que vai fazer com que os meninos se portem bem e se mantenham concentrados, porque se elas (militares) não devem estar lá porque "desviam a atenção", eles viram-se de qualquer forma para as outras que estão cá fora, ou seja, civis do país invadido. Não estou a dizer que os homens de armas se devem virar para as suas colegas de armas, estou apenas a dizer que uma coisa não impede a outra. E se houver uma militar que o queira fazer de sua total vontade, ela lá sabe... mas na minha opinião mais vale uma militar fazê-lo de toda (repito, toda) a sua vontade (real vontade, como daquelas coisas que se vê muito por aí hoje em dia... parece que virou prática habitual, mas isso cada um sabe de si!) do que uma inocente violada e até morta...

Uma mulher não deve ser tratada como uma boneca de porcelana, e se assim for, então não está a fazer nada nas Forças Armadas e deve ser convidada a sair. E o mesmo se passa com os homens! Se não sabem estar, se não sabem ser e também se queixam de dor aqui, dor ali, a porta de saída é a mesma de entrada.

Repara numa coisa, há três coisas que já me irritam nesta sociedade:
1. Acusarem as mulheres de serem um demónio tentador e desviador dos bons valores morais do homem puro e santo.
2. Tratarem as mulheres como uma coisa a ser presa, isolada e afastada do mundo, não vá ela causar grandes males por aí.
3. Acharem que uma mulher por ser à partida fisicamente mais fraca que o homem, não pode fazer nada que envolva força, resistência ou comando.

Por isso é que argumento o que argumento...
 

*

papoila

  • 72
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #142 em: Novembro 14, 2009, 12:42:56 am »
Pois...temos alguns pontos de vista semelhantes e outros nem tanto...talvez eu já esteja mais descrente...
O unico reparo que deixo, para da minha parte terminar este "sub-debate" com a Malina é...nunca me passou pela cabeça colocar em causa a tua conduta moral....nunca! Não costumo fazer julgamentos de moral e muito menos de quem eu realmente não conheço....

PS: os médicos no privado são mais simpáticos porque têm mais a ganhar.... :wink:
"Hic Non hostes nisi morbi”
 

*

Malina

  • 531
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #143 em: Novembro 15, 2009, 03:24:16 pm »
Pois se as pessoas pensassem todas da mesma maneira era bem mais fácil resolver os problemas mas o mundo seria bem mais monótono.
Não foi bem um sub-debate, estivemos este tempo a falar das mulheres nas Forças Armadas... não foi uma das partes agradáveis, mas na minha opinião é algo que deve ser tomado em conta e ter uma especial atenção.

Quanto ao privado... mais a ganhar, e quem sabe se não serão bem mais selectivos no momento de contratar malta nova  :wink:

Já agora envio-te uma mensagem privada a perguntar umas coisinhas que já não tem a ver com o assunto mas talvez me possas ajudar!
 

*

acardoso

  • 2
  • +0/-0
Re:
« Responder #144 em: Dezembro 05, 2009, 12:17:00 am »
Citação de: "Cabecinhas"
Juntar homens e mulheres a conviver 24h por dia, pode não ser tão saudável quanto isso... isto porque infelizmente existe homens que não têm respeito pelas mulheres e só as vêem como um pedaço de carne e esperam sempre qualquer coisa.

tambem temos que ver que há mulheres que não se dão ao respeito. há de tudo e acho que mulheres ou homens, estão lá para trabalhar e mais nada o que se passa la dentro se for preciso passa-se cá fora numa empresa!
 

*

Malina

  • 531
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #145 em: Dezembro 05, 2009, 02:08:55 am »
Isso é mais que certo.
 

*

HSMW

  • Moderador Global
  • *****
  • 12774
  • Recebeu: 3106 vez(es)
  • Enviou: 7616 vez(es)
  • +805/-1321
    • http://youtube.com/HSMW
Re: Mulheres nas FA
« Responder #146 em: Abril 24, 2011, 10:00:16 pm »
Entrevista à Capitão Silva no programa da Júlia Pinheiro.

Vale a pena ver os primeiros 2 minutos e o final a partir dos 9'. O resto é ridículo sempre que aquela caturra da Júlia fala, tal como seria de esperar num programa destes...  :roll:
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

*

Upham

  • Perito
  • **
  • 503
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #147 em: Maio 20, 2011, 05:40:49 pm »
Boa tarde!
As duas entrevistadoras parecem duas palhacitas (a que propósito teriam que vestir, mal, um uniforme para entrevistar a Capitão?)
Cumprimentos
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

*

Desertas

  • Perito
  • **
  • 338
  • +0/-0
Re: Mulheres nas FA
« Responder #148 em: Maio 22, 2011, 11:22:08 am »
Citação de: "Upham"
Boa tarde!
As duas entrevistadoras parecem duas palhacitas (a que propósito teriam que vestir, mal, um uniforme para entrevistar a Capitão?)
Cumprimentos

 :lol:  :lol:
Nem mais .

Um Abraço
God and the soldier all men adore
in time of trouble and no more
for when war is over and all things righted
God is neglected and the old soldiers slighted
 

*

Camuflage

  • Investigador
  • *****
  • 1523
  • Recebeu: 205 vez(es)
  • Enviou: 89 vez(es)
  • +263/-264
Re: Mulheres nas FA
« Responder #149 em: Maio 22, 2011, 12:51:35 pm »
707th Special Missions Unit "White Tigers": http://www.youtube.com/watch?v=R6A_eaP_k14