Ao efectuar esta minha primeira intervenção gostaria de felicitar o fórum e os seus intervenientes pela qualidade geral dos temas e discussões que tenho vindo a acompanhar.
Peço desculpa pela minha ousadia de novato nestas andanças, mas gostaria de lançar aqui um tópico dedicado aos Portugueses e à gestão do conhecimento, através de algum paralelismo com o processo de desenvolvimento de inovações e a própria gestão do conhecimento na época das descobertas.
Nos tempos que correm em que se fala tanto de questões da inovação, creio que seria interessante lançar um tema em que interliga a Gestão do Conhecimento e o processo de inovação, estabelecendo paralelismos com o impulso tomado pelos Portugueses no século XV. Aquilo que levou os homens de então a arriscar partir em pequenos navios para um mundo que seria, por certo, desconhecido teria de ter algo mais que a muita coragem que efectivamente demonstraram ter.
Creio que para fazê-lo teriam de alimentar o esforço hercúleo de alguma forma, não apenas com investimento em capital para suportar as expedições ou mão-de-obra especializada em marinharia, mas também no tratamento de informação e na sua produção em conhecimento.
Teve de existir alguma forma de Gestão de Conhecimento patente neste empreendedorismo para que as iniciativas exploratórias tivessem sucesso. E isso verifica-se através da apresentação de instrumentos, cartas de marear, técnicas de navegação, regimentos instituídos durante as viagens, em códigos precisos e matemáticos de identificação dos corpos celestes e de marcação de pontos de referência com precisão impressionante, até para os dias de hoje.
Tendo-se iniciado no QREN uma nova vontade de implementar um ênfase em torno da economia do conhecimento, gostaria de lançar o desafio aos restantes foristas neste tema. Durante três gerações, Portugal foi inigualável porque apostava fortemente em meios, técnicas e homens. Mas, eis que a decadência se apoderou do reino e esse investimento deixou de se fazer. As consequências foram dramáticas e incontornáveis.
Hoje em dia deparamos, ao nível das empresas e do próprio aparelho de Estado alguns desses problemas.
Assim e considerando que fomos um povo que outrora foi pioneiro na inovação e na globalização, como é que hoje poderemos caminhar no sentido de alcançar esse mesmo patamar? Será que é com este quadro comunitário de apoio? De que forma poderemos trilhar esse caminho? Qual é a vossa opinião?
Grato pela atenção
Cumprimentos