Está-se a tentar reinventar a roda para nada. Saltam à vista desvantagens como: limitado nº de mísseis prontos a disparar, atirador completamente exposto aos elementos e a fogo inimigo e incapacidade (ou limitação) para disparar em movimento. Eu admito que pudesse fazer sentido para forças ligeiras, como Comandos ou Fuzileiros ou as forças regionais da ZMM ou ZMA, terem Land Cruiser com um sistema desse género, por ser simples de operar e manter. Também poderia considerar como boa opção do ponto de vista financeiro, se a ideia fosse adquirir dezenas de sistemas destes.
Mas, em primeiro lugar, não há intenções de adquirir grande número de sistemas e por outro não temos efectivo para tantos sistemas desses, mais eventuais sistemas de médio alcance, mais as outras especialidades todas nas Forças Armadas. Resumindo, se não podemos ter quantidade, que tenhamos qualidade.
Desde logo, esqueça lá os Bitubos, que esses já não servem para grande coisa além de uma solução de último recurso na ausência de algo mais eficaz. Estar a readaptar/modernizar/reinventar este sistema, era um desperdício de tempo e dinheiro, quando há sistemas modernos, de calibre mais adequado, no mercado. O substituto natural dos Bitubos, são os Oerlikon 35mm, numa das versões mais recentes.
Já meios auto-propulsados, algo como o Avenger (possivelmente em segunda-mão) já era muito bom e não seriam assim tão caros quanto isso. Em contraste com o sistema que apresentou, o Avenger base, leva 8 mísseis prontos a disparar (e ainda tem uma .50), confere protecção ao atirador e pode ser disparado em movimento (algo crucial quando a ideia é acompanhar forças móveis). Existem também outros sistemas semelhantes, como o MPCV com Mistral (ou o Atlas RC), ASRAD-R com RBS-70, e ainda os sistemas com mísseis Starstreak. É possível que até haja mais alguns modelos. Ainda assim a vantagem vai para o Avenger, no presente e no futuro, pois permitia que, quando fossem substituídos, a transição para uma nova versão do Avenger fosse muito mais fácil. Relembro que o Avenger 2 é talvez o sistema mais versátil no mercado ocidental e tem sido continuamente melhorado com a inclusão de novos armamentos (inclusive testado com arma laser).
Obviamente que nenhum destes meios conseguiria substituir em pleno o Chaparral, pois nunca conseguiriam acompanhar meios de lagartas. Mas modernizar alguns M-113 (ou o seu substituto) e colocar uns ASRAD-R, que incluem lançador e radar na mesma "torre", pudesse ser uma solução viável.