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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: emarques em Setembro 07, 2005, 01:23:06 am
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Trabalho é para ser feito o ano inteiro
Governo coloca fim ao conceito da época oficial de incêndios florestais
06.09.2005 - 10h51 Luciano Alvarez, Nuno Sá Lourenço, (PÚBLICO)
O Governo vai pôr fim ao conceito da época oficial de incêndios florestais, que normalmente vai de 1 de Junho a 31 de Setembro, assumindo assim que existe risco de incêndio durante todo o ano, o que vai levar à criação de um dispositivo permanente de acompanhamento da situação.
Esta é uma das medidas que o ministro da Administração Interna, António Costa, vai hoje anunciar na Comissão Permanente da AR.
As restantes medidas, que farão parte da reforma do sistema de vigilância e combate a incêndios florestais, passam pela criação de um corpo profissional do Estado especializado no combate aos fogos nas florestas, mas também vocacionado para outros cenários de catástrofe; unificação de todo o sistema de vigilância sob coordenação da Guarda Nacional República (GNR); fusão dos Centros de Prevenção Distrital (que dependem do Ministério da Agricultura) com os Centros Distritais de Operações de Socorro (tutelados pelo Ministério da Administração Interna) num estado-maior dotado de uma frota de meios aéreos permanentemente disponíveis para o combate aos incêndios, seja por aquisição ou aluguer (permanente) plurianual.
No que respeita ao fim do conceito da época oficial de incêndios, o dispositivo permanente de acompanhamento, que evolui conforme o crescendo do risco de fogos, terá duas fases: a fase Alfa, que começa no dia 1 de Janeiro, e a Bravo, que será accionada quando o risco é maior, ou seja, em Junho/Julho.
Já a fusão dos Centros de Prevenção Distrital com os Centros Distritais de Operações de Socorro leva à criação de um comando único de todas as forças que intervenham na vigilância, prevenção e combate aos incêndios florestais, designadamente bombeiros e sapadores florestais – sejam associativos, municipais ou do Estado.
A Comissão Permanente vai também servir para que os diferentes partidos políticos avancem com as mais variadas propostas de medidas de combate aos incêndios.
O CDS tenciona propor a subida do limite mínimo das penas de prisão por fogo posto. “A lei tem que reflectir o sentimento dos portugueses”, justificou o líder parlamentar Nuno Melo, que afirmou ainda a intenção de propor uma aplicação mais rigorosa de medidas de segurança. O centrista não quis precisar até onde iria a sua proposta, da mesma forma que não quis concretizar as “sugestões” a fazer ao Governo no sentido da “valorização da floresta”.
Da parte do PSD, o líder parlamentar Marques Guedes antecipou algumas das medidas que serão propostas durante o debate, tais como um projecto de resolução recomendando ao Governo o apoio à instalação de centrais de biomassa, ou seja, centrais termo-eléctricas de resíduos florestais. “É a única forma de potenciar em autarquias-chave a sustentabilidade económica da limpeza da floresta”, explicou.
O PSD vai recomendar igualmente programas de cooperação com as Forças Armadas na área da protecção do território.
De acordo com Agostinho Lopes, o PCP tenciona defender a instituição do estado de calamidade por “permitir adequar a indemnização ao nível dos prejuízos e dos rendimentos dos prejudicados”. Da mesma forma, será sugerido ao Executivo um programa especial de apoio às autarquias mais atingidas. Além das medidas, Agostinho Lopes quer “confrontar o ministro com a irresponsabilidade [do Governo] de ter substimado o problema”.
Os responsáveis por esta matéria nos grupos parlamentares do PS e do BE não se encontravam disponíveis para prestar esclarecimentos ao PÚBLICO.
Entretanto, ontem em Estrasburgo os eurodeputados portugueses reclamaram uma resposta pronta e eficaz da Comissão europeia para minimizar os efeitos da seca e dos incêndios em Portugal, nomeadamente através do Fundo de Solidariedade.
No papel parece que não está mal o pacote de medidas (e algumas das sugeridas pela oposição também não ficavam mal, como as centrais de biomassa). Agora... vamos lá ver a execução, que é onde as bodegadas costumam acontecer.
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Numa noticia do DN fala-se em meios propios..Tipo 18 aviões e 30 helis do estado. :wink:
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Numa noticia do DN fala-se em meios propios..Tipo 18 aviões e 30 helis do estado. :wink:
Ena tantos...
Ou tão poucos...
Como S.Tomé, é ver para crer.
De promessas está o inferno cheio.
Ainda à pouco mais de uma semana o ministro António Costa afirmava que Portugal tem meios suficientes para combater incêndios,... e o país a continuar a arder.
:?
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É só conversar, e mais conversa, e mais conversa, e não passa disso, conversa....
Antiagmente não havia helis e não havia fogos, agora nem se consegue resolver o problema porque supostamente falta meios de combate ao fogo.
A resolução passa pela prevenção, mas esta gente no governo ou não entende, ou não quer entender, ou tão se cagando para resolver o problem, ou ficam à espera que alguem o resolva por eles.
Não entendo o que vai na cabecinha desta gente...
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A opinião publica e os meios de comunicação social fizeram"pressing" para se comprarem os meios aereos. Para a população ja não é preciso limpar matas nem nada..porque para o anos os canadairs apagam todos os fogos...Meu Deus..
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A opinião publica e os meios de comunicação social fizeram"pressing" para se comprarem os meios aereos. Para a população ja não é preciso limpar matas nem nada..porque para o anos os canadairs apagam todos os fogos...Meu Deus..
Claro, típica política esquerdista, o estado protector, paternalista, que elimina a responsabilidade individual.
Se as pessoas se conscializarem que a prevenção contra os fogos começa pelas ações individuais, e não do estado, os fogos ou acabam, ou passam a ser um pequeno incómodo.
Porque não contrar os milhares de estudantes que no verão não têm mais nada que fazer do que ir para a praia, e mandar-los para as florestas apanhar os galhos secos, palha, ramos, etc; Tudo o que pode criar fogos e assim limpar as florestas portuguesas. Com certeza ia custar menos dinheiro do que comprar helis e deixar deflagrar fogos para os por em ação.
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Uma pergunta: porque é que eu devo pagar a limpeza da propriedade dos outros que rejeitam essa responsabilidade, alguns dos quais ostensivamente?
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Boa questao, mas o Dremanu talvez sugira mais alguma medida de indole socialista, do tipo nacionalizar as matas
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Boa questao, mas o Dremanu talvez sugira mais alguma medida de indole socialista, do tipo nacionalizar as matas
hehehe....entrei em contradição na minha própria mensagem.....Paciência!
A questão do Luso é muito boa.
A minha família têm uma propriedade no Fundão onde cresce bastante vegetação selvagem. A solução que se encontrou para manter a propriedade limpa foi a de fazer um acordo com um lavrador local que vêm e corta tudo para alimentar o gado dele. É uma solucão onde ambos saímos a ganhar.
Ao mesmo tempo temos uns terrenos espalhados pelo meio de uma serra que basicamente ninguém lá vai limpar aquilo. No entanto, esses terrenos durantes anos e anos foram usados para a agricultura, então não têm nenhumas árvores a crescer por aqueles lugares, e não me lembro de alguma vez ter havido fogos por aquela área.
Mas como encontrar uma solução de prevenção de fogos?
Uma coisa é certa, o território Português necessitava ser re-ordenado. Existem muitos terrenos espalhados pelo centro e norte de Portugal que estão "abandonados", fruto da mudança da nossa ecónomia, e das imigrações que levaram ao abandono por muita gente, de muitas aldeias.
Talvéz, e neste caso, não fosse má ideia o governo "apropriar"-com indeminizações é claro- muitos destes terrenos e transformar-los em parques naturaís. Replantar árvores e outra fauna nativa ao nosso país, e basicamente passar a gerir esses recursos naturaís do nosso país.
Acho que o governo devia também fiscalizar e punir severamente quem não cumpre com a legislação do governo em relação a manutenção de padrões de limpeza como forma de prevenção de fogos. Se as pessoas se recusam a pagar, e se recusam a fazer o que têm que ser feito, a culpa é do governo que não governa e impêm a lei, parece-me óbvio.
Talvez fosse também necessário de se fazer campanhas de educação às populações ruraís, e ao povo em geral, para se ter mais respeito pelo ambiente natural Português, para se ter orgulho na beleza natural do país, e que tomar medidas preventivas para que não se dêm fogos é contribuir para que continue a existir essa beleza natural, etc....
São algumas das ideias que me vêm à cabeça.
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Caro Dremanu a nossa juventude está mais interessada em ir para a praia, curtir umas "mocas" e adodar o louçã..Depois existe outro segumento que são os filhos do papa com um bom carro..So querem passeio e noitadas.. Depois existem os jovens com alguma consciência ambiental e sobretudo nacional, mas esses são uma minoria.
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Completamente de acordo com tudo o que diz. Mas continuo a achar que nao e' so' com prevencao que se combate o fogo, basta ver o exemplo dos outros paises...
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Completamente de acordo com tudo o que diz. Mas continuo a achar que nao e' so' com prevencao que se combate o fogo, basta ver o exemplo dos outros paises...
... é também com multas pesadas, pena de prisão mais elevada (com prisão perpétua em caso de morte), ostentação da fotografia do autor do crime com o nome e a idade ...
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Mais um plano muito lindo, mas que não vai servir para nada, a não ser para gastar dinheiro mal gasto. É curioso que este plano tenha sido anunciado pelo ministro da Administração Interna e não pelo ministro da Agricultura que é quem supostamente tutela as florestas.
O principal problema deste plano é que ignora que o fogo faz parte integrante dos ecossitemas mediterrânicos, pelo que a sua prevenção e combate deve fazer parte integrante da gestão florestal. Ora o que é proposto é constituir um novo corpo de bombeiros dependentes do MAI e não dos Serviços Florestais, também a vigilância das florestas deverá passar para a GNR, passando ao lado da Guarda Florestal, ou seja dos serviços com experiência e conhecimento da gestão das florestas, que de há 20 anos para cá têm sistemáticamente sido vítimas de cortes orçamentais e de desmantelamento. Lembro que até ao início dos anos Oitenta a responsabilidade do combate aos fogos florestais pertencia aos Serviços Florestais do Ministério da Agricultura, depois estas funções foram a Protecção Civil e Bombeiros, com os resultados que se conhecem.
Quanto à limpeza das matas, existe a ideia que é necessário fazê-lo em 100% da sua área, mas não é esse o caso, não seria económico que é correcto é fazê-lo intercaladamente de modo a "quebrar" a progressão dos fogos.
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Exacto fgomes, alem de plantar especies alternadas com o pinheiro caso do Sobreiro O castanheiro e o Carvalho.
Ardem muito mais lentamente.
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Completamente de acordo com tudo o que diz. Mas continuo a achar que nao e' so' com prevencao que se combate o fogo, basta ver o exemplo dos outros paises...
... é também com multas pesadas, pena de prisão mais elevada (com prisão perpétua em caso de morte), ostentação da fotografia do autor do crime com o nome e a idade ...
E porque nao pena de morte e auto de fe'?
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Acho que o aumento das coimas e pena de prisão permitiriam diminuir as ocorrências.