Artilharia do Exército

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Re: Artilharia do Exército
« Responder #840 em: Janeiro 14, 2023, 03:26:58 am »
A fusão da BrigMec e da BrigInt vai ocorrer na prática, mas não estou a ver a extinção de uma posição formal de BGEN a ocorrer. Pelo que, pelo menos no papel, continuarão a existir três brigadas no Exércit0 Português — até para manter as aparências ao nível da NATO. Digo eu…
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Red Baron

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Re: Artilharia do Exército
« Responder #841 em: Janeiro 14, 2023, 12:17:29 pm »
Até os americanos estão a colocar rodas nas suas Heavy Division.


A fusão da BrigMec e da BrigInt iria mudar tudo a nível de doutrinas de emprego. Por isso não me parece provável.
Agora é bem provável a BrigMec ficar reduzida ao seu núcleo (CC,Reconhecimento,Engenharia)  e ser reforçada por meios da BrigInt em caso de necessidade.

A verdade é que a BrigMec só é importante no universo NATO.
 

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Re: Artilharia do Exército
« Responder #842 em: Janeiro 14, 2023, 02:42:12 pm »
Até os americanos estão a colocar rodas nas suas Heavy Division.


A fusão da BrigMec e da BrigInt iria mudar tudo a nível de doutrinas de emprego. Por isso não me parece provável.
Agora é bem provável a BrigMec ficar reduzida ao seu núcleo (CC,Reconhecimento,Engenharia)  e ser reforçada por meios da BrigInt em caso de necessidade.

A verdade é que a BrigMec só é importante no universo NATO.

Num cenário como a Ucrânia as grandes e pesadas unidade Mecanizadas são extremamente importantes e como sempre estamos a ir contra a corrente, já que por essa Europa fora estão todos a reforçar os seus meios mais pesados. Concordo que a Brigada Mecanizada como está pouco valor tem num TO real, mas isso é por incúria dos nossos governantes, não por falta de necessidade.

Vejam a Finlândia que tem mais CC do que países que têm várias vezes a sua população, vejam a quantidade de Viaturas Blindadas de todo o tipo que a Polónia está a comprar ou vai fabricar nos próximos anos. Até já li que a França está a olhar com outros olhos para VCI a lagartas exatamente por causa do que se passa na Ucrânia.

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Artilharia do Exército
« Responder #843 em: Janeiro 14, 2023, 04:08:05 pm »
Num cenário como a Ucrânia as grandes e pesadas unidade Mecanizadas são extremamente importantes e como sempre estamos a ir contra a corrente, já que por essa Europa fora estão todos a reforçar os seus meios mais pesados. Concordo que a Brigada Mecanizada como está pouco valor tem num TO real, mas isso é por incúria dos nossos governantes, não por falta de necessidade.

Vejam a Finlândia que tem mais CC do que países que têm várias vezes a sua população, vejam a quantidade de Viaturas Blindadas de todo o tipo que a Polónia está a comprar ou vai fabricar nos próximos anos. Até já li que a França está a olhar com outros olhos para VCI a lagartas exatamente por causa do que se passa na Ucrânia.

Atenção que é preciso ter em conta outras variáveis. Os outros aumentam o investimento em todas as vertentes da guerra, não só nas forças pesadas terrestres. Os outros aumentaram/aumentarão exponencialmente o seu orçamento, aqui praticamente não mexe (e o mais provável é cortarem). Temos também as condicionantes geográficas, a função das FA do país no seio da NATO, e como força de auto defesa, as principais ameaças e as restantes prioridades.

Conclusão, de nada adianta fantasiar com a BrigMec perfeita (ou como quem diz, meter as fichas todas nesta brigada), enquanto tudo o resto está preso por arames.

Querem reforçar a BrigMec, tudo bem, estamos de acordo, mas primeiro comecem por incluir pelo menos uns 50 IFVs de lagartas e uns SHORAD. A prioridade em termos de artilharia, para já, passa pela substituição dos M114 por um sistema AP de rodas na BrigInt.
Até lá, a BrigMec, para a NATO, apenas serve para reforçar fileiras existentes, com recurso aos Leopard e M-109, e pouco mais, sendo que para operações de forma independente, simplesmente não tem essa capacidade se o inimigo tiver armas anti-carro decentes e/ou algum tipo de meio aéreo.
 

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Re: Artilharia do Exército
« Responder #844 em: Janeiro 14, 2023, 04:38:51 pm »
Há aquele velho ditado que diz que em casa onde não há pão, todos ralhão e ninguém tem razão.

Neste caso num Exército tão depauperado como o nosso, é normal ver problemas atrás de problemas. Obviamente que deve ser estabelecido as prioridades e o que pode ser feito numa segunda e terceira fase. A BrigInt com a modernização das Pandur (transformar as VBTP em VCI) já seria um enorme passo em frente, assim como fazer as versões porta morteiros. Na BrigMec a modernização dos Leopard 2, M109 vem à cabeça, já que neste momento VCI a Lagartas só se fosse em segunda mão. Na BrigRR a questão passa pela substituição das Panhard M11, manutenção/modernização das Light Gun.

De resto há inúmeros programas que foram cancelados, há muita modernização que parece que vai ser apenas uma operação normal de manutenção, que nos faz pensar que pouco vaimudar no paradigma que se vive nas Forças Armadas, mais concretamente no Exército.
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Re: Artilharia do Exército
« Responder #845 em: Janeiro 15, 2023, 01:24:54 pm »
Entretanto, a capacidade AA continua a ser a prioridade número um (ou devia ser). Nesse aspecto, salvo alguns Stinger, estamos no zero. Estamos tão mal, que chegámos ao ridículo de, se uma força opositora sobrevoasse qualquer uma das nossas brigadas com uma dezena de bombardeiros B-17 (sim, os da II GM), causava estragos enormes.

Enquanto isto for assim, alguma vez se vai enviar uma brigada que seja para uma linha da frente sem apoio externo, quando há caças modernos, mísseis de cruzeiro, drones de todo o tipo, helicópteros de ataque, etc? Só se quiserem enviar o pessoal em missões suicidas.

Mas não é caso único o Exército, na Marinha andou-se durante décadas a fantasiar com um grandioso LPD, para desembarcar as nossas "enormes" forças expedicionárias, com uma escolta de navios que mal têm capacidade de se defender a si próprios, quanto mais uma força tarefa.

Por mais que queiramos artilharia topo de gama na BrigMec, não está no top 30 das prioridades, daí que uma modernização dos actuais sistemas já era bem bom. Em artilharia, para já, focaria esforços na BrigInt, porque isto de andar com M114 velhos, pesados, pouco móveis, têm curto alcance e uma guarnição que é "só" o dobro de um sistema moderno AP, é que me parece absurdo.
 
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Re: Artilharia do Exército
« Responder #846 em: Janeiro 15, 2023, 02:37:30 pm »
A "modernização" dos M109A5, de modo a ganhar uns 5-7 anos de vida, até poderia ser feita no imediato sinceramente.
Os Americanos têm 850 M109A6 em reserva, seria só enviar os nossos A5 e A2 para a Ucrânia e receber uns 31 A6, 18 para serviço ativo, 6 na reserva, 6 para peças, e 1 para o museu.

Nestes 5-7 anos comprava-se algo para a BrigInt que tenha sido construído depois de 1940 (se possível) investia-se em mais qualquer coisa e por 2028-30 assinava-se contrato para K9A2 (que sinceramente parece ser muito mas muito barato) ou até PZH2000

Mas claro nada disto é interessante para o exército
 
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Re: Artilharia do Exército
« Responder #847 em: Janeiro 15, 2023, 07:21:03 pm »
A "modernização" dos M109A5, de modo a ganhar uns 5-7 anos de vida, até poderia ser feita no imediato sinceramente.
Os Americanos têm 850 M109A6 em reserva, seria só enviar os nossos A5 e A2 para a Ucrânia e receber uns 31 A6, 18 para serviço ativo, 6 na reserva, 6 para peças, e 1 para o museu.

Nestes 5-7 anos comprava-se algo para a BrigInt que tenha sido construído depois de 1940 (se possível) investia-se em mais qualquer coisa e por 2028-30 assinava-se contrato para K9A2 (que sinceramente parece ser muito mas muito barato) ou até PZH2000

Mas claro nada disto é interessante para o exército

Os PZH2000 estão na Ucrânia. Recebendo mais artilharia do gênero decerto, seria da reserva americana dos M109A6 e não tanto dos que estão em Portugal, que segundo consta metade não estão grande coisa.
É pena não os despacharem realmente e virem dos A6 ao abrigo de qualquer daquelas coisas Nato. Depende das conversas dos interessados. Cá há poucos e sonolentos.
Mandamos os M113 só porque tem lá muito suporte logístico e precisam para transporte. Podiam era mandar todos já. E colocar cá algo de jeito com futuro.
 
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Re: Artilharia do Exército
« Responder #848 em: Janeiro 16, 2023, 05:00:56 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Artilharia do Exército
« Responder #850 em: Janeiro 17, 2023, 09:43:20 am »
A "modernização" dos M109A5, de modo a ganhar uns 5-7 anos de vida, até poderia ser feita no imediato sinceramente.
Os Americanos têm 850 M109A6 em reserva, seria só enviar os nossos A5 e A2 para a Ucrânia e receber uns 31 A6, 18 para serviço ativo, 6 na reserva, 6 para peças, e 1 para o museu.

Nestes 5-7 anos comprava-se algo para a BrigInt que tenha sido construído depois de 1940 (se possível) investia-se em mais qualquer coisa e por 2028-30 assinava-se contrato para K9A2 (que sinceramente parece ser muito mas muito barato) ou até PZH2000

Mas claro nada disto é interessante para o exército

Isso a ser comprado seria para a BrigMec e não para a BrigInt. Para a BrigInt seriam o Caesar, os Atmos ou mesmo os M777.

Até a Macedónia do Norte
 :toto:

https://www.defense-aerospace.com/north-macedonia-buys-18-turkish-made-105mm-howitzers/

O Exército não precisa de outro obus rebocado de 105mm (a BrigRR já tem os seus Light Gun), mas sim algo em 155mm para a BrigInt.
« Última modificação: Janeiro 17, 2023, 09:46:21 am por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Artilharia do Exército
« Responder #851 em: Janeiro 17, 2023, 12:51:00 pm »
A "modernização" dos M109A5, de modo a ganhar uns 5-7 anos de vida, até poderia ser feita no imediato sinceramente.
Os Americanos têm 850 M109A6 em reserva, seria só enviar os nossos A5 e A2 para a Ucrânia e receber uns 31 A6, 18 para serviço ativo, 6 na reserva, 6 para peças, e 1 para o museu.

Nestes 5-7 anos comprava-se algo para a BrigInt que tenha sido construído depois de 1940 (se possível) investia-se em mais qualquer coisa e por 2028-30 assinava-se contrato para K9A2 (que sinceramente parece ser muito mas muito barato) ou até PZH2000

Mas claro nada disto é interessante para o exército

Isso a ser comprado seria para a BrigMec e não para a BrigInt. Para a BrigInt seriam o Caesar, os Atmos ou mesmo os M777.

Até a Macedónia do Norte
 :toto:

https://www.defense-aerospace.com/north-macedonia-buys-18-turkish-made-105mm-howitzers/

O Exército não precisa de outro obus rebocado de 105mm (a BrigRR já tem os seus Light Gun), mas sim algo em 155mm para a BrigInt.

Para a BrigInt seriam o Caesar, os Atmos ou mesmo os M777.

Acho que isso é para potencias como o Botswana ou Uganda

Cá aqueles 155 rebocados no papel dos exercícios ocasionais funcionam maravilha. è como a diferença entre estar a montar morteiros rebocados adquirir alvos disparar e sair, ou usar em viaturas porta morteiros informatizado. Vale o mesmo na papel de fantasia
 
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Re: Artilharia do Exército
« Responder #852 em: Janeiro 17, 2023, 01:08:37 pm »
Os M114 são uma vergonha, mas destes até aos K9 vai uma distância enorme.

Para países como a Finlândia ou a Polónia os K9 são um instrumento importante na capacidade de dissuasão. No nosso caso essa questão não se coloca.

Reparem que a França, que do top5 é provavelmente quem tem um exército melhor preparado, quer em equipamentos quer em experiência, tem 4 regimentos de cc Leclerc apoiados nas respectivas brigadas por.. Ceasar e morteiros 120, a maioria destes ainda rebocados.
Nós temos "meio" regimento de Leos e vamos concluir que precisamos de K9? Na prática, mal existe uma brigada blindada, se fôssemos a tentar reconstruir uma, não era pelos K9 que se iria começar.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Artilharia do Exército
« Responder #853 em: Janeiro 19, 2023, 10:03:01 am »
Até os comemos carvalho!



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Re: Artilharia do Exército
« Responder #854 em: Janeiro 19, 2023, 10:51:35 am »
Até os comemos carvalho!





Peça expedicionária do Corno da África. Até o ucras se passavam a ver isto. 
Nada como o cenário vintage
 
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