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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Lancero em Outubro 24, 2006, 06:41:27 pm

Título: Estratégia Nacional para o Mar
Enviado por: Lancero em Outubro 24, 2006, 06:41:27 pm
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Mar: Estratégia Nacional visa melhor aproveitamento dos recursos do oceano

Lisboa, 24 Out (Lusa) - O melhor aproveitamento dos recursos do Oceano e zonas costeiras, promovendo o desenvolvimento económico e social de forma sustentável e respeitador do ambiente, é o principal objectivo da Estratégia Nacional para o Mar, hoje apresentada.

      Na apresentação da proposta, o secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João Mira Gomes, afirmou que "Portugal precisa de uma estratégia nacional para o mar, porque goza de uma posição geoestratégica única e tem um rico património cultural associado ao mar".

      De acordo com João Mira Gomes, esta proposta visa "colocar Portugal numa rede económica associada ao mar", tratando-se de "um instrumento fundamental para potenciar o mar como estratégia de afirmação nacional".

      Com a Estratégia Nacional para o Mar, o Governo quer desenvolver a economia e as novas tecnologias ligadas a este recurso natural e criar uma rede marinha de áreas protegidas.

      O conhecimento, o planeamento e ordenamento espacial e a promoção e defesa activa dos interesses nacionais, são os três pilares em que assenta esta estratégia.

      Do "conjunto de novas actividades que iniciaram o processo de procura e ocupação do espaço oceânico, e para as quais Portugal tem condições excepcionais de desenvolvimento", o documento destaca a aquicultura "offshore", a biotecnologia, as energias renováveis e a robótica submarina.

      No campo da conservação da natureza, pretende-se salvaguardar as áreas essenciais para a conservação e gestão dos recursos vivos e não vivos, através da criação de uma rede de Áreas Marinhas Protegidas.

      Outra aposta é a valorização do mar como diferenciador da oferta turística, promovendo provas desportivas de prestígio e actividades como vela, remo, náutica de recreio, mergulho, observação de aves e cetáceos ou turismo associado à pesca.

      O documento identifica também várias medidas que contribuem para criar condições favoráveis para o melhor aproveitamento do mar de forma sustentável.

      Pretende-se, entre outros aspectos, sensibilizar a sociedade para a importância do mar, promover o ensino e divulgação nas escolas de actividades ligadas a ele, promover Portugal como centro de excelência de investigação das ciências do mar na Europa, proteger e recuperar os ecossistemas marinhos e apostar nas novas tecnologias ligadas às actividades marítimas.

      Entre as acções de curto prazo a implementar contam-se a definição de um mecanismo de coordenação para a implementação da estratégia e garantia da articulação governamental dos assuntos do mar; acompanhamento da discussão pública sobre o Livro Verde; e melhoria da articulação e coordenação das posições nacionais relativas aos assuntos do mar a nível internacional.

      O responsável pela Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar, Miguel Sequeira, sublinhou o facto de esta estratégia "trabalhar sobre o que já existe de uma forma mais eficaz e eficiente, apostando na formação e na coordenação".

      Trata-se, segundo Miguel Sequeira, "de tentar encontrar ferramentas que permitam uma gestão partilhada" e de "desenvolver acções que venham acrescentar valor ao que já está em curso, sem retirar competências às tutelas".

      Com um horizonte temporal de dez anos (prolonga-se até 2016), o documento será alvo de avaliações anuais por parte de mecanismos avaliadores independentes.

      A Estratégia Nacional para o Mar, cujo período de consulta pública termina a 03 de Novembro, irá para aprovação a 16 de Novembro, Dia Nacional dos Oceanos.

      A versão para consulta pública da Estratégia Nacional do Mar está disponível na Internet em http://www.emam.mdn.gov.pt/disc_publica.php (http://www.emam.mdn.gov.pt/disc_publica.php) e em www.mdn.gov.pt (http://www.mdn.gov.pt).
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 22, 2006, 03:32:02 pm
EMEPC:

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Missão

● Preparar, à luz da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), uma proposta de extensão da Plataforma Continental de Portugal, para além das 200 milhas náuticas, a ser apresentada à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), órgão constituído no âmbito da CNUDM.

● Acompanhar o processo de avaliação de propostas pela CLPC.


http://www.emepc.gov.pt/entrada.htm (http://www.emepc.gov.pt/entrada.htm)
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 22, 2006, 05:32:20 pm
Chamo à atenção para a necessidade de... atenção para a legislação que se produz.
Há ultimamente uma tendência para muito se falar de estratégia.
A palavra "estratégia" é muito cara aos senhores legisladores porque serve para mostrar serviço (leia-se enganar o pagode) porque essa "estratégia" resulta mais em lugares comuns lapalicianos, simpáticos geradores de consensos do que em qualquer outra coisa (opções).
A minha maior preocupação está na legislação "operacional", aquela que realmente interessa para a execução da "estratégia" de senso comum.
Infelizmente, o que vejo é que a legislação "operacional" demora a chegar e quando chega, enfim...

Exemplo: é "giro" dizer-se que se pretende extender a ZEE.
Já não é tão giro programar acções e orçamentar os meios que permitam a sua real e efectiva administração.
Título:
Enviado por: SSK em Junho 17, 2007, 04:15:27 pm
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Para a criação de riqueza
Ernâni Lopes defende aposta portuguesa no mar
 
O antigo Ministro das Finanças, Ernâni Lopes, defendeu no passado sábado, em Setúbal a recuperação da cultura marítima e uma maior focagem na economia do mar, estratégia que considera fundamental para a geração de riqueza para Portugal, nos próximos 20 anos.
O economista, que falava sobre o "Hipercluster do Mar e o Papel da Marinha de Guerra Portuguesa", considerou que "essa recuperação afigura-se gigantesca", alertando contudo para o risco de se perder essa oportunidade caso não seja concretizada "no horizonte de 20 anos".
O antigo ministro das Finanças apontou o hipercluster do mar como "essencial e inultrapassável" na relação segurança e desenvolvimento económico e social.
Reportando-se a um estudo iniciado há quatro anos sobre as potencialidades económicas do sector marítimo-portuário, e actividades correlacionadas, Ernâni Lopes destacou o papel da marinha de guerra, destacando a sua importância no contexto da reflexão sobre o posicionamento de Portugal no sistema das relações internacionais e da economia portuguesa no sistema económico mundial.
O Chefe de Estado Maior da Armada (CEMA), almirante Fernando Melo Gomes, apelou entretanto para a necessidade de se quantificar o valor económico do mar em Portugal — "uma questão à qual ainda não consegui que me respondessem" — comentou, aludindo à necessidade de compatibilizar a vigilância marítima com a lógica do desenvolvimento económico.
Fernando Melo Gomes referiu-se ainda ao domínio público marítimo, pelo qual há 30 anos era responsável o antigo Ministério da Marinha, mas agora tutelado por "uma entidade difusa" e que tem sido pressionada "por coisas que nada têm a ver com o bem comum", sublinhou.
O CEMA destacou o desempenho da marinha de guerra, elogiando as suas cinco grandes dimensões: soberania e jurisdição, economia, ambiente, cultura e a diplomacia militar.
A iniciativa, designada também por Jornadas do Mar, foi da Associação dos Oficiais da Reserva Naval (AORN).

LUSA/PGC  
Título:
Enviado por: SSK em Junho 18, 2007, 10:39:10 pm
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Oceano: robô inovador submarino explora a Nazaré
2007/06/18 | 17:31
Projecto visa conhecer o maior vale da Europa a 150 mi metros de profundidade

Um projecto inovador de cartografia e análise do fundo do mar está a decorrer ao largo da Nazaré para conhecer o maior canhão submarino da Europa e um dos maiores do mundo, noticia a Lusa.

O canhão da Nazaré, uma espécie de imenso vale submarino que atinge os cinco mil metros de profundidade e os 150 junto à costa, é uma área geológica única com ecossistemas próprios ainda por estudar pela ciência.

Nesse sentido, este espaço será analisado durante uma semana por um robô sofisticado instalado no navio britânico James Cook que permite observar, analisar e recolher amostras do fundo do mar até 6.500 metros de profundidade.

Em todo o mundo, só existem dois ROV (Remote Operating Vehicle) que permitem pesquisas até estas profundidades abissais.

Até ao momento, este aparelho apenas fez experiências ao largo da Antártida antes de actuar no continente europeu.

Segundo Doug Masson, um dos cientistas a bordo do navio britânico, este equipamento permite conhecer até 90 por cento do fundo oceânico, que na sua grande parte ainda é desconhecido para o homem.

Durante os próximos meses, o navio estará na Europa para analisar vários vales submarinos do continente, uma iniciativa inserida no projecto europeu Hermes, que visa o estudo do mar, nomeadamente as suas áreas mais sensíveis.

No caso português, o canhão da Nazaré é um dos mais importantes de todo o projecto, constituindo um vale imenso com 250 quilómetros de comprimento que funciona como um gigantesco «aspirador de inertes» e permite ecossistemas diversos, de acordo com o seu nível de profundidade.

O robô, controlado por fibra óptica, possui várias câmaras e garras controladas em tempo real por operadores que estão no navio inglês, permitindo ainda realizar pequenas experiências no fundo do mar, com um nível de precisão superior a dez centímetros.

Para o geólogo Collin Jacobs, o ROV, que também tem o nome da deusa egípcia Ísis, é um «salto gigante» no conhecimento científico do fundo do mar.
Título:
Enviado por: SSK em Junho 19, 2007, 11:32:25 pm
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Areias. Investigadores alertam para movimentações inesperadas de inertes

O canhão da Nazaré, um gigantesco vale submarino ao largo daquela vila, está a movimentar mais inertes do que o esperado, acelerando a erosão da areia da costa, revelou ontem um investigador do Instituto Hidrográfico.
Falando à agência Lusa à margem de uma visita aos trabalhos executados pelos navios hidrográficos D. Carlos I e James Cook, João Vitorino revelou que foram detectadas movimentações "muito grandes" de inertes no vale submarino, uma situação que é sentida nas praias da região, já que a areia que cai no canhão da Nazaré não é resposta.
O designado canhão da Nazaré é uma estrutura que se prolonga por 250 quilómetros e tem profundidades entre os cinco mil metros - em ligação directa  com o fundo do mar oceânico - e os 150 metros junto à costa.
"Há mais movimentação de inertes que estávamos à espera" e "estas grandes tempestades de Inverno conseguem pôr em suspensão grandes quantidades de particulas", explicou João Vitorino, que aponta as características únicas do vale como uma das justificações para o estudo científico que está a ser feito, integrado no projecto europeu Hermes.
Por seu turno, Virgínia Martins, investigadora da Universidade de Aveiro, considerou que os molhes dos portos "causam prejuízos" também aos areais já que não permitem a "livre circulação" dos inertes em toda a costa. "O ideal era diminuir os molhes" mas isso e "inviável" devido aos interesses económicos dos portos, reconheceu a docente.
 
 
 
 
 
in  Diário de Notícias
 
19 de Junho de 2007
Título:
Enviado por: SSK em Julho 17, 2007, 07:18:57 pm
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Nova política marítima em 2008


ANTÓNIO PEREZ METELO (TEXTO)    
 
Entrevista com Joe Borg, comissário europeu das Pescas

O livro verde da política marítima esteve em discussão pública durante um ano. Recebeu 471 pareceres escritos. Qual é a sua avaliação deste processo?

Realizámos mais de 300 debates públicos nos quais estive largamente envolvido - quase um por dia!... A nossa intenção era que aqueles que vão ser afectados pela política marítima tomassem a iniciativa de a discutir e isso foi conseguido.

Com o envolvimento das instituições?

Sim, senti-me muito encorajado por esse facto.

A ideia é que se aborde os temas do mar como um todo. Para o cidadão comum que diferença fará esta visão política?

Até agora temos encarado cada uma das actividades ligadas ao mar em si próprias. Seja o ambiente, seja o transporte marítimo, as pescas ou as áreas costeiras, a energia ou a investigação e desenvolvimento - tudo tem sido analisado de forma compartimentada. O transporte marítimo foi estruturado, sobretudo, pelos operadores do sector e isso tem produzido resultados bons, em si mesmos. Só que não produzem necessariamente os equilíbrios indispensáveis com os interesses diversificados e, por vezes, concorrenciais de outras actividades ligadas ao mar e aos oceanos. Por exemplo, temos uma área de pesca, mas a criação de um parque eólico off-shore nessa zona pode afectar drasticamente o sector das pescas, mesmo quando a produção acrescida de energia renovável é extremamente importante. Se tivermos uma rota marítima que atravessa um ambiente ecológico importante temos um conflito de interesses e há que encontrar rotas alternativas. Com uma abordagem integrada, baseada numa visão holística do mar, envolvendo todas as partes interessadas, esperamos poder tomar decisões conjuntas mais eficientes e eficazes.

Daí a ideia da criação de clusters?

Há exemplos de clusters criados em diversas partes do espaço marítimo da UE. Por exemplo, na Holanda, há um constituído à volta da actividade portuária, que toma decisões aceitáveis por todos aqueles que se envolveram, a partir dos seus interesses diferenciados, na sua elaboração. Tudo depende do que estamos a falar. O cluster é o conceito-base, que quer ser o exemplo de melhores práticas. O essencial é identificar e congregar todos os actores relevantes em cada um deles. A Comissão, os Estados-membros ou as regiões podem promover a constituição de clusters, mas, ao fim e ao cabo, quem os põe a funcionar são as instituições económicas, científicas e sociais interessadas na sua concretização.

Não se trata de criar uma política centralizada e fortemente regulamentada?

Não, nada disso! A ideia é de encorajar os parceiros interessados a envolverem-se mais para termos políticas mais efectivas. Do que se trata é de desencadear o potencial enorme de energias latentes na política marítima. A Europa lidera numa série de sectores e devemos manter essa liderança. Veja alguns exemplos: na construção naval civil e militar, na investigação e desenvolvimento estamos à frente numa série de áreas, no campo das energias alternativas, também. Na captura do CO2 estamos muito envolvidos nos desenvolvimentos tecnológicos que conduzirão a este aspecto muito relevante para a redução dos gases com efeito de estufa. E há, ainda, outras áreas com um potencial de expansão enorme. Veja o caso dos transportes marítimos. 90% dos bens importados pela UE chegam-nos por via marítima. A pressão para aumentar as infraestruturas de transporte terrestre será tremenda e temos de apoiar o crescimento económico com um acréscimo sustentado dos transportes. Os marítimos podem ser muito incrementados e, nesse sentido, encorajamos os operadores desse sector a desenvolver tecnologias mais limpas e eficientes. Só assim atingiremos o equilíbrio necessário entre maior nível de bem-estar dos europeus e crescimento sustentável a longo prazo.

O livro verde propõe maior incorporação de inteligência nas actividades no mar. Qual foi a resposta das universidades e centros de investigação?

Essa é, seguramente, uma das chaves do sucesso, pois permite-nos continuar na primeira linha. A resposta que obtivemos foi muito encorajadora. A comunidade científica é um dos nossos apoios mais determinados. É do interesse dos cientistas que se facilite a criação de redes de colaboração entre instituições a nível horizontal, entre aqueles que se debruçam sobre o mesmo tipo de problemas, mas também entre centros de investigação especializados em áreas diferenciadas ligadas aos assuntos do mar.

Nestes próximos seis meses pretende alcançar alguma meta específica?

Este exercício começou há dois anos e já envolveu quatro presidências, mas está a atingir um ponto culminante, coincidente com a presidência portuguesa. Portugal está a prosseguir uma política integrada dos assuntos do mar a nível nacional.Temos trabalhado muito e vamos ter a 19 e 20 de Julho uma conferência em Lisboa sobre a boa governação da política marítima. E, mal o Colégio de Comissários adopte a resolução sobre a nova política marítima da UE, Portugal já manifestou a vontade de organizar uma reunião do Conselho antes do fim de Outubro. A reunião vai dar-se entre governantes que nunca trabalharam em conjunto, para preparar uma reunião formal do Conselho no fim do ano, que aprove, finalmente, a nova política marítima para a União. 2008 será, assim, o ano do lançamento de novas iniciativas.
Título:
Enviado por: comanche em Agosto 01, 2007, 11:41:10 pm
Sócrates anuncia cimeira Portugal/França sobre actividades ligadas ao mar

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O primeiro-ministro português, José Sócrates, anunciou hoje em Lisboa a realização de uma cimeira entre Portugal e França sobre a cooperação nas actividades ligadas ao mar, a realizar no primeiro semestre de 2008.
 
"A França tem sido pioneira na orientação e definição das auto-estradas para o mar, queremos acentuar a nossa cooperação nesses domínios, no que diz respeito aos transportes, à vigilância marítima, à segurança marítima e também no combate à poluição", afirmou Sócrates na conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro francês, François Fillon, após um encontro dos dois responsáveis no Palácio de São Bento.

Sócrates, que sublinhou a excelência das relações de amizade e de cooperação entre Portugal e França a "convergência de pontos de vista", agradeceu "todo o apoio que as autoridades francesas têm dado à comunidade portuguesa em França".


© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2007-07-27 23:40:01

 
Título:
Enviado por: Luso em Agosto 02, 2007, 12:02:29 am
Citação de: "comanche"
Sócrates anuncia cimeira Portugal/França sobre actividades ligadas ao mar


Mais paleio.
Título:
Enviado por: Doctor Z em Agosto 02, 2007, 10:48:40 am
Citação de: "Luso"
Citação de: "comanche"
Sócrates anuncia cimeira Portugal/França sobre actividades ligadas ao mar

Mais paleio.


Luso, será mesmo que já não tens mais esperança nenhuma para os
portugueses e para Portugal ?
Título:
Enviado por: Luso em Agosto 02, 2007, 02:46:59 pm
Citação de: "Doctor Z"
Citação de: "Luso"
Citação de: "comanche"
Sócrates anuncia cimeira Portugal/França sobre actividades ligadas ao mar

Mais paleio.

Luso, será mesmo que já não tens mais esperança nenhuma para os
portugueses e para Portugal ?



Doctor Z, eu não perco as esperanças nos Portugueses e em Portugal, que apesar de tudo ainda vão fazendo deste país alguma coisa razoável.
Não tenho é esperança e ilusões nenhumas em quem se diz que os governa.
Nenhuma no sistema político e nas instituições da República que se estão a transformar em extensões declaradamente partidárias.
As minhas palavras não são suposições mas constatações que faço diáriamente no meu trabalho, da leitura do DR, de colóquios e conferências, formação pós-graduada e das conversas que tenho convosco.
Onde vocês vêem acção eu já só vejo "sound-byte".
Não dêem importância ao que não têm . Mas não se acreditem em mim apenas por isso.
Título: Suficiente
Enviado por: zocuni em Agosto 02, 2007, 10:23:26 pm
Citação de: "Luso"
Doctor Z, eu não perco as esperanças nos Portugueses e em Portugal, que apesar de tudo ainda vão fazendo deste país alguma coisa razoável.


É verdade a esperança é a última a morrer.Penso que apesar de tudo Portugal e os portugueses,têm feito mais que uma coisa razoável,contudo podiamos estar algo melhores,sem estarmos mal.
Ainda há tanta coisa para fazer,mas também se tem feito bastante.Estou parecendo político,em cima do muro,mas é o que penso.

Abraços,
Título:
Enviado por: Doctor Z em Agosto 03, 2007, 09:40:47 am
Citação de: "Luso"
Citação de: "Doctor Z"
Citação de: "Luso"
Citação de: "comanche"
Sócrates anuncia cimeira Portugal/França sobre actividades ligadas ao mar

Mais paleio.

Luso, será mesmo que já não tens mais esperança nenhuma para os
portugueses e para Portugal ?


Doctor Z, eu não perco as esperanças nos Portugueses e em Portugal, que apesar de tudo ainda vão fazendo deste país alguma coisa razoável.
Não tenho é esperança e ilusões nenhumas em quem se diz que os governa.
Nenhuma no sistema político e nas instituições da República que se estão a transformar em extensões declaradamente partidárias.
As minhas palavras não são suposições mas constatações que faço diáriamente no meu trabalho, da leitura do DR, de colóquios e conferências, formação pós-graduada e das conversas que tenho convosco.
Onde vocês vêem acção eu já só vejo "sound-byte".
Não dêem importância ao que não têm . Mas não se acreditem em mim apenas por isso.


Luso, concordo contigo, mas ao contrário de ti, acho que este governo
está a trabalhar bem, havia e há tanto para fazer ... No entanto, não
vamos começar a falar de política, porque cada um tem a sua opinião e
respeito a opinião de cada um, que difere ou não da minha.

Agora, mesmo num governo razoável, há sempre um ou dois que saiem
da cepa torta (Mário Lino ...).

Oxalá que não esteja enganado, mas penso que Portugal está a começar
a levantar-se e acho que seja saudável que seja pouco a pouco, de maneira
a consolidar bem as bases.
Título:
Enviado por: comanche em Agosto 12, 2007, 04:48:40 pm
Portugal defende criação de uma Política Marítima Europeia

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O Governo defende a criação de uma Política Marítima Europeia para articular e integrar estratégias relacionadas com o mar e incentivar a participação dos agentes económicos, para que estes criem novas oportunidades de negócio no sector.
 
Em entrevista à agência Lusa, o secretário de Estado adjunto da Agricultura e Pescas, Luís Vieira, avançou que, entre as iniciativas a realizar sobre Pescas, no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia (UE), conta-se um encontro, que será realizado em Outubro, onde serão apresentadas várias propostas integradas na Política Marítima.

Um dos assuntos em destaque é a análise da possibilidade de passar a existir "um pilar de financiamento próprio para pôr em prática após 2013", quando termina o actual Quadro de Referência Estratético Nacional (QREN), para a Política Marítima, disse Luís Vieira.

A concretizar-se esta situação, projectos relacionados com o mar passariam a poder candidatar-se a ajudas comunitárias através de um novo "espaço" e evitar-se-ia a dispersão em áreas tão diversas como as Pescas, o Ambiente ou o Turismo, considerou o secretário de Estado.

Actualmente, segundo o governante, os empresários ou entidades que pretendem obter apoios comunitários para os projectos apresentam propostas quer ao Ambiente, caso seja uma candidatura de cariz ambiental, à Economia, se for de natureza turística, ou às Pescas, quando o objectivo é desenvolver uma actividade de comercialização de pescado, por exemplo.

Luís Vieira defende que esta iniciativa [de haver um pilar de financiamento próprio] leva a uma responsabilidade partilhada na gestão dos oceanos e mares em toda a União Europeia (UE).

A partir do Livro Verde, que esteve em consulta pública até final de Junho, serão apresentadas propostas para sectores tão diversos como o emprego e competitividade, a qualidade de vida nas áreas costeiras, investigação e inovação ou energias renováveis, aproveitando a força das ondas.

Os transportes marítimos, a aquicultura off-shore (no mar), a actividade portuária, o combate a actividades ilegais, ou o transporte de passageiros e carga são outros temas que deverão ser abordados na conferência de Outubro.

"Queremos criar iniciativas e articular políticas ligadas ao mar de uma forma integrada e trazer os agentes económicos a participar nesta dinâmica, criando oportunidades de negócio", frisou Luís Vieira.

Aliás, alguns dos temas a abordar no encontro não se encontram na tutela do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, como os transportes ou o ambiente, o que reflecte a transversalidade da Política Marítima.

Esta é uma das iniciativas internacionais programadas na área das Pescas, embora com a organização de outro Ministério, a ter lugar em Portugal, no âmbito da Presidência, a que se juntam a reunião anual da NAFO (organização para as pescas no Atlântico Norte) e uma conferência sobre a pesca "não regulamentada e não declarada" na Europa.

O objectivo é que todo o pescado que entre na UE tenha um certificado, da responsabilidade do Estado de origem da embarcação, que garanta o cumprimento das regras igualmente exigidas aos europeus, nomeadamente em termos de qualidade de de sustentabilidade de recursos, para evitar "concorrência desleal".

 
Título:
Enviado por: antoninho em Agosto 13, 2007, 11:24:14 pm
O grosso problema é que não podemos continuar a falar,falar,falar.....
se o mar nos for entregue e for"nosso", temos de saber defende-lo, para isso venham rapidamente os patrulhas, as lanchas e o mais que for necessário(pesquisas cientificas etc..) agora se for nosso no papel, para depois o entregar-mos a multinacionais interessadas nas suas riquezas, isso faz-me lembrar algo...a vocês não????
Título:
Enviado por: Luso em Agosto 14, 2007, 12:40:15 pm
Citação de: "antoninho"
para depois o entregar-mos a multinacionais interessadas nas suas riquezas, isso faz-me lembrar algo...a vocês não????


A "Descolonização"?
Título:
Enviado por: comanche em Agosto 14, 2007, 02:11:49 pm
Citação de: "antoninho"
O grosso problema é que não podemos continuar a falar,falar,falar.....
se o mar nos for entregue e for"nosso", temos de saber defende-lo, para isso venham rapidamente os patrulhas, as lanchas e o mais que for necessário(pesquisas cientificas etc..) agora se for nosso no papel, para depois o entregar-mos a multinacionais interessadas nas suas riquezas, isso faz-me lembrar algo...a vocês não????


Concordo contigo, primeiro temos de assegurar a seberania de todo o mar actualmente sobre nossa jurisdição e sobre o restante que nos venha a ser atribuido depois do alargamento até á plataforma continental, até aí é o estado que intervem, depois o problema é a exploração desses recursos existentes, como o país está a seguir a via da economia de mercado, com a privatização de quase todas as empresas, ou seja não estou a ver o estado a criar uma empresa publica para explorar os recursos (eu até achava bem), provavelmente vão ser atribuidas licenças a empresas privadas, serão feitos concursos, era bom que haja portugueses interessados com capital e tecnologia para explorar os recursos, como o estado tem aceitado de bom grado todo o tipo de investimento estrangeiro, provavelmente aceitará a constituição de empresas controladas por multinacionais, a troco da criação de alguns empregos.
O optimo era que a economia portuguesa se desenvolvesse mais, e houvesse um investimento de empresários portugueses empreendedores que criassem empresas capaz de gerar riqueza para o país.
Título:
Enviado por: comanche em Agosto 28, 2007, 01:05:34 pm
Território do Vulcão dos Capelinhos

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O Vulcão dos Capelinhos, nos Açores, é um território ameaçado pela rápida erosão, que fez perder, nos últimos 50 anos, dois terços dos 2,4 quilómetros iniciais de cinzas, alertou o vulcanólogo Victor Hugo Forjaz.
 


O docente da Universidade dos Açores adiantou à agência Lusa que, além das condições climatéricas (maresia, chuva e vento), as visitas incontroladas ao local nos últimos anos e a dragagem de areias têm contribuído para acentuar a erosão deste território da extremidade poente da ilha do Faial.

"Dos 2,4 quilómetros quadrados iniciais, restam agora 0,56 quilómetros e, se não forem tomadas medidas de protecção, dentro de 15 anos estaremos perante um ilhéu", afirmou Victor Hugo Forjaz, que elaborou uma nova Carta Geológica do Vulcão dos Capelinhos, que será apresentada no dia em que se assinalam 50 anos do início da actividade vulcânica.

A erupção vulcânica teve início a 27 de Setembro de 1957, na altura a um quilómetro da costa, junto à ponta dos Capelinhos, transformando-se mais tarde numa ilha de cinzas e lava, que acabou por ficar ligada a terra.

O fenómeno só terminou a 24 de Outubro de 1958, mais de um ano depois, deixando um rastro de destruição nas habitações e nos terrenos mais próximos, que motivou milhares de pessoas a emigrarem para os Estados Unidos da América, reduzindo para metade os 30 mil habitantes do Faial.

Segundo o investigador, "há que actuar rapidamente de outra maneira" para preservar o que restou do vulcão, procedendo à plantação de vegetação para reter as cinzas e disciplinar as visitas, uma medida que será alcançada com o futuro museu e centro interpretativo do Vulcão dos Capelinhos, que está em construção no subsolo do antigo farol.

A zona do Vulcão dos Capelinhos já foi classificada como área de paisagem protegida, dado o elevado interesse geológico, fazendo também parte da Rede Natura 2000, um projecto que visa salvaguardar habitats e espécies raras.

Além dos vulcanólogos da Universidade dos Açores Victor Hugo Forjaz e Zilda França, participaram nos trabalhos de elaboração da Carta Geológica dos Capelinhos o geodésico Ricardo Lemos e uma equipa de retaguarda perita em cartografia.

Uma carta geológica permite conhecer a idade, a localização das diferentes formações geológicas que a formam e o estado de conservação destas, explicou.

Victor Hugo Forjaz anunciou que o trabalho, que actualiza os dados da carta de 1981, será publicado no livro de prestígio a apresentar ao público a 27 de Setembro, na ilha do Faial, uma publicação histórica e científica financiada em 50 por cento pelo Governo Regional.

Além de trabalhos científicos e recortes de jornais publicados em todo o mundo sobre o Vulcão dos Capelinhos, a obra vai reunir textos sobre a evolução geológica do local, a sua ocupação por animais e plantas ao longo dos anos e relatos históricos de populares e jornalistas, que viram pessoalmente as erupções vulcânicas.

Segundo disse, trata-se de uma obra que pesa seis quilos e visa contar a história do vulcão com recurso a textos e fotos publicados em 824 páginas.

Embora as comemorações dos 50 anos do Vulcão dos Capelinhos já tenham arrancado no início do ano, com alguns eventos culturais, a sessão solene da efeméride só terá lugar a 27 de Setembro, precisamente na data em que se iniciou a crise há 50 anos.

Além da apresentação do livro de prestígio, a comissão organizadora das comemorações programou para 27 de Setembro uma missa solene, visitas guiadas ao local, uma regata de cruzeiros, exposições de pintura e fotografia e o lançamento de uma medalha comemorativa.

 
Título:
Enviado por: comanche em Setembro 28, 2007, 07:04:37 pm
Pescas:Portugal aumentou quota de cantarilho e manteve palmeta, abrótea e raia na NAFO para 2008


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Lisboa, 28 Set (Lusa) - Portugal conseguiu aumentar a possibilidade de pesca na zona NAFO para 2008 para o cantarilho e o camarão, e manter a quota de palmeta, de abrótea e de raia, afirmou hoje o director-geral das Pescas.

Em declarações à agência Lusa, no final de uma semana de negociações da NAFO (Organização de Pesca do Atlântico Noroeste), em Lisboa, Eurico Monteiro avançou que a frota portuguesa pode pescar cerca de 4.000 toneladas de cantarilho, na zona chamada de 3M, contra 2.354 toneladas este ano.

Também o camarão na área 3L, passou de 245 dias de pesca em 2007, para 279 dias de pesca para o próximo ano, para o conjunto da União Europeia.

Na área da NAFO chamada de 3M, Portugal manteve a sua quota de captura de camarão de 69 dias.

A raia manteve uma quota de 1.274 toneladas para os pescadores portugueses em 2007, mesma tendência da abrótea que continua a ter 2.835 toneladas e a palmeta com 1.837 toneladas.

O director-geral das Pescas e Aquicultura defendeu que este "foi um bom resultado" para a frota de pesca nacional, principalmente atendendo aos vários pareceres científicos que "não são os mais favoráveis" para a pesca pois dão conta de problemas de sustentabilidade em alguns stocks.
Título:
Enviado por: zocuni em Setembro 28, 2007, 09:18:56 pm
Citação de: "comanche"
Pescas:Portugal aumentou quota de cantarilho e manteve palmeta, abrótea e raia na NAFO para 2008


Tudo bem,Comanche

Desculpe meu desconhecimento,mas daria para decifrar esses termos,"palmeta',"abrótea" e "NAFO".Não entendi nada! nx2l1


Abraços,
Título:
Enviado por: JLRC em Setembro 28, 2007, 09:22:28 pm
Citação de: "zocuni"
Citação de: "comanche"
Pescas:Portugal aumentou quota de cantarilho e manteve palmeta, abrótea e raia na NAFO para 2008

Tudo bem,Comanche

Desculpe meu desconhecimento,mas daria para decifrar esses termos,"palmeta',"abrótea" e "NAFO".Não entendi nada! :lol: e a raia é aquele peixe que parece que tem asas e voa debaixo de água  :lol:
Quanto ao NAFO julgo que quer dizer North Atlantic Fisheries Organisation
Título: ?
Enviado por: zocuni em Setembro 28, 2007, 09:30:05 pm
Tudo bem,JLRC

Que eram peixes dava para entender,agora que a abrótea era parecida com ela própria,confesso que nunca tinha pensado nisso.Mortal. :nice:

Abraços,
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 28, 2007, 10:44:31 pm
O JLRC sabe mil e uma receitas para preparar um delicioso "red fish" (ruivo).
Título: ????
Enviado por: zocuni em Setembro 28, 2007, 11:01:43 pm
Tudo bem,Luso

Adoro um peixe.Quem sabe o JLRC,divulga a receita desse ruivo. :G-deal:

Abraços,
Título:
Enviado por: JLRC em Setembro 28, 2007, 11:42:47 pm
Cuidado que eles andam aí  :evil:
Mas como cão que ladra não morde....
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 28, 2007, 11:51:15 pm
Citação de: "JLRC"
Cuidado que eles andam aí  :mrgreen:
Título:
Enviado por: JLRC em Setembro 29, 2007, 12:09:24 am
Citação de: "Luso"

 Rauf! :mrgreen:
Título:
Enviado por: comanche em Setembro 30, 2007, 01:23:42 pm
Economia do mar vale cerca de 11 por cento do PIB

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O mar, a que o Presidente da República dedica segunda-feira um Roteiro para a Ciência, representa cerca de 11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal, segundo com um estudo da Universidade Católica.
 


Com uma das maiores zonas económicas exclusivas da Europa - mais de 1,7 milhões de quilómetros quadrados e 18 vezes a sua área terrestre - o mar português representa igualmente, e atendendo aos seus efeitos indirectos, 12 por cento do emprego e 17 por cento dos impostos indirectos.

As estimativas foram feitas pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica, num trabalho de 2001 para a Comissão Estratégica dos Oceanos.

Até Maio de 2008, Portugal vai apresentar uma proposta na Nações Unidas para a extensão da plataforma continental das além das 200 milhas.

Para a preparação desse "dossier", a Marinha, com os seus dois navios oceanográficos, "Almirante Gago Coutinho" e "D. Carlos I", está a fazer um levantamento, recorrendo a tecnologia de ponta, para cartografar o fundo marinho português.

Esse é um dos projectos que Cavaco Silva vai conhecer durante a terceira etapa do seu Roteiro para a Ciência, que começa segunda-feira no Algarve e em Sines, e termina uma semana depois nos Açores, dedicado às ciências e tecnologias do Mar.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

 
Título: Bom
Enviado por: zocuni em Outubro 01, 2007, 01:44:38 am
Tudo bem,Comanche

Muito bom texto.Se já representa 11% do PIB português,convenhamos que esse percentual pode aumentar exponencialmente,caso seja isso um objectivo político.
A margem de crescimento é imenso e cada vez mais terá uma importância maior.

Abraços,
Título: Re: Bom
Enviado por: comanche em Outubro 01, 2007, 12:09:35 pm
Citação de: "zocuni"
Tudo bem,Comanche

Muito bom texto.Se já representa 11% do PIB português,convenhamos que esse percentual pode aumentar exponencialmente,caso seja isso um objectivo político.
A margem de crescimento é imenso e cada vez mais terá uma importância maior.

Abraços,


 

Sem dúvida, com uma melhor gestão dos recursos pesqueiros, aproveitamento da energia das ondas, energia eólica, possivel descoberta de petróleo, gás ou outros recursos minerais, recursos marinhos aplicados na biotecnologia, etc.
Também com o alargamento e extensão da plataforma continental portuguesa, o mar pode vir a representar uma % do PIB bem superior ao actualmente.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: André em Outubro 08, 2007, 08:25:35 pm
Cavaco defende aproximação dos portugueses ao mar

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O Presidente da República, Cavaco Silva, chamou hoje a atenção para necessidade de aproximar os portugueses do mar e defendeu que se deve passar da retórica para a acção nesta matéria.

«Temos a sensação de que o nosso património marítimo está muito insuficientemente explorado por parte dos portugueses», alertou Cavaco Silva, a bordo do navio hidrográfico «D. Carlos I», atracado no porto da Horta.

O Chefe de Estado falava após uma jornada do Roteiro da Ciência, dedicada às ciências e tecnologias do mar, que decorreu hoje no âmbito da visita oficial que está a efectuar aos Açores.

Segundo disse, de alguma forma, os portugueses «até vivem alheados do mar», mas este é o «tempo certo para se chamar a atenção para as potencialidades» do país nesta área.

É necessário passar da «retórica da potencialidades e da aposta no mar para os planos de acção», disse o Presidente da República, ao lembrar que, dentro de dois dias, a Comissão Europeia vai apresentar a sua proposta de Política Marítima Europeia.

Além disso, dentro de 15 dias vai decorrer em Lisboa uma conferência dos ministros da União Europeia ligados a este sector para apreciar estas propostas apresentadas da Comissão, disse.

Cavaco Silva adiantou, ainda, que Portugal «está bem no domínio da investigação científica» neste sector específico, ao apontar o exemplo do departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores que hoje visitou, na cidade da Horta.

«Fiquei, de facto, impressionado, de forma muito positiva com o trabalho que os investigadores sedeados nesta universidade estão a fazer e com as redes internacionais em que se inserem», afirmou.

Destacou, também, o papel do Instituto Hidrográfico e do navio oceanográfico «Gago Coutinho», em que viajou hoje no canal entre as ilhas do Faial e Pico.

Nesta viagem, Cavaco Silva ouviu uma explicação sobre o projecto de extensão da Plataforma Continental, cuja candidatura Portugal terá de apresentar às Nações Unidas até Maio de 2009.

Nesta matéria, o Presidente da República considerou que se trata de um «trabalho complexo» e manifestou-se esperançado que as Nações Unidas atribuam a Portugal a extensão da sua Plataforma Continental.

Cavaco Silva começou o dia com uma visita ao Departamento de Oceanografia e Pescas, onde ficou a conhecer as actividades científicas do centro de investigação marinha da Universidade dos Açores.

A jornada do Roteiro da Ciência continuou, depois, num centro de interpretação marinha virtual, que permite a qualquer pessoa conhecer as várias zonas do Atlântico.

Um projecto inédito, criado em há poucos meses para assinalar os 31 anos da Universidade açoriana, através de um submarino virtual, baptizado de CIMV 3000, para disponibilizar informação pedagógica sobre a actividade marinha nos mares dos Açores.

Além deste centro, Cavaco Silva ficou a saber pelo reitor da Universidade açoriana que o DOP vai ter, em breve, novas instalações, deixando as actuais com poucas condições de trabalho para os investigadores.

O trabalho desenvolvido nas actuais instalações «mostra que é possível milagres», disse o Chefe de Estado, para quem as actuais condições físicas em que se encontra o DOP são «mais uma razão para valorizar este trabalho de investigação».

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 20, 2007, 12:20:18 pm
Ernâni Lopes diz que Marinha de Guerra é fundamental para hipercluster do mar

 
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O antigo ministro das Finanças Ernâni Lopes sustenta que o hipercluster do Mar é fundamental para a Marinha de Guerra portuguesa, à semelhança do que acontece noutros países da Europa.
 
"O núcleo duro do hipercluster do Mar [o que designa por hardware] é essencial para a Marinha de Guerra, como se verifica noutros países da Europa", além de integrar outras áreas como os transportes marítimos, as pescas e a aquacultura.

Em entrevista à agência Lusa, Ernâni Lopes inclui igualmente neste núcleo os estaleiros navais, os portos e a ligação terrestre multimodal ao hinterland (lado da terra).

O economista está a trabalhar num estudo sobre o hipercluster do Mar, projecto que é apoiado e financiado pela Associação Comercial de Lisboa/Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (ACL/CCIP), e que será entregue ao Governo no próximo ano.

No domínio das questões do Mar realiza-se na próxima segunda-feira a Conferência Ministerial sobre Política Marítima para a União Europeia, no quadro da presidência portuguesa da UE, em Lisboa.

O objectivo que preside aos trabalhos é o de discutir medidas para uma política marítima integrada na Europa.

Para Ernâni Lopes a parte não material (software) do hipercluster do Mar também "é muito importante".

Como gosta de dizer, constitui "a injecção de capacidade e energia" do hipercluster do Mar.

A este nível, o economista destaca o quadro jurídico dos oceanos, a engenharia e projectos, a formação, a geopolítica de Portugal e a investigação e desenvolvimento (I&D) - caso dos sistemas de navegação, electrónica, sinalização e posicionamento, e engenharia naval.

O economista considera ainda importantes as áreas complementares - turismo, desenvolvimento da energia dinâmica, no caso das ondas, e da térmica, sustentando que "os Açores estão na ponta do conhecimento" nesta área da actividade e do conhecimento.

A preocupação com a protecção do ambiente e a conservação da natureza são outros domínios do hipercluster que podem contribuir para o desenvolvimento do país, segundo Ernâni Lopes.

"O hipercluster do Mar é um desafio de grandes dimensões e complexidade que (...) deverá ser abordado em termos sistémicos, não podendo ser tratado em troços isolados (...) mas que (...) requer uma sequência de prioridades", salienta.

Título:
Enviado por: comanche em Outubro 21, 2007, 05:47:40 pm
Política marítima pode ter um impacto mais signifivativo em Portugal

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A existência de uma política marítima europeia influencia todos os 27 Estados-membros da UE, porque influencia diversos sectores, mas poderá ter um especial impacto em Portugal, que tem uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas, 18 vezes maior do que a área terrestre.
 


A proposta de política marítima comum para os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) foi apresentada a 10 de Outubro e será o tema da Conferência Ministerial que se realiza a 22 de Outubro, em Lisboa.

O objectivo é integrar todas as temáticas que se prendem com os oceanos e mares da Europa, tornando o "Velho Continente" capaz de enfrentar os desafios da globalização, das alterações climáticas, da degradação ambiental, da segurança energética e da sustentabilidade.

A Europa tem 70.000 quilómetros de costa, sendo banhada por dois oceanos (Atlântico e Árctico) e quatro mares (Báltico, Mediterrâneo, Mar do Norte e Negro).

Portugal tem, neste contexto uma situação privilegiada, porque tem uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas (ZEE) da Europa, 18 vezes maior que a área terrestre nacional, a quarta maior frota de pesca da UE e um grande potencial de desenvolvimento.

Segundo dados de Bruxelas, Portugal tem 1.187 quilómetros de costa e uma ZEE de mais de 1,7 milhões de quilómetros quadrados.

O turismo costeiro representa quase 39 mil postos de trabalho, as pescas mais de 33 mil.

O sector naval, incluindo portos, estaleiros e transportes marítimos, emprega mais de 26 mil trabalhadores.

Uma larga maioria (76 por cento) da população portuguesa vive no litoral, que atrai, por sua vez, 90 por cento dos turistas estrangeiros.

Em relação à actividade pesqueira, Bruxelas contabiliza a frota em cerca de 8.700 navios, a quarta maior frota de pesca da UE.

A influência do mar e das actividades com ele relacionadas na vida portuguesa fazem com que diversos ministérios tenham de estar representados na discussão de uma política europeia.

O secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, vai estar presente em representação do ministério do Ambiente e dará destaque a questões relacionadas com o transporte marítimo e a protecção ambiental.

Em causa está, por exemplo, o problema das emissões de dióxido de carbono do transporte marítimo que são, actualmente, quase o dobro das do transporte aéreo a nível mundial. Por outro lado, no transporte marítimo a eficiência energética é inferior à do sector da aviação.

No que respeita à poluição marítima, vão ser abordadas questões que se prendem com a protecção da qualidade das águas, nomeadamente devido à libertação de hidrocarbonetos no mar através da lavagem de tanques.

A segurança é, também, uma preocupação e, por isso, Portugal e outros seis países da União Europeia assinaram a 30 de Setembro o acordo de constituição do Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo, entidade com sede em Lisboa e chefiada pela Polícia Judiciária.

O Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo (MAOC-N, na sigla em inglês), é a "principal resposta operacional articulada da Europa ao tráfico marítimo de drogas proveniente da América do Sul, com passagem pela África Ocidental", segundo uma nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O MAOC-N é um centro operacional de partilha de informação e gestão conjunta de meios aéreos e marítimos para o combate ao tráfico ilícito de drogas por via marítima na área do Atlântico Norte e Centro-Oeste (África Ocidental).

O acordo envolve Portugal, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Holanda e Irlanda e será assinado pelos ministros da Justiça ou Assuntos Internos destes países.

Apesar de ser lançado à margem da União Europeia, o MAOC-N está "aberto a outros estados-membros" e o vice-presidente da Comissão Europeia e comissário europeu da Justiça, Liberdade e Segurança, Franco Frattini, que assistiu à assinatura do acordo.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

 


Um mar de retórica

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Como reverter a imensidão do mar que rodeia Portugal numa mais-valia para o país é a questão que tem justificado, nos últimos anos, a elaboração de inúmeros estudos, diagnósticos, debates, conferências, sem, no entanto, ser reduzida a tradução prática de medidas neles preconizadas que permitam dinamizar actividades ligadas ao mar e, dessa forma, desenvolver a economia. A circunstância levou mesmo o presidente da República a aludir, na semana passada, à necessidade de o mar não ser uma questão de retórica.

Vem este assunto a propósito de amanhã se realizar, em Lisboa, a primeira reunião dos responsáveis de cada Estado-membro pela cooperação dos Assuntos do Mar, quando está na ordem do dia o debate do Plano de Acção lançado pela Comissão Europeia para a Política Marítima da UE (ver texto mais à frente).

Chega a ser paradoxal que o país tenha uma área de mar 18 vezes superior à terrestre, sendo o Estado-membro da UE com a maior Zona Económica Exclusiva, mas, não obstante tal mérito, é dos que menos empregos tem associados ao sector marítimo. De acordo com um estudo da Comissão Europeia, Portugal tem 99 mil trabalhadores nas actividades do mar (2% dos que existem na UE), quando a Espanha, por exemplo, tem 1,8 milhões (36,7%).

O que se passa?

Uma das instituições mais críticas do "desuso da cultura marítima" - e que foi das primeiras a (res)suscitar, em 2003, o debate em torno do mar, após o impulso da Expo-98 - é a Associação dos Oficiais da Reserva Naval (AORN). António Castro Moreira, presidente do organismo, mantém que Portugal "não está a fazer o que devia para valorizar o mar" e recorda o conceito de "hipercluster", introduzido por Ernâni Lopes, membro da AORN, como ferramenta essencial para uma intervenção com sucesso, na medida em que "só com uma visão de conjunto é que se pode produzir riqueza", por oposição à prática de investimentos fragmentados.

Castro Moreira reconhece que desde o Governo de Durão Barros tem havido "algumas mexidas e linhas de reflexão, mas menifestamente curtas para as necessidades do país". Defende que Portugal tem a responsabilidade de ter uma imagem internacional como "o país que sabe de questões do mar" e deve assumir isso como uma missão.

Também Tiago Pitta e Cunha, do gabinete do comissário europeu da Política Marítima, dá "alguma razão" a Cavaco Silva quando o presidente chama a atenção para o abuso da retórica em torno dos mares, sem que surjam políticas concretas. No entanto, considera que o esforço colocado no desenvolvimento da Política Europeia para o Mar (à semelhança da Estratégia Nacional para o Mar, que Portugal já tem, à sua escala) está a surtir efeitos e, até, a superar as expectativas.

"Ao fim de três anos, conseguimos, na semana passada, lançar a política marítima integrada para a União Europeia, e o Plano de Acção que orientará a estratégia até ao fim do mandato da actual Comissão Europeia, com base no Livro Verde e nos contributos recolhidos sobre ele ao longo de um ano de consulta pública", explicou.

Em sua opinião, "Portugal é dos países que mais tem a beneficiar com esta política", tendo em conta que os desafios que se colocam à Europa exigem uma abordagem integrada. E deixou alguns exemplos

O facto de 90% do comércio mundial se fazer por via marítima e estar a crescer na ordem dos dois dígitos ao ano, implica que os portos tenham de aumentar a sua capacidade de resposta.

Por outro lado, as alterações climáticas irão determinar um maior investimento nas ciências marinhas, dado o papel fundamental dos oceanos no clima.

Do ponto de vista da sustentabilidade energética, 60% do gás natural e 40% do petróleo consumidos na UE provêm de mares europeus, pelo que será necessário adequar a exploração a novas tecnologias.

Além disso, recordou que a UE tem por meta ter 20% da energia produzida em fontes energéticas renováveis, até 2020, o que estimulará, nomeadamente, o recurso, ao aproveitamento da energia das ondas.

Aventura do conhecimento

Embaixador do comissário europeu para a Política Marítima, João Coimbra, admite haver "alguma retórica" em torno do mar, mas, em defesa do mundo científico, alega que "a aventura para conhecer o meio marinho é muito semelhante à seguida para conhecer o espaço", o que exige tempo e a exposição a situações extremas, as quais requerem partilha de esforços para se conseguirem os meios adequados. Do ponto de vista económico, a pesca, por ter chegado ao limite, terá de dar lugar a outras valências. Para João Coimbra, "o passado deve-nos inspirar, mas não podemos ficar prisioneiros das memórias", e olha para o "capital humano como o factor fundamental da mudança na abordagem do mar", sublinhando que "esse ainda está a ser formado".
Título: OK
Enviado por: zocuni em Outubro 21, 2007, 07:23:31 pm
Citação de: "comanche"
Política marítima pode ter um impacto mais signifivativo em Portugal

A segurança é, também, uma preocupação e, por isso, Portugal e outros seis países da União Europeia assinaram a 30 de Setembro o acordo de constituição do Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo, entidade com sede em Lisboa e chefiada pela Polícia Judiciária.
O Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo (MAOC-N, na sigla em inglês), é a "principal resposta operacional articulada da Europa ao tráfico marítimo de drogas proveniente da América do Sul, com passagem pela África Ocidental", segundo uma nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O MAOC-N é um centro operacional de partilha de informação e gestão conjunta de meios aéreos e marítimos para o combate ao tráfico ilícito de drogas por via marítima na área do Atlântico Norte e Centro-Oeste (África Ocidental).

O acordo envolve Portugal, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Holanda e Irlanda e será assinado pelos ministros da Justiça ou Assuntos Internos destes países.

Apesar de ser lançado à margem da União Europeia, o MAOC-N está "aberto a outros estados-membros" e o vice-presidente da Comissão Europeia e comissário europeu da Justiça, Liberdade e Segurança, Franco Frattini, que assistiu à assinatura do acordo.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

 



Esperemos então pelo desfecho dessa reunião,pelo menos que se ultrapasse a fase retórica.

Abraços,
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 22, 2007, 12:38:58 pm
Portugal vai ter este mês duas primeiras auto-estradas do Mar


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Portugal vai ter, já este mês, as primeiras auto-estradas marítimas a funcionar, a partir dos portos de Sines e Leixões, garantiu hoje a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, numa entrevista à agência Lusa.
 


A aplicação das auto-estradas marítimas é uma das medidas que vai permitir mais do que duplicar o volume de carga movimentado nos portos portugueses até 2015, objectivo definido nas Orientações Estratégicas para o Sector Marítimo-Portuário .

"As auto-estradas marítimas são a medida que terá o maior impacte nesse crescimento", admitiu Ana Paula Vitorino, mas sublinhou ser difícil estabelecê-lo com exactidão, porque esse crescimento depende do "efeito conjugado de todas as acções em toda a cadeia logística, desde a origem das cargas até ao seu destino final".

As duas carreiras regulares de transporte de mercadorias por via marítima, com uma frequência pré-determinada, vão ligar o porto de Leixões a Roterdão, na Holanda e ao porto de Tillbury, no Reino Unido e o porto de Sines a La Spezia, em Itália, em percursos com uma duração entre três e cinco dias.

As auto-estradas marítimas permitem reduzir o tempo de imobilização dos navios nos portos e os custos de transporte, porque facilitam os procedimentos administrativos necessários à circulação de carga no mar.

Além destas duas vias, que começam a funcionar, ainda que de forma experimental, já este mês, Portugal está a negociar com Espanha e França a criação de uma auto-estrada marítima por Norte, que ligue o porto de Leixões àqueles dois países.

Segundo a secretária de Estado, a criação desta via já foi abordada numa reunião com o ministro espanhol do Fomento e será discutida noutra reunião bilateral com o ministro francês.

Mas, "progressivamente, é a própria expansão da economia que pode gerar o aparecimento de mais auto-estradas marítimas, logo que os fluxos de mercadorias sejam suficientes para justificar regularidade", considerou Ana Paula Vitorino.

Apesar de o transporte de mercadorias para fora de Portugal utilizar, em 99 por cento, o modo rodoviário, Ana Paula Vitorino não crê que as AEM possam "retirar camiões das estradas", mas antes permitir suportar o acréscimo esperado.

"O volume de mercadorias transportadas para fora do país tende a aumentar e esse acréscimo deve transferir-se para o modo marítimo, mas também, em certa parte, para o aéreo", afirmou.

A criação das auto-estradas do mar é a última etapa de um processo lançado há dois anos e que contou já com a criação da Janela Única Portuária e que Ana Paula Vitorino considera a "chave do sucesso" e que Portugal liderou.

"Trata-se de juntar num único interlocutor, numa lógica de balcão único, todos os procedimentos relativos às alfândegas, autoridades marítimas, sanitárias e portuárias, bem como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF e todas aquelas que estão ligadas ao transporte marítimo", explicou Ana Paula Vitorino.

Este sistema está já a funcionar nos portos de Sines e Leixões, embora com funcionalidades ainda limitadas, o que lhes permitiu inaugurarem as auto-estradas do mar.

No porto de Lisboa está em fase de conclusão e deverá ser alargado em 2008 aos portos de Setúbal e Aveiro.

Lisboa vai acolher na terça-feira, 23 de Outubro, a conferência ministerial sobre Auto-estradas Marítimas e Logística, no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia.

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Enviado por: comanche em Outubro 22, 2007, 07:13:04 pm
27 concordam com adopção de política marítima comum


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O comissário europeu para os Assuntos do Mar afirmou que há, entre os ministros de 27 Estados-membros da União Europeia (UE), a "aceitação unânime" da necessidade de adopção de uma política marítima comum.
 


Joe Borg, que falava em conferência de imprensa após a primeira sessão da Conferência Ministerial sobre Política Marítima para a União Europeia, que decorre hoje, em Lisboa, afirmou que houve, da parte dos ministros dos Estados-membros, a "aceitação unânime de que" é necessária "uma abordagem integrada nos assuntos marítimos".

A proposta de política marítima comum foi apresentada a 10 de Outubro, pela Comissão Europeia, em Bruxelas, e prevê medidas concretas, como o lançamento de uma rede integrada de vigilância marítima e a eliminação das práticas destrutivas de pesca de arrasto pelo fundo no mar alto.

"A coordenação [entre os Estados-membros] é essencial para o êxito da abordagem integrada dos assuntos do mar", afirmou o comissário europeu, defendendo que esta "coordenação deve ser intensificada entre os vários sectores", considerando que "se houver mais coordenação entre os vários sectores, há possibilidade de tomar decisões menos lesivas".

"Não propomos a alteração de competências [dos Estados], mas sim instaurar um processo que conduza a uma decisão que seja mais coordenada", explicou Joe Borg.

Por seu turno, o secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar considerou que a adopção de uma política marítima comum na União Europeia "pode abrir novas vias de cooperação com os parceiros da margem sul do [Mar] Mediterrâneo".

Referindo a Portugal, João Mira Gomes disse que o país "não está de costas voltadas para o mar", afirmando que o Governo "está a olhar para o mar com novos olhos, sem afastar áreas tradicionais, como a pesca , procurando desenvolver novas áreas, como a energia das ondas".

Também o comissário europeu para os Assuntos do Mar considerou que "Portugal pode retirar imensos proveitos do mar", pois desfruta de uma localização que "lhe abre um enorme potencial marítimo".

"Em Portugal existe potencial no sector marítimo, nomeadamente no turismo costeiro, nas novas energias e no transporte de curta distância", indicou Joe Borg, afirmando que a aposta na aquacultura pode ser a chave para combater a falta de potencial do sector das pescas.

A Conferência Ministerial sobre Política Marítima para a União Europeia contou com a presença do primeiro-ministro português, José Sócrates, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

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Enviado por: comanche em Outubro 23, 2007, 03:32:30 pm
Europa prepara liderança mundial na gestão dos mares



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A União Europeia (UE) quer afirmar-se como líder mundial na gestão dos recursos marinhos, declarou ontem, em Lisboa, o primeiro-ministro, José Sócrates, na sessão de abertura da Conferência Ministerial sobre Política Marítima, a primeira do género alguma vez realizada entre os estados-membros e na qual se prepararam as conclusões a levar ao Conselho Europeu de Dezembro, para que possam constituir o quadro de referência para uma política europeia integrada do mar.

José Sócrates, presidente em exercício da UE, apresentou quatro desafios para que os Vinte e Sete possam alcançar essa liderança, com a economia ligada ao mar no lugar cimeiro das prioridades, seguidas do ambiente, do conhecimento e da segurança. O protagonismo económico da UE decorrerá, segundo afirmou, da aposta na "gestão integrada e sustentável" de actividades onde a Europa ocupa posição dominante, como transportes marítimos, actividade portuária, construção naval, pescas, recursos geológicos, turismo, energias renováveis, biotecnologia marinha, novas tecnologias submarinas e sistemas de exploração dos oceanos.

Apontou, em particular, o esforço que a UE está a colocar na criação de auto-estradas marítimas transeuropeias, como alternativas às vias terrestres, uma solução em que Portugal está "muito empenhado".

No plano ambiental, identificou a preservação das espécies, a redução da poluição e a defesa das regiões costeiras como áreas de actuação essenciais, sem esquecer a função reguladora do mar no clima.

Na área do conhecimento, destacou o potencial da investigação na biotecnologia marinha, em especial, aplicada à saúde, para o que será importante a criação de redes de partilha de dados.

Em matéria de segurança, defendeu uma melhor coordenação no controlo dos tráficos e no combate à criminalidade ou actividades ilícitas de pesca, designadamente, através de uma rede europeia de vigilância marítima.

Durão, o impulsionador

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia (CE), destacou o facto de, dois dias após a obtenção de "um consenso sobre as instituições europeias", em Lisboa, ser agora o momento de passar a "um consenso sobre políticas", neste caso, na política marítima. É uma matéria que lhe é particularmente cara por ter sido o seu impulsionador, há dois anos, quando transpôs para a UE uma estratégia que iniciara em Portugal, enquanto primeiro-ministro.

Para Durão Barroso, o "enorme interesse manifestado" na consulta que o Livre Verde sobre política marítima suscitou leva-o a assumir ter um "sólido mandato" para prosseguir com a estratégia, numa base de desenvolvimento "sem causar mais danos no ambiente marinho". Por esse motivo, apontou o combate à degradação ambiental como uma "prioridade urgente", para enfrentar ameaças como poluição dos solos, aumento das emissões dos navios, elevado número de turistas, pesca insustentável e alterações climáticas.

Investir mais nas ciências marinhas, articular as políticas sectoriais relacionadas com o mar, coordenar decisões internas e com os parceiros internacionais foram metodologias que apresentou como cruciais para a aplicação da política marítima na Europa.


Prioridades 2008

Vigilância e segurança, partilha de informação sobre os mares entre os 27 estados-membros e o ordenamento espacial marítimo são as três áreas da política marítima europeia que poderão avançar já em 2008, segundo o secretário de Estado dos Assuntos do Mar.



Pontos de contacto

O Conselho Ministerial propôs a criação de uma rede informal de pontos de contacto em cada Estado, que ficarão na órbita da Presidência da UE, para optimizar a partilha de informação e a coordenação da política marítima.



Organização

Caberá a cada Estado-membro decidir como se vai organizar para coordenar a sua política marítima, no respeito da soberania de cada país.



Importância

90% das trocas comerciais extra-comunitárias são feitas por mar, o que levou a secretária de Estado Ana Paula Vitorino a afirmar "O transporte marítimo é a espinha dorsal das actividades marítimas".
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Enviado por: André em Outubro 23, 2007, 03:59:51 pm
UE pode obrigar Estados-Membros a prever sanções contra a poluição marítima

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O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias determinou hoje que a União Europeia (UE) pode obrigar os Estados-membros a estabelecer sanções penais em casos de poluição marítima, como os derrames de materiais tóxicos no mar.
O tribunal, sedeado no Luxemburgo, decidiu que a UE tem capacidade penal quando está em causa «combater atentados graves contra o meio ambiente», segundo o acórdão, podendo impor aos 27 a obrigação de estabelecer sanções sempre que a sua aplicação «constitua uma medida indispensável» para combater casos específicos de poluição marinha.

«É verdade que o legislador comunitário, quando a aplicação de sanções penais efectivas, proporcionadas e dissuasivas pelas autoridades nacionais competentes constitua uma medida indispensável para lutar contra as infracções graves ao ambiente, pode impor aos Estados-Membros a obrigação de instituir essas sanções para garantir a plena eficácia das normas que adopta em matéria de protecção do ambiente», determina o acórdão.

O acórdão do tribunal anula uma decisão do Conselho que apenas reconhecia aos Estados-membros competências nesta matéria, retirando à Comissão Europeia qualquer capacidade de intervenção.

O que o tribunal vem dizer é que se um Estado-membro falhar no estabelecimento de sanções, Bruxelas pode obrigá-lo, através da abertura de um processo de infracção.

Os juízes ressalvam, no entanto, que compete aos Estados-membros determinar o tipo de sanções que devem ser aplicadas.

A 01 de Abril último entrou em vigor uma directiva que determina a aplicação de sanções, passando a ser criminalizadas e penalizadas as descargas poluentes no mar deliberadas ou por negligência.

A legislação portuguesa já prevê este tipo de crime, sendo que a directiva 2005/35 foi, em Abril, alargada a todos os Estados-membros, que com o acórdão hoje divulgado, terão mesmo que a transpor para a legislação nacional.

A directiva em causa aplica-se a qualquer navio que aporte na UE, independentemente da bandeira sob a qual navega e tem como objectivo proteger a Europa contra os riscos de acidentes e de poluição.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Outubro 23, 2007, 07:27:14 pm
Portugal vai investir 2,5 milhões de euros para integrar cinco portos no projecto de auto-estradas marítimas


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Portugal vai investir 2,5 milhões de euros até ao final do ano para ter os cinco maiores portos portugueses a funcionar no projecto de auto-estradas marítimas, disse o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
 


Mário Lino falava na conferência de imprensa da Conferencia Ministerial sobre Auto-estradas do Mar e Logística, que hoje decorreu em Lisboa e que estabeleceu um plano de acção para o desenvolvimento das auto-estradas do mar.

Portugal vai ter, já este mês, as primeiras auto-estradas marítimas a funcionar, a partir dos portos de Sines e Leixões.

As duas carreiras regulares de transporte de mercadorias por via marítima, com uma frequência pré-determinada, vão ligar o porto de Leixões a Roterdão, na Holanda, e ao porto de Tillbury, no Reino Unido, e o porto de Sines a La Spezia, em Itália, em percursos com uma duração entre três e cinco dias.

A aplicação das auto-estradas marítimas é uma das medidas que vai permitir mais do que duplicar o volume de carga movimentado nos portos portugueses até 2015, objectivo definido nas Orientações Estratégicas para o Sector Marítimo-Portuário.

 


Opção estratégica, Portugal tem de privilegiar o transporte marítimo, nações altamente desenvolvidas como Grã-Bretanha, Irlanda, etc. , têm a sua grande parte das suas trocas comerciais feitas por mar.
Portugal não tem de ficar excessivamente dependente do transporte terreste(excluindo o transporte ferroviário), podendo vir a ficar novamente refém de greves de camionistas espanhois, que impedem e em algumas vezes agridem camionistas portugueses, partem vidros e cortam fios e tubos de camiões que tentam circular nessas alturas, conforme já foi citado várias vezes pela comunicação social.
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Enviado por: comanche em Outubro 24, 2007, 01:38:38 pm
Ainda no seguimento da notícia anterior,

Auto-estradas do mar recebem 2,5 milhões até ao final do ano


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OGoverno vai investir até ao final do ano 2,5 milhões de euros para integrar os cinco maiores portos nacionais no projecto das auto-estradas do mar (AEM), anunciou, ontem, o ministro das Obras Públicas. Leixões e Sines são, para já, os únicos a participar nas AEM, tendo recebido investimentos de um milhão de euros.

Segundo Mário Lino, que falava numa conferência de imprensa após a Conferência Ministerial sobre as auto-estradas do mar e Logística, metade do financiamento é comunitário e os investimentos são "baixos face aos benefícios" dos projectos, em termos ambientais e de poupança energética face ao transporte terrestre ou ferroviário.

Sines e Leixões pioneiros

Os portos de Sines e Leixões vão ter, a partir deste mês, as primeiras AEM. No caso do porto nortenho, será feita a ligação regular aos portos de Roterdão, na Holanda, e de Tillbury, no Reino Unido. O de Sines estará integrado na AEM que liga a La Spezia, em Itália, em percursos com a duração de três a cinco dias. Segundo Mário Lino, os investimentos já feitos destinaram-se sobretudo à simplificação dos procedimentos administrativos nos trajectos dos navios.

Jacques Barrot, comissário europeu dos Transportes, presente na conferência, lembrou que a União Europeia tem disponíveis, para ajudar ao desenvolvimento das AEM, 300 milhões de euros no Projecto das Redes Transeuropeias e mais 100 milhões no programa Marco Pólo. A estas ajudas, disse, há a somar possíveis candidaturas ao fundo de coesão e a ajudas de Estado.

As AEM são ligações regulares de transporte de mercadorias entre dois portos europeus (ver caixa). Actualmente, segundo a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, cerca de 90% das trocas comerciais europeias com o exterior são feitas por mar, pelo que é fundamental a sua relação com outros modos de transporte, os portos e as cadeias logísticas". Com os dois projectos em curso em Portugal prevê-se que, entre 2008 e 2012, sejam retirados das estradas o equivalente a 160 mil camiões de mercadorias. As AEM portuguesas - designadas PORTMOS -, lançadas em 2004, foram o primeiro projecto aprovado pela Comissão Europeia.


O que são as auto- -estradas do mar?

São ligações regulares de transporte de mercadorias entre dois portos da União Europeia e pretendem evitar rupturas de carga e garantir ligações regulares, com procedimentos administrativos facilitados e simplificados.



Quantas estão previstas na União Europeia?

Em causa estão quatro corredores a auto-estrada do Mar Báltico (liga os estados do Báltico com os da Europa Central e Oriental, incluindo a rota via Mar do Norte e o Canal do Báltico); a da Europa Ocidental (que vai de Portugal e Espanha, através do Arco Atlântico até ao mar do Norte e à Irlanda); a do sudeste da Europa (que liga o Mar Adriático até ao Mediterrâneo, incluindo Chipre); e a do Sudoeste da Europa (liga o Sul da Península Itálica ao Sul da Península Ibérica).



Em que consiste o projecto PORTMOS?

Foi o primeiro de AEM a ser aprovado em Bruxelas e inclui para já as ligações Leixões-Roterdão-Tillbury-Leixões e Sines-La Spezia-Sines.
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Enviado por: P44 em Outubro 24, 2007, 02:52:09 pm
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O antigo ministro das Finanças Ernâni Lopes sustenta que o hipercluster do Mar é fundamental para a Marinha de Guerra portuguesa, à semelhança do que acontece noutros países da Europa.


Eu acho que devia ser ao contrário, a Marinha de Guerra ser FUNDAMENTAL para o Mar (e defesa dos nossos interesses), mas devo andar a sonhar como sempre :roll:
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Enviado por: André em Outubro 27, 2007, 02:01:04 pm
Bruxelas quer reforçar o controlo da pesca ilegal

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A Comissão Europeia pretende reforçar o controlo sobre a pesca ilegal e na conferência que vai decorrer em Lisboa segunda-feira pretende sensibilizar os países da FAO a seguirem «boas práticas» para proteger os recursos marítimos e lutar contra concorrência desleal.

Em declarações à agência Lusa, o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Jaime Silva, que actualmente preside ao conselho dos ministros das Pescas da União Europeia (UE) explicou que a reunião de segunda-feira terá 38 participantes a nível ministerial ou governamental.

Estes responsáveis vêm não só de Estados-membros, mas também de países terceiros, parceiros na área das pescas, como a Noruega, países com os quais a UE tem acordos bilaterais e países de língua portuguesa, como a Guiné-Bissau.

A conferência internacional, organizada no âmbito da presidência portuguesa da UE, com a colaboração da Comissão Europeia, vai lançar a discussão entre os Estados-membros sobre a questão do combate à pesca ilegal e não regulamentada, propondo novas medidas, recolher informações e opiniões.

Mas, ao mesmo tempo, o objectivo é ir mais longe e sensibilizar os países de outros pontos do mundo, nomeadamente da FAO (Organização para a Alimentação e Agricultura), para a necessidade de adoptarem regras contra a pesca ilegal e a comercialização de produtos da pesca e derivados obtidos por meios ilícitos.

A UE tem, desde 2002, uma política de combate à pesca ilegal, mas, «como o mar não tem fronteiras, somos afectados pelas actuações dos restantes países», afirmou Jaime Silva, realçando que «a sustentabilidade dos recursos marítimos depende de todos».

Por isso, como a «abordagem tem de ser global», é importante que os outros países sigam regras similares àquelas vigentes na UE.

Por outro lado, quando o peixe, ou produtos transformados da pesca, entram na UE não é possível detectar se, na sua origem, foram seguidas as normas definidas, o que pode ser resolvido com a exigência de um selo de certificação, responsabilizando os países de bandeira das embarcações.

Para controlar as importações «tem de existir regras que permitam actuar sobre barcos não comunitários», o que actualmente não é possível, afirmou Jaime Silva.

Tem também de se elaborar uma legislação de descarga de embarcações adaptada às medidas preconizadas pela presidência portuguesa da UE e pela Comissão Europeia.

Mas, mesmo na UE, a Comissão quer endurecer a luta e o ministro português fala na possibilidade de aumentar as sanções pecuniárias aos transgressores, que já são altas, mas também incluir novas medidas de penalização como confiscar os barcos e retirar as licenças de pesca daqueles que não cumprirem as regras.

Estas normas dizem respeito a quotas de pesca, à dimensão definida para as redes, aos tamanhos mínimos de captura ou à proibição de pescar algumas especíes.

A UE é, simultaneamente, um dos principais a pescar, o maior mercado de consumo e o maior importador mundial de pescado, com 14 mil milhões de euros em 2005, o que lhe confere uma responsabilidade acrescida no combate à pesca ilegal e na iniciativa de adopção de soluções que impeçam estas práticas.

É que, as estimativas apontam para que, do total de 14 mil milhões de euros de importação de produtos da pesca, cerca de 1,1 mil milhões de euros sejam pesca ilegal, fez questão de referiu Jaime Silva.

Portugal regista importações de pescado de cerca de 300 milhões de euros anuais, mas grande parte respeita a bacalhau.

«Tem de haver cooperação internacional para monitorizar e controlar a pesca ilegal», insiste Jaime Silva e salienta esperar que, no final da conferência internacional, seja possível ter uma proposta de conclusões para que os países participantes adoptem boas práticas a nível mundial, e passem a ter uma pesca legal e regulada.

A UE propõe-se ainda apoiar a implementação de regras de boas práticas em países em vias de desenvolvimento, como aliás já faz com a Guiné-Bissau.

Em comunicado, o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas refere que o tema da conferência internacional de alto nível para discussão de uma estratégia internacional de combate à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, foi escolhido tendo em conta a «importância crescente que as práticas de pesca ilegais vêm adquirindo no contexto das pescas mundiais».

A pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, «constitui uma séria ameaça à sustentabilidade dos recursos e à biodiversidade marinha» e tem consequências económicas «muito nefastas» para os pescadores que exercem a sua actividade de forma legal e que estão sujeitos à concorrência desleal.

Um passo importante pode ser dado na actuação ao nível dos mercados tendo em vista impedir a comercialização dos produtos provenientes da pesca ilegal, considera o Ministério da Agricultura.

Na passada semana, Bruxelas avançou com medidas concretas ao propor uma «tolerância zero» para a pesca ilegal que «apenas recompensa os que roubam os recursos haliêuticos», como disse na altura o comissário europeu para as Pescas, Joe Borg.

A Comissão Europeia propõe a elaboração de uma lista negra de navios e de países que ignoram as actividades de pesca ilegal, não reportada e não regulamentada, que destrói os habitats marítimos e os stocks de peixe.

Os principais desafios a que Bruxelas quer responder são a identificação, prevenção e sanção das importações para a UE de produtos de actividades não regulamentadas.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Novembro 15, 2007, 08:09:50 pm
Economia do mar vale cerca de 11% do PIB português

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O mar, a que o Presidente da República dedica sexta-feira um Roteiro para a Ciência, representa cerca de 11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal, segundo um estudo da Universidade Católica.

Com uma das maiores zonas económicas exclusivas da Europa - mais de 1,7 milhões de quilómetros quadrados e 18 vezes a sua área terrestre - o mar português representa igualmente, e atendendo aos seus efeitos indirectos, 12 por cento do emprego e 17 por cento dos impostos indirectos.

As estimativas foram feitas pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica, num trabalho de 2001 para a Comissão Estratégica dos Oceanos.

Dados da Comissão Europeia indicam que Portugal tem a quarta maior frota de pesca da União Europeia (UE), com cerca de 8.700 navios, que empregam cerca de 33 mil pessoas, e mais de três quartos da população vive no litoral.

Este foi o retrato do país segundo dados divulgados em Bruxelas, no âmbito da apresentação da política marítima europeia, em Outubro, e que revelam que o turismo costeiro representa cerca de 39 mil postos de trabalho.

O sector naval, incluindo portos, estaleiros e transportes marítimos, emprega mais de 26 mil trabalhadores.

Portugal tem 1.187 quilómetros de costa e uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) de mais de 1.700.000 quilómetros quadrados, 18 vezes maior do que a área terrestre.

Até Maio de 2008, Portugal vai apresentar uma proposta na Nações Unidas para a extensão da plataforma continental das além das 200 milhas.

Para a preparação desse "dossier", a Marinha, com os seus dois navios oceanográficos, "Almirante Gago Coutinho" e "D. Carlos I", está a fazer um levantamento, recorrendo a tecnologia de ponta, para cartografar o fundo marinho português. Sendo um dos 16 Estados-membros costeiros da União Europeia, Portugal adoptou, em 2006, uma Estratégia Nacional para os Oceanos, cujo objectivo central é promover um desenvolvimento económico e social sustentável.

Na UE, de acordo com dados da comissão, metade dos europeus vive hoje a menos de 50 quilómetros da costa e as indústrias e serviços relacionadas com o mar produzem entre três a cinco por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do conjunto dos 27.

O lançamento de uma rede integrada de vigilância marítima e a eliminação das práticas desportivas de pesca de arrasto são algumas das medidas previstas na proposta aprovada pelo colégio de comissários europeus a 10 de Outubro.

A gestão dos 1.200 portos dos países da UE e demais actividades ligadas ao mar - o que representam, no total, cinco milhões de postos de trabalho - a par do controlo da pesca ilegal e da prevenção ambiental e da partilha de bases de dados são outras das questões que o executivo de Bruxelas quer ver abordadas de forma integrada.

Lusa
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Enviado por: André em Novembro 16, 2007, 08:23:30 pm
Cavaco vai pedir contas ao Governo sobre Estratégia do Mar

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O Presidente da República garantiu hoje que dentro de um ano pedirá contas ao Governo sobre o Plano de Acção para a Estratégia do Mar, porque acredita que Portugal "pode afirmar-se como um centro de excelência internacional" na matéria.

Cavaco Silva falava em Olhão, durante uma visita à estação-piloto de aquacultura ali instalada, no âmbito do roteiro da ciência, que termina hoje na região.

Aos jornalistas, o Presidente revelou que durante o almoço de hoje, o secretário de Estado dos Assuntos do Mar lhe pediu para que no próximo dia 16 de Novembro de 2008 (precisamente dentro de um ano) faça um novo roteiro da ciência para saber como se encontra aquele plano estratégico.

Em resposta, confessou o próprio, o Presidente limitou-se a dizer: "Então prepare-se".

Com o roteiro para a Ciência, Cavaco Silva disse pretender juntar universidade e empresários em prol do mar e da investigação.

"O objectivo deste roteiro é sublinhar a importância da investigação científica para o desenvolvimento do país", disse o Presidente, revelando que já não entrava na Universidade do Algarve "há mais de uma dezena de anos", mas que ficou surpreendido por estar tão maior.

"Mostrar o que fazemos bem para que os bons exemplos sejam replicados noutros pontos do país e motivar os jovens investigadores" são outros dos objectivos da iniciativa que terminou esta noite na Universidade do Algarve (UAlg).

Cavaco Silva disse ainda, na conferência na UALg, acreditar que as mentalidades mudaram e que actualmente as "interligações são muito mais fortes entre empresas e universidades" do que na altura em que era estudante.

"A jornada do roteiro da ciência quer também dar o contributo para que se passe da retórica para a acção no que diz respeito à estratégia nacional para o mar", sublinhou o Presidente da República, revelando estar à espera que dentro de dias o Governo apresente o "Plano de Acção Detalhado para a Estratégia do Mar".

A Comissão Europeia apresentou dia 10 de Outubro uma proposta sobre a Política Marítima Europeia e, sobre esta matéria, Cavaco Silva referiu que tal proposta signifique "uma passagem definitiva da retórica à acção".

Lusa
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Enviado por: comanche em Dezembro 01, 2007, 12:40:41 am
Logística: Complexo de Sines apontado como "chave" para desenvolvimento do Alentejo

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Évora, 30 Nov (Lusa) - O complexo de Sines, envolvendo o porto e as zonas logística e industrial, foi hoje apontado, em Évora, como uma das "chaves" para o desenvolvimento económico sustentável do Alentejo, nomeadamente na área da logística.

A ideia foi defendida por Luís Tadeu, presidente da Fordesi, empresa de consultoria e inovação, durante um debate designado "Alentejo Logístico", na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo.

O desenvolvimento do Porto de Sines, assim como das actividades que lhe estão associadas, disse, é "essencial para a sustentação do desenvolvimento logístico, não só da região Alentejo, como também do país".

Luís Tadeu, que apresentou uma proposta de visão para a afirmação da região na área da logística, realçou que o Alentejo tem "condições de excelência" para apostar nesse campo, desde que consiga interligar tais projectos com o pólo de Sines.

O Alentejo vai albergar várias plataformas logísticas, pois, além da Zona de Actividades Logísticas (ZAL) de Sines, está projectada outra infra-estrutura para Elvas/Caia, aproveitando o projecto do comboio de alta velocidade, que vai ter uma estação na zona e uma em Évora, além de uma linha para mercadorias a partir da cidade do Litoral Alentejano.

De acordo com o que foi referido no encontro de hoje, por cada hectares de área logística, são criados, em média, 40 empregos directos, grande parte deles diferenciados, e por cada um directo, surgem outros dois indirectos.

Luís Tadeu destacou também a localização estratégica do equipamento portuário de Sines para se afirmar no âmbito das trocas comerciais inter-continentais e intra-europeias.

Como exemplo, o presidente da Fordesi disse que a União Europeia está a financiar um projecto piloto entre o Porto de Sines e o de La Spelia, em Itália, para testar o conceito das "auto-estradas do mar", que têm como objectivo reduzir o tráfego rodoviário de mercadorias no espaço europeu, já muito congestionado.

Segundo o responsável, esta ligação permite reduzir em 20 por cento os custos de transporte, tornando-se, assim atractiva e capaz de atrair operadores, nomeadamente empresas do sector da indústria extractiva, como é o caso dos mármores.

Com uma localização que combina o acesso litoral e o papel de intermediário para o "hinterland" europeu, no eixo Lisboa-Madrid, o Alentejo, para aproveitar esta "janela de oportunidade" do sector logístico, deve contar com uma entidade que articule todo esse trabalho, defendeu Luís Tadeu.

A CCDR, as autarquias, as empresas e outras instituições poderiam agrupar-se nessa mesma entidade que passaria a "liderar" tudo o que estivesse relacionado com a logística, propôs, exemplificando que o mesmo está a ser feito na região Centro.

Uma ideia que Maria Leal Monteiro, presidente da CCDR, partilha e na qual está empenhada, tendo explicado hoje que a "abertura da região ao exterior é um dos eixos prioritários" do novo Programa Operacional do Alentejo (POA), ao qual estão afectos 869 milhões de euros de financiamento comunitário até 2013.

"A exploração da posição do Alentejo na ligação logística entre Portugal e Espanha, através da consolidação de investimentos, permite-nos a abertura ao exterior e a internacionalização da região", afirmou, garantindo que essa estratégia pode ser uma alavanca do desenvolvimento económico e social regional.

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Enviado por: comanche em Dezembro 14, 2007, 11:47:28 am
Sines: Centro de Incubação de Empresas ligado ao mar e à energia arranca segunda-feira


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Sines, Setúbal, 14 Dez (Lusa) - As obras de construção de um Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica ligado à economia do mar e à energia arranca segunda-feira, em Sines, num investimento de 2,1 milhões de euros.

O projecto, designado Sines Tecnopolo, resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Sines, as Universidades de Évora e do Algarve e os Institutos Politécnicos de Beja e de Setúbal.

"O Sines Tecnopolo tem como missão a promoção do empreendedorismo de base tecnológica e a oferta de serviços complementares, relevantes para a actividade económica regional", explicou hoje à agência Lusa o director-executivo do projecto, Roberto de Souza.

As obras de construção do Sines Tecnopolo, que se vão prolongar até Agosto de 2008, data de início do projecto, incluem a recuperação da antiga casa da Quinta da Lameira e a construção de um novo edifício com 32 espaços modulares para incubação de empresas.

A ideia, segundo Roberto de Souza, é que o centro acolha nas suas instalações ideias, projectos e empresas que apresentem uma ligação com áreas de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, "determinantes para a diversificação e fortalecimento do tecido empresarial da sub-região Alentejo Litoral".

"Na prática, vamos criar um espaço para ajudar as pessoas a pensar e a criar por si próprias alternativas profissionais. Queremos ensinar-lhes a assumir e planear os riscos", sintetizou.

O centro de incubação de empresas vai ser implementado num lote com 10 mil metros quadrados e representa um investimento total de 2,1 milhões de euros, dos quais 75 por cento serão suportados por fundos da União Europeia, através do Programa Operacional do Alentejo.

O projecto privilegiará o empreendedorismo nas áreas da economia do mar e da energia, aproveitando a proximidade do porto de Sines e a existência de várias empresas do sector energético na região.

Biologia marinha, desportos náuticos e subaquáticos, agricultura de costa, biodiesel, turismo marítimo, energia solar e aquacultura são algumas das áreas dadas como exemplo.

As novas empresas serão ajudadas no seu processo inicial através da incubadora, onde lhes serão cedidos espaços com serviços de apoio e a possibilidade de aceder a redes de conhecimento e inovação, para além da realização de acções de formação, de forma a "permitir-lhes uma menor taxa de insucesso".

Os objectivos da associação, criada para o efeito e baptizada com o nome do descobridor nascido em Sines, Vasco da Gama, passam por "promover o intercâmbio de ideias, a transferência de tecnologia e incentivar a criação de empresas de base tecnológica, nos domínios da economia do mar e das energias".

Através do envolvimento com instituições de investigação e ensino superior, pretende-se a transferência de conhecimentos e incorporação de tecnologia no sector produtivo.

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Enviado por: comanche em Janeiro 16, 2008, 06:16:48 pm
Portugal/França: Cimeira Sócrates e Fillon discute «auto-estradas do mar» em Lisboa


Lisboa, 16 Jan (Lusa) - As chamadas "auto-estradas do mar", a vigilância e segurança marítimas, e o combate à poluição dominam a agenda da terceira cimeira Portugal-França, que se realiza em Fevereiro, em Lisboa.


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O anúncio foi hoje feito à Agência Lusa pela Embaixada da França em Lisboa, que prepara o evento enquanto aguarda a chegada do novo representante diplomático para substituir Patrick Gautrat, que terminou a sua missão em Portugal.

O primeiro-ministro português, José Sócrates, revelou a 27 de Julho último, logo no início da presidência portuguesa da União Europeia (UE), durante o segundo semestre de 2007, que haveria uma cimeira luso-francesa sobre a cooperação nas actividades ligadas ao mar, previsivelmente no primeiro semestre de 2008.

A Embaixada de França em Lisboa adiantou à Lusa que esta cimeira deverá decorrer em Fevereiro na capital portuguesa, embora ainda não tenha data marcada.

A mesma fonte precisou que, além da questão das "auto-estradas do mar", a agenda dos primeiros-ministros português e francês passa pela presidência francesa da UE, no segundo semestre deste ano, bem como pelas relações económicas bilaterais.

De Janeiro a Outubro de 2007, e pela primeira vez nos últimos 15 anos, o saldo estimado da balança comercial luso-francesa é positivo para Portugal em 29,3 milhões de euros, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) fornecidos à Lusa pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP-Portugal Global), ex-ICEP.

As duas primeiras cimeiras luso-francesas realizaram-se em 2003 (Lisboa) e em 2006 (Paris).


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Enviado por: André em Fevereiro 06, 2008, 06:05:38 pm
Portugal ajuda Cabo Verde no processo de alargamento da plataforma continental

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Portugal está a ajudar Cabo Verde a preparar o pedido de alargamento da plataforma continental do arquipélago, que terá de ser apresentado nas Nações Unidas até Maio do próximo ano.

Uma equipa de especialistas portugueses, chefiada pelo coordenador da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), Manuel Pinto de Abreu, terminou segunda-feira na capital cabo-verdiana uma maratona de reuniões com responsáveis do país, para ajudar Cabo Verde a preparar a proposta de extensão da plataforma além das 200 milhas.
 
Manuel Pinto de Abreu dirige, em Portugal, os trabalhos com vista a apresentar também o pedido junto da ONU, que segundo o responsável será feito no próximo ano (entre Janeiro e Maio, disse, sem especificar).

A EMEPC foi criada em 2005 por resolução do conselho de ministros e tem como objectivos preparar uma proposta de extensão da Plataforma Continental de Portugal além das 200 milhas náuticas, a ser apresentada até 13 de Maio de 2009 à Comissão de Limites da Plataforma Continental, das Nações Unidas.

"Portugal disponibilizou a EMEPC para, em conjunto, analisar as possibilidades de extensão da plataforma de Cabo Verde e avaliar os recursos que são necessários mobilizar", explicou hoje Manuel Pinto de Abreu.

Sem esconder que uma das vantagens do alargamento poderá estar no aumento de possibilidades de ser encontrado petróleo em zona sobre jurisdição cabo-verdiana, Pinto de Abreu admitiu que Cabo Verde tem "bons indícios" de que essa extensão possa ser aceite pela ONU, levando a que o arquipélago possa gerir e explorar recursos naturais de uma área acrescida.

Proposta a apresentar até 13 de Maio

Segundo Pinto de Abreu não está em discussão, neste momento, o tamanho da extensão da plataforma continental além das actuais 200 milhas náuticas (uma milha equivale a 1,852 quilómetros), como também não se pode quantificar que recursos estão em causa sem haver uma pesquisa desses mesmos recursos.

O que a missão está a fazer em Cabo Verde é "transportar a experiência portuguesa nesta matéria, que já é longa", explicou. O governo de Cabo Verde criou no ano passado a Comissão Intergovernamental para a Plataforma Continental mas a mesma apenas se reuniu uma vez. A Comissão cabo-verdiana tem, como a portuguesa, até 13 de Maio de 2009 para apresentar às Nações Unidas a proposta de extensão da plataforma continental e as justificações para o pedido.

Em 2006, Portugal conseguiu junto da ONU a soberania de uma zona marinha ao largo dos Açores, justificando que a mesma era um campo hidrotermal que devia ser protegido. "Portugal defendeu a classificação dessa plataforma e é hoje o único país do mundo com uma área marinha protegida", disse Manuel Pinto de Abreu, explicando que tal não se relaciona com a extensão da plataforma continental, cujo pedido está ainda por apresentar.

Ciência Hoje
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Enviado por: comanche em Fevereiro 22, 2008, 05:55:21 pm
Portugal/França: Apoio a execução de uma política marítima integrada - Declaração Final

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Lisboa, 22 Fev (Lusa) - O apoio à definição e execução de uma política marítima integrada para a União Europeia (UE) ficou hoje consagrado na declaração final do III Encontro de Alto Nível entre Portugal e a França, realizado em Lisboa.

O documento começa por recordar que "a política marítima integrada europeia se inscreve no quadro da Estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego, bem como no da estratégia europeia do desenvolvimento sustentável".

"A política marítima deve contribuir para a competitividade europeia e para a protecção do meio e dos ecossistemas marinhos, no quadro dos objectivos de um desenvolvimento sustentável", realça o texto.

Para tal - acrescenta -, é necessário continuar a pôr em prática "mecanismos que permitam reforçar a coordenação da política marítima entre os estados-membros e as instâncias europeias".

Lisboa e Paris saudaram a "integração na política marítima europeia de uma forte dimensão ecológica" através da Directiva Quadro "Estratégia para o Meio Marinho".

Os dois países "partilham a mesma percepção quanto à necessidade de reforçar a vigilância dos espaços marítimos europeus e de melhorar a governação dos assuntos do mar, particularmente no domínio soberano e no da gestão e protecção do ambiente", destaca a declaração.

A França, durante a sua presidência da UE e com o apoio de Portugal irá "centrar a atenção na melhoria da vigilância das actividades no mar, de forma a garantir a segurança e a protecção dos espaços marítimos, para assegurar as condições propícias ao exercício de actividades económicas".

Neste apartado não são esquecidas a "investigação científica e os conhecimentos necessários à gestão sustentável do meio e dos recursos marinhos".

Ficou acordado o desenvolvimento da "cooperação no domínio da vigilância e da intervenção no mar para enfrentar, conjuntamente e de forma mais eficaz, os riscos e as ameaças, em particular através dos laços que unem as duas Marinhas e outras instituições" científico-tecnológicas.

Será igualmente desenvolvida a "cooperação nos domínios da busca e salvamento marítimo, em particular no que respeita à troca de informações entre os serviços (...) nos Açores e nas Antilhas".

Elogiando as acções empreendidas pela Agência Europeia de Segurança Marítima, os dois países anuíram em "promover conjuntamente iniciativas para melhorar a segurança no mar, a prevenção e a luta contra a poluição do meio marinho causada por navios".

Portugal e a França concordaram em assinar o Protocolo Adicional ao Acordo de Cooperação para a Protecção das Costas e das Águas do Atlântico Nordeste contra a Poluição.

O interesse luso-francês pelo desenvolvimento das auto-estradas do mar levou à criação de um grupo de trabalho de alto nível e as respectivas administrações responsáveis pelo sector dos transportes celebrarão uma primeira reunião em Março, já na perspectiva da presidência francesa da UE.

O objectivo destes encontros regulares é "identificar um possível serviço de auto-estradas do mar de interesse" recíproco, assinala o texto.

Lisboa e Paris facilitarão o conhecimento dos meios marinhos através da investigação integrada e promoverão a criação de uma rede europeia de observação e dados, bem como uma estratégia europeia de investigação.

O texto conclui sublinhando que "a política marítima europeia deve integrar o desenvolvimento económico e social das Regiões Ultra Periféricas (RUP), preservando os recursos naturais".

Título:
Enviado por: zocuni em Março 02, 2008, 12:42:24 pm
Tudo bem,

Através de pesquisa fiquei sabendo que o nosso DOP/UAç,está dotado de um mini-rov,o LBV 300 de fabrico norte-americano e que tem dado excelentes resultados não só nas pesquisas oceánicas como na área do ensino.Posto aqui esse mini-rov,que atinge os 300m de profundidade.Sinceramente gostei,nota-se o investimento.



http://www.youtube.com/watch?v=7fol6N4bfQk&feature=related


Abraços,
Título:
Enviado por: Lancero em Março 02, 2008, 01:03:00 pm
Esse não é o único ROV que temos/iremos ter ;)

Publico de hoje,

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Portugal compra robô submarino que desce aos 6000 metros

02.03.2008, Teresa Firmino


O país junta-se ao exclusivo clube de possuidores de submarinos de
grande profundidade e passa a poder explorar o fundo de toda a sua ZEE


Portugal juntou-se ao restrito clube mundial dos países com robôs submarinos que mergulham a 6000 metros. O ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, assinou a 21 de Fevereiro o despacho que autorizou a compra do aparelho, que está a ser construído pela empresa norueguesa Argus Remote Systems. O contrato de compra foi assinado anteontem, sexta-feira, em Bergen, na Noruega.
Portugal passa a ser um dos poucos países do mundo com um veículo de operação remota (ROV) capaz de atingir essas profundezas oceânicas. A partir de agora, não só o fundo do mar de toda a Zona Económica Exclusiva (ZEE), como o da futura área que vier a estar sob jurisdição de Portugal na sequência da extensão da plataforma continental, ficará ao alcance directo dos cientistas portugueses.
O ROV não é tripulado: estará ligado por um cordão umbilical a um navio, de onde será comandado à distância, e por onde se acederá em tempo real à informação recolhida.
O aparelho foi comprado por cerca de três milhões de euros, pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) - um grupo científico, na dependência do ministro da Defesa, incumbido de provar que a parte continental do território português se prolonga para além das 200 milhas naúticas da zona económica exclusiva.
Se a prova for convincente, Portugal poderá alargar-se - mas apenas pelo leito e subsolo oceânicos, tal como estabelece a Lei do Mar das Nações Unidas. Enquanto na ZEE os países podem explorar o que existe na coluna de água e no solo e subsolo do mar, na plataforma continental alargada "apenas" terão jurisdição sobre os recursos do solo e subsolo, seja petróleo, gás, metais ou recursos biológicos e genéticos com aplicações farmacêuticas e industriais.
Até 13 de Maio de 2009, o projecto de extensão da plataforma portuguesa terá de estar concluído: a documentação científica terá de ser entregue na Comissão de Limites da Plataforma Continental, criada pela Lei do Mar.
Desde meados de 2005 que a EMEPC trabalha no alargamento do chão marinho, reunindo dados geo-lógicos, geofísicos, hidrográficos, sísmicos, entre outros, que provem que a plataforma se prolonga, efectivamente, para lá das 200 milhas. Para isso, é preciso saber onde é que os fundos marinhos deixam de ter características continentais e começam a ter características oceânicas. Mas determinar onde se situa essa transição não é fácil e exige inúmeros levantamentos oceanográficos, em redor da ZEE de Portugal Continental, da Madeira e dos Açores. Esses levantamentos têm sido feitos pelos navios oceanográficos D. Carlos I e Gago Coutinho, da Marinha, e por navios fretados ao estrangeiro.

Olhos e mãos lá em baixo
A ideia de comprar um ROV surgiu depois de uma missão oceanográfica nos Açores, em Maio de 2007: "Ficámos animados com os resultados, mas chegámos à conclusão de que precisaríamos de outros tipos de amostras para a proposta de extensão da plataforma", conta o chefe da EMEPC, Manuel Pinto de Abreu.
Orientada para a recolha de amostras geológicas e geoquímicas, nessa campanha arrastou-se um balde metálico pelo leito do mar que, ao fim de umas quantas milhas, ia sendo içado para o navio. "Uma indefinição destas sobre o local das amostras não é boa para fundamentar a proposta de extensão da nossa plataforma. Poderemos estar a cometer erros sobre o contexto geológico das amostras."
Um ROV resolveria o problema, porque seria como ter olhos e mãos lá em baixo: poderiam ver-se as amostras a apanhar, tirar fotos ao local e saber o sítio exacto da recolha, refere Pinto de Abreu.
A equipa fez então as contas ao custo de uma missão com um ROV naquela zona, a Sul dos Açores, e concluiu que a compra sairia mais barata do que o aluguer. Por dia, o aluguer custaria 100 mil euros: "Se tudo corresse bem, precisaríamos de 45 dias de trabalho. Assim, poupamos dinheiro e ficamos com o ROV".
O veículo deverá ser entregue em Agosto e o baptismo de mar está previsto ainda para 2008. "Decidimos comprar um ROV de 6000 metros, porque permitirá ir a todos os buraquinhos do espaço de interesse nacional. Com este equipamento, a comunidade científica nacional vai poder ir onde quiser", diz Pinto de Abreu. Até agora, os ROV em instituições científicas portuguesas ficavam-
-se pelos cerca de 500 metros, como o do Instituto Hidrográfico.
Se se optasse por um ROV de 4000 metros, grande parte das profundezas da ZEE portuguesa continuaria fora de alcance do robô. Mas o veículo escolhido permitirá visitar 97 por cento do fundo oceânico da Terra. "Uma das questões que se punha era: "Então e a nossa capacidade de exploração do mar?". Cá está ela", diz Pinto de Abreu. "Passamos a estar num clube muito restrito relativamente aos países que chegam a essas profundidades." França, Noruega, Alemanha, Reino Unido, EUA e Japão são os outros países que, oficialmente, têm robôs submarinos para 6000 metros.
Nos próximos anos, o ROV português será utilizado principalmente no projecto de extensão da plataforma, que, depois de analisado pela Comissão de Limites da Plataforma Continental, deverá estar encerrado em definitivo por volta de 2012, nas previsões de Pinto de Abreu. Até lá, a comunidade científica será convidada a dizer que dados gostaria de ver recolhidos pelo robô: sempre que for possível, nas missões da EMEPC, os pedidos serão atendidos, garante o seu responsável.
Quando terminar o projecto da plataforma, o que acontecerá ao ROV? "Há-de ser entregue a uma entidade nacional no âmbito do mar", responde Pinto de Abreu.

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BI do ROV português

02.03.2008





Nome comercial Argus Bathysaurus XL, derivado do nome da empresa construtora e da designação científica do peixe-lagarto de ambientes profundos; XL é a versão para grandes profundidades.
Nome português Ainda não tem, mas a equipa que o vai operar nos próximos anos irá lançar um concurso de nomes para alunos do ensino secundário, em que o prémio será a participação numa expedição científica com o ROV.


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Fontes hidrotermais e acidentes

02.03.2008




Uma das áreas que passam a estar ao alcance directo dos investigadores são as fontes hidrotermais de profundidade dos Açores, únicas na Europa. onde existem formas de vida adaptadas a condições extremas. Aí podem existir moléculas úteis à Medicina e indústria ou recursos minerais. Têm sido visitadas amiúde por navios, submarinos e ROV estrangeiros, desde a descoberta das primeiras fontes dos Açores, em 1992. "Portugal deixa de estar dependente dos outros para investigar as fontes hidrotermais. Deixa de ser um passageiro das missões científicas estrangeiras, para ser o actor principal", sublinha Pinto de Abreu, chefe da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental.
Além da investigação científica e prospecção de recursos naturais, o novo ROV poderá ainda entrar em acção em caso de acidentes com navios (o petroleiro Prestige, afundado em 2002, ao largo da Galiza, foi inspeccionado por um ROV norueguês). T.F.


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Os regressos de Portugal ao mar

02.03.2008, Teresa Firmino


A aposta na investigação marítima está presente desde sempre no discurso, mas nem sempre na prática


A oceanógrafa Isabel Âmbar é a mais desencantada, quando olha para o propalado regresso de Portugal ao mar ao longo dos últimos 30 anos. De dez em dez anos, esse regresso é anunciado e depois pouco sai do papel, lamenta a cientista, directora do Instituto de Oceanografia da Universidade de Lisboa. Outros, como o oceanógrafo Manuel Pinto de Abreu, chefe da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, consideram que, apesar de tudo, nos últimos dez anos, começámos a regressar ao mar.
Quando se pergunta a Isabel Âmbar que falsas partidas se fizeram para o mar, responde: "Foram muitas. Desde sempre se diz que o mar é muito importante para o nosso país e que temos a maior Zona Económica Exclusiva da Europa. Depois, ficamos por aí".
Para o demonstrar, cita as reuniões de cientistas e decisores políticos, nos últimos 30 anos, em que se fez um diagnóstico das ciências marinhas e se apresentaram prioridades. Ressalta o tal padrão da década: em Maio de 1979, foi o Simpósio Nacional de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento; em Maio de 1987, foram as Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnológica; em 1998, foi o Programa Dinamizador das Ciências e Tecnologias do Mar; em 2006, foi aprovada pelo Governo a Estratégia Nacional para o Mar.
"As pessoas juntam-se, apresentam conclusões e depois passam-se dez anos e voltam-se a fazer as mesmas coisas, chega-se às mesmas conclusões e prioridades. Mas depois não se avança, não há vontade política", diz Isabel Âmbar.
O Programa Dinamizador foi uma dessas boas intenções que, na opinião da oceanógrafa, acabaram em falsa partida. Anunciado com pompa no Ano Internacional dos Oceanos, em 1998, como reforço financeiro da investigação nesta área, foi Mariano Gago (então ministro da Ciência, como agora) quem o lançou. Financiou 29 projectos, no valor de nove milhões de euros, executados entre 2000 e 2004, informa João Sentieiro, presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
"Foi um programa importante, talvez uma das vezes em que se tomou mais a sério a investigação do mar", diz Isabel Âmbar. Mas o concurso para os cientistas submeterem os seus projectos a financiamento só abriu uma vez, em 1999. "Foi um conceito interessante. Para o que existia na época, os financiamentos do programa eram bons", considera também o biólogo Ricardo Serrão Santos, director do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.
Mas mesmo algumas áreas que esse programa pretendia "dinamizar", numa segunda fase, nunca chegaram a ser financiadas, recorda Isabel Âmbar: é o caso da observação sistemática dos oceanos e da gestão de dados. Também Pinto de Abreu considera fundamental uma base de dados que listasse as recolhas feitas e o seu tipo. Essa, diz Pinto de Abreu, está entre as "boas iniciativas, mas que não tiveram o desenvolvimento que deveriam ter tido".
Até os projectos de ciências e tecnologias do mar submetidos aos concursos "normais" abertos pela FCT estiveram sem resposta um ano e meio, que só chegou este mês de Fevereiro, lamenta Isabel Âmbar, pelo que as equipas estiveram esse tempo sem saber se teriam dinheiro. Financiar as ciências do mar não é a prioridade actual, refere Ricardo Santos, que se queixa de que o dinheiro está a ser dado à tecnologia.
"Depois do Programa Dinamizador, houve imensos projectos financiados pela fundação", frisa ainda Sentieiro (66 projectos receberam cinco milhões de euros, entre 2000 e 2006, e outros 53 receberam desde 2005 quatro milhões de euros). E os 42 projectos de ciências e tecnologias do mar aprovados em 2008 ascendem a um total de 6,73 milhões de euros.



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Os ROV e submarinos de grande profundidade que andam por aí

02.03.2008, Teresa Firmino




Argus Abyss Bathysaurus (Noruega) - Fabricado em 2004, este veículo de operação remota (ROV), capaz de descer a 6000 metros no mar, é operado pela Universidade de Bergen e pelo Instituto de Investigação Marinha.

Isis (Reino Unido) - Construído em 2003 pela Instituição Oceanográfica Woods Hole, nos EUA, é operado pelo Centro Nacional de Oceanografia britânico. Vai a 6500 metros. Em Maio de 2007, este ROV esteve entre o Sul de Portugal e o golfo de Cádis, a investigar vulcões de lama (emanações de metano com sedimentos).

Kiel 6000 (Alemanha) - De fabrico norte-americano, este
ROV de 6000 metros pertence
ao Instituto de Ciências Marinhas Leibniz da Universidade de Kiel. Já o Centro de Investigação
das Margens Oceânicas opera o Quest 5, de 4000 metros, que é da Universidade de Bremen.

Victor 6000 (França) - Desenvolvido pelo Instituto Francês de Investigação e Exploração do Mar (Ifremer), este ROV de 6000 metros fez a primeira missão científica em águas portuguesas: em 1998, visitou as fontes hidrotermais de profundidade dos Açores.

Kaiko 7000 (Japão) - Na posse deste ROV desde 2004, a Agência para as Ciências e Tecnologias Marinhas e da Terra do Japão (Jamstec) consegue ir a 7000 metros. É dos veículos que mais fundo mergulham.

Jason (EUA) - Fabricado em 1988 pela Instituição Oceanográfica Woods Hole, à qual pertence, este ROV desce a 6500 metros. Fez centenas de mergulhos em fontes hidrotermais do Pacífico, Atlântico e Índico. Em 2002, lançou-se uma versão melhorada do Jason.

Ropos (Canadá) - Desenvolvido com fundos do Departamento de Pescas, Oceanos e Recursos Naturais do Canadá, este ROV de 5000 metros é agora gerido pelo Instalação de Submersíveis Científicos Canadianos, organização criada por um grupo de cientistas.

Hercules (EUA) - Construído para o Instituto de Exploração, fundado pelo famoso explorador americano Robert Ballard, este ROV, que desce a 4000 metros, começou por ser aplicado em 2003 em prospecções arqueológicas no fundo do mar. Agora também serve para estudos de Geologia e Biologia marinhas.

Tiburon (EUA) - Concebido e fabricado pelo Instituto de Investigação do Aquário da Baía de Monterey, fez o mergulho de baptismo em 1997. Pode ir aos 4000 metros.

Mir I e Mir II (Rússia) - Foram construídos em 1987, para levar três tripulantes até 6000 mil metros. Operados pelo Instituto
de Oceanografia de P. P. Shishov,
de Moscovo, foram notícia
em 2007, por terem mergulhado por baixo dos gelos do Árctico: nessa viagem inédita, puseram a bandeira da Rússia no fundo do mar e reclamaram simbolicamente como russa essa parte da plataforma continental, onde se suspeita haver petróleo e recursos minerais.

Nautile (França) - É uma estrela entre os submersíveis, por ter visitado, desde que ficou pronto, em 1985, paragens oceânicas como as fontes hidrotermais (incluindo as dos Açores) e os destroços do Titanic. Ao serviço do Ifremer, que o construiu, desce até 6000 metros com três ocupantes.

Alvin (EUA) - O decano dos submersíveis científicos de grande profundidade, construído em 1964 e pertencente à Marinha, é operado pela Instituição Oceanográfica Woods Hole. Teve entretanto várias melhorias.
Leva três ocupantes a 4500 metros, pelo que atinge quase
63 por cento do leito oceânico. Entre os locais famosos visitados, estão as primeiras fontes hidrotermais descobertas em profundidade (nos anos 70,
no Pacífico). Já esteve nas fontes dos Açores.

Shinkai 6500 (Japão) - Dos veículos tripulados, é o que mergulha a maiores profundidades, indo a 6500 metros com três ocupantes. Foi concluído em 1990 e está ao serviço do Jamstec.
Título:
Enviado por: zocuni em Março 02, 2008, 01:38:58 pm
Mas essa notícia é absolutamente fantástica.Estou muito satisfeito.
Aqui o Argus Bathysaurus XL.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.mar-eco.no%2Flearning-zone%2F__data%2Fpage%2F381%2FROV-Bathysaurus-2-web_640px.jpg&hash=af48f7bcba611d4dd16b144faf81c989)

Abraços,
Título:
Enviado por: comanche em Março 02, 2008, 03:27:17 pm
Citação de: "Lancero"
Portugal compra robô submarino que desce aos 6000 metros

02.03.2008, Teresa Firmino


O país junta-se ao exclusivo clube de possuidores de submarinos de
grande profundidade e passa a poder explorar o fundo de toda a sua ZEE


Portugal juntou-se ao restrito clube mundial dos países com robôs submarinos que mergulham a 6000 metros.


Excelente notícia, já devia ter sido efectuada á mais tempo.
Título:
Enviado por: zocuni em Março 03, 2008, 02:08:22 am
Tudo bem,

Sinceramente e usando uma linguagem adequada ao momento,estou profundamente eufórico com a notícia,devagar chegaremos lá,é preciso consitência e constância nestas pesquisas.Entendo que isto é o futuro e um pólo de receitas não de gastos.Tomara que com o tempo não mude de ideias.Confio no know-how português e de suas instituições ligadas ao mar.Estou confiante que será um tremendo salto qualitativo em nosso desenvolvimento tecnológico.Talvez consigamos uma nova Escola Sagres,os recursos hidricos serão a controvérsia do mundo,pelo que vejo começamos a estar aptos a esse novo desafio.Falta sómente um navio expedicionário (acima de 70 m )de comprimento e um submarino de pesquisas,bem já estou viajando mas é isso que observo de longe.O futuro é muito promissor.haver vamos.Estive pesquisando e o IFREMER.da França emprega 1800 funcionários altamente qualificados,se conseguirmos 300/400,será fantástico e promissor numa primeira fase.O que poderemos arrecadar em pesquisas pelo mundo fora será incomensurável.

Abraços,
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Março 03, 2008, 08:20:14 pm
Uma lacuna que fica brilhantemente preenchida  :D
O pessoal do Instituto de Oceanografia da Faculdade de Ciências está de parabéns.
Agora uma investigação na ZEE do arquipélago da Madeira com a colaboração do Dep. Biologia da UMA era excelente para este escriba !
Título:
Enviado por: zocuni em Março 03, 2008, 08:35:18 pm
Tudo bem,

UMA,é Universidade da Madeira?

Abraços,
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Março 03, 2008, 08:56:21 pm
Sim, a minha segunda (que, em certas alturas torna-se a primeira) casa  c34x
Título:
Enviado por: comanche em Maio 04, 2008, 10:59:04 am
Aquacultura em alto mar para recuperar a pesca

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A Câmara de Sesimbra quer relançar o sector da pesca no concelho com uma aposta centrada na aquacultura em alto mar. Depois da crise estrutural que deixou no desemprego mais de um milhar de profissionais da vila pesqueira nos últimos anos, a autarquia ambiciona agora abrir a costa à instalação de jaulas que permitam a criação de douradas, robalos e bivalves, assegurando que, apesar de o investimento de cada sistema orçar o milhão de euros, a rentabilidade "é garantida".

A autarquia ainda não sabe quanto pode custar o projecto, nem quando estará em condições de avançar com os concursos públicos, mas justifica a sua aposta com base numa estação-piloto que desde 2001 está a ser promovido em Olhão, pelo Instituto Nacional de Recursos Biológicos (IPIMAR), tendo sido alargada à possibilidade de concurso público na costa algarvia.

A designada aquacultura offshore, um ramo ainda por explorar em Portugal, surge como um negócio "altamente rentável", já que o milhão de euros investido em cada sistema, ao qual há que adicionar os custos de manutenção e produção, serão, segundo os técnicos ouvidos pelo DN, compensados com uma produção média anual de quatro mil toneladas de pescado.

O próprio ministro Jaime Silva é um adepto da produção de peixe em alto mar, já tendo feito saber que tenciona apostar neste sistema, justificando que a aquacultura em alto mar "permite a reposição de stocks no mar e possibilita uma produção superior à aquacultura tradicional, praticado em rias e sistemas lagunares".

"É este potencial que nós queremos aproveitar para dinamizarmos as nossas pescas", explica o presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, alertando para "um conjunto de vantagens" relativamente à tradicional aquacultura praticada em tanques. É que nas jaulas fixadas em alto mar, que podem variar entre os 40 e 60 metros de cumprimento e 20 a 30 de altura, os peixes e os bivalves são criados praticamente no seu habite natural.

"Embora também sejam alimentados artificialmente, os peixes alimentam-se do próprio plâncton e depois vão criar mais músculo porque estão em mar aberto. Logo, estamos a falar de douradas, robalos, ostras e amêijoas de melhor qualidade", alertou o autarca, convicto de que existem condições para serem criados peixes com a marca "Sesimbra", o que considera "importante por dar uma boa projecção no mercado".

Augusto Pólvora alude ainda à capacidade instalada no concelho, depois do fim da pesca em Marrocos e das restrições impostas pelo Plano de Ordenamento do Parque da Arrábida. "Este projecto vai permitir a reciclagem de barcos, além de termos umas instalações muito boas ao nível do docapesca e do porto de descarga."
Título:
Enviado por: comanche em Maio 04, 2008, 10:59:37 am
Aquacultura em alto mar para recuperar a pesca

Citar
A Câmara de Sesimbra quer relançar o sector da pesca no concelho com uma aposta centrada na aquacultura em alto mar. Depois da crise estrutural que deixou no desemprego mais de um milhar de profissionais da vila pesqueira nos últimos anos, a autarquia ambiciona agora abrir a costa à instalação de jaulas que permitam a criação de douradas, robalos e bivalves, assegurando que, apesar de o investimento de cada sistema orçar o milhão de euros, a rentabilidade "é garantida".

A autarquia ainda não sabe quanto pode custar o projecto, nem quando estará em condições de avançar com os concursos públicos, mas justifica a sua aposta com base numa estação-piloto que desde 2001 está a ser promovido em Olhão, pelo Instituto Nacional de Recursos Biológicos (IPIMAR), tendo sido alargada à possibilidade de concurso público na costa algarvia.

A designada aquacultura offshore, um ramo ainda por explorar em Portugal, surge como um negócio "altamente rentável", já que o milhão de euros investido em cada sistema, ao qual há que adicionar os custos de manutenção e produção, serão, segundo os técnicos ouvidos pelo DN, compensados com uma produção média anual de quatro mil toneladas de pescado.

O próprio ministro Jaime Silva é um adepto da produção de peixe em alto mar, já tendo feito saber que tenciona apostar neste sistema, justificando que a aquacultura em alto mar "permite a reposição de stocks no mar e possibilita uma produção superior à aquacultura tradicional, praticado em rias e sistemas lagunares".

"É este potencial que nós queremos aproveitar para dinamizarmos as nossas pescas", explica o presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, alertando para "um conjunto de vantagens" relativamente à tradicional aquacultura praticada em tanques. É que nas jaulas fixadas em alto mar, que podem variar entre os 40 e 60 metros de cumprimento e 20 a 30 de altura, os peixes e os bivalves são criados praticamente no seu habite natural.

"Embora também sejam alimentados artificialmente, os peixes alimentam-se do próprio plâncton e depois vão criar mais músculo porque estão em mar aberto. Logo, estamos a falar de douradas, robalos, ostras e amêijoas de melhor qualidade", alertou o autarca, convicto de que existem condições para serem criados peixes com a marca "Sesimbra", o que considera "importante por dar uma boa projecção no mercado".

Augusto Pólvora alude ainda à capacidade instalada no concelho, depois do fim da pesca em Marrocos e das restrições impostas pelo Plano de Ordenamento do Parque da Arrábida. "Este projecto vai permitir a reciclagem de barcos, além de termos umas instalações muito boas ao nível do docapesca e do porto de descarga."
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 16, 2008, 03:59:08 pm
N.R.P. “D. Carlos I” regressa de missão nos Arquipélagos dos Açores e da Madeira

O navio hidrográfico N.R.P. “D. Carlos I” regressou, no dia 1 de Agosto, à Base Naval de Lisboa depois de cumpridos mais de 3 meses de intensa actividade hidrográfica, no âmbito do projecto de extensão da Plataforma Continental.
Desde 21 de Abril, o navio navegou 1915 horas, percorreu 17100 milhas náuticas e insonificou uma área total do fundo marinho de 173000 km2. Durante mais de 100 dias de missão, foram efectuados levantamentos hidrográficos em diversas áreas em torno da Zona Económica Exclusiva dos Açores, tendo sido, igualmente, recolhidos dados de magnetismo utilizando um magnetómetro rebocado à popa do navio.
Para além da missão técnico-científica dedicada à extensão da Plataforma Continental, o N.R.P. “D. Carlos I” integrou a representação naval presente nas comemorações do Dia da Marinha, na Madeira, prestou apoio à Brigada Hidrográfica num levantamento hidrográfico a norte da ilha de S. Miguel e efectuou sondagem no monte Sedlo, a norte da ilha Terceira, área de estudo da Universidade dos Açores.
Com este projecto de alargamento da sua Plataforma Continental, Portugal pretende reclamar áreas do leito e subsolos marinhos para além do actual limite das 200 milhas, dando-lhe a oportunidade de demonstrar no plano internacional conhecimento e capacidade científico-tecnológica no domínio dos mares e das ciências do mar.
O N.R.P. “D. Carlos I” participa activamente, desde Janeiro de 2005, neste projecto, com levantamentos hidrográficos, através do seu sistema sondador multifeixe de grandes fundos, que possibilitam a aquisição de informação de profundidade de elevada exactidão e com cobertura total do fundo, habilitando o estudo e conhecimento sobre estruturas do fundo submarino, até agora desconhecidas.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6006%2FDCarlos1.JPG&hash=68afc63bb136ec8a0c6969adade77b49)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6007%2FDCarlos4.JPG&hash=364208a78ee627bf6c36b0f5593c4c7d)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6008%2FDCarlos2.JPG&hash=1c1ef4986e2c8352b01bd60cea200219)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6009%2FDCarlos3.JPG&hash=1c2329a70eedfa5c430a69756a44edc9)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6010%2FDCarlos5.JPG&hash=05c815c03bd27a468b24399833a8b240)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 16, 2008, 04:00:16 pm
N.R.P. “D. Carlos I” regressa de missão nos Arquipélagos dos Açores e da Madeira

O navio hidrográfico N.R.P. “D. Carlos I” regressou, no dia 1 de Agosto, à Base Naval de Lisboa depois de cumpridos mais de 3 meses de intensa actividade hidrográfica, no âmbito do projecto de extensão da Plataforma Continental.
Desde 21 de Abril, o navio navegou 1915 horas, percorreu 17100 milhas náuticas e insonificou uma área total do fundo marinho de 173000 km2. Durante mais de 100 dias de missão, foram efectuados levantamentos hidrográficos em diversas áreas em torno da Zona Económica Exclusiva dos Açores, tendo sido, igualmente, recolhidos dados de magnetismo utilizando um magnetómetro rebocado à popa do navio.
Para além da missão técnico-científica dedicada à extensão da Plataforma Continental, o N.R.P. “D. Carlos I” integrou a representação naval presente nas comemorações do Dia da Marinha, na Madeira, prestou apoio à Brigada Hidrográfica num levantamento hidrográfico a norte da ilha de S. Miguel e efectuou sondagem no monte Sedlo, a norte da ilha Terceira, área de estudo da Universidade dos Açores.
Com este projecto de alargamento da sua Plataforma Continental, Portugal pretende reclamar áreas do leito e subsolos marinhos para além do actual limite das 200 milhas, dando-lhe a oportunidade de demonstrar no plano internacional conhecimento e capacidade científico-tecnológica no domínio dos mares e das ciências do mar.
O N.R.P. “D. Carlos I” participa activamente, desde Janeiro de 2005, neste projecto, com levantamentos hidrográficos, através do seu sistema sondador multifeixe de grandes fundos, que possibilitam a aquisição de informação de profundidade de elevada exactidão e com cobertura total do fundo, habilitando o estudo e conhecimento sobre estruturas do fundo submarino, até agora desconhecidas.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6006%2FDCarlos1.JPG&hash=68afc63bb136ec8a0c6969adade77b49)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6007%2FDCarlos4.JPG&hash=364208a78ee627bf6c36b0f5593c4c7d)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6008%2FDCarlos2.JPG&hash=1c1ef4986e2c8352b01bd60cea200219)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6009%2FDCarlos3.JPG&hash=1c2329a70eedfa5c430a69756a44edc9)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.marinha.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FF4947E44-93FB-4980-ACED-990CBC62F399%2F6010%2FDCarlos5.JPG&hash=05c815c03bd27a468b24399833a8b240)
Título:
Enviado por: Luso em Agosto 16, 2008, 04:59:44 pm
Este tópico foi iniciado à quase 2 anos (Ter 24 Out, 2006). De concreto, o que é que há para ver?
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 16, 2008, 05:52:42 pm
Apenas que o trabalho no âmbito do projecto de extensão da Plataforma Continental continua. Isto é um projecto que vai levar anos.
Título:
Enviado por: comanche em Setembro 19, 2008, 12:15:22 am
Portugal recebe veículo operado remotamente para profundidades oceânicas


2008-08-28


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Ministério da Defesa Nacional

Secretário da Estado da Defesa Nacional desloca-se à Noruega

O secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João Mira Gomes, inicia amanhã, dia 29, uma viagem à Noruega, onde vai presidir ao acto de entrega do primeiro Remotly Operated Vehicle (ROV) português. João Mira Gomes aproveitará a viagem à Noruega para estabelecer contactos bilaterais com o governo norueguês, nomeadamente com os secretários de Estado dos Assuntos Europeus, Elisabeth Walaas, do Comércio e Indústria, Rikke Lind, e das Pescas e Assuntos Costeiros, Vidar Ulriksen.

À semelhança de Portugal, também a Noruega aprovou recentemente a sua Estratégia Nacional para o Mar e está envolvida, desde o início, na definição das políticas europeias e internacionais relacionadas com o mar e os oceanos. Neste sentido, João Mira Gomes aproveitará o encontro com as autoridades norueguesas, a 29 de Agosto, em Oslo, para partilhar experiências e para identificar oportunidades de cooperação, entre os dois países, no sector marítimo.

A cerimónia de entrega do Remotly Operated Vehicle está marcada para o dia seguinte, em Bergen. O ROV é um equipamento de prospecção do fundo do mar, comprado pelo Ministério da Defesa com o intuito de apoiar o projecto da Extensão da Plataforma Continental, cuja proposta nacional deverá ser apresentada às Nações Unidas até 13 de Maio de 2009.

Com o ROV, cuja chegada a Portugal está prevista para meados de Setembro, Portugal passa a dispor de um meio que permite chegar a praticamente todos os cantos do fundo submarino de soberania nacional (incluindo a plataforma continental em toda a sua extensão) e alcançar cerca de 97% de todos os fundos oceânicos.

Este veículo será instalado a bordo do navio «Almirante Gago Coutinho», entretanto equipado com um conjunto de sistemas de manobra e de posicionamento (nomeadamente um Sistema de Posicionamento Dinâmico e sistemas de Posicionamento Acústico) necessários à operacionalidade do novo instrumento. Está igualmente prevista a formação de 12 pilotos, cerca de metade professores, investigadores e alunos de diversas universidades, laboratórios e empresas nacionais, entre os quais se destacam a Universidade de Évora, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O primeiro cruzeiro científico, no âmbito do projecto da Extensão da Plataforma Continental, já com a integração do ROV no navio, está previsto para o final de Setembro. Ao longo desses cerca de 60 dias, estão previstos mais de quarenta mergulhos do ROV, de duração variável entre as 4 e as 48 horas, atingindo profundidades de mais de 3000metros.

Da mesma classe de profundidade do ROV português (6000m) existem, actualmente, mais sete em todo o mundo.

Informação técnica sobre o ROV

Modelo: Argus Bathysaurus XL 6000msw

Dimensões: 2,1m x 1,6m x 1,8m (comprimento x largura x altura)
Peso: 2200kg
Velocidade: Av/Ar +3 nós; vert 1,8 nós
Carga Trabalho: Configurável; típica 195kg
Sensores: DVL (Data Velocity Logger) Dopler; Colhedor de Amostras de Água; Colhedor de Amostras de Rocha; Serra craniana 50mm x 500mm de Rocha; Sensor Metano; CTD; Aspirador Biológico
Título:
Enviado por: comanche em Setembro 20, 2008, 11:56:37 pm
Portugal recebe primeiro veículo de prospecção submarina: ROV vai operar nos mares dos Açores

30 Agosto 2008

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secretário de Estado da Defesa, João Mira Gomes, está na Noruega para receber o primeiro Remotly Operated Vehicle (ROV), um equipamento deverá operar nos mares dos Açores ainda este ano, mas precisamente na zona das fontes hidrotermais.
Ver as fontes hidrotermais dos Açores

Da mesma classe do ROV agora adquirido pelo estado português (este equipamento atinge os 6.000 metros de profundidade) existem mais sete em todo o mundo. Portugal passa, assim, a ser um dos poucos países do mundo com um ROV capaz de atingir essas profundezas oceânicas.
Com o novo equipamento de prospecção, o fundo do mar de toda a zona económica exclusiva (ZEE) e a área que futuramente vier a estar sob jurisdição portuguesa na sequência da extensão da plataforma continental, passará a estar ao alcance directo dos cientistas portugueses.
O ROV, que não é tripulado, estará ligado por um cordão umbilical ao navio Almirante Gago Coutinho, de onde será comandado à distância e através do qual se acederá à informação recolhida em tempo real.
Com o ROV, as fontes hidrotermais dos Açores, únicas na Europa, são uma das áreas que passa a estar ao alcance directo dos cientistas. Nestas fontes existem formas de vida adaptadas a condições extremas, calculando-se que também existam moléculas que podem vir a revelar-se úteis à medicina e à indústria e, ainda, recursos minerais.
As fontes hidrotermais dos Açores têm sido visitadas frequentemente por navios, submarinos e ROV estrangeiros, desde que foram descobertas (as primeiras foram descobertas em 1992). Agora, com o ROV, Portugal deixa de estar dependente de terceiros para investigar as fontes hidrotermais açorianas.

ROV custou cerca de três milhões de euros

Este equipamento foi comprado por cerca de três milhões de euros pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), o grupo científico que está incumbido de provar que a parte continental do território português se prolonga para além das 200 milhas náuticas da zona económica exclusiva (o grupo está dependente do Ministério da Defesa).
Se Portugal conseguir provar que a parte continental do território se prolonga para além das 200 milhas náuticas poderá alargar-se mas somente pelo leito e subsolo oceânicos, como estipula a Lei do Mar das Nações Unidas.
E se na respectiva ZEE os países podem explorar o que existe na coluna de água e no solo e subsolo do mar, já na plataforma continental alargada só terão jurisdição sobre os recursos do solo e subsolo (petróleo, gás, metais ou recursos biológicos e genéticos com aplicações farmacêuticas e industriais).
O projecto de extensão da plataforma portuguesa terá de estar pronto e a documentação científica entregue na Comissão de Limites da Plataforma Continental, criada pela Lei do Mar, até 13 de Maio de 2009.

Depois da missão oceanográfica aos Açores

Desde 2005 que o EMEPC trabalha no alargamento da plataforma. Tem reunido dados geológicos, geofísicos, hidrográficos e sísmicos, entre outros para provar que a plataforma se prolonga mesmo para além das 200 milhas. Saber onde é que os fundos marinhos deixam de ser continentais e passam ser oceânicos é o objectivo do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. Contudo, não é fácil chegar a essa conclusão, que obriga a inumeráveis levantamentos oceanográficos, à volta da ZEE de Portugal Continental, da Madeira e dos Açores. São esses levantamentos que têm sido levados a cabo pelos navios oceanográficos D. Carlos I e Almirante Gago Coutinho, mas também por navios fretados ao estrangeiro.
Foi depois de uma missão oceanográfica aos Açores, em Maio do ano passado, que surgiu a ideia de comprar um ROV. Ainda recentemente, o responsável da EMEPC, Manuel Pinto de Abreu, disse ao jornal Público que os investigadores ficaram animados com os resultados, mas chegaram à conclusão de que precisavam de outros tipos de amostras para a proposta de extensão da plataforma.
Durante a missão nos Açores, que serviu para recolher amostras geológicas e geoquímicas, os investigadores viram-se obrigados a arrastar um balde metálico pelo leito do mar que era içado para o navio, algumas milhas depois. Segundo Pinto de Abreu, ainda em declarações ao mesmo jornal, uma indefinição destas sobre o local das amostras não é boa para fundamentar a proposta de extensão da nossa plataforma. Poderemos estar a cometer erros sobre o contexto geológico das amostras. Um ROV resolveria o problema, porque seria como ter olhos e mãos lá em baixo: poderiam ver-se as amostras a apanhar, tirar fotos ao local e saber o sítio exacto da recolha. A equipa fez as contas ao custo de uma missão com um ROV n zona, a Sul dos Açores, e concluiu que a compra sairia mais barata do que o aluguer. Por dia, o aluguer custaria 100 mil euros: "Se tudo corresse bem, precisaríamos de 45 dias de trabalho. Assim, poupamos dinheiro e ficamos com o ROV".
Nos próximos anos, o ROV vai estar envolvido nos trabalhos do projecto de extensão da plataforma continental portuguesa. Segundo Pinto de Abreu, este projecto, depois de analisado pela Comissão de Limites da Plataforma Continental, deverá ficar fechado definitivamente em 2012. Depois, a comunidade científica vai dizer quais os dados que desejaria de ver recolhidos pelo ROV.
Uma vez concluído o projecto da plataforma, o ROV será entregue a uma entidade nacional liga ao mar e, além da investigação científica e prospecção de recursos naturais, poderá ser utilizado em caso de acidentes com navios.
Título:
Enviado por: André em Setembro 26, 2008, 07:22:34 pm
Navio da Marinha com robot submarino vai estudar o mar dos Açores

Um navio de investigação científica da Marinha Portuguesa, equipado com um robot submarino capaz de pesquisar até seis mil metros de profundidade, vai estudar, a partir de Outubro, o fundo do mar dos Açores.

O "Almirante Gago Coutinho", que sai domingo de Lisboa, irá permanecer duas semanas na costa ocidental portuguesa para efectuar testes com o novo robot submarino antes de chegar ao arquipélago, anunciou hoje a Marinha Portuguesa.

Esta missão científica, que se prolonga até Dezembro, constitui mais um passo no sentido de Portugal alargar a sua área de jurisdição nacional sobre os recursos do solo e subsolo marinhos para além das 200 milhas da sua Zona Económica Exclusiva (ZEE).

Com a aquisição do Remotely Operated Vehicle (ROV), pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, Portugal passa a fazer parte de um grupo muito restrito de países com capacidade de exploração científica do fundo do mar nessa ordem de profundidade. No mundo existem apenas oito equipamentos do género.

Segundo a Marinha, o ROV estará ligado ao navio por um cabo, tem capacidade para a visualização de imagens em tempo real, através de câmaras de alta definição, recolha de amostras de água, sedimentos e efectua a medição de parâmetros biológicos, oceanográficos e físicos.

Para operar este equipamento o navio foi sujeito a várias adaptações técnicas, tais como a instalação de um sistema de posicionamento dinâmico, que vai permitir ao "Almirante Gago Coutinho" manter uma posição geográfica previamente definida e por tempo indeterminado.

O ROV irá efectuar pesquisas em diversas fontes hidrotermais existentes no mar dos Açores, com destaque para o Lucky Strike, Rainbow, Menez Guan e Crista Médio Oceânica, zonas que têm sido alvo de atenção por parte de inumeros investigadores internacionais na busca de recursos minerais e moléculas úteis à Medicina.

A Marinha Portuguesa, através dos navios "D. Carlos I" e "Almirante Gago Coutinho", adiantou já ter realizado mais de 12 mil horas de navegação e 700 dias de mar nos últimos três meses para investigar e recolher dados, que vão permitir a Portugal assumir-se como "uma importante nação marítima europeia".

Ciência Hoje
Título:
Enviado por: comanche em Setembro 28, 2008, 04:43:59 pm
Missão para a extensão da plataforma continental portuguesa recebe prêmio internacional de inovação


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Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), acaba de ser distinguida pela Esri com o SAG Award - prêmio de inovação em Sistemas de Informação Geográfica (SIG).

Fundamental para o desenvolvimento do país a médio e longo prazo, a EMEPC tem demonstrado uma enorme capacidade de visão e liderança na utilização de SIG, contribuindo para um mundo melhor. Em reconhecimento a esse projecto, através da aplicação de soluções SIG, a Esri atribuiu o prémio SAG Award - Special Achievment in GIS – no dia 6 de Agosto, no 28º Encontro Anual de Usuários Esri, em San Diego.

Os projetos da Extensão da Plataforma Continental, em adiantada fase de pesquisa, apresentam dados hidrográficos, geológicos e geofísicos que revelam a quantidade de recursos que se encontram imersos, dados estes que constituem a base para a criação e sustentação das submissões dos estados costeiros à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CNUDM), através das quais é reclamada a aquisição de novos territórios imersos.

Novo mapa global

Um processo global que está em curso irá determinar um novo mapa das soberanias e o aparecimento de um novo paradigma de Gestão Estratégica do Mar. Fatores decisivos e estratégicos para o desenvolvimento sustentável dos países.


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Enviado por: comanche em Setembro 30, 2008, 11:14:53 pm
Portugal: País de ponta nos assuntos do mar



potencialidades que tem" e não sejaum país marítimo da Europa, em termos económicos. Defende uma política integrada para contrariar a situação

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A conversa com Tiago Pitta e Cunha, do gabinete do comissário europeu das Pescas e Assuntos Marítimos, surgiu a pretexto do Dia Internacional do Mar, que de se celebra esta sexta-feira.

Mas poderia perfeitamente ter acontecido a 20 de Maio - o dia que o próprio ajudou a marcar no calendário de Bruxelas, para celebrar o Dia Europeu do Mar - o mesmo em que, séculos antes, Vasco da Gama chegou à Índia.

Há um ano, a Comissão Europeia (CE) apresentou uma comunicação sobre a Política Marítima Integrada (PMI) europeia. Que é que está a ser feito de concreto nesta área?

A política marítima integrada europeia tem uma nova visão europeia para o potencial que os mares e oceanos têm, do ponto de vista do desenvolvimento económico, da preservação ambiental, segurança energética. É a consolidação do papel da Europa na globalização porque passa muito pelos transportes marítimos e é muito importante que tenhamos aí infra-estruturas muito sólidas. Na altura, foi adoptado um plano de acção com as medidas a apresentar nos dois anos seguintes. O que temos estado a fazer é implementar esse plano de acção. Desde aí, começámos a arrumar a casa, porque a PMI é esta visão abrangente de todos os temas do mar numa política só. Começamos a apontar a mira para alvos mais emblemáticos do plano de acção. Um deles, que é fundamental, é a necessidade de os estados-membros, sobretudo nos municípios costeiros, passarem a ter uma estrutura de governo que se coadune com esta horizontalidade da política do mar. Muito poucos municípios tinham esta abrangência, antes de a CE ter lançado a política. Portugal era uma das excepções. Precisamos de ter interlocutores porque é muito difícil se tivermos que falar com muitas pessoas diferentes nos estados-membros. Neste âmbito e pela primeira vez na UE, lançámos uma estratégia só para a investigação científica marinha o que vai consolidar um período que poderá ter consequências muito positivas para Portugal, porque é uma área em que se tem destacado na componente das ciências físicas.

A CE vai apresentar comunicações neste sector até ao fim do ano.

Até ao fim do ano vamos apresentar uma série de acções para o desenvolvimento da PMI. Desde logo, uma estratégia para a energia renovável extraída do vento, no mar. Para que a UE atinja os 20% de consumo de energia renovável em 2020, o vento vai ter um papel muito importante porque é uma fonte de energia que apresenta uma maturidade de exploração comercial viável. Por razões de ordenamento e planeamento do território, cada vez há mais limitações à criação de parques eólicos em terra por questões de impacto visual e ambiental, enquanto que no mar há áreas muito mais vastas. Neste momento, o mar apresenta custos apreciáveis para a exploração desta fonte de energia mais relevantes do que em terra, mas através de economias de escala que podem ser criadas por programas de investimentos muito amplos, poderá haver uma enorme economia de custos. O recurso vento no mar tem um potencial de força 40 a 50% mais de forte do que em terra. Depois, porque, de futuro, no mar poderão construir-se moinhos de dimensões maiores do que em terra e que produzem mais energia.

Alguns países do norte da Europa começaram recentemente a desenvolver o seu planeamento espacial marítimo - que zonas do mar devem ser atribuídas a que utilização. No sul da Europa isso ainda não é uma realidade.

Julga, então, que Portugal tem uma política estratégica ligada ao mar adequada para tirar o maior partido possível dele?

Portugal tem oficialmente uma estratégia para o mar, neste momento. Claro que a estratégia depende de imensos factores para ser bem executada. Depende da vontade política e da resposta da sociedade, como dos decisores económicos, dos decisores académicos ou outro tipo de influência na opinião pública das sociedades. Neste momento, estamos numa fase francamente mais positiva. Até há cinco anos, tirando o parêntesis que foi a Expo 98, a questão do mar não era sequer equacionada no discurso político. Agora, se me pergunta se isso já chega, digo-lhe que não. O debate está a emergir mas ainda não conseguimos tomar decisões que mudem a realidade das coisas. Se formos ver as estatísticas Portugal está bastante atrasado no contexto da Europa em geral. Há 22 países da UE com zonas costeiras e Portugal é um dos países com menos emprego ligado ao mar.

E o que é que pode ser feito para inverter essa tendência?

Desde logo, temos que readquirir a consciência colectiva da importância estratégica que o mar tem para Portugal. Se nós desvalorizarmos o mar, vamos sempre ver-nos como um país periférico na ponta da Europa. Agora se o mar tivesse uma centralidade económica, Portugal passaria a enquadrar-se geograficamente doutra forma e a nossa percepção alterava-se. Há algo de profundamente paradoxal entre ter a maior Zona Económica Exclusiva da Europa, uma longuíssima costa, um enorme potencial no mar que se pode traduzir em múltiplas vertentes da economia, um passado, uma marca de ligação - e a marca é hoje muito importante nos produtos económicos que se vendem para o exterior. Temos que voltar a esta área, não como a fonte de todas as soluções para o país, mas como uma área em que Portugal poderia efectivamente distinguir-se na Europa porque tem a marca do passado e a geografia do presente, trazendo o espírito empreendedor e investimentos e criando massa crítica nas universidades. Portugal pode ter alguma coisa em que pode ser de ponta. Só vamos fazer isso trazendo para cima da mesa políticas públicas que criem condições de fomento económico na área do mar. Se essas políticas forem criadas de certeza que os decisores económicos vão atrás. Todo este enfoque dado à dimensão marítima por Bruxelas, poderá contribuir em muito para Portugal equacionar essas políticas públicas que fomentem, por exemplo, o desenvolvimento de empresas na área dos transportes marítimos.

Se Portugal não proteger a sua área costeira do impacto humano arrisca-se a perder mais do que a ganhar?

Acho que sim. A falta de planeamento urbano e de entendimento entre a zona costeira de terra e a de mar pode vir a criar enormes desequilíbrios ao país. A maior parte da população portuguesa vive e desenvolve as suas actividades económicas na zona costeira, mas fá-lo completamente de costas voltadas para o mar. Isso leva a que o peso dos custos externos dessa actividade, em termos de poluição, de degradação do ambiente, não esteja a ser tomado em consideração como devia. Se não tivermos uma concertação estratégica e um entendimento do valor precioso que é o mar e as zonas costeiras, estamos a matar a "galinha dos ovos de ouro". Devagar, mas estamos a matá-la.

Por oposição, se Portugal tirar todo o partido da "galinha dos ovos de ouro", pode voltar a centro económico da UE?

As coisas não se podem pôr em termos tão categóricos. Portugal não vai ser a porta de entrada, o porto de acesso à Europa. A nossa ambição não é ser o país marítimo da Europa, mas é ser um dos países marítimos da Europa. Neste momento, somos o país que não aproveita nada das potencialidades que tem e que não é sequer um país marítimo da Europa, em termos económicos. Eu acho que mar é uma ideia mobilizadora para um país que precisa, como todos os outros, de ter uma marca distintiva, que pode ser centralizadora em termos de recentrar geopoliticamente o país na Europa e no mundo. Eu ouvi o ministro da Economia dizer que a Finlândia é líder na tecnologia das comunicações móveis e que Portugal poderia vir a ser líder na tecnologia das renováveis quando inaugurou o projecto-piloto da energia do mar. Eu acho que é exactamente esse o caminho, é aí que o mar pode ter um efeito psicologicamente importante para o todo o país.

Em Portugal, os assuntos do mar estão sob a alçada do Ministério da Defesa. Neste caso, não mereceriam um ministério próprio, sendo um tema tão transversal?

Portugal já teve duas vezes a experiência do Ministério do Mar, nos anos 90, e o que se verificou nessa altura é que acabou por ser mais um ministério sectorial. Toda a concepção destas políticas de última geração de gestão do mar é algo que percorre horizontalmente todas as tutelas e ministérios e nesse sentido seria redutor estar a enclausurar esta política tão abrangente. O que é importante é que haja uma elevadíssima consciencialização e conhecimento de todos para uma acção adequada de todos os ministérios que têm impacto sobre o mar, para que todos eles tomem decisões no mesmo sentido. Se houver este "software" político, é importante que haja uma excelente coordenação dos ministros que têm impacto nos assuntos do mar e que estes criem sinergias entre si. Se isto deve ser feito por A ou B, pode ser discutido. É importante existir uma política, esta ser comum a muitos ministros e não apenas um, responsabilizar esses ministros e que haja efectivamente um decisor político no Governo para poder coordenar.

Título:
Enviado por: comanche em Outubro 05, 2008, 07:20:18 pm
Setúbal: Secretário de Estado da Defesa diz que novo submarino de controlo remoto é "mais-valia para o País".



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Setúbal, 05 Out (Lusa) - O Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, João Mira Gomes, afirmou hoje que o novo submarino ROV (Remotly Operated Vehicle) da Marinha Portuguesa constitui "uma mais valia para a comunidade científica e para o País".

"Penso que é dia histórico não só para a Marinha mas para a toda a comunidade científica e empresarial", disse à Lusa João Mira Gomes, que assistiu ao primeiro mergulho do ROV, ao largo da cidade de Setúbal.

"Trata-se de um investimento significativo mas que vai ser rapidamente amortizado, porque iríamos gastar mais do que isso só com o aluguer de um equipamento idêntico para um cruzeiro de seis meses", acrescentou João Mira Gomes.

O novo submarino com controlo remoto, que está instalado no Navio da República Portuguesa (NRP) Almirante Gago Coutinho e que custou 3 milhões de euros, pode recolher amostras do fundo do mar e efectuar outras missões científicas.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Defesa, com o novo ROV, baptizado com o nome de 'LUSO', "Portugal passa a dispor de um meio que permite chegar ao fundo submarino de soberania nacional (incluindo a plataforma continental em toda a sua extensão) e alcançar cerca de 97 por cento de todos os fundos oceânicos".

O primeiro mergulho do ROV, testemunhado por um safio curioso, durou apenas uma hora, mas em termos operacionais este novo equipamento deverá mergulhar por períodos de 4 a 48 horas e atingir uma profundidades de mais de 3.000 metros.

O novo equipamento de prospecção do fundo do mar - um dos sete que existem nesta classe de classe de profundidade (6.000 metros) em todo o mundo -, foi adquirido pelo Ministério da Defesa com o objectivo de apoiar o projecto da Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), através s da recolha de informação para a elaboração da proposta portuguesa, que deverá ser apresentada às Nações Unidas até 13 de Maio de 2009.

Apesar de se tratar de um equipamento instalado a bordo de um navio da Marinha Portuguesa, o Secretário de Estado da Defesa garantiu que o novo ROV está aberto à cooperação cientifica com diversas universidades, estando já prevista diversas formas de cooperação com as Universidades de Évora, a cooperação com a Universidade de Évora, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e Faculdade de Engenharia do Porto.

"Hoje mesmo assinámos um protocolo de cooperação com a Universidade do Porto para uma parceria para a utilização deste ROV, mas as empresas também podem beneficiar no futuro do trabalho que é desenvolvido com esta nova tecnologia", disse João Mira Gomes.

O Secretário de Estado da Defesa salientou ainda que, além da investigação subaquática, o ROV português poderá também ser utilizado em missões de busca e salvamento e em caso de catástrofes naturais ou de poluição.

"Quando aconteceu o acidente com o Prestige, se tivéssemos um equipamento destes poderíamos ter acompanhado toda a fase do acidente e, depois do navio já afundado, as consequências que estava a ter", concluiu João Mira Gomes.

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Enviado por: comanche em Outubro 14, 2008, 10:32:56 pm
Boas perspectivas para a extensão da Plataforma Continental de Portugal - estudo



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Coimbra, 14 Out (Lusa) -- Portugal poderá vir ter a sua plataforma continental alargada com reconhecimento jurídico internacional, no âmbito de estudos geológicos que tem vindo a ser realizados nos fundos marinhos, aponta um estudo hoje apresentado em Coimbra.

Num estudo apresentado na Conferência Internacional "As Geociências no Desenvolvimento das Comunidades Lusófonas", que hoje encerrou em Coimbra, é realçado que a informação actualmente existente "permite desde já confirmar que as perspectivas de extensão são boas".

"As áreas estendidas revestem-se de enorme importância a vários níveis, designadamente económico, ambiental e mesmo estratégico, face à natureza dos recursos que poderão vir a ser explorados", referem os autores do estudo, M.P. Abreu, P.N. Coelho, N. Lourenço e R. Costa.

Os estudos têm vindo a ser dinamizados pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), criada por Resolução do Conselho de Ministros de 2005, e a funcionar sob a dependência do Ministro da Defesa Nacional.

A sua missão é preparar, à luz da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), uma proposta de extensão da Plataforma Continental de Portugal, para além das 200 milhas náuticas, a ser apresentada à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), órgão constituído no âmbito daquela Convenção.

A proposta de extensão terá de ser apresentada nas Nações Unidas até 13 de Maio de 2009 (dez anos após a publicação, pela CLPC, das Scientific and Technical Guidelines).

Segundo os autores do estudo apresentado em Coimbra, para que um Estado costeiro possa estender a sua plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas é necessário que se verifique nos fundos marinhos adjacentes um conjunto de condições definidas no artigo 76º da CNUDM, que "tem a ver, essencialmente, com a forma do fundo marinho e da respectiva natureza geológica".

"É necessário efectuar a aquisição de dados geofísicos, nomeadamente de hidrografia, de sísmica multicanal, de magnetismo e de gravimetria. Com base nos dados adquiridos é elaborado um modelo de fundo a partir do qual é determinado o pé do talude, elemento fundamental de referência para a determinação dos parâmetros", explicam.

Os trabalhos da EMEPC na zona da Península Abissal Ibérica estão a ser desenvolvidos em parceria com empresas petrolíferas, para avaliação do potencial de exploração desse combustível fóssil.

No âmbito da cooperação internacional foi também atribuída à EMEPC a tarefa de preparar o processo de extensão da plataforma continental de Cabo Verde, e existem contactos para se estender a outros países de língua portuguesa, referem os investigadores, no estudo apresentado na conferência internacional que hoje encerrou na Universidade de Coimbra.

Título:
Enviado por: comanche em Novembro 15, 2008, 12:37:43 am
Tecnologia de ponta investiga fundo do mar açoriano



Missão recolhe dados para estudo relativo ao alargamento da zona económica exclusiva portuguesa, permitindo também observar o vulcão submarino da Serreta.


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A missão do navio Almirante Gago Coutinho, da Marinha Portuguesa, termina nos Açores no dia 28 de Novembro. Este navio da República Portuguesa dedica-se ao projecto da extensão da plataforma continental, que será apresentado em 2009, junto das Nações Unidas idas, com o objectivo de alargar a zona económica exclusiva (ZEE) de Portugal, das actuais 200 milhas, para um potencial de 350 milhas.
Esta missão, que se insere no quadro dos estudos geológicos do fundo marinho, pretende fundamentar com dados concretos a proposta portuguesa às Nações Unidas. A bordo deste navio está um submergível, o Luso, que é um Remotely Operated Vehicle (ROV), que se traduz livremente como “veículo de operação remota”. O ROV está equipado com tecnologia de ponta, do mais moderno que existe em Portugal. Equipado com lâmpadas potentes e uma câmara de grande qualidade, permite uma melhor visualização do fundo do mar.
O submergível, que pesa cerca de duas toneladas, consegue alcançar grandes profundidades. As monitorizações são assistidas na cabine de comando do ROV (a bordo do navio), através de ecrãs e ferramentas para o operar.
De acordo com Fernando Barriga, co-coordenador do grupo de trabalho nacional em investigação em mar profundo, “o Luso desempenha um papel fundamental na observação do vulcão submarino da Serreta”. Em 1999, aquando da erupção deste vulcão, foi utilizado um ROV mais pequeno. Com este novo equipamento, vão-se complementar as observações já feitas, realizar novos estudos e saber o que sucedeu. Já se verificaram novas características no fundo do mar, depois da erupção do vulcão, e o objectivo é continuar a investigar para que cada vez se saiba mais.
Em relação ao vulcão, Fernando Barriga adianta que “há formas de actividade que podem inspirar algum cuidado, mas nada alarmante”.

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Enviado por: comanche em Março 18, 2009, 12:29:09 am
9. Resolução do Conselho de Ministros que prorroga o mandato da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 9/2005, de 17 de Janeiro, cria novos objectivos e reforça a respectiva constituição


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Esta Resolução vem prorrogar, até 31 de Dezembro de 2010, o mandato da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, visando a prossecução de novos projectos de cooperação, quer de âmbito internacional, quer no plano interno.

Entre os novos objectivos contam-se o apoio na preparação de propostas de extensão da plataforma continental dos Estados com os quais o governo português venha a estabelecer acordos de cooperação neste domínio, bem como a coordenação do projecto M@rBIS, que se destina a criar um sistema de informação que permita identificar as principais áreas para a conservação e recuperação dos valores naturais, de acordo com os requisitos técnicos e científicos recomendados pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e outras instituições de relevo no âmbito deste projecto.



http://www.governo.gov.pt/Portal/PT/Gov ... 090311.htm (http://www.governo.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Conselho_de_Ministros/Comunicados_e_Conferencias_de_Imprensa/20090311.htm)
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Enviado por: comanche em Março 26, 2009, 12:11:57 am
Docente da UA elabora Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo de Portugal


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Coordenar os trabalhos da equipa multidisciplinar da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar, no âmbito do Ordenamento do Espaço Marítimo de Portugal Continental, é a missão que a docente da UA, Prof. Fátima Alves, vai levar a cabo durante o próximo ano. O convite partiu do Instituto da Água, IP.


A Estratégia Nacional para o Mar, aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 163/2006, de 12 de Dezembro, determina que a construção de uma economia marítima próspera ao serviço da qualidade de vida e do bem-estar social, e respeitando o ambiente, tem de ser suportada em três pilares estratégicos: o planeamento e o ordenamento espaciais, o conhecimento, a promoção e a defesa activas dos interesses nacionais.

Para cumprir esses objectivos, o Instituto da Água convidou a especialista da UA em Planeamento e Gestão Integrada de Zonas Costeiras e Marinhas, Prof. Fátima Alves, a integrar o Grupo de Coordenação Nacional para a elaboração do Plano Nacional de Ordenamento do Espaço Marítimo (POEM) de Portugal Continental, a executar durante este ano.

À UA juntam-se as Universidades dos Açores e Algarve. À primeira instituição de ensino caberá a Coordenação do Ordenamento do Espaço Marítimo das Ilhas, enquanto que a segunda será responsável pelos Recursos Marinhos e Pesca.

O POEM abrange os territórios marítimos sob soberania ou jurisdição portuguesa, incluindo os espaços sob jurisdição portuária e as áreas protegidas marinhas, correspondendo à Zona Económica Exclusiva (ZEE), uma das maiores da Europa: contém mais de 1,7 milhões de quilómetros quadrados, ou seja, 18 vezes a zona terrestre nacional.

Embora a Coordenação Geral do POEM esteja a cargo Instituto da Água, as equipas representantes de cada uma das universidades envolvidas encontram-se com frequência. A UA acolhe a primeira das sessões técnicas já esta quarta-feira, 25 de Março, pelas 17h30. O encontro, aberto ao público em geral, realiza-se no Anfiteatro 4 do Departamento de Electrónica e Telecomunicações e Informática da UA.

Recorde-se que a Prof. Fátima Alves é uma das mais conceituadas especialistas nacionais em Planeamento e Gestão Integrada de Zonas Costeiras e Marinhas. Em 2006, coordenou, com o Instituto da Água, a equipa responsável pela elaboração do Relatório Nacional sobre a Execução da Implementação da Recomendação Europeia sobre Gestão Integrada da Zona Costeira. Trabalha, desde 2006, em colaboração com a Universidade dos Açores, na elaboração dos Planos de Ordenamento da Orla Costeira nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, Flores e Corvo. Recentemente foi também convidada para pertencer à equipa coordenadora do Plano da Orla Costeira para a Ilha do Faial. Orientou, na UA, a primeira dissertação de Mestrado defendida em Portugal sobre Metodologias de Ordenamento do Espaço Marítimo.
 
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Enviado por: comanche em Maio 07, 2009, 12:25:23 am
Portugal reivindica à ONU direitos sobre mais mar


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Contando com terra firme, Zona Económica Exclusiva (ZEE) e Plataforma Continental, Portugal pretende ver reconhecido o direito sobre cerca de três milhões de quilómetros quadrados.
Os trabalhos de reconhecimento do fundo marinho começaram em 2005, recorda o Jornal de Notícias (JN) em notícia da sua edição de ontem. Isto com o objectivo de provar até onde chega a plataforma terrestre em que assentam a parte continental do país bem como dos Açores e da Madeira.


A Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar admite que os países com mar reivindiquem a posse do fundo marinho e seus recursos, se eles forem a continuação morfológica da plataforma continental em que assentam na parte visível e sólida. Ora, coube à Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental colher provas.  Pinto de Abreu coordenou, como cientista, outros pares de diversas formações (da Biologia à Física e à Química, entre outras) e, citado pelo Jornal de Notícias e em vésperas do encerramento desta fase do processo de candidatura, adiantou que há uma continuidade entre Portugal continental, a Madeira e os Açores, como se de uma zona de passadiço entre marés se tratasse.


Os mapas de levantamento do fundo marinho (com recurso a processos de batimetria e sonares) mostram que essa plataforma, nos Açores, vai além dos 630 quilómetros a partir das ilhas (350 milhas).


http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/184267 (http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/184267)

Fundo do mar esconde riquezas para exploração

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Os meios usados por esta Missão, como o pequeno robô submarino capaz de descer a seis mil metros, "não serviram para a prospecção de recursos", diz o seu chefe, Pinto de Abreu.

Mas este perito com formação em Biologia Marinha admite ao JN que "toda esta informação permite tirar conclusões sobre a pesquisa de hidrocarbonetos (petróleo) para afinar expectativas de prospecção futura".

Pinto de Abreu não é muito explícito quanto a descobertas da Missão, ainda que admita a custo: "Claro que temos evidência de recursos minerais". Só adianta uma suposição: "Se considerarmos 1.600 quilómetros quadrados com teores médios de cobalto, níquel e cobre, isso equivale ao valor líquido de 217 milhões de euros por ano, metade da mina Neves-Corvo".

A confirmação de recursos naturais não é segredo dos deuses, mas do Estado; a fundamentação junto das Nações Unidas para a extensão da plataforma continental de Portugal não exige esses contornos. Certo é que, sobretudo a partir da aquisição do ROV, entregue em Outubro último, foi possível pedir ao mini-submarino "material genético, de recursos vivos". E talvez seja esse um petróleo mais rendível. Pinto de Abreu lembra que "os recursos ligados à biotecnologia são dos que têm maior potencial económico para exploração no fundo do oceano. É a chamada biotecnologia azul.

O responsável pela Missão garante que, neste momento, "Portugal já é líder mundial no conhecimento do fundo oceânico". A extensão da plataforma continental dá mais oportunidades, não só científicas, como de natureza económica. Tal como algumas indústrias farmacêuticas têm andado pela Amazónia a pesquisar princípios activos para medicamentos, outras já houve com resultados que se basearam em matérias-primas retiradas à escuridão dos fundos oceânicos. Veja-se o volume de negócios de cem milhões de euros logo no primeiro ano da comercialização de um conhecido fármaco para minorar o herpes labial. A molécula que lhe deu o êxito veio do fundo oceânico. Daí começam a vir anticancerígenos "à base" de esponjas, que em dois anos de vendas deram um retorno de dez mil milhões de euros.



http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1221620 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1221620)
Título: Re: Estratégia Nacional para o Mar
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 04, 2023, 11:30:04 am
Sessão Conjunta com Universidade de Aveiro “A sustentabilidade dos Oceanos”


Título: Re: Estratégia Nacional para o Mar
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 21, 2023, 10:35:50 am
Sessão Cultural - “Descarbonização, o dilema forçado, um mar de oportunidades” 30MAIO23