Durão Barroso aceitou o convite para presidir à Comissão

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JNSA

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« Responder #90 em: Julho 12, 2004, 10:47:10 pm »
As opiniões de um colega de partido do Dr. Santana Lopes:

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11.7.04
23:44 (JPP)
COMEÇOU

A entrevista de Santana Lopes à SIC, para além de um exercício de simulação política tão exagerado quanto ao Presidente que roça o absurdo - nenhum Primeiro Ministro que se preza se coloca de forma tão subserviente sob a tutela presidencial – mostra, infelizmente, que já começou a revelar-se a marca de água do entrevistado. As únicas coisas que foram ditas de concreto – número de ministérios, descentralização de ministérios, o Ministério da Agricultura em Santarém – são claramente coisas ditas sem qualquer pensamento de fundo, estudo, preparação e ponderação sobre a estrutura do Governo e o modo como se relaciona com o país. São daquelas coisas que são ditas e, depois, se levadas à prática na forma como foram “prometidas”, representam “experiências” com custos enormes. São caras, desorganizam o pouco que funciona e não resolvem problema nenhum.

Não, não é má vontade. É que é exactamente isto que é o costume.


http://www.abrupto.blogspot.com/
 

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Tiger22

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« Responder #91 em: Julho 13, 2004, 12:29:37 am »
Citação de: "JNSA"
E a nomeação do Dr. Barroso para a Comissão também não foi uma desculpa ideal?

Claro que não. Foi uma oportunidade única de termos um português no mais alto cargo da União Europeia. As pessoas fogem quando a situação esta complicada (caso do Guterres), não fogem, como é lógico, quando a situação começa a ficar favorável, como é o caso do Dr. Durão. Ou acha que quando há sinais claros de retoma (confirmado pelo socialista Vítor Constâncio presidente do Banco de Portugal), quando as contas públicas começam a estar em ordem, ou quando os indicadores de confiança tanto dos consumidores como dos empresários aumentam, há motivos para fugir?
Essa não pega. :wink:


Em relação ao Dr. Santana Lopes, deixem o homem mostrar o que vale. É no mínimo injusto dizer o que dizem quando nem sequer começou o seu trabalho. Em 2006 se for necessário castiguem-no, mas antes não.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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emarques

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« Responder #92 em: Julho 13, 2004, 01:08:54 am »
Bem, a verdade é que não está a começar muito bem. Aquela ideia peregrina de mudar os ministérios de sítio...

Mas sim, vamos lá ver o que é que ele faz.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #93 em: Julho 13, 2004, 07:11:15 pm »
Uma citação do discurso do presidente da república que, mesmo tendo passado ao lado, diz muito:

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"Nesse regime - que não fiquem dúvidas - a nossa opção é pela democracia representativa, de que não sou o notário, mas sim o garante; e que, por isso, não há razões de oportunidade, por mais compreensivas que sejam, que possam abrir caminho e criar um precedente para futuros desvios plebiscitários."
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fgomes

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« Responder #94 em: Julho 13, 2004, 07:36:20 pm »
Discordo das opiniões que dizem que o Presidente prejudicou o País e o PS.
Por um lado não se pode andar em eleições de 2 em 2 anos, a nossa democracia é representativa e não plebiscitária. Se a opção fossem eleições antecipadas, teríamos a administração pública parada durante 1 ano, 6 meses até à tomada de posse do novo governo, mais 6 meses para substituir os "boys" laranjas pelos rosas. Havia ainda um sério risco do PS não ter maioria absoluta e ficar dependente do PCP e do Bloco de Esquerda. Assim  a actual maioria vai ter 2 anos para mostrar o que vale e o PS tem tempo para eleger uma liderança capaz de fazer oposição e não andar a reboque do Bloco de Esquerda e de se constituir alternativa.
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #95 em: Julho 14, 2004, 08:13:26 pm »
O novo ministro das finanças é Bagão Felix  e o novo ministro dos negócios estrangeiros António Moreira.

Estes são, até agora, os únicos nomes confirmados.
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JNSA

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« Responder #96 em: Julho 14, 2004, 09:00:50 pm »
Citação de: "Ricardo Nunes"
O novo ministro das finanças é Bagão Felix  e o novo ministro dos negócios estrangeiros António Moreira.

Estes são, até agora, os únicos nomes confirmados.


Creio que é António Monteiro (o actual embaixador em Paris) e não António Moreira... De resto, o facto de ter que ir buscar alguém que não tem nada a ver com Finanças para esta pasta, e um embaixador competente mas sem grande peso político, para os Negócios Estrangeiros, revela que o Dr. Santana Lopes não tem grande credibilidade entre as figuras mais eminentes do PSD... Vamos lá ver quem são os próximos... :?
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #97 em: Julho 15, 2004, 06:43:27 am »
Citação de: "JNSA"
Citação de: "Ricardo Nunes"
O novo ministro das finanças é Bagão Felix  e o novo ministro dos negócios estrangeiros António Moreira.

Estes são, até agora, os únicos nomes confirmados.

Creio que é António Monteiro (o actual embaixador em Paris) e não António Moreira... De resto, o facto de ter que ir buscar alguém que não tem nada a ver com Finanças para esta pasta, e um embaixador competente mas sem grande peso político, para os Negócios Estrangeiros, revela que o Dr. Santana Lopes não tem grande credibilidade entre as figuras mais eminentes do PSD... Vamos lá ver quem são os próximos... :oops:

João, como sabes Bagão Felix é um economista - bastante competente até - que fez parte dos quadros da administração do BCP durante anos. Não entendo como possas dizer que não tem nada a ver com as finanças. De facto tem tanto a ver como a Manuela Ferreira Leita ou Pina Moura ( exemplos ).
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« Responder #98 em: Julho 15, 2004, 11:24:15 am »
Citação de: "Ricardo Nunes"
João, como sabes Bagão Felix é um economista - bastante competente até - que fez parte dos quadros da administração do BCP durante anos. Não entendo como possas dizer que não tem nada a ver com as finanças. De facto tem tanto a ver como a Manuela Ferreira Leita ou Pina Moura ( exemplos ).


Ricardo, eu sei que ele tem formação em economia... O que quero dizer é que ele não é um fiscalista, um especialista nessa área, ao contrário por exemplo, da Manuela Ferreira Leite. Se vires bem, ele nunca foi uma das figuras apontadas para este cargo. O PSD tem uma série de fiscalistas e economistas de renome, e todos eles se vieram demarcando de Santana Lopes ao longo do tempo, recusando à partida fazer parte de um governo com ele (e muitos também com Paulo Portas).
 

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JNSA

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« Responder #99 em: Julho 15, 2004, 11:53:36 pm »
fonte: http://www.lusa.pt
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Governo: Álvaro Barreto e António Mexia no executivo de Santana Lopes

 
Lisboa, 15 Jul (Lusa) - Álvaro Barreto vai ser o "número dois" no Governo liderado por Pedro Santana Lopes, como ministro de Estado e dos Assuntos Económicos, cabendo a António Mexia tutelar as pastas das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Ministro durante mais de dez anos em pastas como a Indústria, Energia, Comércio e Agricultura, Álvaro Barreto, 68 anos, é licenciado em engenharia civil e deputado à Assembleia da República pelo PSD.

António Mexia, 47 anos, economista, desempenha actualmente as funções de presidente da comissão executiva da Galp Energia e foi um dos organizadores da iniciativa Compromisso Portugal, que em Fevereiro reuniu em Lisboa cerca de 400 personalidades, principalmente empresários, preocupadas com a situação económica do país.

O primeiro-ministro indigitado, Pedro Santana Lopes, anunciou quarta-feira a nomeação de Bagão Félix para ministro das Finanças e do embaixador António Monteiro para ministro dos Negócios Estrangeiros.

DA/PNG.

Lusa/Fim


Tanto quanto parece, o Dr. Santana Lopes anda mais uma vez às aranhas para formar Governo. O Dr. Álvaro Barreto, afastado da política há muito tempo vai para número 2 do Governo, e ainda por cima para uma pasta com a qual nada tem a ver - Assuntos Económicos... Quanto muito ele devia ser Ministro da Agricultura, Pescas e Comércio... E ainda por cima é Engenheiro Civil - tem tudo a ver com Economia  :?
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #100 em: Julho 16, 2004, 09:15:07 am »
João, não sejas faccioso e dá, pelos menos, o benefício da dúvida ao novo executivo ( eu sei que é difícil ).

Não podes ver as coisas de um prisma tão simples. Afinal de contas António Guterres era engenheiro electrotécnico e foi chefe do governo sem ter nenhuma formação de gestão.

O importante é escolher pessoas competentes que tenham o mínimo de qualificação para o cargo. Não é necessário que cada pasta fique com um especialista intrínseco desse assunto.
Ricardo Nunes
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Luso

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« Responder #101 em: Julho 16, 2004, 09:38:35 am »
Permita-me discordar, Ricardo...

Repare que essa tem sido a característica dos nossos recentes "governantes": nunca foram profissionais em nenhum assunto e depois espera-se que eles desempenhem bem o cargo para o qual nunca tiveram formação.

Esta realidade remete para situações em que o governo e as políticas são ditadas por assessores que ninguém conhece. Na sua ignorância, o ministro pouco mais limitar-se-á a assinar práticamente de cruz, já que se conhece a tendência dessas criaturas em alijar responsabilidades dizendo que "os documentos foram preparados por técnicos especializados" e assim o ministro apenas dará a cara e verbalizar a defesa de projectos que muitas vezes não são os seus (quase sempre). É por isso que digo que as políticas dependem mais da capacidade de "marketing" dos assessores que vendem as suas ideias. E isso quer dizer palavras sonantes, da moda, e apresentações em Power Point.

Um exemplo do que digo é a boca que D. Juan Santana sobre a deslocação dos ministérios. Como não faz ideia das prioridades e do que se passa na realidade "de campo" apenas lhe surgem vagas respostas abstratas para coisas que ele julgam serem problemas e que certamente discutiu com os amigalhaços sabe-se lá como e quando.

Defendo que um ministro deve conhecer o mais possível os assuntos que dizem respeito à sua pasta. Caso contrário temos apenas porta-vozes de interesses pouco claros.
« Última modificação: Julho 16, 2004, 12:40:34 pm por Luso »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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« Responder #102 em: Julho 16, 2004, 12:20:37 pm »
Citação de: "Luso"
Permita-me discordar, Ricardo...

Repare que essa tem sido a característica dos nossos recentes "governantes": nunca foram profissionais em nenhum assunto e depois espera-se que eles desempenhem bem o cargo par ao qual nunca tiveram formação.

Essa situação remete para situações em que o governo e as políticas são ditadas por assessores que ninguém conhece. Na sua ignorância, o ministro pouco mais limitar-se-á a assinar práticamente de cruz já que se conhece a tendência dessas criaturas em alijar responsabilidades dizendo que "os documentos foram preparados por técnicos especializados" e assim o ministro limitar-se-á a dar a cara e verbalizar a defesa de projectos que muitas vezes não são os seus (quase sempre). É por isso que digo que as políticas dependem mais da capacidade de "marketing" dos assessores.

Um exemplo do que digo é a boca que D. Juan Santana sobre a deslocação dos ministérios. Como não faz ideia das proioridades e do que se passa na realidade "de campo" apenas lhe surgem vagas respostas abstratas para sobras que ele julgam serem problemas.

Defendo que um ministro deve conhecer o mais possível os assuntos que dizem respeito à sua pasta. Caso contrário temos apenas porta-vozes de interesses pouco claros.


Perfeitamente de acordo, Luso. Um Ministro deve ser não apenas um político com peso para defender o seu Ministério, mas também alguém com conhecimentos para poder dirigir a sua pasta activamente, pelo menos em algo mais do que as orientações genéricas...

De resto, as únicas pessoas que conseguem estar em todos os cargos do Governo e fazer boa figura são as de Direito... O que seria do país sem a gente... :lol:  8)  :wink:
 

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P44

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« Responder #103 em: Julho 16, 2004, 12:29:33 pm »
A tomada de posse do governo sempre continua marcada para a discoteca Kapital, terça á noite????? :twisted:  8)
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #104 em: Julho 16, 2004, 05:43:11 pm »
"Vasco Pulido Valente - "Na Véspera"

Em 1995, depois de um longo Governo, Cavaco saiu serenamente, e deixou o País de maneira geral próspero e em ordem. Saiu farto do PSD, da imprensa e da televisão. Com ele acabou uma era. Professor de Economia, Cavaco vinha do Banco de Portugal e tinha sido um excepcional ministro das Finanças. Valia por si próprio no mundo «normal» entre gente «normal». Em 2002, a meio do segundo mandato, Guterres resolveu fugir e deixou o País num estado deplorável. Em 2004, fugiu Barroso, com uma desculpa que absurdamente passou por «honrosa», e deixou o País mais pobre, mais confuso e sem esperança numa adiada e sempre duvidosa «retoma». E, agora, veio o dr. Santana Lopes. Por muito estranho que pareça, num ponto essencial Guterres, Barroso e Lopes não se distinguem: são os três puros produtos partidários. Na vida civil nenhum deles vale coisíssima nenhuma. Tirando um ou outro emprego aos vinte anos, todo o dinheiro que ganharam foi ganho na política ou pela política. Pior: nem na política fizeram nada de notável, antes de chegarem ao poder. Guterres nunca sequer passou pelo Governo; Barroso é o autor do inominável acordo de Bicesse; e Lopes protegeu o «teatro de revista», plantou umas palmeiras na Figueira da Foz (não exactamente um acto heróico) e legou a Lisboa um saco de sarilhos. Sem excepção, os três só mostraram talento para a intriga e a manobra partidária. A partir de Cavaco, Portugal ficou entregue a pequenos conspiradores de pequenas seitas. Ninguém se deve admirar com a irresponsabilidade e o essencial oportunismo que eles constantemente mostraram. Ou com a contínua degradação do País, que eles consentiram, quando não promoveram. Hoje há um ar de irrealidade no advento de Santana Lopes. Ninguém acredita que está a suceder o que está a suceder. É um sentimento comum em véspera de catástrofe.

in DN"

Subscrevo este texto.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...