O GALE - Missões, Organização, Aeronaves

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Get_It

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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #450 em: Maio 11, 2015, 07:48:10 pm »
Citação de: "night_runner"
Não posso concordar com esta sua opinião camarada Get_It, e duvido que possua factos que substanciem o que escreveu. A FAP prestou o apoio que o Exército quis e precisou e, sobretudo, que ficou acordado entre ambos. O insucesso do GALE/UALE nada tem a ver com a Força Aérea, pelo contrário, sem ela nem sequer operações aéreas havia em Tancos, por ex...
Não quis dizer que a Força Aérea é que é responsável ou contribuiu de qualquer forma para o insucesso do GALE/UALE. Estou é a criticar o Exército por não ter aproveitado uma melhor colaboração com a FAP como a Marinha fez. Especialmente quando se tratou dos helicópteros ligeiros num número tão pequeno.

Citação de: "night_runner"
Também por essa altura, o MDN pediu para os ramos estudarem a possibilidade de uma compra conjunta de helicópteros de modo a também substituir os Alouette III. Se bem me lembro, as aeronaves que a FAP definiu como necessidade (9) seriam uma opção no contrato de aquisição das nove para o Exército.
O MDN não devia ter pedido, devia era ter mandado. Se tivéssemos adquirido o mesmo helicóptero ligeiro para os dois ramos teria sido mais fácil para a FAP integrar o mesmo na sua estrutura/organização já existente e por consequente seria mais fácil para o Exército criar as suas próprias capacidades. Não teria existido esta necessidade de ter pessoal a não fazer nada enquanto se esperava pelos meios aéreos.

Citação de: "night_runner"
Mas podemos e devemos questionar, sem fazer juízos. Por ex, não teria o Exército o UALE a voar hoje se tivesse abdicado da capacidade AC nos helicópteros ligeiros na altura?
Exacto! Como o NVF escreveu:

Citação de: "NVF"
*Segundo o que foi anteriormente dito e pelo que me recordo da altura, a única capacidade que faltava desenvolver era precisamente a integração do armamento, tudo o resto estava pronto. Ou seja, um atraso de uma capacidade não fundamental (o heli podia voar em segurança e não íamos entrar em guerra tão cedo) e que, possivelmente, se resolveria numa questão de meses, levou ao cancelamento de um programa inteiro e passados 12 ou 13 anos ainda não há um substituto.
Ora então, tinha-se recebido os helicópteros, quer inicialmente para a FAP ou Exército, e tinha-se logo começado a fazer a instrução e o treino das tripulações e só depois é que se tinha acrescentado a capacidade anti-carro. O Exército estava mesmo à espera de ir logo "mandar uns tirinhos" mal os helicópteros chegassem? Não ia fazer os testes e trabalhos iniciais da recepção dos aparelhos e terminar de formar o pessoal? Não me parece que a instrução do pessoal na FAP e em Espanha fosse suficiente para começar logo a fazer esse tipo de missões.

Citação de: "NVF"
Quanto às nossas constantes denúncias de contratos militares é, quanto a mim, uma grande palhaçada que só serve para poupar uns trocos no curto prazo. Primeiro, opta-se por equipamentos que ainda estão em desenvolvimento (A400M e NH90), que nunca foram adquiridos por nenhum outro operador (EC635 e Pandur II), ou que foi recentemente adoptado por outros países (Merlin) e espera-se que tudo corra sem problemas. Ao mínimo atraso, ou soluço, por parte do fabricante, longo vem o arrependimento e, rapidamente, se cancela o programa, porque dá direito a tempo de antena, passa-se a ideia que são muito rigorosos e de que se está a poupar uns trocos. A questão que fica por responder é: será que as luvas foram devolvidas por que o negocio não foi para a frente?
:Bajular:  :Amigos:

Citação de: "Lightning"
Não me recordo de alguma vez se falar de os NH-90 TTH para Portugal terem a capacidade de dobrar pás e cauda (similar aos TTH que a Marinha Holandesa e Italiana devem ter), acho que os nossos seriam TTH puros.
Por mais incrível que pareça todos os NH-90 vêm de fábrica com o sistema para dobrar a cauda e as pás do rotor principal. A diferença é que num TTH o sistema é manual (TTH Missions Packages - NHIndustries), enquanto na variante NFH tem um sistema já automático (NFH Automatic Folding - NHIndustries). Mesmo os NH-90 para o Omã têm essa capacidade.

Citação de: "Lightning"
Percebo mais ou menos o que quer dizer, já que o NH-90 seria o principal helicoptero táctico das Forças Armadas, porque não além de executar operações de apoio ao Exército, também executar operações de apoio aos Fuzileiros?
Sim, porque se afinal os helicópteros também têm capacidade para operações anfíbias, então obviamente que poderiam ser empenhados para apoiar os fuzileiros. Especialmente no caso de uma situação como a Guiné, quer num cenário que não teríamos EH-101 CSAR (seja porque motivo fosse) ou como forma de complementar os EH-101.

Citação de: "Lightning"
Tenho algumas hipoteses, o programa de substituição do Puma já ser mais avançado do que a compra do NH-90, as caracteristicas de helicoptero para operações anfíbias ser mais parecido com as caracteristicas de helicoptero CSAR da Força Aérea do que TTH do Exército, etc.
Sim. Eu reconheço as características superiores do EH-101 CSAR face ao NH-90, mas acho que foi um erro enorme para um país como o nosso (tamanho, situação financeira, etc.) não ter existido uma maior colaboração nesse aspecto.

Citação de: "ACADO"
É fácil, a FAP ficam com os lynx velhos da Marinha para instrução e a Marinha recebe novos...
E pronto, so ficamos com 2 tipos de helis em que um é transporte puro e o outro é um polivalente...
Os sistemas do Lynx já não serão suficientemente avançados para estar a dar formação aos pilotos da FAP, Marinha e Exército para depois estes transitarem para helicópteros mais modernos como os EH-101, Wildcat, EC-635 e NH-90. Nesse caso mais valeria comprar um helicóptero mais baratucho, tanto em custos de aquisição, como em custos operacionais.

Cumprimentos,
« Última modificação: Maio 17, 2015, 10:08:18 pm por Get_It »
:snip: :snip: :Tanque:
 
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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #451 em: Maio 11, 2015, 08:40:43 pm »
Fazendo um pouco de futurologia/wishful thinking, supondo que os problemas económicos se vão apaziguando e que os programas de reequipamento são retomados...

Até 2020 deveria ser concluida a aquisição de helicopteros ligeiros para a FAP e Exército.

De 2020 a 2025 o MDN compraria 5 EH101 em novas versões, 2 SAR para a FAP e 3 CSAR para o Exército. Paralelamente, e porque as actuais aeronaves já terão perto de 20 anos nessa altura, seria feito uma actualização para as novas versões adquiridas. Durante o processo a FAP transferia os 4 CSAR para o Exército, que ficaria assim com uma frota de 7 EH101. A redução na frota da FAP (10) seria acompanhada com a perca de algumas missões (CSAR, heli-assalto, etc, mantendo-se o transporte geral, etc).

Supondo que a escolha para helicoptero ligeiro recai no AW109 ou derivados, passariamos a ter a totalidade das frotas de helicopteros nas Forças Armadas de um único fabricante. Claro que isso teria os seus prós e contras mas tenho a certeza que os "prós" ganhariam por larga margem.
 
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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #452 em: Maio 11, 2015, 09:00:52 pm »
Citação de: "night_runner"
Fazendo um pouco de futurologia/wishful thinking, supondo que os problemas económicos se vão apaziguando e que os programas de reequipamento são retomados...

Até 2020 deveria ser concluida a aquisição de helicopteros ligeiros para a FAP e Exército.

De 2020 a 2025 o MDN compraria 5 EH101 em novas versões, 2 SAR para a FAP e 3 CSAR para o Exército. Paralelamente, e porque as actuais aeronaves já terão perto de 20 anos nessa altura, seria feito uma actualização para as novas versões adquiridas. Durante o processo a FAP transferia os 4 CSAR para o Exército, que ficaria assim com uma frota de 7 EH101. A redução na frota da FAP (10) seria acompanhada com a perca de algumas missões (CSAR, heli-assalto, etc, mantendo-se o transporte geral, etc).

Supondo que a escolha para helicoptero ligeiro recai no AW109 ou derivados, passariamos a ter a totalidade das frotas de helicopteros nas Forças Armadas de um único fabricante. Claro que isso teria os seus prós e contras mas tenho a certeza que os "prós" ganhariam por larga margem.
Agrada-me. Por acaso lembrei-me disso quando estive a ver os Merlin da RAF no Afeganistão, mas depois como não encontrei nenhum exercito a operar o EH101, não avancei na ideia.  :mrgreen:



Cumprimentos
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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #453 em: Maio 11, 2015, 09:49:35 pm »
Independentemente de quem opera os helis, penso que devíamos fazer o que outros países com mais recursos que nós já fizeram: a criação de um comando conjunto de helicópteros (à semelhança de Inglaterra e Holanda). Assim começava-se do zero, sem espinhas, e acabava-se com a merd@ das capelinhas. Este comando seria responsável pela manutenção e logística, as tripulações e pessoal de apoio eram obviamente fornecidos pelos ramos.

Quanto a equipamentos: a FAP continuava com os Merlin para as actuais missoes; adquiria-se um heli ligeiro comum para o Exército e a FAP (umas 15/16 unidades para treino, reconhecimento, escolta armada, ligação, SAR, etc.).

Para as restantes missões do Exército e Marinha adquiria-se um heli com provas dadas, daqueles que toda a gente utiliza (NH90 ou H-60). A minha preferência seria o modelo americano, simplesmente por já ser mais que testado e por ser mais mais barato de operar (e também por ser o meu favorito  :mrgreen: ). Quanto a números e modelos específicos: 6 a 8 MH-60R (ASW, ASuW, SAR) para substituir os Lynx nas suas actuais missões; 6 a 8 MH-60S navais (VERTREP, ASuW, SAR, recon, escolta armada) para operar do LPD, do futuro AOR e NPO's (quando tivermos NPO's com capacidade de transporte de helis); 10 a 12 UH-60M para as operações do Exército. Os pobres dos Lynx coitados iam para a reforma.

MH-60R


MH-60S


UH-60M
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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #454 em: Maio 11, 2015, 10:45:56 pm »
SInceramente, muito curto e duro.. Estupidez é o que me ocorre quando vejo a criação deste tipo de unidades.

Num país como o nosso para quê isto??

FA - Para andar no ar (Lynx incluidos..), MGP - Para navegar e Exército para ter o pés assentes no chão!

O dinheiro é tão pouco, para quê estas megalomanias???
 
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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #455 em: Maio 11, 2015, 11:17:56 pm »
Citação de: "Crypter"
SInceramente, muito curto e duro.. Estupidez é o que me ocorre quando vejo a criação deste tipo de unidades.

Num país como o nosso para quê isto??

FA - Para andar no ar (Lynx incluidos..), MGP - Para navegar e Exército para ter o pés assentes no chão!

O dinheiro é tão pouco, para quê estas megalomanias???
O curto e duro por vezes é contrário ao sensato e racional. Camarada, seguindo a sua "lógica", acabaria também com os fuzileiros? Afinal, um Batalhão de Infantaria não navega, certo?

Desde que bem planeada e definida, a atribuição de meios aéreos aos diferentes ramos das Forças Armadas não é nem nunca será um factor de inviabilidade.
 

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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #456 em: Maio 11, 2015, 11:37:38 pm »
Citação de: "night_runner"
Citação de: "Crypter"
SInceramente, muito curto e duro.. Estupidez é o que me ocorre quando vejo a criação deste tipo de unidades.

Num país como o nosso para quê isto??

FA - Para andar no ar (Lynx incluidos..), MGP - Para navegar e Exército para ter o pés assentes no chão!

O dinheiro é tão pouco, para quê estas megalomanias???
O curto e duro por vezes é contrário ao sensato e racional. Camarada, seguindo a sua "lógica", acabaria também com os fuzileiros? Afinal, um Batalhão de Infantaria não navega, certo?

Desde que bem planeada e definida, a atribuição de meios aéreos aos diferentes ramos das Forças Armadas não é nem nunca será um factor de inviabilidade.

Eu até acho que os fuzos deveriam pertencer à BRR.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #457 em: Maio 12, 2015, 12:54:35 am »
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "night_runner"
Citação de: "Crypter"
SInceramente, muito curto e duro.. Estupidez é o que me ocorre quando vejo a criação deste tipo de unidades.

Num país como o nosso para quê isto??

FA - Para andar no ar (Lynx incluidos..), MGP - Para navegar e Exército para ter o pés assentes no chão!

O dinheiro é tão pouco, para quê estas megalomanias???
O curto e duro por vezes é contrário ao sensato e racional. Camarada, seguindo a sua "lógica", acabaria também com os fuzileiros? Afinal, um Batalhão de Infantaria não navega, certo?

Desde que bem planeada e definida, a atribuição de meios aéreos aos diferentes ramos das Forças Armadas não é nem nunca será um factor de inviabilidade.

Eu até acho que os fuzos deveriam pertencer à BRR.

Fuzileiros, Paraquedistas e Comandos. Tudo uma só unidade. Mas isso ia dar uma guerra...
Só resultava se criassem um comando de operações especiais independente dos três ramos e acabassem com as boinas!!
Mas só assim teríamos realmente uma força mega eficaz em vez de 3 unidades em que cada uma tem lacunas.
Era preciso muita coragem de quem desse a ordem, mas que íamos ter uma unidade de fazer muita mossa, íamos...
The way of the Warrior(s) - www.warriors.pt:
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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #458 em: Maio 12, 2015, 02:05:26 am »
Não vou de momento me juntar a essa parte da discussão porque acho que já escrevi o suficiente acerca disso para vocês já estarem fartos de me aturar. Contudo...

Citação de: "NVF"
Independentemente de quem opera os helis, penso que devíamos fazer o que outros países com mais recursos que nós já fizeram: a criação de um comando conjunto de helicópteros (à semelhança de Inglaterra e Holanda). Assim começava-se do zero, sem espinhas, e acabava-se com a merd@ das capelinhas. Este comando seria responsável pela manutenção e logística, as tripulações e pessoal de apoio eram obviamente fornecidos pelos ramos.
x2.

Citação de: "night_runner"
Fazendo um pouco de futurologia/wishful thinking, supondo que os problemas económicos se vão apaziguando e que os programas de reequipamento são retomados...

Até 2020 deveria ser concluida a aquisição de helicopteros ligeiros para a FAP e Exército.

De 2020 a 2025 o MDN compraria 5 EH101 em novas versões, 2 SAR para a FAP e 3 CSAR para o Exército. Paralelamente, e porque as actuais aeronaves já terão perto de 20 anos nessa altura, seria feito uma actualização para as novas versões adquiridas. Durante o processo a FAP transferia os 4 CSAR para o Exército, que ficaria assim com uma frota de 7 EH101. A redução na frota da FAP (10) seria acompanhada com a perca de algumas missões (CSAR, heli-assalto, etc, mantendo-se o transporte geral, etc).

Supondo que a escolha para helicoptero ligeiro recai no AW109 ou derivados, passariamos a ter a totalidade das frotas de helicopteros nas Forças Armadas de um único fabricante. Claro que isso teria os seus prós e contras mas tenho a certeza que os "prós" ganhariam por larga margem.
Não gosto muito do EH-101 para o transporte táctico e heli-assalto por causa dos seus custos operacionais, mas isto é um aparte. Vou seguir a linha de ideia do Crypter em ser muito curto e duro. Há dias que fico algo frustrado como a forma de fazer as coisas no Exército (p.e. unidades fantasma, quintinhas, pára-quedistas - basicamente partilho as mesmas opiniões que o Cabeça de Martelo e outros colegas aqui têm vindo a partilhar) e cá penso eu que dado a nossa suposta estratégia marítima e dado o historial e provas dadas pela Força Aérea, que talvez seja melhor deixar de ir nas cantigas do Exército e sim investir mais na Marinha (e Fuzileiros) e na FAP. Ou seja, nada de aviação para o Exército.

Portanto, voltando ao wishful thinking do night_runner, acaba-se com a UALE e adquiria-se mais EH-101* para as missões de apoio à Marinha, Fuzileiros e Exército (CSAR, heli-assalto, etc.) e colocaria-se estes helicópteros na Marinha para que não existissem dúvidas quanto às suas principais missões. Contudo, podia-se criar na mesma um comando conjunto de helicópteros para reduzir custos em logística e expandir as capacidades ao também terem recursos humanos da FAP e Exército. O Exército até podia ter pilotos a voar EH-101 através deste comando, mas nunca deveria ter algo como a UALE ou aquele "monstro" todo só para dar apoio e gerir a unidade. Porquê colocar estes EH-101 na Marinha? Acho que seriam muito mais flexíveis e eficazes na operação dos helicópteros que o Exército ou uma esquadra da FAP quando fosse para apoiar qualquer um dos ramos. Especialmente para enviar helicópteros embarcados para uma possível intervenção em África ou uma missão no estrangeiro como no Afeganistão ou Kosovo.

* Os quatro EH-101 da variante CSAR seriam transferidos para a Marinha e seriam dados quatro da variante SAR à FAP.

Citação de: "mafets"
Quanto ao A109 sempre achei ser um excelente helicóptero para as F.A. Portuguesas. É bastante polivalente e desde as versões do Exercito às Navais, há de tudo.
Acho que iríamos estar a perder alguma performance ao trocar os Lynx por AW109 ao em vez de um Wildcat. No entanto, dado que somos um bando de pobres, um AW109 naval com capacidade ASW provavelmente seria melhor do que nada e seria a longo prazo mais económico de operar.

Citação de: "mafets"
Mas ficando na ideia do mesmo fabricante, o AW149 também me parece uma opção a ter em conta.
AW149. Me gusta. Seria um bom complemento ao EH-101 no sentido que é mais barato de operar e continua a ter uma capacidade de transporte relevante para o Exército. Também seria mais barato de adquirir quando comparado com o NH-90. Contudo, neste cenário, iria mais longe e adquiria apenas AW149 para a UALE. Nada de helicópteros ligeiros dedicados. Podia-se até instalar pods com armamento para dar alguma capacidade de resposta às missões de escolta, suporte a heli-assalto e apoio próximo. Seriam adquiridos na mesma helicópteros ligeiros para a FAP, ficando ao vosso critério se estes helicópteros seriam partilhados com o Exército através de um comando conjunto ou se não seria necessário adquirir helicópteros "a mais" para cobrir as missões do Exército.



Outra coisa de bom com estes AW149 é que podiam fazer algumas das missões de SAR na zona costeira e talvez até transporte de doentes entre ilhas nos Açores.

Cumprimentos,
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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #459 em: Maio 12, 2015, 10:17:21 am »
Andamos para aqui a divagar e para a UALE a solução é simples: Agora que se acabou com a EMA passa-se os KAMOV e Fennec para o Exercito, fazendo os primeiros heliassalto e os segundos escolta. Nas horas vagas continuam a fazer SAR, evacuação médica, e na época de incêndios volta-se a por o Balde. E assim só é preciso adquirir helicópteros para a FAP... :mrgreen:  :twisted:





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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #460 em: Maio 12, 2015, 11:22:25 am »
Responda quem sabe:

Qual será a capacidade de sobrevivência de um A109?
Parece-me (repito: parece-me) reduzida, sobretudo pelo tipo e geometria do trem de aterragem, quando comparado com o Lynx ou blackhawk.
Pergunto-me se não seria mais racional adoptar o Lynx como plataforma comum interarmas.
Todavia já li algures - creio que aqui - que é um aparelho bastante caro.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #461 em: Maio 12, 2015, 11:28:32 am »
A conversa está interesse...mas na vida real a UALE está praticamente extinta... :mrgreen:

Citar
11-02-2015    
No contexto das visitas de trabalho às Unidades sob o Comando das Forças Terrestres (CFT), o Agrupamento Sanitário (AgrSan) do Exército aquartelado na Unidade de Aviação Ligeira do Exército em Tancos

No contexto das visitas de trabalho às Unidades sob o Comando das Forças Terrestres (CFT), o Agrupamento Sanitário (AgrSan) do Exército aquartelado na Unidade de Aviação Ligeira do Exército em Tancos, recebeu no dia 03 de fevereiro de 2015, a visita do Exmo. Comandante da Forças Terrestres, TGen António Xavier Lobato de Faria Menezes.
A visita teve início às 16h00, com as Honras Militares regulamentares, seguido da apresentação de cumprimentos no edifício do Comando da BrigRR e por fim a visita às novas instalações do AgrSan, onde se visitou as obras em curso das infraestruturas onde irá ficar instalado o AgrSan, assim como um módulo da Estrutura Sanitária de Campanha, flexível e projetável,  destinado a  prestar apoio sanitário aos militares do Exército, destacados em operações ou em treino, fora ou dentro do Território Nacional.
Para além do Exmo. Comandante da Brigada de Reação Rápida, MGen Carlos Alberto Grincho Cardoso Perestrelo, do Comandante do AgrSan, Sr. TCor Cavalaria João Carlos Pinto Bouça Flôres Noné Santana, acompanharam ainda a visita do Exmo Tenente-General CFT, o 2º Comandante da BrigRR, Coronel Tirocinado Cavalaria, Pedro Miguel Andrade da Fonseca Lopes, o CEM da BrigRR, Tenente-Coronel Inf Pára Hilário Dionísio Peixeiro, entre outros Oficiais e Sargentos do Comando das Forças Terrestres e do Comando e Estado-Maior da BrigRR.

http://www.exercito.pt/sites/BrigRR/Not ... A1rio.aspx

https://www.racius.com/pm-001-vila-nova ... sanitario/

Citar
A presidente da Câmara de Abrantes anunciou hoje que a implementação naquela cidade das diversas estruturas do Aquartelamento de Apoio Militar de Emergência (RAME) vai decorrer em janeiro, com um total de 473 militares efetivos.

O quartel militar de S. Lourenço, em Abrantes, no distrito de Santarém, onde nos últimos anos esteve instalada a Escola Prática de Cavalaria (EPC), vai ser a base operacional do RAME, uma força militar de apoio civil que terá a missão de prestar apoio às populações em caso de catástrofes, ou à Proteção Civil, sempre que seja acionado para qualquer teatro de operações a nível nacional.

Para lá da estrutura base, naquela cidade ribatejana, a cerca de 150 quilómetros de Lisboa, o RAME vai ter um Agrupamento Sanitário (AgrSan) com 134 efetivos a instalar em Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, mas dependente do comando do Regimento em Abrantes, a cerca de 30 quilómetros de distância.

Em Abrantes ficarão as componentes fixas e operacionais do sistema de forças, com 78 efetivos afetos ao RAME, oito militares na Unidade de Apoio Militar de Emergência (UAME), e 175 efetivos na Companhia de Reabastecimento e Serviços (CReabSvc).

O documento refere ainda um elemento destacado para o Comando da Companhia Geral de Cooperação Civil e Militar, dez militares para o destacamento de Cooperação Civil e Militar do Exército, e 67 para uma Companhia de Engenharia de apoio militar de emergência, num total de 339 elementos.

Em nota de imprensa, a presidente da autarquia Maria do Céu Albuquerque (PS) disse que a informação resultou de uma reunião com o ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco, tendo acrescentado que a estrutura desta nova unidade será repartida entre Abrantes e Tancos, mas dependente do comando do Regimento em Abrantes.

A implementação das diversas estruturas do RAME ocorrerá a partir de janeiro de 2015, sendo do Exército a responsabilidade pela sua operacionalização, acrescenta a mesma nota.

http://www.antenalivre.pt/2014/11/abran ... m-janeiro/
 

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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #462 em: Maio 12, 2015, 11:41:07 am »
Citação de: "PereiraMarques"
A conversa está interesse...mas na vida real a UALE está praticamente extinta... :mrgreen:

Sim, creio que todos nós temos a noção disso, mas a necessidade de substituir-se os Alouette III mantém-se.

Agora, tendo razão o excelso (e reles republicano) Pereira Marques, proponho que o tópico seja bloqueado e a questão seja transferida para um novo tópico no sub-fórum dedicado à Força Aérea Portuguesa.
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nelson38899

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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #463 em: Maio 12, 2015, 11:44:28 am »
Citação de: "Luso"
Citação de: "PereiraMarques"
A conversa está interesse...mas na vida real a UALE está praticamente extinta... :mrgreen:

Sim, creio que todos nós temos a noção disso, mas a necessidade de substituir-se os Alouette III mantém-se.

Agora, tendo razão o excelso (e reles republicano) Pereira Marques, proponho que o tópico seja bloqueado e a questão seja transferida para um novo tópico no sub-fórum dedicado à Força Aérea Portuguesa.

Estou aqui a ver uma solução para a compra dos helis!

O exército pode alegar e justificar que precisa dos helis para dar apoio às populações em caso de necessidade. Com este argumento é fácil justificar a vinda dos mesmos.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: O GALE - Missões, Organização, Aeronaves
« Responder #464 em: Maio 12, 2015, 12:02:53 pm »
Eu continuo a achar que se o Estado já tem helicópteros e que os mesmos são pilotados por pessoas que recebem autênticas fortunas, porque não colocá-los a uso nas Forças Armadas.

Vantagens:

Os Pilotos recebem bem menos;
Pelo que li muitos dos pilotos do Exército acabaram para irem para a EMA;
Podia-se rentabilizar ao máximo o uso dos mesmo helicopteros em missões da Protecção Civil e Forças Armadas

Desvantagens:

...

Acrescentem aqui, porque eu não vejo nenhuma.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.