Corveta da Força de Reacção Imediata faz escala pelas 12h00 na Madeira
A corveta Batista de Andrade, que integra a Força de Reação Imediata (FRI) para um eventual resgate de portugueses da Guiné-Bissau, faz hoje, cerca das 12:00, uma escala na Madeira para um reabastecimento logístico, informou o Comando Operacional da Madeira."Concluído esse reabastecimento, a corveta prossegue a sua missão junto da Força de Reação Imediata para a eventual necessidade de resgate de cidadãos nacionais na Guiné-Bissau", acrescentou a mesma fonte.
A FRI, que inclui ainda uma fragata e um avião P-3 Orion, partiu ao início da tarde de domingo para a Guiné-Bissau, com o objetivo de, caso seja necessário, apoiar as operações de retirada de cidadãos portugueses da Guiné-Bissau, país que foi alvo de um golpe de Estado na quinta-feira.
Neste dia, fonte oficial do Ministério da Defesa afirmou à Lusa que os militares portugueses não têm qualquer operação definida para já e que esta decisão acontece na sequência do aumento do nível de prontidão da FRI.
"O objetivo desta decisão é ficarmos mais próximos da Guiné-Bissau caso venha a ser necessário proceder a uma missão de retirada de cidadãos portugueses e de pessoas de outras nacionalidades", referiu esta fonte.
A decisão de aumentar o nível de prontidão da FRI foi conhecida na sexta-feira, um dia depois do golpe de Estado de um autodenominado Comando Militar na Guiné-Bissau.
A FRI tem meios dos três ramos das Forças Armadas que variam consoante o tipo de missão, pode ser deslocada em 72 horas e é comandada pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Na quinta-feira à noite um grupo de militares guineenses atacou a residência do primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior, e ocupou vários pontos estratégicos da capital da Guiné-Bissau.
Desde esse dia que se desconhece o paradeiro de Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira.
A ação foi justificada por um autodenominado Comando Militar, cuja composição se desconhece, como visando defender as Forças Armadas de uma alegada agressão de militares angolanos, que teria sido autorizada pelos chefes do Estado interino e do Governo.
Diário Digial/Lusa
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