LPD- Navio Polivalente Logístico

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Lancero

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3195 em: Abril 29, 2019, 09:31:29 pm »
O anterior Cema, atual Cemgfa, que vocês chamam de hidrográfico, foi dos primeiros a defender que mais valia abdicar do LPD/NPL e desenvolver um conceito com o comandante naval de projeção de fuzileiros e equipas humanitárias a partir de fragatas e NPO (ver rápido e leve https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/2018/526/#p=11). Isso levaria a pensar-se já em substitutas das VdG.
Julgo que, apesar da proposta na LPM, a opinião na Marinha não terá mudado muito.

Eu nada tenho contra o sr Almirante mas essa dos NPO's lembra-me o motivo porque Portugal construiu dez corvetas, ( aquelas que ainda vamos tendo duas e que estavam preparadas para transportar um GC de Fuzos de cerca 40 homens, as tais que tem um calado reduzido para poderem entrar nos braços fluviais para largar os ditos Fuzos,) durante a guerra colonial, e 50 anos depois aplicamos o mesmo conceito ???
Há qq coisa que não bate certo, as doutrinas são as mesmas de há 50 anos ???
Os conceitos de emprego de forças navais serão os mesmos no caso de uma guerra de guerrilha e um conflito convencional ??
Epá não me parece, mas isto sou eu a botar faladura, que fui um simples tenente, cmdt de companhia, nada mais !!

Abraços

O problema não é esse. É arranjar soluções com o que há (fragatas e npo) e não contar com o que os políticos poderão nunca dar (lpd/npl).
O proposto (e treinado e até mostrado num grande exercício em Cascais) era fazer com o que há. Numa situação mais complexa lá teria que se ir pedir aos parceiros

Abraço
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3196 em: Abril 29, 2019, 09:39:59 pm »
tenete -- não sei se reparaste no detalhe da notícia. Os 120 milhões, para o pseudo MLU aos monumentos flutuantes dos anos 90 chamados Classe Vasco da Gama, vieram dos 300 milhões previstos para aquisição do LPD que, entretanto, passou para 150 milhões. Onde param os restantes 30 milhões? Eu arriscaria Ká-Cê, mas isto sou eu que sou má língua.

PS: Lá vão os nossos amigos de S. José dos Campos baixar-me o karma  :mrgreen:

Vão para aqui:

"...
Na proposta de alteração, a capacidade de `ciberdefesa´ é reforçada em 5 milhões de euros, passando para um valor global de 45,4 milhões. Há ainda uma verba de 25 milhões de euros que foram deslocados para projetos no âmbito da Cooperação Estruturada Permanente [PESCO, na sigla em inglês].
..."


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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3197 em: Abril 29, 2019, 10:22:27 pm »
De forma muito sincera alguém me explique afinal o que se faz com um LPD?

Projeção de forças e equipamento por via marítima sem necessidade de ter um porto disponível para o desembarque, podendo utilizar lanchas ou helicópteros para o efeito.

E com base no nosso historial o que iríamos nós fazer com um LPD? (atenção que estou a falar com os meios que temos e não com os meios que nunca vamos receber)

PS: Estou mesmo a falar de forma séria, digam-me que tipo de missões pode realmente um Pais como Portugal e com as FA de Portugal fazer?

Com base no nosso historial poderíamos fazer transporte de ajuda e equipamentos para as ilhas em casos de catástrofes, tipo os grandes incêndios e cheias da Madeira ou sismos e erupções vulcânicas nos Açores, ajuda humanitária para outros países, por exemplo Moçambique em diferentes ocasiões, transporte de equipamento militar para missões no exterior (Balcãs, Báltico). Na maioria destes casos em principio não seria necessário utilizar a capacidade anfíbia.

Para missões militares puras, num cenário tipo operação Crocodilo na Guiné Bissau – aí a capacidade anfíbia seria necessária – ou tipo Timor eventualmente.

Sobre meios, temos alguns EH101 que deveriam estar disponíveis para a função – os 4 CSAR foram adquiridos justamente para isso. Lanchas de desembarque teriam que vir com o LPD e fuzileiros dificilmente seriam mais do que escalão companhia. Veículos e outros equipamentos dependeria da missão, mas certamente seriam mais do Exército do que da Marinha. Em todo o caso, só teríamos capacidade de emprego em cenários de baixa intensidade ou em operações conjuntas com aliados.

Alguma capacidade deste tipo – dependendo do porte - não é descabida para Portugal. Um LPD tipo Enforcer acho demasiado, mas outro tipo de soluções que permitam projetar pelo menos uma força de fuzileiros, que tenham capacidade para operar lanchas de desembarque e transportar algum equipamento e veículos, e operar uns 2 helicópteros tipo Merlin não é estúpido.

Inclusive vários conceitos de fragata têm evoluído para incluir algumas destas capacidades, poderia ser uma boa solução que permitiria ter algumas capacidades de um LPD e ao mesmo tempo fazer missões tradicionais das fragatas, rentabilizando os meios.
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3198 em: Abril 29, 2019, 11:25:13 pm »
O anterior Cema, atual Cemgfa, que vocês chamam de hidrográfico, foi dos primeiros a defender que mais valia abdicar do LPD/NPL e desenvolver um conceito com o comandante naval de projeção de fuzileiros e equipas humanitárias a partir de fragatas e NPO (ver rápido e leve https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/2018/526/#p=11). Isso levaria a pensar-se já em substitutas das VdG.
Julgo que, apesar da proposta na LPM, a opinião na Marinha não terá mudado muito.

Eu nada tenho contra o sr Almirante mas essa dos NPO's lembra-me o motivo porque Portugal construiu dez corvetas, ( aquelas que ainda vamos tendo duas e que estavam preparadas para transportar um GC de Fuzos de cerca 40 homens, as tais que tem um calado reduzido para poderem entrar nos braços fluviais para largar os ditos Fuzos,) durante a guerra colonial, e 50 anos depois aplicamos o mesmo conceito ???
Há qq coisa que não bate certo, as doutrinas são as mesmas de há 50 anos ???
Os conceitos de emprego de forças navais serão os mesmos no caso de uma guerra de guerrilha e um conflito convencional ??
Epá não me parece, mas isto sou eu a botar faladura, que fui um simples tenente, cmdt de companhia, nada mais !!

Abraços

O problema não é esse. É arranjar soluções com o que há (fragatas e npo) e não contar com o que os políticos poderão nunca dar (lpd/npl).
O proposto (e treinado e até mostrado num grande exercício em Cascais) era fazer com o que há. Numa situação mais complexa lá teria que se ir pedir aos parceiros

Abraço

No exercício realizado nos Açores é bem possível ver a limitação dos meios. Se por azar o Aeroporto e o Porto ficarem inutilizados, para nós com os meios actuais acabou.

https://www.dn.pt/lusa/interior/cerca-de-400-militares-e-protecao-civil-em-simulacro-catastrofe-natural-nos-acores-9879884.html

Citar
Em comunicado, o Comando da Zona Militar dos Açores adianta que o exercício Cachalote 18 decorre de 21 a 26 de setembro, inserido "no treino operacional dos militares, no cumprimento de operações de apoio civil, nomeadamente ao Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), numa situação de catástrofe ou calamidade".

O Comando da Zona Militar dos Açores explica que "o exercício baseia-se num cenário de ocorrência de uma catástrofe natural na região, em particular na costa Sul da ilha Terceira, provocada por condições atmosféricas muito adversas, que irão forçar o emprego das forças e meios da Zona Militar dos Açores, em apoio do SRPCBA, no socorro às populações afectadas".

Neste exercício serão empenhados cerca de 400 militares de todas as Unidades da ZMA (Regimento de Guarnição N.º 1, Regimento de Guarnição N.º 2 e Unidade de Apoio do Quartel-General da ZMA), acrescenta a nota divulgada.













Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3199 em: Abril 30, 2019, 02:28:38 am »
Lá vão 150 milhões do LPD :

PS, PSD e CDS-PP consagram 120 ME à modernização das fragatas

PS, PSD e CDS-PP entregaram hoje uma proposta de alteração conjunta à Lei de Programação Militar (LPM) que consagra uma verba de 120 milhões de euros para a modernização das fragatas da classe Vasco da Gama.

29 de Abril de 2019, às 13:09

De acordo com a proposta de alteração, a que a Lusa teve acesso, o total dos investimentos em equipamento militar até 2030 não sofre alterações, mantendo-se nos 4,7 mil milhões de euros.

A proposta de alteração vai ser discutida na especialidade na terça-feira e tem aprovação garantida com os votos dos proponentes, PS, PSD e CDS-PP.

Os 120 milhões de euros para a modernização das fragatas da classe Vasco da Gama são retirados à verba inicialmente prevista para o Navio Polivalente Logístico - de 300 milhões de euros para 150 ME.

Na proposta de alteração, a capacidade de `ciberdefesa´ é reforçada em 5 milhões de euros, passando para um valor global de 45,4 milhões. Há ainda uma verba de 25 milhões de euros que foram deslocados para projetos no âmbito da Cooperação Estruturada Permanente [PESCO, na sigla em inglês].

O reforço da dotação da Marinha para a modernização das fragatas, incluídas na Capacidade Oceânica de Superfície, reflete-se principalmente no segundo quadriénio, entre 2023 e 2026.

SF // JPS


https://www.sapo.pt/noticias/nacional/ps-psd-e-cds-pp-consagram-120-me-a_5cc6f4bca7b30f058da265ae

É uma autêntica piada, tanto o valor posto no MLU das VdG, como a data em que se planeia a dita modernização. Não podia começar mais cedo?

E por aqueles valores do LPD, podia-se então considerar mesmo um Makassar (ou derivado). A qualidade de construção relativamente a ser ou não padrão militar acaba por se tornar indiferente, dada a situação que o navio não vai ter escoltas da maneira que isto vai. Meia dúzia de mísseis anti-navio modernos se disparados contra o dito LPD, vão passar que nem uma faca quente em manteiga pelas defesas impostas pelas fragatas.

Agora a pergunta do dia... 40 milhões por fragata, dá para o quê mesmo? Na prática é um falso MLU, e temo que lhe façam algo que tem sido feito em fragatas e corvetas da Marinha anteriormente, que é reduzir ainda mais armamentos para cortar nos custos...

DC, onde viste a data em que se planeia a dita modernização. ??

Abraços

No fim da notícia, onde refere entre 2023 e 2026. A não ser que tenha interpretado mal, e seja referente apenas aos pagamentos/contabilização dos ditos 120 milhões.

Já agora, o que é a PESCO? Para que serve e de que forma está ligada à Marinha?

Algo como o Canterbury/Makassar, não me parece uma solução fora de contexto. Adequa-se até mais à dimensão da nossa marinha e fuzileiros, que o tradicional Rotterdam. E se se decidisse equipar o navio com Blackhawk/Seahawk, em conjunto com os helis de evacuação para a FAP, era ouro sobre azul. Fazendo umas contas simples, e seguindo o AOR norueguês, e adquirindo um Makassar por, digamos 100 milhões, sobrava verba que poderia ser alocada para outros programas (para os ditos helis por exemplo).
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3200 em: Abril 30, 2019, 07:00:58 am »
Lá vão 150 milhões do LPD :

PS, PSD e CDS-PP consagram 120 ME à modernização das fragatas

PS, PSD e CDS-PP entregaram hoje uma proposta de alteração conjunta à Lei de Programação Militar (LPM) que consagra uma verba de 120 milhões de euros para a modernização das fragatas da classe Vasco da Gama.

29 de Abril de 2019, às 13:09

De acordo com a proposta de alteração, a que a Lusa teve acesso, o total dos investimentos em equipamento militar até 2030 não sofre alterações, mantendo-se nos 4,7 mil milhões de euros.

A proposta de alteração vai ser discutida na especialidade na terça-feira e tem aprovação garantida com os votos dos proponentes, PS, PSD e CDS-PP.

Os 120 milhões de euros para a modernização das fragatas da classe Vasco da Gama são retirados à verba inicialmente prevista para o Navio Polivalente Logístico - de 300 milhões de euros para 150 ME.

Na proposta de alteração, a capacidade de `ciberdefesa´ é reforçada em 5 milhões de euros, passando para um valor global de 45,4 milhões. Há ainda uma verba de 25 milhões de euros que foram deslocados para projetos no âmbito da Cooperação Estruturada Permanente [PESCO, na sigla em inglês].

O reforço da dotação da Marinha para a modernização das fragatas, incluídas na Capacidade Oceânica de Superfície, reflete-se principalmente no segundo quadriénio, entre 2023 e 2026.

SF // JPS


https://www.sapo.pt/noticias/nacional/ps-psd-e-cds-pp-consagram-120-me-a_5cc6f4bca7b30f058da265ae

É uma autêntica piada, tanto o valor posto no MLU das VdG, como a data em que se planeia a dita modernização. Não podia começar mais cedo?

E por aqueles valores do LPD, podia-se então considerar mesmo um Makassar (ou derivado). A qualidade de construção relativamente a ser ou não padrão militar acaba por se tornar indiferente, dada a situação que o navio não vai ter escoltas da maneira que isto vai. Meia dúzia de mísseis anti-navio modernos se disparados contra o dito LPD, vão passar que nem uma faca quente em manteiga pelas defesas impostas pelas fragatas.

Agora a pergunta do dia... 40 milhões por fragata, dá para o quê mesmo? Na prática é um falso MLU, e temo que lhe façam algo que tem sido feito em fragatas e corvetas da Marinha anteriormente, que é reduzir ainda mais armamentos para cortar nos custos...

DC, onde viste a data em que se planeia a dita modernização. ??

Abraços

No fim da notícia, onde refere entre 2023 e 2026. A não ser que tenha interpretado mal, e seja referente apenas aos pagamentos/contabilização dos ditos 120 milhões.

Já agora, o que é a PESCO? Para que serve e de que forma está ligada à Marinha?

Algo como o Canterbury/Makassar, não me parece uma solução fora de contexto. Adequa-se até mais à dimensão da nossa marinha e fuzileiros, que o tradicional Rotterdam. E se se decidisse equipar o navio com Blackhawk/Seahawk, em conjunto com os helis de evacuação para a FAP, era ouro sobre azul. Fazendo umas contas simples, e seguindo o AOR norueguês, e adquirindo um Makassar por, digamos 100 milhões, sobrava verba que poderia ser alocada para outros programas (para os ditos helis por exemplo).

dc o que eu consigo ler na notícia é isto : O reforço da dotação da Marinha para a modernização das fragatas, incluídas na Capacidade Oceânica de Superfície, reflete-se principalmente no segundo quadriénio, entre 2023 e 2026. O que a meu ver, não significa que a modernização se faça nesse período, mas, se for, então a última fragata quando terminar a dita modernização terá só 35 anos, a idade ideal para ser substituída !

Para que um upgrade num Navio, seja um bom investimento, pelo menos este terá que desempenhar a sua missão eficazmente, por mais uns dez anitos.
Se assim for lá vamos nós manter a tradição de ter Navios no activo, atenção que eu disse Navios no activo, não Navios actuais modernizados devidamente de modo a cumprirem as missões para que foram construídos, com quase cinquenta anos, mais do mesmo.
Mas que bom, haver LPM's !!

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Miguel

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3201 em: Abril 30, 2019, 08:27:38 am »
Um casco tipo Meko ou M, tem uma duraçao de vida de 50 anos.

Portanto as Meko e M podem ter vida util até 2040.

Recordo que mesmo a Royal Navy segundo me diserem esta a abandonar os LPDs, estive a pouco em Londres. ;)
 

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mafets

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3202 em: Abril 30, 2019, 11:44:51 am »
Um casco tipo Meko ou M, tem uma duraçao de vida de 50 anos.

Portanto as Meko e M podem ter vida util até 2040.

Recordo que mesmo a Royal Navy segundo me diserem esta a abandonar os LPDs, estive a pouco em Londres. ;)

Não quero ser chato mas se calhar confundiu o HMS Belfast com um LPD. É grande mas é um cruzador, sendo que a frota dos bifes está sediada em Devonport, Portsmouth e em Faslane (submarinos sobretudo), não em Londres. E se ver com atenção vê lá os Lpd ( dois da classe Albion, pelo menos em Devonport).  :mrgreen: ;)

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Royal_Navy_shore_establishments




Saudações

P.S. - O casco da Sagres tem mais de 80...  c56x1 c56x1
« Última modificação: Abril 30, 2019, 01:59:01 pm por mafets »
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3203 em: Abril 30, 2019, 03:47:45 pm »
Para as nossas capacidades e bolsa tambem há o "enlarged Makassar" que está a ser proposto á Malasia como MRSS.
Mais de 150 metros, maior velocidade maxima, maior hangar e mais capacidade tanto em veiculos e tropas embarcadas.
Deve ficar cerca de 30% mais caro que o Makassar "normal". Só que já se sabe isso é um preço Made in Indonésia.

 :-P
 

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Lancero

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3204 em: Abril 30, 2019, 04:10:27 pm »
O anterior Cema, atual Cemgfa, que vocês chamam de hidrográfico, foi dos primeiros a defender que mais valia abdicar do LPD/NPL e desenvolver um conceito com o comandante naval de projeção de fuzileiros e equipas humanitárias a partir de fragatas e NPO (ver rápido e leve https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/2018/526/#p=11). Isso levaria a pensar-se já em substitutas das VdG.
Julgo que, apesar da proposta na LPM, a opinião na Marinha não terá mudado muito.

Eu nada tenho contra o sr Almirante mas essa dos NPO's lembra-me o motivo porque Portugal construiu dez corvetas, ( aquelas que ainda vamos tendo duas e que estavam preparadas para transportar um GC de Fuzos de cerca 40 homens, as tais que tem um calado reduzido para poderem entrar nos braços fluviais para largar os ditos Fuzos,) durante a guerra colonial, e 50 anos depois aplicamos o mesmo conceito ???
Há qq coisa que não bate certo, as doutrinas são as mesmas de há 50 anos ???
Os conceitos de emprego de forças navais serão os mesmos no caso de uma guerra de guerrilha e um conflito convencional ??
Epá não me parece, mas isto sou eu a botar faladura, que fui um simples tenente, cmdt de companhia, nada mais !!

Abraços

O problema não é esse. É arranjar soluções com o que há (fragatas e npo) e não contar com o que os políticos poderão nunca dar (lpd/npl).
O proposto (e treinado e até mostrado num grande exercício em Cascais) era fazer com o que há. Numa situação mais complexa lá teria que se ir pedir aos parceiros

Abraço

No exercício realizado nos Açores é bem possível ver a limitação dos meios. Se por azar o Aeroporto e o Porto ficarem inutilizados, para nós com os meios actuais acabou.

https://www.dn.pt/lusa/interior/cerca-de-400-militares-e-protecao-civil-em-simulacro-catastrofe-natural-nos-acores-9879884.html

Citar
Em comunicado, o Comando da Zona Militar dos Açores adianta que o exercício Cachalote 18 decorre de 21 a 26 de setembro, inserido "no treino operacional dos militares, no cumprimento de operações de apoio civil, nomeadamente ao Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), numa situação de catástrofe ou calamidade".

O Comando da Zona Militar dos Açores explica que "o exercício baseia-se num cenário de ocorrência de uma catástrofe natural na região, em particular na costa Sul da ilha Terceira, provocada por condições atmosféricas muito adversas, que irão forçar o emprego das forças e meios da Zona Militar dos Açores, em apoio do SRPCBA, no socorro às populações afectadas".

Neste exercício serão empenhados cerca de 400 militares de todas as Unidades da ZMA (Regimento de Guarnição N.º 1, Regimento de Guarnição N.º 2 e Unidade de Apoio do Quartel-General da ZMA), acrescenta a nota divulgada.













Cumprimentos

É sempre limitado o que consegues levar em fragatas e NPO. Desde logo esquece os contentores mercantes padrão. Levas , no entanto, suficiente para um “primeiro impacto/3 dias”. Em Cascais, diretamente para o areal, os botes e o Linx  foram conseguindo levar tendas médicas, meios para assegurar alimentação/bebida à força e à população, meios de autoprotecao e de imposição/manutenção da ordem... a
A escala naturalmente limitada

Desculpem o lençol de citação mas é-me difícil no telemóvel cortar a coisa
« Última modificação: Abril 30, 2019, 04:11:57 pm por Lancero »
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3206 em: Abril 30, 2019, 04:37:39 pm »
Citação de: Lancero

É sempre limitado o que consegues levar em fragatas e NPO. Desde logo esquece os contentores mercantes padrão. Levas , no entanto, suficiente para um “primeiro impacto/3 dias”. Em Cascais, diretamente para o areal, os botes e o Linx  foram conseguindo levar tendas médicas, meios para assegurar alimentação/bebida à força e à população, meios de autoprotecao e de imposição/manutenção da ordem... a
A escala naturalmente limitada

Desculpem o lençol de citação mas é-me difícil no telemóvel cortar a coisa
Certo, e até pessoalmente acho que a Marinha consegue desenrascar mais do que se calhar muitas outras armadas por esse mundo fora, estando sempre presente com os meios que tem nas grandes catástrofes, como foi o caso da Madeira. Felizmente a tempestade não tornou o porto inavegável. Se tivesse acontecido os Zebro só conseguiam levar homens e material leve, já que o pesado só num cais de embarque.

Citar
Um navio da Marinha portuguesa, com um helicóptero e equipamentos médicos, também já partiu em direção à ilha, localizada a cerca de 900 quilômetros da costa continental do país.

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/02/100221_madeira_temporal_ajuda_rw

Em S. Tomé foi assim:



http://www.tribunadamadeira.pt/2017/04/20/navio-da-marinha-desembarca-em-pleno-mar-viaturas-doadas-a-sao-tome/

Ou seja, face ás ilhas atlânticas e às nossas missões em África, tinha lógica algo mais. Embora os Makassar estejam vocacionados para o apoio às ilhas e sejam considerados pequenos para os Padrões Nato, nestas situações são suficientes. Mas existem outras opções, desde os Absalon, passando pelos LST como os Coreanos ou Turcos possuem ou mesmo os usados pelos Gregos, caso da Classe Jason que dá para apoiar embora com limites em situação de catástrofe ou em caso de missões militares de baixa intensidade com o uso de meios pesados (até em exercícios). Por cá, nem os Fuzos possuem uma lancha de desembarque que dê para usar os parcos meios, ou movimentar as maquinas do Regimento de Engenharia do Exército. Não me digam que 2  Jason, ou duas Lanchas de Desembarque eram o fim da MGP se adquiridos?  E que jeito davam (até o Us Army percebe isso).

https://www.thedrive.com/the-war-zone/14898/the-us-army-is-buying-new-boats-to-replace-vietnam-era-landing-craft





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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3207 em: Abril 30, 2019, 04:47:05 pm »
Citação de: Lancero

É sempre limitado o que consegues levar em fragatas e NPO. Desde logo esquece os contentores mercantes padrão. Levas , no entanto, suficiente para um “primeiro impacto/3 dias”. Em Cascais, diretamente para o areal, os botes e o Linx  foram conseguindo levar tendas médicas, meios para assegurar alimentação/bebida à força e à população, meios de autoprotecao e de imposição/manutenção da ordem... a
A escala naturalmente limitada

Desculpem o lençol de citação mas é-me difícil no telemóvel cortar a coisa
Certo, e até pessoalmente acho que a Marinha consegue desenrascar mais do que se calhar muitas outras armadas por esse mundo fora, estando sempre presente com os meios que tem nas grandes catástrofes, como foi o caso da Madeira. Felizmente a tempestade não tornou o porto inavegável. Se tivesse acontecido os Zebro só conseguiam levar homens e material leve, já que o pesado só num cais de embarque.

Um navio da Marinha portuguesa, com um helicóptero e equipamentos médicos, também já partiu em direção à ilha, localizada a cerca de 900 quilômetros da costa continental do país.

Em S. Tomé foi assim:


Ou seja, face ás ilhas atlânticas e às nossas missões em África, tinha lógica algo mais. Embora os Makassar estejam vocacionados para o apoio às ilhas e sejam considerados pequenos para os Padrões Nato, nestas situações são suficientes. Mas existem outras opções, desde os Absalon, passando pelos LST como os Coreanos ou Turcos possuem ou mesmo os usados pelos Gregos, caso da Classe Jason que dá para apoiar embora com limites em situação de catástrofe ou em caso de missões militares de baixa intensidade com o uso de meios pesados (até em exercícios). Por cá, nem os Fuzos possuem uma lancha de desembarque que dê para usar os parcos meios, ou movimentar as maquinas do Regimento de Engenharia do Exército. Não me digam que 2  Jason, ou duas Lanchas de Desembarque eram o fim da MGP se adquiridos?  E que jeito davam (até o Us Army percebe isso).


Saudações

A falta que nos fez ter um navio destes operacional para que o material mais pesado chegasse e, em maior quantidade :





Abraços
« Última modificação: Abril 30, 2019, 05:03:47 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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tenente

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3208 em: Abril 30, 2019, 04:54:24 pm »
O anterior Cema, atual Cemgfa, que vocês chamam de hidrográfico, foi dos primeiros a defender que mais valia abdicar do LPD/NPL e desenvolver um conceito com o comandante naval de projeção de fuzileiros e equipas humanitárias a partir de fragatas e NPO (ver rápido e leve https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/2018/526/#p=11). Isso levaria a pensar-se já em substitutas das VdG.
Julgo que, apesar da proposta na LPM, a opinião na Marinha não terá mudado muito.

Eu nada tenho contra o sr Almirante mas essa dos NPO's lembra-me o motivo porque Portugal construiu dez corvetas, ( aquelas que ainda vamos tendo duas e que estavam preparadas para transportar um GC de Fuzos de cerca 40 homens, as tais que tem um calado reduzido para poderem entrar nos braços fluviais para largar os ditos Fuzos,) durante a guerra colonial, e 50 anos depois aplicamos o mesmo conceito ???
Há qq coisa que não bate certo, as doutrinas são as mesmas de há 50 anos ???
Os conceitos de emprego de forças navais serão os mesmos no caso de uma guerra de guerrilha e um conflito convencional ??
Epá não me parece, mas isto sou eu a botar faladura, que fui um simples tenente, cmdt de companhia, nada mais !!

Abraços

O problema não é esse. É arranjar soluções com o que há (fragatas e npo) e não contar com o que os políticos poderão nunca dar (lpd/npl).
O proposto (e treinado e até mostrado num grande exercício em Cascais) era fazer com o que há. Numa situação mais complexa lá teria que se ir pedir aos parceiros

Abraço

Lancero, o problema é a incompetência que nos vai regendo, então uma Nação com dois arquipélagos dá-se ao luxo de abater a única LDG que possuíamos da classe Bombarda o NRP bacamarte, sem acautelar um navio substituto ???

Não possuindo nenhum NPL nem um AOR com capacidade de transportar equipamento/viaturas pesadas para ocorrer ás situações de desastres Naturais e não só, a marinha permite que se abata o único Navio com capacidade de transportar e fazer desembarcar os ditos equipamentos e zonas onde não existem portos ???

https://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_Bombarda








Abraços
« Última modificação: Abril 30, 2019, 05:01:50 pm por tenente »
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Lancero

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3209 em: Abril 30, 2019, 05:16:30 pm »
Toda a razão. Incompreensível
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito