Isso quer dizer que na LPM, terão cortado o orçamento do AOR dos 150 para os 100 milhões.

Novo não será de certeza, porque estamos em Setembro de 2023, e para ter o navio dentro de 4 anos, era preciso começar a construir já este ano. E por 100 milhões só se for feito de plástico, ou aço chinês, ou se for um mini-AOR. A Noruega comprou um AOR moderno feito na Coreia do Sul, que lhes custou 150 ou 160 milhões, com a inflação de hoje, o mesmo AOR custará forçosamente mais.
Haver até há opções em segunda-mão (os Wave), mas é aquela história do "não serve", sendo preferível não ter nada, e depois chegar a 2027, continuar sem anda e concluir que é impossível construir tal navio por tão pouco dinheiro.
Também não ajuda nada ter uma Marinha que não sabe o que quer. Ora temos um CEMA hidrográfico que só quer navios civis, ora temos um CEMA que quer navios "disruptivos" e em muitos casos reinventar a roda. Não há coerência, nem noção da realidade.
Com uma revisão da LPM feita este ano, não houve ninguém que fosse capaz de pedir ao Governo que adiantasse o financiamento para o AOR, de forma a comprar um dos Wave e resolver logo o problema.
Depois temos frases destas:
Em maio passado, Helena Carreiras tinha afirmado que o governo decidiu priorizar a substituição do Bérrio na LPM, e que, com a aquisição prevista de um Navio Reabastecedor de Esquadra será reposta uma “capacidade que tem vindo a ser adiada, apoiando a projeção e a sustentação logística de uma Força Naval no mar”.
É tão prioritário, que da LPM de 2019, para a revisão de 2023, nem sequer o ano em que se pensa receber o navio mudou.
Mas se há coisa que nós já aprendemos recentemente, é que a construção dos meios em Portugal, não é uma questão de beneficiar a indústria, é para assegurar alguns cargos e funções para os amigos, como aconteceu com a questão da fiscalização da construção dos NPOs batch 3, muito bem chumbada pelo TC. Não fosse o TC, ninguém saberia de nada. Não admira que se faça tudo para ignorar opções em segunda-mão.