Estamos a falar em termos teóricos, como aliás é obvio.
Basta ler os escritos anteriores.
O que se discute é apenas em termos académicos.
Discute-se a possibilidade de resistir a uma investida de forças espanholas, considerando a necessidade de reunir forças, pelo menos três vezes superiores às forças portuguesas, que é a única forma de garantir a viabilidade do ataque e o seu sucesso.
Se passamos a incluir a NATO, por exemplo, todo o exercício perde a sua lógica, porque o que todos sabemos é que os americanos chamavam-nos e aos espanhóis e diziam: Portem-se como gente crescida, e estava o caso arrumado.
A questão é académica, no entanto, tem razões para se discutir. Qualquer país tem planos de contingência, para qualquer eventualidade. Não devemos criticar este tipo de discussões, porque em certos círculos militares este tipo de raciocinio faz-se sim senhor.
Os Alemães, teriam planos de contingência para ataques franceses, os franceses têm planos de contingência contra ataques alemães.
A Europa já estava “lançada” e não foi por isso que os franceses deixaram de desenvolver armas atómicas. A França, quis apenas garantir, que em qualquer circunstancia, não seria ocupada e vencida outra vez.
Quem é que pode atacar a França?
A tese de Franco, para se tornar general, foi "Como tomar Portugal em 24 horas"
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Como podem voces falar de um possivel ataque de um dos paises que mais coopera militarmente com Portugal? Cheio de raizes historicas culturais e sociais profundas com o nosso país? Isso eh a mesma coisa que supor que o nosso irmão nos vai violar a qualquer instante.
Aquando dos conflitos Liberais/absolutistas na península ibérica, os “Liberais” espanhois, prometeram ajuda aos liberais portugueses, mas primeiro os portugueses tinham que aceitar fazer parte da Espanha.
Em 1939/1940, embora recebendo claro apoio por parte de Salazar, Franco, quando se entrevistou com Hitler, foi claro quanto ás suas pretensões. Portugal deveria ficar sob a “protecção” Espanhola, ou então seria invadido por espanhóis e por alemães.
Franco não deixou sempre de agradecer o apoio português, e de elogiar os portugueses, no entanto, pelas costas não teve o mais pequeno pudor em preparar o nosso desaparecimento como nação independente.
Depois de 25 de Abril, e enquanto Franco ainda era vivo, a imprensa oficial Espanhola perguntava-se nas suas páginas: “Y que será del pequeño Portugal?”. Perguntando se o paíse sería viavel sem o seu império, e esquecendo que Portugal existia desde 1143. (Lembre-se que para a maioria dos historiadores espanhois, tenta vender subliminarmente a ideia de que Portugal é independente apenas desde 1640)
A Espanha, Psychocandy, convive mal com a nossa existência. Nunca, REPITO, NUNCA será capaz de viver com a ideia de que o plano do Estado Castelhano falhou.
Psychocandy, os Espanhois, não foram não são e nunca serão nossos irmãos. Um irmão talvez não nos traísse. Um vizinho, que a história demonstrou ser absolutamente falso e traiçoeiro, nunca será de confiança.
Ter um relacionamento são, escorreito e moderno com a Espanha, é para nós de toda a vantagem. Mas não entender a história, pode-nos ser absolutamente fatal. A Espanha, já sabe, que tem que nos adormecer, com cantigas de boa vizinhança e de amizade. Se não tivermos o discernimento suficiente para o entender, garanto-lhe que começaremos a dormir. Quando acordarmos, pode ser demasiado tarde.
A unica coisa que eu tenho pedido às pessoas é que entendam os espanhóis, que os aceitem como são, mas que nunca, nunca deixem de pensar que por detrás de cada movimento, pode estar uma segunda intenção, porque esse é o comportamento típico que têm demonstrado ao longo de séculos.
Cumprimentos
(Vide escritos de, J.H. Saraiva a António José Telo. O espectro político é muito grande)