Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo

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Lightning

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #135 em: Abril 20, 2017, 11:02:21 pm »
Provavelmente o que a malta "fina" mais gosta em Tires é poder passar as malas com dinheiro ,produtos brancos inaláveis e outros artigos sem perguntas indiscretas de agentes abelhudos. Se aquilo fosse um conjunto de cabanas ao lado de uma pista de terra eles continuavam lá batidos ;D ;

Essa parte de aeródromos sem controlo faz-me uma "comichão"!!! Eu percebo que arranjar pessoal do SEF para 40 aeródromos é um absurdo, mas a GNR da Territorial não podia "andar de olho"? Isto é algo inevitável? Como é noutros países? Pelo menos devia de haver uma maneira de controlar os aviões que vem do estrangeiro.

Aviões sem qualquer controlo nos aeródromos nacionais

Citar
Todas as semanas, centenas de aeronaves - entre pequenos aviões utilizados em actividades turísticas, como lançamento de pára-quedistas, transporte de passageiros e ultraleves - circulam por aeródromos e pistas espalhadas pelo País, descolando e aterrando sem qualquer tipo de controlo.

"Entram e saem do espaço aéreo português, vão a Espanha ou a Marrocos e aterram sem qualquer tipo de fiscalização", diz fonte policial, recordando que a Polícia Judiciária já por diversas vezes alertou para a possibilidade de algumas destas pistas poderem ser utilizadas em operações desencadeadas por organizações terroristas ou ligadas ao tráfico de droga. A mesma fonte critica a "facilidade" com que "se entra e sai deste tipo de aviões", sem que seja feita a identificação dos passageiros ou exista qualquer tipo de segurança.

http://www.dn.pt/portugal/sul/interior/avioes-sem-qualquer-controlo-nos-aerodromos-nacionais-1495216.html

Neste segundo artigo vemos a bagunça, a PJ até tem boas ideias, mas o INAC (agora ANAC) empurra para a GNR, GNR diz que só faz policiamento local e que não tem responsabilidade sobre tráfego aéreo, e que na zona de Beja isso até está atribuído à Força Aérea... o artigo é de 2005, talvez as coisas já estejam melhor.

https://www.publico.pt/sociedade/jornal/ha-dezenas-de-pistas-de-aterragem-a-funcionar-sem-controlo-em-todo-o-pais-11177

Um artigo mais recente.

https://sol.sapo.pt/artigo/518139/crimes-aerodromos-com-controlo-reduzido-
« Última modificação: Abril 20, 2017, 11:17:56 pm por Lightning »
 
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #136 em: Abril 21, 2017, 02:10:35 am »
Quanto à história de estar atribuído à Força  Aérea a zona de Beja só se fôr para rir. Quanto muito a torre de Beja controla a passagem dos aviões no espaço aéreo militar, que chega ao Alto Alentejo, e mesmo isso de pouco serve em termos práticos se houver alguém interessado em baralhar o sistema.
Lembra-me à uns anos quando abriu a fábrica da Dyn'aero no aeródromo de Ponte de Sôr, a sede da empresa  em França decidiu fazer um raid de clientes da companhia que terminaria nas novas instalações. Dois dos participantes vendo que ainda faltavam umas horas para o pôr do sol em vez de pararem em Espanha como previsto decidiram continuar até Ponte de Sôr onde aterraram.  Aí tiraram as suas bicicletas desdobráveis do ultra ligeiro onde viajavam e fizeram-se à estrada para comer uma refeição à povoação, mas estranharam no caminho a passagem de um par de F-16 em manobras a baixa altitude. Só quando regressaram já noite feita ao aeródromo é que perceberam pela presença de uma patrulha da GNR que eles tinham sido a causa de todo o alvoroço.

Cumprimentos,

PS: A Dyn'Aero em Portugal  já foi à falência mas o site da casa mãe ainda está activo http://www.dynaero.com/
« Última modificação: Abril 21, 2017, 02:17:03 am por perdadetempo »
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #137 em: Abril 21, 2017, 06:34:28 am »
Quanto à história de estar atribuído à Força  Aérea a zona de Beja só se fôr para rir. Quanto muito a torre de Beja controla a passagem dos aviões no espaço aéreo militar, que chega ao Alto Alentejo, e mesmo isso de pouco serve em termos práticos se houver alguém interessado em baralhar o sistema.
Lembra-me à uns anos quando abriu a fábrica da Dyn'aero no aeródromo de Ponte de Sôr, a sede da empresa  em França decidiu fazer um raid de clientes da companhia que terminaria nas novas instalações. Dois dos participantes vendo que ainda faltavam umas horas para o pôr do sol em vez de pararem em Espanha como previsto decidiram continuar até Ponte de Sôr onde aterraram.  Aí tiraram as suas bicicletas desdobráveis do ultra ligeiro onde viajavam e fizeram-se à estrada para comer uma refeição à povoação, mas estranharam no caminho a passagem de um par de F-16 em manobras a baixa altitude. Só quando regressaram já noite feita ao aeródromo é que perceberam pela presença de uma patrulha da GNR que eles tinham sido a causa de todo o alvoroço.

Cumprimentos,

PS: A Dyn'Aero em Portugal  já foi à falência mas o site da casa mãe ainda está activo http://www.dynaero.com/

Penso que se está a baralhar um pouco as coisas.........Espaço Schengen com N/Schengen, no que diz respeito á origem e destino dos voos que operam cá no Burgo.

Não quero com isto dizer que não há fugas ao controlo, claro que há mas no caso de França, para virem directos para cá teve que haver aprovação do plano de voo para puderem proseguir tão simples quanto isso e, porque se voaram sem plano de voo, bem então aí temos um incidente aéreo com as consequências que todos os pilotos sabem que vão acarretar.

Também neste caso, se a origem é França o controlo de fronteiras não se faz pois mesmo que a aeronave tenha vindo de pais n/schengen, mas que tenha entrado na UUEE, por por exemplo a França, é nesse país que se faz/deve fazer o controlo.

Quanto á GNR aparecer, alguém deve lhes ter dito que andam a voar aviões durante a missa e não ouvimos o Pároco...........estou a brincar só pode ser mesmo para rir !!! :N-icon-Gun:

Abraços
« Última modificação: Abril 21, 2017, 06:36:15 am por tenente »
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #138 em: Abril 21, 2017, 10:38:48 am »
Não percebo porque é que Ponte de Sor foi metida ao barulho, eu estava  a falar em Beja, mas não conheço a realidade do aerodromo de Beja, pelo que está escrito no artigo fiquei com a impressão que fosse como o de Leiria, este aerodromo  (não deve ter controlo de tráfego aéreo) é relativamente perto da BA5 em Monte Real, e é o controlo de tráfego aéreo da Base que dá o apoio necessário às aeronaves que pretendem aterrar no aerodromo. Pelo artigo pensei que fosse a mesma situação no aerodromo de Beja.
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #139 em: Abril 21, 2017, 10:41:19 am »
Só quando regressaram já noite feita ao aeródromo é que perceberam pela presença de uma patrulha da GNR que eles tinham sido a causa de todo o alvoroço.

Deve ter-lhes saido barato lol, acho que estas coisas dão multa.
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #140 em: Abril 21, 2017, 11:08:49 am »
Quanto à história de estar atribuído à Força  Aérea a zona de Beja só se fôr para rir. Quanto muito a torre de Beja controla a passagem dos aviões no espaço aéreo militar.

Acho que já sei qual foi o equivoco, o caro perdadetempo, não leu o artigo que eu postei, só leu o que eu escrevi certo? Eu quando disse zona de Beja, queria dizer o "aerodromo", não queria dizer nenhuma área de maiores dimensões distrital/regional, etc. :G-beer2:

Não sou especialista na área, mas que eu saiba, as torres de controlo nas bases aéreas controlam o tráfego aéreo de aproximação às pistas dessas mesmas bases, e o trágefo que atravessar o espaço por cima da base, isto até uma certa altitude (imaginemos um cubo por cima da base), penso que isso também pode variar, se existir tráfego militar ou não, por exemplo aos fins de semana há menos voos militares, ai esse "cubo de espaço aéreo restricto" pode desaparecer ou diminuir e libertar espaço para voos civis, penso que monte Real é um bom exemplo pois fica na rota de aproximação a Lisboa vindo do norte..
« Última modificação: Abril 21, 2017, 11:10:39 am por Lightning »
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #141 em: Abril 21, 2017, 04:03:49 pm »
Quanto à história de estar atribuído à Força  Aérea a zona de Beja só se fôr para rir. Quanto muito a torre de Beja controla a passagem dos aviões no espaço aéreo militar.



Não sou especialista na área, mas que eu saiba, as torres de controlo nas bases aéreas controlam o tráfego aéreo de aproximação às pistas dessas mesmas bases, e o trágefo que atravessar o espaço por cima da base, isto até uma certa altitude (imaginemos um cubo por cima da base), penso que isso também pode variar, se existir tráfego militar ou não, por exemplo aos fins de semana há menos voos militares, ai esse "cubo de espaço aéreo restricto" pode desaparecer ou diminuir e libertar espaço para voos civis, penso que monte Real é um bom exemplo pois fica na rota de aproximação a Lisboa vindo do norte..

+ ou - isso, está a ficar morno............. andas quase lá.
Abraços
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #142 em: Abril 21, 2017, 04:15:43 pm »
+ ou - isso, está a ficar morno............. andas quase lá.
Abraços

Só falta o especialista para explicar/corrigir melhor :G-beer2:.
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #143 em: Abril 21, 2017, 10:04:55 pm »
Em relação ao aeródromo de Beja suponho que esta página poderá dar melhor informação

http://cavok.pt/2015/08/19/beja-ul/

1- A parte do se for para rir referia-se mesmo à resposta da GNR no artigo de que não tinha nada a ver com o tráfego aéreo e que a responsabilidade  era da Força Aérea. Apenas porque que eu saiba não é responsabilidade da força aérea andar a fazer policiamento em terra dos aeródromos que não sejam militares mesmo que se encontrem dentro da sua área de influência em termos do controlo de tráfego aéreo.

2- Há uns anos atrás quando ainda existia uma pequena pista de ultra ligeiros ao pé da Barragem do Caia segundo o roteiro da APAU, que também já deixou de estar no site infelizmente, lembro-me vagamente de aconselharem contactar Beja por causa da Força Aérea também utilizar aquele espaço como zona de treinos. Cheguei a observar várias aeronaves ,nomeadamente os EPSILON, a andarem às voltas por lá, por isso a minha extrapolação para a zona de influência da torre da base de Beja.

3- Daí foi o seguimento natural para o exemplo de Ponte de Sôr (natural para este escritor entenda-se, para o resto dos intervenientes foi mais um WTF??? ??? )

3- Os indivíduos do voo para Ponte de Sôr fizeram os planos de voo, acho que vinham inicialmente da Alemanha, com escalas em França, e  não vieram a salto. Apenas na ultima parte decidiram saltar uma etapa e partir para o seu destino final, coisa que só deveriam ter feito no dia seguinte de acordo com o planeado. Ideias tristes que lhes devem ter dado alguns problemas administrativos.
A moral da história era que se  pode falar o que se quiser sobre quem tem a responsabilidade do policiamento etc...etc... mas é perfeitamente possível aterrar um ultraligeiro num aeródromo a 100km de Monte Real e mais ou menos outro tanto da fronteira com Espanha antes que a Força Aérea possa intervir em tempo de paz. Logo alguém em terra que faça o trabalho.

4- Lembrar-me de não voltar a escrever às 2h da manhã para não aumentar a confusão sobre o que é que se está a tentar dizer com o triste resultado que se viu. Existem substitutos mais eficientes para a insónia. Desculpem. :-[

Cumprimentos,
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #144 em: Abril 22, 2017, 05:39:00 pm »
1- A parte do se for para rir referia-se mesmo à resposta da GNR no artigo de que não tinha nada a ver com o tráfego aéreo e que a responsabilidade  era da Força Aérea. Apenas porque que eu saiba não é responsabilidade da força aérea andar a fazer policiamento em terra dos aeródromos que não sejam militares mesmo que se encontrem dentro da sua área de influência em termos do controlo de tráfego aéreo.

São aquelas zonas cinzentas, para o GNR tanto faz que ali tenha aviões, autocarros ou comboios, ele não vai andar a identificar ninguém, faz o policiamento normal, se querem saber perguntem à Força Aérea que eles é que fazem o controlo de aproximação ao aerodromo de Beja, mas a FAP também não tem pessoal no chão, bem dito, e tudo o que faz é na vertente de segurança (safety) e não securitária (security) tipo policia ou andar a confirmar isto ou aquilo, praticamente é só para evitar algum acidente.

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2- Há uns anos atrás quando ainda existia uma pequena pista de ultra ligeiros ao pé da Barragem do Caia segundo o roteiro da APAU, que também já deixou de estar no site infelizmente, lembro-me vagamente de aconselharem contactar Beja por causa da Força Aérea também utilizar aquele espaço como zona de treinos. Cheguei a observar várias aeronaves ,nomeadamente os EPSILON, a andarem às voltas por lá, por isso a minha extrapolação para a zona de influência da torre da base de Beja.

Toda a lógica dos aviões de treino da FAP estarem na BA de Beja é na região ter um grande espaço aéreo disponível, menos população, bom tempo :).

Citar
A moral da história era que se  pode falar o que se quiser sobre quem tem a responsabilidade do policiamento etc...etc... mas é perfeitamente possível aterrar um ultraligeiro num aeródromo a 100km de Monte Real e mais ou menos outro tanto da fronteira com Espanha antes que a Força Aérea possa intervir em tempo de paz. Logo alguém em terra que faça o trabalho.

Pois, a FAP não vai enviar ninguém para nenhum aerodromo ver nada, no máximo comunica à GNR/PSP se achar algo estranho.

Citar
4- Lembrar-me de não voltar a escrever às 2h da manhã para não aumentar a confusão sobre o que é que se está a tentar dizer com o triste resultado que se viu. Existem substitutos mais eficientes para a insónia. Desculpem. :-[

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Não há tv cabo? ;D :G-beer2:
 
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #145 em: Abril 22, 2017, 11:04:20 pm »
Não há tv cabo? ;D :G-beer2:

Haver há, mas desde que acabou o MOV a minha vida nunca mais foi a mesma  ;D ;

Cumprimentos
 

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Charlie Jaguar

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #146 em: Maio 03, 2017, 04:37:57 pm »
Há cerca de 20 minutos que se encontra a fazer circuitos na pista 26 da BA6 um Boeing 767 da Euro Atlantic Airways. É esta a aeronave, registada como CS-TLO.



https://www.flightradar24.com/MMZ609/d445b20

Se é para começarem os testes às pistas não deveria ser primeiro na 01/19?  :conf:
« Última modificação: Maio 03, 2017, 04:54:05 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #147 em: Maio 03, 2017, 05:13:22 pm »
Há cerca de 20 minutos que se encontra a fazer circuitos na pista 26 da BA6 um Boeing 767 da Euro Atlantic Airways. É esta a aeronave, registada como CS-TLO.



https://www.flightradar24.com/MMZ609/d445b20

Se é para começarem os testes às pistas não deveria ser primeiro na 01/19?  :conf:

Ora então lê CJ

Este é parte de um Relatório de Engenharia, que não é "CONFIDENCIAL":

(...) Caracterização da situação em ( 2006) da pista 08/26 da Base Aérea do Montijo

"A pista 08/26 situa-se na área de movimento da Base Aérea do Montijo (BA6) tem um comprimento de 2440m, uma largura de 45m e bermas com 7,5m de cada lado da pista. A pista foi construída no início da década de 60, em pavimento rígido, constituído por lajes de betão de cimento. Em 1985, um troço de 912 m a partir da soleira 08 foi objecto de reconstrução pelo facto de apresentar elevada percentagem de fissuração e perda de capacidade de carga.
A pista pode assim ser dividida em dois troços distintos devido a diferenças: de idade do pavimento; das dimensões das lajes e ainda das inclinações transversais. O primeiro troço está compreendido entre a soleira 08 e o km 0+912, foi reconstruído em 1985, as lajes são quadradas de 5,0 m x 5,0 m com espessura de 0,28m e estão assentes sobre as lajes iniciais, que por sua vez assentam numa base de solo estabilizado com cimento com 0.10m de espessura. O seu perfil transversal tem uma só água com inclinação de aproximadamente 0,8% no sentido Sul.
O segundo troço corresponde à restante parte da pista até à soleira 26 (km 2+440), não tendo sofrido qualquer acção de reconstrução ate ao presente, isto é, tem aproximadamente 40 anos. As lajes são quadradas de 7,5 m x 7,5 m com espessura de 0,28m e estão assentes sobre uma base de solo estabilizado com cimento com 0,10 m de espessura. O seu perfil transversal é constituído por duas águas com inclinações de 1,5% para o extradorso.
Para a caracterização do pavimento seguiu-se o proposto pela AENA e pela NAVAL FACILITIES ENGINEERING COMMAND, foi feita uma inspecção visual, uma consulta de catálogo para classificação de patologias devidamente acompanhadas por uma campanha de ensaios realizada pelo Laboratório do GEAFA (Grupo de Engenharia de Aeródromos da Força Aérea). Destas avaliações resultou um relatório elaborado pela DI (Direcção de Infra-Estruturas da Força Aérea) sobre o estado de conservação dos pavimentos da área de movimento da BA6 no Montijo. Este relatório conduziu à decisão de interdição de utilização da pista 08/26 por aeronaves a reacção."
(...) Caracterização funcional
"O primeiro troço da pista (entre a soleira 08 e o cruzamento com a pista 14/32) caracteriza-se favoravelmente no que se refere à sua condição superficial. Com excepção do envelhecimento generalizado do produto de selagem das juntas, pode afirmar-se que a condição superficial do pavimento é boa. Relativamente à drenagem superficial as características não são as mais favoráveis atendendo a que o seu perfil transversal tem uma só uma água. No segundo troço da pista (entre o cruzamento com a pista 14/32 e a soleira 26) as lajes apresentam uma condição superficial muito deficiente em consequência da idade do pavimento. Para além de ser um pavimento antigo as dimensões das lajes estão no limite do recomendado pela FAA, que para lajes de betão de cimento com 0,30m de espessura admite larguras máximas de 7,5m, sendo aconselháveis lajes com larguras entre os 5 e os 6m. As lajes centrais apresentam fissuração longitudinal e desfasamentos relativamente às faixas externas. Também se registam lajes com fissuração em cruz indiciadoras de ruína estrutural. As lajes contíguas às bermas provocam fenómenos de deslocamento/escorregamento do pavimento da berma (em BB) prejudicando a drenagem transversal e produzindo material com elevado potencial de “Foreign Object Damage” – FOD. Existem muitas lajes com cantos partidos, não se considerando no entanto estas ocorrências como fractura de canto uma vez que esta não atinge toda a espessura da laje. Há cantos desagregados, alguns deles reparados. As juntas, especialmente as transversais, estão desagregadas verificando-se o aparecimento de aberturas de grande largura, a existência de cunhas de betão destacáveis ou memo destacadas, que representam um elevado perigo FOD para aeronaves de motores de reacção e para os hélices e fuselagem das aeronaves com motores alternativos. Verifica-se ainda, embora em percentagem reduzida a ocorrência de “popouts”. Nas juntas em que ainda existe, o material selante está envelhecido e rigidificado. Nas outras verifica-se falta desse material o que dá origem a outros perigos e patologias. A ruína das juntas quer longitudinais quer transversais deve-se à ausência de material de preenchimento de juntas ou à existência desse material mas envelhecido, não cumprindo por isso cabalmente a sua função. Quanto às condições de drenagem superficial, este troco tem a máxima inclinação transversal admissível para este tipo de código de pista ou seja 1,5%. Resumidamente o pavimento do segundo troço apresenta-se em muito mau estado de conservação no que se refere a sua condição."
Agora é só presumir-mos quem será a empresa que ganhará os concursos....é do catano, isto vai servir de troca nas PPP`s. E fico por aqui, porque vou vomitar.
Publicado 13th May 2012 por Diogenes

O 767 da MMZ, praticamente vazio, ferry flight, está a  " utilizar " esta pista devido á sua extensão, ter mais quase 1000 m que a 01/19, só por isso, mesmo assim a ver vamos se o PCN aguenta !!!!!!

Abraços
« Última modificação: Maio 03, 2017, 05:26:58 pm por tenente »
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #148 em: Maio 03, 2017, 05:25:54 pm »
Apenas apanhei perto da BA6 agora um ligeiro DEGXI, mas nada de toca e anda e muito menos aterragens era o bom e o bonito.
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mafets

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #149 em: Maio 03, 2017, 11:10:15 pm »


Haver há, mas desde que acabou o MOV a minha vida nunca mais foi a mesma  ;D ;

Cumprimentos
Também me sinto órfão desde então.  :-\

Já agora (ainda vai para a Covilha...  :rir: ) : http://www.tsf.pt/sociedade/ambiente/interior/clima-base-aerea-do-montijo-e-vulneravel-a-subida-do-nivel-medio-do-mar-5696786.html
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Clima: Base Aérea do Montijo é vulnerável à subida do nível médio do mar
01 DE MARÇO DE 2017 - 07:39
Estudo identificou zonas de maior risco em Portugal à previsível subida do nível médio do mar. Conheça o que aproxima o Montijo das ilhas barreira no Algarve. Base Aérea é extremamente vulnerável.


Saudações
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