Não se pode fazer tudo de uma vez, para evitar que os Coroneis e os Tenente-Coroneis ou mesmo os Oficiais-generais entrem em greve como querem os Juízes.
A verdade, é que se fez muito pouco para modificar uma estrutura ultrapassada e acabada.
Muitos dos problemas do exército nos anos 40 mativeram-se mesmo durante a guerra colonial.
A mentalidade do "Fazer o menos possível durante o maior período de tempo possível" continuou a existir e perdurou após o 25 de Abril.
A estrutura burocrática que não foi para a guerra nas colonias (porque havia muito menino que ficava com o rabinho em Portugal, bastava ter cunha) pouco ou nada mudou, e o regime, foi pouco ou nada eficiente em criar umas F.A. com um espirito moderno.
O resultado, é um exército praticamente (e proporcionalmente) ao nível do que tinhamos nos ano 30.
Apenas conseguimos disfarçar, com o cerca de milhar de militares que conseguimos colocar em operações no estrangeiro, e há que reconhecer o esforço, embora para um país com 20.000 a 24000 militares no exército, cerca de 6.000 na Força Aérea, 10.000 na Marinha e mais de 25.000 na Guarda Repúblicana, 1.000 militares não seja nada.
Mas há países têm proporcionalmente menos que nós.
Vi o Ministro da Defesa sobreavaliar as presenças portuguesas no estrangeiro.
O ministro não falou do numero de militares dos outros países...
Mas que pelo menos alguma coisa se faça.
É pouco mas é melhor que nada.
E lá estou eu a aceitar o tradicional miserabilismo e falta de iniciativa...