Algum tipo de influência haverá sempre, porque afinal os chineses cooperaram com os técnicos russos durante os anos 90. Os russos colaboraram no desnvolvimento do J-10 que é uma aeronave ainda parcialmente baseada no MiG-21.
Mas a capacidade demonstrada pelos chineses para modificar o próprio J-10 que em alguns anos deu lugar ao J-10B, que do ponto de vista aerodinâmico supera tudo o que os chineses e os russos tinham até agora, leva a crer que os chineses estão de facto muito mais à frente que o que muita gente está disposta a aceitar.
O que caracteriza esta nova aeronave, que alguns chamam de J-20, embora até ao momento aparentemente se trate do J-14 é o facto de ser uma aeronave desenhada para ter uma assinatura radar muito reduzida. A configuração traseira, poderá lembrar a aeronave russa, mas na parte da frente, pura e simplesmente não há possibilidade de comparação possível.
Se o J-14 é derivado do MiG 1.44, então o Sukhoi T-50 (PAK-FA) seria apenas uma ligeira derivação do Su-27 «Flanker».
Os chineses recusaram participar do PAK-FA.
Inúmeros rumores afirmavam que eles recusaram a proposta russa, porque achavam o PAK-FA inferior ao modelo que eles tinham em desenvolvimento.
No entanto a possibilidade de influência de engenheiros do gabinete MiG nos anos 90, ou a possibilidade de eles terem pura e simplesmente vendido os planos do MiG 144 aos chineses para escapar da fome durante os anos 90, não se pode por de parte.
A Russia não tinha dinheiro para desenvolver uma aeronave quase de raiz e por isso o projecto com mais pernas para andar foi um derivado do Su-27 «Flanker». Já a China não tem os mesmos problemas de dinheiro e pode investir literalmente biliões num projecto praticamente novo. MAs por muito dinheiro que a China o país ainda não tem a capacidade tecnica e industrial para desenvolver tudo, o que aumenta as possibilidades de influência do MiG 1.44.
Há que lembrar também algo importantissimo:
Tanto a aeronave «stealth» russa como a chinesa, apresentam designs modernos, mas o que mais conta é o miolo do avião. Não só os motores mas os sistemas de combate e navegação e os armamentos utilizados.
Continua a haver pelo menos 20 anos de distância entre o F-22 e os chineses.
O problema para os americanos, é que os chineses estão a desenvolver-se a um ritmo mais rápido. A américa manterá a vantagem, o problema é que cada vez os chineses se aproximam mais.
Se eles ficaram com um atraso tecnológico de 5 anos por exemplo, o número poderá fazer a diferença, em termos de equilibrio.
Outra coisa completamente diferente são os países que poderão em teoria enfrentar directamente os chineses:
Taiwan - Demasiado pequeno e dependente do apoio americano
Japão - Com capacidade para desenvolver as suas aeronaves e um dos potênciais utilizadores do F-22, se forem levantadas barreiras
Índia - Que optou por seguir a via russa, seguindo uma via de emergência, que lhe pode garantir uma aeronave que permite à India responder à altura.
Nesta história, torna-se claro que a Europa está a ficar fora da corrida.
Se a China tem capacidade para desenvolver um caça Stealth e a Russia (ainda que derivado) também, onde fica a patética Europa ?