Pandur II

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2850 em: Abril 14, 2024, 11:26:05 pm »
O concurso SHORAD é para sistemas... SHORAD. O Madis é maioritariamente um sistema C-UAS, que provavelmente não corresponde a algum ou vários dos requisitos.

O que sair deste concurso, não é garantido que seja o único sistema SHORAD em uso nas FA portuguesas.
 

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raphael

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Re: Pandur II
« Responder #2851 em: Abril 14, 2024, 11:45:05 pm »
Já me perdi...este tópico é de quê? VBTP Pandur II?

Em cada tópico começamos num lado acabamos noutro.

Que tal está o emprego operacional dos Pandur? Estão a corresponder? Ou é só para imagem?
Um abraço
Raphael
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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2852 em: Abril 14, 2024, 11:59:09 pm »
Tecnicamente, há falta de uma versão SHORAD do Pandur.  :mrgreen:
 
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papatango

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Re: Pandur II
« Responder #2853 em: Abril 15, 2024, 11:49:03 am »
As viaturas Pandur-II foram compradas, e pronto ...
Para muitos eram uma substituição das Chaimites, e pronto ...
Em alguns casos, eram substituitos das Berliet, e pronto ...

Fez-se a mesma coisa que se faria com as Chaimites e Berliets, e pronto ...

As excepções são conhecidas, algumas unidades que aproveitam o fato de uma Pandur ser maior que duas Caimites, mas pouco mais.
O problema parece ser sempre o mesmo.

Quando se substitui um equipamento por outro, fica-se parado no tempo.

As Pandur são por isso, apenas Chaimites grandes, e pouco mais que isso.

A blindagem bnum ambiente de guerra moderna, é fraca, mas mesmo que seja modernizada, não se pode fazer a quadratura do circulo.
Bastaria olhar para a razia das BTR e BRDM na guerra da Ucrânia.

A questão da blindagem também é importante, por causa da capacidade anfíbia. a qual se for aumentada a blindagem, se vai provavelmente perder.

A viatura Pandur, no entanto, sendo muito maior que a Chaimite, é menor que a viatura Boxer, por exemplo, na qual vemos instaladas as torres de morteiro.

A questão que eu colocaria eram:

Nos teatros africanos, a blindagem precisa ser modernizada.
É necessário equipamento de poder de fogo. Não sendo uma torre, faz falta capacidade de apoio de tiro com morteiros auto-transportados.

Para operações noutros cenários, nomeadamente na Europa de leste. Realça-se  as ameaças NBQ e a necessidade de proteção de topo, drones e afins.
Para ter uma viatura como a Pandur, armada com uma metralhadora 12.7mm, seria preferivel utilizar M113 com blindagem adicional (perdendo capacidade anfíbia) que em áreas com planicies onde não é necessária uma viatura anfibia, mas onde as lagartas são uma vantagem tática.

No entanto, a probabilidade d e ocorrer um ataque quimico existe, mas pelo menos para já é reduzida. Por esta razão, o apoio de fogo com morteiros auto-transportados poderia utilizar o mesmo tipo de viatura que seria útil em África.

Viatura de engenharia / reboque / recuperação, sinceramente tenho algumas dúvidas sobre a sua utilidade em zonas humidas. Aparentemente se uma viatura Pandur ficar atascada na lama, não é outra Pandur que a consegue de lá tirar.

No entanto, como é evidente há uma vantagem em ter vários sistemas baseados na mesma plataforma, que é a da logística.
Esta questão no entanto levanta ainda mais problemas, no caso de se projetar um numero elevado de viaturas.
As peças de reposição implicam a necessidade de organizar uma linha de abastecimento própria.

O grande problema para a guerra na Europa, é que cada país europeu quer ter a sua industria, as suas viaturas, pensadas para as suas realidades, e o resultado é que mesmo as Pandur-II portuguesas têm muitas peças que não podem por exemplo ser intercambiadas com as das viaturas Pandur-II da Rep.Checa, por exemplo.

A União Europeia, se quiser começar a pensar com a cabeça, deveria começar por standardizar de uma forma clara, as dimensões dos pneus, eixos, tipos de parafusos, passos de rosca, de forma a que as viaturas possam vir de fábricas diferentes, mas grande parte dos seus componentes possam ser substituidos por componentes de outra viatura.

A NATO só conseguiu fazer isto em parte.
A confusão de armamentos na Ucrânia, é um exemplo e demonstração disso.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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mafets

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Re: Pandur II
« Responder #2854 em: Abril 15, 2024, 12:29:55 pm »
https://tecnodefesa.com.br/emprego-operacional-das-viaturas-pandur-ii-8x8-portuguesas-na-republica-centro-africana/



https://www.operacional.pt/vbr-8x8-tp-pandur-ii-127/


Citar
1. Threat Detection System; 2. Lança potes de fumo; 3.Escape de gases do motor; 4. O "V" invertido para identificação, em cima a pequena coluna do Thermal Identification Beacon; Porta o filtro NBQ (sob o algarismo); 5. Serra-cabos que protege o condutor

https://www.janes.com/defence-news/news-detail/portugal-seeks-to-upgrade-its-pandur-ii-afvs


Citar
A Portuguese Pandur II IFV is shown with an SP30 two-man turret armed with a 30 mm MK30-2 cannon and two 7.62 mm MAG58 weapons. (Victor Barreira)

Saudações


P.S. https://www.czdefence.com/article/modernization-of-pandur-ii-8x8-cz-the-main-attention-will-be-paid-to-the-weapon-station-or-combat-turret

https://www.janes.com/defence-news/news-detail/tdv-develops-new-pandur-ii-88-evo


"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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Pescador

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Re: Pandur II
« Responder #2855 em: Abril 15, 2024, 04:37:09 pm »
"As excepções são conhecidas, algumas unidades que aproveitam o fato de uma Pandur ser maior que duas Caimites, mas pouco mais.
O problema parece ser sempre o mesmo.

Quando se substitui um equipamento por outro, fica-se parado no tempo.

As Pandur são por isso, apenas Chaimites grandes, e pouco mais que isso."


É isso assim mesmo. É a mentalidade. Vão fazer umas missões. Fazem uns exercícios cá, umas paradas e pronto
Os generais, como na Marinha os almirantes, ficam satisfeitos e justificam a sua existência na rubrica vencimentos

Se houver duvidas, basta olhar para o lado e var os outros a preocuparem-se a ter equipamentos que potenciam as capacidades dos meios
 

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Pescador

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Re: Pandur II
« Responder #2856 em: Abril 15, 2024, 04:39:31 pm »
Já me perdi...este tópico é de quê? VBTP Pandur II?

Em cada tópico começamos num lado acabamos noutro.

Que tal está o emprego operacional dos Pandur? Estão a corresponder? Ou é só para imagem?

Acho que é sobre "coisas" que se podem colocar nas viaturas, nomeadamente Pandur para potenciar o seu emprego e sobrevivência. Seja AA ou AC ou os tais porta morteiros
 

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raphael

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Re: Pandur II
« Responder #2857 em: Abril 15, 2024, 04:59:09 pm »
E na RCA que é o emprego operacional efetivo...tudo na mesma...

Pode ser que em breve na Warriors mostrem o novo padrão de camuflagem da ONU, em vez do tradicional branco...
Um abraço
Raphael
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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2858 em: Abril 15, 2024, 05:17:34 pm »
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Quando se substitui um equipamento por outro, fica-se parado no tempo.

Em Portugal, sim, noutros países, não. Quem começou a adquirir viaturas blindadas 8x8, começou logo a tirar partido das suas capacidades acrescidas face a viaturas anteriores 4x4. Daí ter-se começado a ver cada vez mais a utilização de um blindado 6x6 ou 8x8 moderno para tarefas (e com equipamento) que anteriormente só seria possível em meios de lagartas, ou em muitos casos, não era possível de todo porque a tecnologia não existia. Basta comparar a diferença entre as soluções modernas, como RWS leves e compactas, vs as alternativas antigas, em que ou era atirador exposto, ou era uma grande e pesada torre para o mesmo fim.
Hoje, alguns modelos de RWS podem receber armamento extra, nomeadamente mísseis anti-tanque, algo que num veículo antigo obriga forçosamente a veículos especializados.

Um Pandur também permite opções que seriam impossíveis ou extremamente limitadas num APC de rodas mais antigo, como uma versão de 105mm, versão IFV de 25 a 40mm, SHORAD com torres mistas (canhão e mísseis, e algumas até radar vem incluído), etc.

Citar
A blindagem bnum ambiente de guerra moderna, é fraca, mas mesmo que seja modernizada, não se pode fazer a quadratura do circulo.
Bastaria olhar para a razia das BTR e BRDM na guerra da Ucrânia.

A questão da blindagem também é importante, por causa da capacidade anfíbia. a qual se for aumentada a blindagem, se vai provavelmente perder.

Os Pandur podem receber blindagem add-on, e portanto não precisam de incorrer numa "modernização". É claro que se perde eficiência nos consumos, mobilidade e capacidade todo o terreno. Não se perde capacidade anfíbia porque os nossos Pandur não a têm (os únicos que seriam anfíbios eram os dos Fuzileiros, dos quais não veio nenhum).

Citar
Para operações noutros cenários, nomeadamente na Europa de leste. Realça-se  as ameaças NBQ e a necessidade de proteção de topo, drones e afins.
Para ter uma viatura como a Pandur, armada com uma metralhadora 12.7mm, seria preferivel utilizar M113 com blindagem adicional (perdendo capacidade anfíbia) que em áreas com planicies onde não é necessária uma viatura anfibia, mas onde as lagartas são uma vantagem tática.

O M-113 é demasiado limitado, sendo que blindagem adicional não é comum de se ver em M-113 que não tenham recebido modernizações mais sérias. A potência do veículo é bastante limitada, e terão dificuldade em lidar com a blindagem extra. Tecnologicamente são obsoletos, e deve ser mais fácil aplicar blindagem add-on a um Pandur, que a um M-113. Para não falar que os Pandur nacionais possuem versões que os M-113 da BrigMec nem sonham. Só o Pandur II IFV retira o M-113 do debate.

Os M-113 neste momento são veículos de 2ª ou mesmo 3ª linha. São úteis para funções logísticas, ambulância, etc, e sobretudo para fazer número. De resto, não têm a mobilidade em estrada do Pandur, nem em todo o terreno de um blindado de lagartas moderno. A sua blindagem é provavelmente (quase certamente) mais limitada que a de um ST5, além de que um ST5 tem mais chances de pisar uma mina e a tripulação sobreviver.

Neste momento, as nossas forças blindadas são incapazes de sobreviver a um conflito de alta intensidade, pelo simples facto de que não possuem praticamente nada de responder a meios aéreos adversários (falta de SHORAD e C-UAS), nem têm capacidade contra bateria credível (falta the MLRS), nem têm capacidade de ultrapassar campos minados, e por aí fora, estando completamente dependentes de terceiros.

Como estão dependentes de terceiros, é bem mais provável que a participação portuguesa com meios de lagartas fosse com Leopard e M-109 inseridos em unidades espanholas, sendo que no máximo os M-113 seriam utilizados para fazer número na retaguarda. Os Pandur provavelmente serão inseridos em unidades similares e eles, provavelmente em regiões onde a questão da lama seja menos relevante, e onde seja possível tirar partido da mobilidade em estrada.
 

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PTWolf

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