Relações Portugal-África

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Lusitano89

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #30 em: Fevereiro 16, 2012, 06:20:38 pm »
Sonae Sierra entra na Argélia para desenvolver e gerir centros comerciais


A Sonae Sierra, empresa especializada em centros comerciais, anunciou hoje a entrada na Argélia, através da criação da Sierra Cevital, em parceria com o grupo argelino Cevital, para as atividades de desenvolvimento, gestão e comercialização de centros comerciais. "A parceria permite juntar as nossas competências e experiência no setor dos centros comerciais com o conhecimento que a Cevital tem do mercado argelino. Estamos certos que a combinação destes fatores irá ter um impacto positivo no desenvolvimento da nossa atividade na Argélia", afirmou o presidente da Sonae Sierra, Fernando Guedes de Oliveira.

A prestação de serviços de comercialização e de gestão de centros comerciais foi uma das estratégias da empresa do grupo liderado por Paulo Azevedo, para responder à crise internacional, que permite conhecer novos mercados, onde depois poderá avançar com investimentos diretos em projetos.

O parceiro da Sonae Sierra para a Argélia é a Cevital, um grupo argelino com interesses em diversas áreas de negócio, nomeadamente indústria alimentar, construção, fabricação de vidro e revenda automóvel e, mais recentemente, lançou-se na grande distribuição com a marca de hipermercados Uno.

Em comunicado, o administrador da Cevital, Salim Rebrab, disse que "a Argélia tem um défice de centros comerciais que possam oferecer uma experiência de lazer e de comércio moderna".

A Sonae Sierra realça que "para o setor dos centros comerciais, a Argélia é um mercado atractivo, com 36 milhões de habitantes, onde 60% da população tem menos de 30 anos, em franco desenvolvimento económico e com uma indústria dos centros comerciais com grande potencial de crescimento, pois tem uma Área Bruta Locável por habitante relativamente baixa - 5 metros quadrados/1.000 habitantes -, comparativamente com a União Europeia, por exemplo, que se situa nos 226 metros quadrados/1.000 habitantes".

"Em termos macroeconómicos, a economia Argelina apresentou uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto de 3,6 por cento em 2010, existindo perspetivas de atingir um crescimento anual de 3,5 por cento até 2013", acrescenta.

A Sonae Sierra tem 49 centros comerciais em operação, sendo que 31 destes centros se encontram fora de Portugal, nomeadamente em Espanha, Itália, Grécia, Alemanha, Roménia e Brasil, cinco em construção e outros seis projetos em diferentes fases de desenvolvimento em Portugal, Itália, Alemanha, Grécia, Roménia e Brasil.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #31 em: Março 15, 2012, 08:33:14 pm »
Santos Pereira apela a ida de empresas para a Argélia


As empresas portugueses devem procurar cada vez mais oportunidades na Argélia e as infra-estruturas podem ser uma boa oportunidade para exportar e investir, disse hoje o ministro da Economia num seminário sobre as trocas económicas entre os dois países. O ministro da economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, fez hoje a intervenção de abertura do Seminário Económico Portugal-Argélia, organizado pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, em Lisboa.

O governante recordou a viagem feita pelo seu gabinete e vários empresários àquele país, em Fevereiro, para afirmar que essa visita permitiu «reforçar ligações e contactos entre Portugal e Argélia» e levou ainda à criação de um grupo de trabalho entre os dois países para «identificar áreas onde as empresas podem reforçar os investimentos e as exportações».

Depois da primeira reunião deste grupo, em Fevereiro, na Argélia, hoje decorre a segunda reunião desse grupo de trabalho com representantes dos Governos dos dois países, no Ministério da Economia, em Lisboa.

Questionado pela Lusa à margem deste seminário sobre as áreas em que as empresas portuguesas devem apostar na Argélia, Álvaro Santos Pereira destacou os sectores ligados às infra-estruturas, que estão a ser alvo de um grande investimento naquele país do Norte de África.

O ministro destacou ainda os sectores têxtil e agro-alimentar e afirmou que há uma grande apetência por empresas relacionadas com as tecnologias de informação e comunicação. Santos Pereira deu ainda o exemplo de uma empresa de conservas portuguesa que estabeleceu negócios na Argélia depois de integrar a visita governativa ao país em Fevereiro

Presente no mesmo evento, o ministro da Indústria, das Pequenas e Médias Empresas e da Promoção do Investimento da Argélia, Mohamed Benmeradi, disse que Portugal já está actualmente presente no país do Norte de África nos sectores da construção civil, trabalhos marítimos e serviços, mas afirmou que há ainda muitas oportunidades para aproveitar já que «as trocas económicas [entre os dois países] ainda estão muito abaixo das potencialidades».

Tal como Santos Pereira já tinha afirmado, Benmeradi destacou precisamente o investimento que está a ser feito pelo Governo da Argélia nas infra-estruturas, caso de redes rodoviárias, caminhos-de-ferro, estruturas portuárias e aeroportuárias, oportunidades que as empresas portuguesas devem aproveitar, afirmou.

O ministro argelino disse ainda que nos últimos anos a Argélia tem sofrido um processo de transformação da sua economia, com a execução de várias reformas centradas, sobretudo, no fim dos monopólios e na entrega a privados de sectores antes nas mãos do Estado, para as quais o investimento estrangeiro é fundamental.

«Damos uma grande importância ao investimento privado enquanto instrumento de mudança da Argélia na economia mundial», disse Mohamed Benmeradi, que destacou ainda os avanços do seu país em termos de indicadores macroeconómicos que favorecem o investimento.

O ministro destacou o crescimento do PIB em seis por cento em 2011, a taxa de desemprego de 10 por cento (face aos 30 por cento de 2000) e a manutenção da inflação nos 4,5 por cento pelo segundo ano consecutivo.

No final deste seminário, vão realizar-se reuniões bilaterais entre empresas portuguesas e argelinas.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #32 em: Março 20, 2012, 12:28:20 pm »
Tripoli tem intenção de preservar contratos com Portugal


O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros disse hoje em Tripoli que é essencial preservar os interesses de Portugal e ajudar os líbios a abrir caminho no sentido das novas oportunidades num contexto constitucional. «É intenção das autoridades líbias preservar juridicamente a estabilidade dos contratos com Portugal», disse Paulo Portas que defendeu a manutenção dos interesses das empresas portuguesas no país.

«Era essencial preservar o lugar de Portugal no futuro de uma Líbia em transformação e que faz parte de sociedades islâmicas que estão também em transformação. Cada caso é um caso e é bom que haja na Europa países que sigam com atenção estes fenómenos», disse Paulo Portas aos jornalistas que acompanham a visita, no final de um encontro com o vice-primeiro-ministro e com o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição líbio.

Paulo Portas afirmou que em 2012 as trocas comerciais entre Portugal e a Líbia decresceram «como é normal a seguir a uma revolução», mas defendeu que agora é possível recuperar e sublinhou que a produção de petróleo tem conhecido progressos.

«Registo como elemento positivo que a produção de petróleo na Líbia já superou os 70 por cento face ao que era normal antes da revolução, o que significa que os líbios estão a reequilibrar, pelo menos, a área dos recursos naturais que é essencial para a economia deste país», afirmou o chefe da diplomacia portuguesa, numa referência à situação da petrolífera portuguesa no país.

«A GALP é tradicionalmente cliente dos recursos naturais da Líbia e manteve firme o seu compromisso com este país e foi até distinguida entre as companhias internacionais como uma das preferenciais. Portanto, Portugal é um país bem visto relativamente à transformação. Evidentemente, quanto mais normalidade existir na Líbia, mais podemos aproveitar de um clima de recuperação económica que ainda é muito incipiente, precisamente por causa da transição», explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

«É preciso abrir caminho para que haja mais oportunidades. A partir do momento que a Líbia fizer eleições, tiver um governo definitivo, pode tomar decisões que as empresas portuguesas estejam bem colocadas e há uma série de áreas onde há boas condições», acrescentou Paulo Portas.

O ministro sublinhou que o país enfrenta um período de transição.

«Temos de compreender que estamos numa fase de transição como nós próprios vivemos há quase quatro décadas e que quem os acompanhar e que quem os compreender e os ajudar, como nós tivemos a preocupação em fazer quer no Conselho de Segurança, quer no Comité de Sanções sobre a Líbia, obviamente será um país bem colocado para o futuro», referiu.

Paulo Portas tem ainda previsto hoje um encontro com empresários portugueses que mantêm interesses na Líbia.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #33 em: Março 27, 2012, 10:53:27 pm »
Empresas de mármores procuram oportunidades na Líbia


A crise da construção em Portugal levou sete empresas do sector dos mármores da região de Sintra, a criarem um consórcio que procura agora oportunidades de negócio na Líbia. A primeira missão empresarial à região terminou ontem e contou com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), da eurodeputada Ana Gomes e da Junta de Freguesia de Montelavar.
 
"O balanço da visita é positivo. Foram feitos contactos importantes com empresas de material de construção, arquitectos e pessoas ligadas ao sector na Líbia", avança Ana Gomes, ao Diário Económico. Já Lina Ardês, presidente da junta de Montelavar, realça que "o objectivo [da missão] passa por conhecer o mercado e criar oportunidades de negócio para as empresas portuguesas".
 
Participaram nessa missão sete PME, que empregam, cada uma, entre 18 e 22 pessoas. São elas a António Manuel Timóteo e Filhos, Duarte Cabeça - Mármores e Granitos, Duarte - Mármores e Granitos, Lucidal - Mármores e Cantarias, Mármores Timóteos, Pedra Única e Roufimar - Indústria de Mármores.

Diário Económico
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #34 em: Setembro 11, 2012, 07:53:14 pm »
Sonae Sierra reforça presença em Marrocos


A Sonae Sierra assinou o terceiro contrato de prestação de serviços de gestão do desenvolvimento de centros comerciais em Marrocos. O negócio com a marroquina Marjane, divulgado esta terça-feira no Porto, é mais um passo para o reforço da presença naquele mercado emergente, onde a empresa portuguesa entrou há um ano e meio. O CEO da empresa, Fernando Guedes de Oliveira, relevou ao SOL que, até ao final do ano, a Sonae Sierra espera «fechar mais contratos» no país do Norte de África, que tem mais de 34 milhões de habitantes.

«Eu diria que, no curto prazo, espero fechar mais 2 ou 3 contratos em Marrocos», disse ao SOL o administrador.

Para Fernando Guedes de Oliveira, o contrato assinado na última sexta-feira «confirma o sucesso» da aposta da Sonae Sierra naquele mercado e é «o reconhecimento do conhecimento e experiência» da empresa “em todas as áreas do negócio de centros comerciais”.

A Marjane pertence ao Grupo ONA e é a maior cadeia de hipermercados e supermercados a operar em Marrocos, país que em 2011 registou uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,1%.

O novo centro comercial resulta da remodelação e expansão da actual galeria e hipermercado Marjane Californie, em Casablanca, e tem abertura prevista para 2015.

Terá um total de 37.510 m² de área bruta locável, 168 lojas e 2.078 lugares de estacionamento.  

Para além da gestão de projecto e de engenharia durante toda a fase de desenvolvimento, a empresa da holding Sonae ficará responsável por criar o conceito de arquitectura e paisagismo, definir layouts comerciais, efectuar estudos de mercado, definir a estratégia de marketing e estudar a circulação e sinalização dos parques de estacionamento.

A Sonae Sierra entrou em Marrocos em Março de 2011, com a assinatura de um contrato com a Marjane e outra empresa marroquina, a Foncière Chellah (Grupo CDG – Caisse de Dépôt et de Gestion) para a prestação de serviços de desenvolvimento do projeto Marina Shopping Casablanca, que integra habitação, lazer e negócios. Em 2012, também com a Marjane, a empresa fechou contrato para o desenvolvimento de um centro comercial integrado no empreendimento imobiliário Ibn Tachfine, também em Casablanca.

SOL
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #35 em: Fevereiro 17, 2013, 03:54:56 pm »
Portugal vai construir 75 mil casas na Argélia no valor de 4 mil milhões de €€€


Portugal assinou hoje quatro protocolos com a Argélia no valor total de mais de 4 mil milhões de euros para a construção de 75 mil habitações e importação de material de construção.

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, está na Argélia desde sábado com uma comitiva de empresários portugueses para a formalização de acordos entre empresas portuguesas e argelinas com vista à construção de habitações naquele país do norte de África.
 
Em declarações à agência Lusa, o ministro da Economia e do Emprego adiantou que estes acordos são resultado de trabalho feito durante o último ano e revelou que os objectivos iniciais foram já ultrapassados.
 
«Nós viemos para Argel já sabendo que havia pelo menos três protocolos que iam ser assinados entre empresas argelinas e empresas portuguesas que iam dar azo a 65 mil casas, mas as coisas estão a correr muito bem cá e, por isso mesmo, houve um reforço desse entendimento e neste momento já temos quatro protocolos, onde se prevê a construção de 75 mil casas», adiantou Álvaro Santos Pereira.
 
Acrescentou que em causa estão valores superiores a 4 mil milhões de euros, valor que poderá «chegar perto» dos 5 mil milhões de euros caso se consiga assinar outros dois protocolos, previstos para meados de Março.
 
Os contratos assinados estão nas mãos de quatro construtoras portuguesas, estando previstos 20 mil fogos para o grupo Prebuild, que está igualmente envolvida na exportação de material de construção, 25 mil fogos para a empresa Paínhas, outros 20 mil para a Lena Construções e 10 mil para a Gabriel Couto.

Económico
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #36 em: Março 03, 2013, 03:22:34 pm »
Portugal devia apostar em «exportar» para o Quénia, diz cônsul honorário


Mais do que investir ou montar negócio, "Portugal podia olhar" para o Quénia com olhos de "exportar", defende o cônsul honorário, residente há duas décadas no país africano, que vai a votos na segunda-feira.

A embaixada de Portugal em Nairobi foi suprimida com a restruturação da rede externa diplomática e consular decidida pelo Governo e inscrita no Orçamento do Estado para 2013. Na sequência disso, José Saldanha foi convidado, no natal passado, a assumir funções de cônsul honorário.

Em entrevista à agência Lusa, de passagem por Lisboa, não escondeu "um certo orgulho" por "representar Portugal" em Nairobi, capital do Quénia.

O gestor e administrador delegado da Kenya Postel Directories - "joint venture" da Directel, subsidiária da Portugal Telecom, e da local Telkom Kenya - presta apoio à comunidade portuguesa, sem receber "retribuição monetária".

São poucos os portugueses que vivem no Quénia, mas José Saldanha compromete-se "a fazer um levantamento de todos", residentes de longa ou curta duração.

Mesmo antes de fazer esse retrato, o recém nomeado cônsul adianta já que o Quénia "tem mais espaço" para Portugal. Não para investir ou montar negócio, mas para "exportar", por exemplo vinho, aponta.

"Acho extremamente difícil, para um português, ir, assim de repente, investir no Quénia. O Quénia está muito dominado pela comunidade indiana, pela comunidade ismaelita. Os ingleses têm sempre uma palavra a dizer e a África do Sul está a fazer algumas investidas sérias", justifica.

No Quénia, "há muita gente a beber vinho" e "o vinho já tem preços mais acessíveis", mas só lá chegam "vinhos sul-africanos, com fartura, chilenos, argentinos, australianos", enumera. "Não percebo por que não fazemos um esforço e exportamos para lá também", lamenta.

Convicto de que o vinho não seria o único produto português com mercado no Quénia, José Saldanha promete "dar dicas" após estudar melhor o cenário.

Na segunda-feira, o Quénia vai a votos, em eleições gerais, para escolher presidente e representantes nacionais, regionais e locais.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #37 em: Abril 09, 2013, 10:55:19 pm »
Argélia está interessada no programa de privatizações do Governo


O ministro da Indústria argelino, Chérif Rahmani, afirmou hoje em Lisboa que a Argélia está interessada no programa de privatizações do Governo português, numa visita que está a efectuar a Portugal com uma comitiva de empresários argelinos. Acompanhado pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, - com o qual assinou na manhã de hoje uma série de protocolos de cooperação económica entre os dois países - Chérif Rahmani disse, em conferência de imprensa, que a Argélia esta interessada em algumas empresas públicas portuguesas.

"Portugal tem um grande programa de privatizações e a Argélia segue com grande interesse as oportunidades que estão abertas no sector público", afirmou o ministro argelino, acrescentando que o sector público "dos serviços, financeiros e outros sectores, como o industrial e tecnológico são extremamente interessantes para a Argélia".

Chérif Rahmani adiantou estar convencido que "as parcerias não são de sentido único e que devem ser reversíveis para criar uma corrente contínua das duas economias", até porque a Argélia "não é unicamente fornecedor de energia, pelo que estamos interessados em parcerias com um grande país".

O ministro argelino da Indústria alertou também que as soluções da crise para Portugal "não estão sempre a Norte mas também a Sul, não só pelas razões económicas, mas também por razões de segurança regional".

Álvaro Santos Pereira disse na mesma conferência de imprensa que, com a assinatura dos protocolos com a Argélia, Portugal está "a dar mais um passo importante para reforçar a cooperação entre os dois países. Um passo que está a ser feito no âmbito da indústria e na área da cooperação quer ao nível das TIC [empresas tecnológicas], quer ao nível da energia, da metalomecânica, dos têxteis e do calçado".

A intenção dos dois governos, segundo o ministro português, "é conseguir concretizar projectos concretos", como foi feito "há umas semanas no sector da construção de habitação", acrescentando que, nos próximos tempos, os projectos com a Argélia "podem somar até 4 mil milhões de euros".

O ministro da Indústria da Argélia está em Lisboa com cerca de 50 empresas argelinas que se reunirão num Fórum Empresarial Portugal-Argélia e vai ainda visitar a fábrica Sumol/Compal.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #38 em: Maio 17, 2013, 02:07:55 pm »
Marrocos é a janela de oportunidade para sectores estagnados


Sérgio Monteiro descreveu Portugal como um “showroom” que mostra as capacidades técnicas que as empresas portuguesas têm em áreas fundamentais para o momento de desenvolvimento que o Reino de Marrocos vive. A experiência de Portugal deverá ser partilhada com Marrocos tanto a nível empresarial como em termos de conceitos como as Parcerias Público Privadas.

“Marrocos precisa de Portugal”, afirmou o secretário de Estado das Obras Públicas , Transportes e Comunicações, durante a conferência Marrocos/Portugal: uma parceria estratégica, organizada pelo SOL. “Mas Portugal precisa muito dos países amigos para os sectores que já tiverem uma enorme importância em termos de empregos e criação de riqueza” acrescentou.

A vaga de investimento público em Marrocos poderá ser fundamental para a recuperação económica do mercado português. O secretário de Estado das Obras Públicas , Transportes e Comunicações falou das empresas portuguesas como detentoras de uma enorme experiência e capacidade de adaptação.

Sérgio Monteiro alertou ainda para o facto de Portugal e Marrocos não poderem ver a sua oferta de serviços, nomeadamente portuários, como concorrentes, mas sim como complementares. “Tanger não concorre com Sines, Sines não concorre com Lisboa e Lisboa não concorre com Tanger”.

As relações diplomáticas e económicas entre os dois países deverão manter um contacto permanente para que seja possível garantir que os interesses estão alinhados. “Aceitamos humildemente que precisamos de fazer mais e melhor, estimulados pelo facto de Marrocos precisar muito de Portugal e Portugal precisar muito de Marrocos”, concluiu.

SOL
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #39 em: Junho 17, 2013, 03:53:11 pm »
Mota-Engil ganha obras de 500 milhões de euros em África


A Mota-Engil anunciou no domingo ter ganho a adjudicação de obras em vários países africanos, no valor de 500 milhões de euros, projectos que incluem a entrada da empresa nos novos mercados da Zâmbia e Gana. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil informou sobre a adjudicação de três contratos para a reabilitação de três secções da “Great East Road” na Zâmbia, com o valor total de 118,6 milhões de euros.

De acordo com a construtora, as obras na Zâmbia estão enquadradas no programa de apoio europeu ao desenvolvimento do país do centro africano, que faz fronteira com outras três nações onde o grupo já opera: Angola, Malawi e Moçambique.

“A Zâmbia é um dos países que tem vindo a ser estudado pelo grupo, com vista a concretizar a sua visão de empresa pan-africana, contribuindo para o desenvolvimento de toda a região subsariana”, refere a Mota-Engil em comunicado.

No Gana, a construtora ganhou a adjudicação da obra de protecção costeira em Accra, no valor de 70 milhões de euros.

Para a Mota-Engil, esta obra “demonstra a capacidade da empresa nas diversas vertentes das infra-estruturas de desenvolvimento da região, acrescendo às recentes adjudicações de estradas, barragens (…) uma obra marítima”.

A empresa informou também que recentemente obteve a adjudicação da obra de reabilitação e adaptação da linha do Sena, em Moçambique, para o aumento de capacidade da linha férrea Beira-Moatize. Estes trabalhos, a realizar em parceira com Edivisa, ascendem a 162,7 milhões de euros.

No Malawi, a construtora ganhou o projecto de reabilitação de 100 quilómetros de linha férrea do Corredor de Nacala, entre Nkaya e Entrelagos, com a duração prevista de 78 milhões de euros.

Já em Angola, diversos projetos não especificados totalizam cerca de 50 milhões de euros.

No comunicado, a Mota-Engil destacou ainda “a recente adjudicação do primeiro contrato para a recolha de resíduos, durante cinco anos, na cidade de Maputo, alargando para Moçambique a actividade deste segmento de diversificação dos negócios do grupo em África, que até agora só se havia expandido para Angola”.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #40 em: Junho 17, 2013, 05:04:47 pm »
Citação de: "Lusitano89"
Mota-Engil ganha obras de 500 milhões de euros em África


A Mota-Engil anunciou no domingo ter ganho a adjudicação de obras em vários países africanos, no valor de 500 milhões de euros, projectos que incluem a entrada da empresa nos novos mercados da Zâmbia e Gana. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil informou sobre a adjudicação de três contratos para a reabilitação de três secções da “Great East Road” na Zâmbia, com o valor total de 118,6 milhões de euros.

De acordo com a construtora, as obras na Zâmbia estão enquadradas no programa de apoio europeu ao desenvolvimento do país do centro africano, que faz fronteira com outras três nações onde o grupo já opera: Angola, Malawi e Moçambique.

“A Zâmbia é um dos países que tem vindo a ser estudado pelo grupo, com vista a concretizar a sua visão de empresa pan-africana, contribuindo para o desenvolvimento de toda a região subsariana”, refere a Mota-Engil em comunicado.

No Gana, a construtora ganhou a adjudicação da obra de protecção costeira em Accra, no valor de 70 milhões de euros.

Para a Mota-Engil, esta obra “demonstra a capacidade da empresa nas diversas vertentes das infra-estruturas de desenvolvimento da região, acrescendo às recentes adjudicações de estradas, barragens (…) uma obra marítima”.

A empresa informou também que recentemente obteve a adjudicação da obra de reabilitação e adaptação da linha do Sena, em Moçambique, para o aumento de capacidade da linha férrea Beira-Moatize. Estes trabalhos, a realizar em parceira com Edivisa, ascendem a 162,7 milhões de euros.

No Malawi, a construtora ganhou o projecto de reabilitação de 100 quilómetros de linha férrea do Corredor de Nacala, entre Nkaya e Entrelagos, com a duração prevista de 78 milhões de euros.

Já em Angola, diversos projetos não especificados totalizam cerca de 50 milhões de euros.

No comunicado, a Mota-Engil destacou ainda “a recente adjudicação do primeiro contrato para a recolha de resíduos, durante cinco anos, na cidade de Maputo, alargando para Moçambique a actividade deste segmento de diversificação dos negócios do grupo em África, que até agora só se havia expandido para Angola”.

Lusa

50 milhões de euros em luvas, os chefões do poder andam a ficar caros!
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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miguelbud

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #41 em: Junho 17, 2013, 09:17:10 pm »
Citar
A construtora portuguesa Monte Adriano vai assinar este mês com o Governo cabo-verdiano o contrato para a execução do Projecto de Ordenamento das Bacias Hidrográficas de Flamengos e Principal, a edificar no concelho de São Miguel (Santiago).

Segundo noticia a imprensa de Cabo Verde, as obras são financiadas pelo Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA), num empréstimo de 10 milhões de dólares (7,7 milhões de euros), permitindo construir duas barragens, 19 diques para captação de águas superficiais e 25 outros para águas subterrâneas.

O Ordenamento das Bacias Hidrográficas de Flamengos e Principal prevê ainda abrir e equipar 15 furos e construir 34 reservatórios de água nas imediações, 19 deles com capacidade para 30 metros cúbicos e os restantes para 100 m3, sem contar com as redes de distribuição de água.

A barragem de Flamengos, orçada em 358 mil contos (3,2 milhões de euros), vai armazenar 852 mil metros cúbicos de água por ano, devendo as obras arrancar já em Julho, sendo de 15 meses o prazo de execução.

A de Principal vai permitir armazenar mais de 1,2 milhões de metros cúbicos de água.

Quando as barragens começarem a funcionar, haverá pelo menos mais 60 hectares de áreas irrigadas, o que permitirá aos agricultores intensificar e diversificar as culturas de regadio e aumentar a produção, aumentando, paralelamente, o rendimento das famílias e diminuindo a pobreza.

Prevê-se que se mobilizem dois milhões de metros cúbicos de água por ano, permitindo ainda um aumento exponencial da produção agrícola e pecuária na região nordeste da ilha de Santiago e potenciar o agronegócio como um dos ramos mais sólidos e promissores da economia cabo-verdiana.

O projecto vai beneficiar de forma directa 764 famílias das ribeiras de Flamengos e Principal.
@ diário económico
 

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Lusitano89

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #42 em: Agosto 31, 2013, 05:27:31 pm »
Ateliê luso projeta Arquivo Nacional do Sudão do Sul


O ateliê S&F - Sítios e Formas, em Coimbra, venceu um concurso lançado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para desenhar o mais jovem Arquivo Nacional do mundo, no Sudão do Sul.  
 
A empresa portuguesa foi a eleita entre cinco finalistas a concurso, sendo as outras candidaturas oriundas da França, Holanda, Espanha e EUA, sendo que a equipa vencedora contou com nove elementos do ateliê luso, cujo trabalho foi realizado em parceria com três colegas do Sudão do Sul.

Organizado pela UNOPS (United Nations Office for Project Services), o concurso internacional visava dotar o Sudão do Sul, país formado há dois anos, de um edifício que preserve as suas memórias documentais e reforce a sua identidade nacional

O projeto luso tem por base uma cobertura icónica com jardins de som, que resulta numa "integração perfeita na paisagem envolvente". Conta ainda com "uma estética evocativa dos traços culturais emblemáticos do mais jovem país do mundo, marcando um sentimento de afirmação e identidade".

Segundo José Oliveira, responsável da Sítios e Formas, o objetivo era que o edifício fosse "muito funcional, com um espaço capaz de tratar e analisar os vários registos do património cultural do Sudão do Sul". Em declarações à Lusa, o responsável acrescenta que era igualmente importante "garantir a sustentabilidade do edifício, bem como uma componente estética que tenta representar as aspirações de um país novo", independente desde 2011.

As cores usadas "pretendem refletir um ambiente de unificação", sendo que o material dominante "é a pedra", de encontro a  "uma realidade muito local, em que se aproveita a pedra de uma montanha próxima e a utilizam para todo o tipo de construções".

Destaque ainda para "o mobiliário urbano", que será colocado numa zona aberta, pretendendo que, com determinados movimentos do vento ou a partir do sopro, se crie "um jardim de sons".

O edifício deverá ser construído em 2014, em Juba, capital do Sudão do Sul, numa iniciativa que conta com o financiamento do governo norueguês, o governo sul-sudanês e a UNESCO.

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #43 em: Fevereiro 27, 2014, 05:09:58 pm »
Congo: Empresa lusa assina negócio de 10,4 milhões de €€


A portuguesa Bysteel vai participar na construção de 12 unidades hospitalares na República do Congo, um projeto que visa dotar este país africano de novas infraestruturas na área da saúde. Um negócio que vai valer 10,4 milhões de euros.

A Busteel, empresa do grupo dst, vai exportar estruturas metálicas para construir hospitais nas principais regiões do país - Brazzaville, Kinkala, Pointe-Noire, Loango, Ewo, Owando, Djambala, Impfondo, Ouesso, Sibiti, Dolisie e Madingu – naquela que será primeira operação do grupo dst na República do Congo. Os trabalhos arrancam já no final deste mês, na capital Brazzaville, com conclusão prevista para meados de Junho.

Com um valor de 10,4 milhões de euros, a empreitada a cargo da Bysteel compreende a conceção, fornecimento e fabrico da estrutura metálica e cofragem colaborante das coberturas, projeto para o qual será determinante a inovação e utilização de tecnologias de ponta da empresa.

Em comunicado de imprensa enviado ao Boas Notícias, José Teixeira, presidente do Conselho de Administração do grupo dst, afirma que estas empreitadas “são fundamentais para abrir portas a um novo mercado e reforçam o esforço de internacionalização por parte do grupo”, frisando ainda que este é também o reflexo “do trabalho de referência” que a dts “tem vindo a desenvolver em vários outros países”.

Grupo emprega mais de 1000 trabalhadores

Fundado em Braga, o grupo Domingos da Silva Teixeira (dst) emprega hoje cerca de mil trabalhadores, desenvolvendo a sua atividade na engenharia civil, setor que está na sua origem e no qual é uma referência e nível nacional.

O grupo dst tem alargado o seu portfólio de negócios expandindo as suas áreas de intervenção a setores como Água e Ambiente, Telecomunicações, Energias Renováveis e Ventures, com investimentos em curso quer a nível nacional, quer a nível internacional.

Boas Notícias
 

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Re: Relações Portugal-África
« Responder #44 em: Março 01, 2014, 11:15:29 pm »
BCP na mira da Guiné Equatorial


Além do Banif, o país está interessado em ter uma posição no BCP. Está em estudo uma parceria com angolanos para a entrada no banco controlado pela Sonangol, através de um fundo de investimento. Luís Amado foi determinante para a adesão do país à CPLP. A Guiné Equatorial está interessada em investir no BCP, uma vez concretizada a compra de 11% do Banif. A entrada no capital do banco deverá ser feita através de um fundo de investimento, estando em estudo uma parceria com investidores angolanos, soube o SOL.

Angola tem sido um aliado fundamental na entrada do país na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). No ano passado, foi José Eduardo dos Santos quem garantiu ao seu homólogo da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que entraria na organização em 2014. “O Presidente dos Santos assegurou que a Guiné Equatorial vai entrar na próxima reunião”, disse Obiang à imprensa, no final de uma visita a Luanda.

A cooperação crescente entre os dois países produtores de petróleo acentuou-se com a deterioração das relações da Guiné Equatorial com França, o seu parceiro histórico. O novo foco estratégico do país passa por reforçar as ligações com os países da CPLP, sobretudo Angola.

As relações entre os dois países cruzam-se agora em Portugal. A Sonangol, a petrolífera estatal angolana, é o maior accionista do BCP, com uma posição de 19,44%. E a InterOceânico, uma sociedade luso-angolana presidida por Carlos Silva, tem 2,1% do capital do banco. Ainda não é claro de que forma poderá ser concretizado o investimento da Guiné Equatorial. O BCP não comunicou ao mercado qualquer plano de aumento de capital, pelo que a intenção pode passar pela aquisição de acções em bolsa - a maioria do capital do banco (65%) está disperso por accionistas com menos de 2% - ou pela compra de uma posição junto dos actuais accionistas qualificados.

Neste momento, além da Sonangol e da InterOceânico, o banco tem participações qualificadas do banco Sabadell (4,27%), do grupo Berardo (3,06%), da EDP (2,99%) e do grupo Estêvão Neves (2,1%).

Contactado pelo SOL, o BCP diz desconhecer qualquer intenção de compra - que terá de ser comunicada à CMVM, caso ultrapasse os 2% do capital. No caso do Banif, foi assinado um memorando de entendimento que prevê a entrada de uma “empresa da Guiné Equatorial”, cuja designação não foi referida, num investimento que pode ir até 133,5 milhões de euros (11% do capital).

A economia do país é sustentada pelo petróleo e pelo gás, dois sectores que representam mais de 90% do PIB. As maiores empresas estatais são as que operam nesses sectores: a Sonagás e GEPetrol. As duas sociedades têm sido apontadas como as futuras compradoras do Banif, mas há outras possibilidades, uma vez que o país está a constituir novos veículos financeiros para diversificar a economia.

Este mês, o Governo de Obiang anunciou a criação de um fundo de investimento com mil milhões de dólares (cerca de 730 milhões de euros) para captar investidores estrangeiros que, em parceria, invistam em áreas fora do petróleo e do gás.

Segundo o ministro das Finanças do país, Marcelino Owono Edu, o fundo designa-se Holdings Equatorial Guinea 2020 e servirá para atrair capital para sectores como a agricultura, pescas, petroquímica, turismo, minas e serviços financeiros.

O memorando assinado com o Banif, por exemplo, prevê “iniciativas de colaboração no sector bancário em condições que venham a ser acordadas entre as partes”.

O Banco de Portugal, que terá de pronunciar-se sobre a entrada da Guiné no Banif, recusa-se a comentar a questão. Mas, ao que o SOL apurou, o regulador estará perto de pronunciar-se favoravelmente e está já informado das intenções de investimento no BCP. A reserva é também a opção do presidente da Associação Portuguesa de Bancos. Faria de Oliveira disse ao SOL que “não se pronuncia sobre questões dos associados”.

Amado fez a aproximação

A aproximação da Guiné Equatorial ao Banif deu-se depois de anos de estreitamento das relações com Portugal, a nível diplomático e comercial. Luís Amado, hoje presidente do Conselho de Administração do Banif, teve um papel determinante na entrada da Guiné Equatorial na CPLP, que deve ser formalizada na cimeira da organização de Julho, em Díli, Timor, depois de um parecer favorável dos ministros dos Negócios Estrangeiros, na semana passada.

Enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros dos governos de Sócrates, Amado presidiu ao Conselho de Ministros da CPLP, numa altura em que a entrada do país na organização passou à agenda diplomática. Fez uma visita oficial ao país com uma comitiva de empresários e recebeu em Portugal o seu homólogo da Guiné Equatorial.

O país é observador associado da CPLP desde 2006 e fez um pedido formal de adesão há quatro anos. O tema ganhou destaque nas últimas duas cimeiras de chefes de Estado e de Governo da organização: em 2010 em Luanda e em 2012 em Maputo.

Com o actual Governo, a política de aproximação teve continuidade. Em Janeiro, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Luís Campos Ferreira, fez uma visita de dois dias ao país, com o objectivo de “contribuir para o reforço das relações entre os dois Estados” e assinar protocolos de cooperação. A deslocação implicou contactos com as principais figuras da República da Guiné Equatorial, como o Presidente Obiang, a inauguração de uma exposição alusiva ao fado e um concerto da fadista portuguesa Katia Guerreiro no Centro Cultural de Malabo, capital da Guiné Equatorial.

SOL