Caro concidadão ,
Espero ainda vir a tempo de dar a minha opinião. No contexto militar actual e mesmo num passado recente quando cumpri o meu serviço militar ainda obrigatório e de 18 meses as especializações eram e são cada x mais uma necessidade imperiosa e já não se fala muito nos meios mais profissionais das FA de corpos militares mas sim de grupos de trabalho.
As ditas diferentes tropas especiais de Portugal têm um objectivo diferente e cada uma delas não é mais ou menos rigorosa mas sim com treinos especificos para cada uma das suas áreas , há que notar que a treino base fisico é muito identico variando as condicionantes do terreno e clima.
Os comandos são tropas preparadas não só fisicamente como também psicológicamente como tropas de choque , em que o objectivo será serem empregues em cenários de grande violência e por periodos curtos tais como ataques relampago , forças de 1º ataque em invasões e etc ...para isso t^m ou tinham , já não conheço o actual contexto , uma preparação psicológica diferente dos outros o que por x metiam os mais "xicos espertos" em alhadas pois eram ensinados a considerarem-se rambos , os fuzileiros navais são tropas também de choque mas para uma componente de invasão ou infiltração por via maritima , o seu contexto especifico de campo de batalha origina que o seu treino seja realizado em ambientes costeiros e com mais promenor técnico e de orientação , os para-quedistas eram inicialmente um corpo de infiltração e invasão por via aéria , por isso estes corpos tinham até á bem pouco tempo alguma dimensão , eram na sua essência tropas de invasão com uma capacidade fisica e de combate reconhecida no entanto no seu seio e porque não é habito nas nossas FA ( e tb em outras ) partilharem recursos humanos , todos estes corpos desenvolveram pequenos grupos de especialização que por x colidem com as especializações dos outros corpos.
Por último as operações especiais são a meu ver um corpo mais técnico e de menor dimensões porque a sua função não é o embate ou combate numa batalha convenconal mas sim a recolha de informações , patrulhas de longo raio de acção com vista a sabotagens , assassinio de personalidades ou outras entidades , reconhecimento de objectivos , destruição de pontos chave nas organizações inimigas , apoio e formação de actividades de guerrilha , etc ... por isto os elementos do OE têm uma formação especifica muito abrangente porque o seu objectivo implica a inserção por meios aérios , navais ou terrestres em territorio inimigo , o combate corpo a corpo , o manuseamento de vários tipos de armas inclusivê do inimigo , explosivos , etc ...
Ta como tentei explicar todos os corpos de tropasespeciais são bons , depende um pouco dos seus objectivos , do seu modo de ser e isso será avalidado na sua candidatura ; pode não ter perfil para comando e ter para fuzileiro e isso nã é um drama . Qd eu tive de cumprir serviço militar , já que era obrigado a ir e ao ser questionado ofereci-me para os fuzileiros mas como nem era o periodo correcto de ingresso e porque na altura não precisavam de um novo contigente não fui , acabei por entrar no curso de milicianos ( na altura ainda existia , agora não sei ) , entrei numa noite em Mafra e no dia a seguir estava em Lamego no OE e gostei imenso , embora com bão estava muito preparado tenha sido cansativo mas engraçado , aprende-se literalmente a lidar com os nossos receios e limites .
Se quer testar os seus limites psicológicos e gosta da figura de rambo então vá para os comandos , se gosta de adrenalina pura e cenários de movimentações rápidas vá para os paraquedistas , se gosta de ambientes maritimos , fuzileiros , se se considera uma pessoa mais calma , ponderada mas ainda assim com capacidade fisica boa vá para OE .
Mas nas FA não existem só estes corpos e eles não vivem nem têm algum valor sem os outros que os apoiam e que mtas x não têm o valor reconhecido , os fuziliros não vão a lado algum sem o pessoal da marinha lhes providenciar apoio naval para as inserções como retiradas , os comandos necessitam da artilharia e companhias de apoio de combate , os paraquedistas necessitam de um bom grupo de pilotos , mecânicos de terra , pessoa de apoio de terra , etc ...para que consigam desempenhar a sua missão , os rangers necessitam também mas em menos escala dos grupos de apoio de combate , pilotos , mecânicos , pessoal de comunicações (Mt importante) , pessoal do nstituto de cartografica ( não iamos a lado algum se não tivessemos cartas , mapas , etc ...) e muito mais especialidades .
E realmente a desi~gnação de tropas especiais é um pouco injusta e ainda reporta á mitologia da guerra do ultramar , por exemplo o pessoal da brigada mista independente tem ( ou em 89 tinha) bastnates competencias técnicas nas suas áreas de especializações , cheguei a treinar em conjunto com algumas unidades e vi que eles treinavam todos os dias , fazam exercicios de fogo real , não era vida fácil ... e não me levem mal os comndos , os páras ou outros mas não acredito que uma secção de elementos destes grupos possam fazer frente a uma esquada de M60 ou mesmo M113 ... cada um na sua especialização.
Se ainda está indeciso aconselho a que pense no que quer fazer após sair do serviço militar , se a ideia é continuar a estudar pode e deve recorrer a serviços técnicos das FA que t^m uma mt boa formação , escola da marinha , F.aéria , etc ... existem ainda algumas carreiras bem remuneradas no mundo civil que vão buscar os seus elementos ás escolas de especialidade das FA .
Agora há um conjunto de tropas de elite que nós temos e que t^m uma certa aura e capacidades impares que são o DEA dos fuzileiros mas para se pertencer a este restrito grupo ... bom não é qq um ...
Um abraço e desculpa o texto longo.