O QUE É REALMENTE GRAVE NO NOSSO EXÉRCITO !

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balburdio

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« Responder #45 em: Novembro 02, 2005, 11:08:24 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "balburdio"
O povo só tem o governo que quer nas monarquias populares em que é ele que coroa o rei, como em 1385

E no século XXI, o que é que o Rei tem a ver com o governo do país...só se for na Arábia Saudita... :roll:

Cumprimentos
B. Pereira Marques


E outros países civilizados
 

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balburdio

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« Responder #46 em: Novembro 02, 2005, 11:11:29 pm »
Citação de: "Mar Verde"
claro! tinha-me esquecido o quanto o povo é estúpido e burro, e facilmente manipulável por meia dúzia de jornais e televisões

...
pois claro, e todos sabemos porquê: não existiam televisões nem jornais em 1385


É pior ainda, o povo é manipulado e não se dá conta disso!
 

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PereiraMarques

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« Responder #47 em: Novembro 02, 2005, 11:20:30 pm »
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E outros países civilizados


Claro...Bahrein, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Brunei... :lol:  :lol:

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

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balburdio

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« Responder #48 em: Novembro 02, 2005, 11:59:57 pm »
Citação de: "papatango"
No entanto é a imagem que os americanos têm, e que os ingleses também corroboram.
Além disto, é feita por oficiais do país que ganhou a segunda guerra mundial.
Os anglo-saxónicos sempre foram uma perfeita nulidade a compreenderem outros povos, além de reconhecidamente parciais.

A corroboração Inglesa aliás é fabulosa, um país que mantinha chefias bafientas e uma hierarquia rígida ainda moldada nos mesmos fundamentos nobiliarquicos da época victoriana.
Aliás basta ler as memórias de Churchill para perceber quanta inépcia havia na máquina militar britânica.
Enquanto que do lado alemão encontramos literalmente, dezenas de excelentes oficiais superiores, no campo aliado são raríssimos os que passam o crivo da censura, como talvez Patton que mais não fêz que imitar Rommel e Guderian, com sucesso.
Aliás a própria condução da guerra é um enorme e profundo atestado de incompetência aos exércitos aliados, que apesar da enorme superioridade numérica e material desde o 1º dia de guerra, não perderam a guerra por pouco. Aliás é difícil atribuir a vitória aos americanos, é hoje perfeitamente aceite que sem o esforço sovietico nada teria sido possível. A superoridade aliada era temporária e seria largamente compensada pela superioridade militar e tecnológica alemã.



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África, é feita exactamente pela nova geração que foi criada e instruida pelos americanos. É essa nova geração que começa a guerra, e é essa geração que a começa a planear ainda em 1958.
É uma ideia errada que peca pela superficialidade.
A instrução americana é meramente técnica, a dotrina militar Portuguesa segue as linhas traçadas pelo regime em todos os aspectos.
Daí que em contraste com a total falência da dotrina norte-americano no sudeste asiatico, o nosso esforço de guerra, em condições muito mais precárias que as enfrentadas pelos americanos, deram bons resultados na maioria dos casos.


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Mas eu arrisco mesmo dizer-lhe mais[/b]:

Havia em África, entre as unidades operacionais um espirito de corpo decorrente da necessidade, que fazia com que em grande parte dessas unidades as diferenças quase monarquicas que existem entre oficiais, sargentos e praças, (e que os americanos consideraram como um cancro) fossem em grande medida erradicadas.

Isto acontece, porque quem combatia em África, e cada vez mais lá ficava, eram os milicianos, porque muitos dos senhores do Quadro Permanente, começaram a entender os "esquemas" e em 1973, já se sabia como "escapar" de ir para uma unidade operacional.

Em 1974, havia um tremendo mal estar nas Forças Armadas, sabe porquê?

-Porque muitos oficiais e sargentos do QP,não gostavam do facto de os milicianos os estarem a ultrapassar na preferência para promoções, porque quem estava a limpar o pó às cadeiras nos Estados Maiores, não tinha tanta facilidade em ser promovido, porque havia muita gente que ficava irritada por ser preterida na promoção, mas esquecia-se que as promoções de milicianos decorriam da falta de homens para ir para a guerra, arriscar a vida.
Mais politiquice!
Se eram os do QP que estavam insatisfeito, porque carga de água é que foram os milicianos os 1ºs a alinhar no golpe de estado.
Depois é falso que os oficiais do QP fugissem á guerra, basta ver a biografia dos oficiais activos e na reserva com idade para terem estado em África.
De facto o único mal estar que havia em 1974 era uma certa falta de motivação dos oficiais milicianos que não eram verdadeiramente militares de formação e convicção. Falta de motivação essa endémica de toda e qualquer força militar que tenha de recorrer a milícias.
Já Maquiavel alertava para esse perigo!



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Estava tudo bem, se fosse suposto os médicos militares servirem para fazer consultas de odontologia e ginecologia, ou para fazer operações às amigdalas.

Os hospitais militares e os medicos militares devem servir para operar feridos decorrentes de operações militares, e mais nada que isso.
Dado que não estamos em guerra, seriam portanto inúteis. Creio bem que prefiro um cenário onde eles tem alguma utilidade.
Além de que acho perfeitamente justo que quem tem por incumbência defender a Pátria com risco da própria vida, tenha direito a algumas mordomias.

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Lembro-me de um caso em que por mandar um recruta para um hospital civil, me disseram que o pobre coitado do  recruta devia ter sido mandado  com uma perna partida, para um hospital em Lisboa, a muitos mais quilometros de distância, porque disseram-me "...Nós temos os nossos proprios hospoitais, não temos que andar a pagar aos hospitais  civis..."
Se num cenário de guerra fize-se uma coisa dessas arriscava-se a um tribunal militar.


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Cabe na cabeça de alguém que coisas simples como arrancar um dente, curar uma gripe, sejam coisas a tratar nos Hospitais Militares, quando não temos médicos capacitados à altura para operações em situação de emergência?
Estaria tudo muito bem se isso fosse completamente verdade, há uma capacidade considerada abaixo da desejável, o que não quer dizer que essa capacidade não exista ou seja de má qualidade, muito pelo contrário.



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Eu sou daqueles que até aprecia os livros de Antonio José Telo, e isto está no livro Portugal e a Nato, de autoria dele.
Se tem algum dado que prove que é piada de caserna, talvez fosse interessante revelar. :D

A prova está em que de facto vieram aparelhos dessa geração (P-47D) para Portugal, a título interino, conforme solicitado por nós.
Na altura a principal prioridade era manter a operacionalidade na transição da Aeronautica militar para a Força Aérea, coisa que seria impossível sem meios interinos.
 

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balburdio

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Re: O QUE É REALMENTE GRAVE NO NOSSO EXÉRCITO !
« Responder #49 em: Novembro 03, 2005, 12:42:46 am »
Citação de: "Artífice"
Portanto, está a referir-se às modernas e simples armas ligeiras certo ?

-Então e os modernos sistemas de armas mistos ou simples (canhão/míssil) de defesa aérea por Ex. com sistemas radar  de aquisição e tiro integrados ou separados, que sofreram uma evolução abismal nos últimos anos, dos quais nenhum passou por cá e já têm várias gerações de desenvolvimento.
E os sistemas míssil/radar de defesa costeira para substituír a extinta artilharia de costa ???
..
Muito mais simples de operar que os sistemas de tiro ópticos até agora utilizados.
Quanto a radares de artilharia, os que temos são mais difíceis de operar que os mais modernos.
Hoje operar um qualquer sistema de armas complexo é algo ao alcançe de um leigo, basta uma sucinta instrução. Os modernos sistemas de armas são desenhados com isso em mente, quanto menos um utilizador gastar em formação mais interesse vai ter em adquirir o sistema.


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- Concordo, mas daí a terem sido adquiridos e distribuídos...
Existem em algumas unidades.


Citação de: "Artífice"
- Sim, em termos de tripulação tudo bem, mas, e o resto ?
Aquilo que não se vê e que está por trás da operacionalidade do carro ?
Pois, a manutenção, o pessoal formado e actualizado em optica/electrónica, hidraulicos/motores, armamentos... E as modernas instalações para esses trabalhos ?
É a mesmíssima coisa, a maioria dos sistemas são desenhados para permitir reparações no terreno, pelas próprias tripulações ou por meios de engenharia mediante operações tão simples que uma criança poderia desempenhar.
Quanto a intervenções mais profundas (aos componentes), os meios modernos não são propriamente coisas de ficção movidas a fusão nuclear, se há coisa que distingue um motor diesel moderno é a maior modularidade do seu desenho o que facilita enormemente as intervenções técnicas. Hoje falamos menos de um mecânico no sentido clássico do termo, mas de um técnico de mecânica. Ora formar um bom mecânico à moda antiga é um bico de obra, formar um técnico é algo que já vem incluido no pacote.


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-Ok em termos de armas ligeiras estamos de acordo, embora que era indispensável um pequeno upgrade para a G 3 ter mais 30 anos de vida.
As mais modernas já integram muitos componentes em plástico.
E existem muitos kits no mercado que transformam a G-3 numa arma integrada no conceito do sistema soldado.


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A MG-42 ? aquela que aínda tem as àguias alemãs gravadas nas peças ?
- É uma maravilha não há dúvidas, mas sabe quantos anos de serviço tem ? Se há quem diga que a G 3 é velha então a MG 42 o q será ? Para além de que é um bacalhau de tal tamanho que no mato consegue mesmo ser um estorvo. E não há assim tantas MG 42  ao serviço como pensa.
Só foram encomendadas 1800 na Alemanha as restantes são fabricadas em Portugal. A MG3 foi adoptada nos anos 90.
Muitas destas armas estão em armazém, tal como acontece com a maioria das G-3, dado o redimensionamento do exército.
Com mais ou menos 25.000 efectivos nas unidades de combate seria difícil estarem muitas ao serviço.

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-A HK 21 é má ? Não senhor, logo aqui começa o q eu queria dizer com o meu tópico, por ser + complicada q a MG, passou a ser má, principalmente por ser mal alimentada.
É um cancro, encrava frequentemente!


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-O stinger é moderno sim senhor, mas não implica muitos conhecimentos nem tecnologia para ser utilizado e mantido.
Á imagem de todos os meios modernos, desenhados precisamente para serem simples e fáceis de utilizar.

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-Radares? Quais radares o FAAR? De que ano é?
Além do FAAR, que é orgânico das baterias stinger, temos o AN/TPQ 36(v)8 e o RATACS ambos modernos.

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Os restantes sistemas sendo de outros ramos...


Vai-me dizer que nos outros ramos é diferente, que os estúpidos estão todos concentrados no exército.
 

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balburdio

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« Responder #50 em: Novembro 03, 2005, 12:46:17 am »
Citação de: "PereiraMarques"
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E outros países civilizados

Claro...Bahrein, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Brunei... :lol:  :lol:

Cumprimentos
B. Pereira Marques


Não governam, mas são verdadeiros garantes dos interesses do povo, ao contrário dos presidentes da república que apenas garantem a sobrevivência de um determinado regime.