Bem...'integraçao' é um conceito que esta a ser ultrapassado, pois muitas comunidades a nao aceitam.Penso que em breve podera ser mesmo 'politicamente incorrecto'.Citando o que LUSO disse, o essencial seria que "a sa convivencia e a liberdade com responsabilidade nao fossem postas em causa".Mas claro que se trata apenas de um desejo...
Um olhar pelo que se passa por esse mundo fora a respeito de convivencia entre comunidades nao pressagia nada de bom.Dos Estados Unidos e Canada a Europa, Russia, Africa(de notar a tensa situaçao sul-africana) ate a Asia, onde o numero de incidentes, apesar das especiais condiçoes locais, tem vindo a aumentar, sao outros tantos indices de um mal-estar global.Mais que discrepancias na situaçao economica e de bem-estar(a Bélgica que atribui abonos especiais, subsidios de desemprego vitalicios, e condiçoes especiais para habitaçao superiores a generalidade dos trabalhadores portugueses, e impossiveis mesmo de alguma vez Portugal poder vir a atribuir, nao consegue evitar uma
situaçao permanente de insegurança, e a 'ghetizaçao' cada vez mais acentuada, numa progressao preocupante), estao em causa factores culturais, religiosos...a ausencia de autoridade parental nas segundas e terceira geraçoes, a vontade de ser diferente, detestar estudar e trabalhar(pensando talvez que bons salarios sem custos sao direito divino), a facilidade de ganhar dinheiro 'facil' em esquemas de pequena delinquencia ou suporte a grande delinquencia(droga, pequenos roubos e assaltos com violencia, 'olheiros' de meios criminais...etc).A perda do sentido, se alguma vez a tiveram, de nacionalidade (embora sejam os primeiros a reivindica-la no interesse pessoal), a favor de uma 'obediencia' comunitaria' ... enfim a perda da noçao de DEVER e apenas o sentido inato e inalienavel de DIREITOS adquiridos.
Isto dito, nao deixa de ser interessante considerar diferenças nas diferentes comunidades, de Arabes, Turcos, Eslavos(para simplificar), Ciganos, Africanos, sul-americanos, chineses, indianos, e outros asiaticos, quase todos fechando-se sobre si proprios em maior (caso dos chineses) ou menor grau, mas geralmente(e falo sempre das novas comunidades) sempre diferenciando-se e entreajudando-se entre si e na sua relaçao perante a naçao ou pais anfitriao.
Como combater este estado de coisas ? Dificil resposta... uma avaliaçao desapaixonada e sem concessoes politicas da situaçao actual, com participaçao nao preconceituosa das diferentes comunidades, talvez fosse um bom ponto de partida.Um Conselho Representativo de Imigrantes, como nalguns paises ?Nao sei...acabam por haver problemas internos de representatividade, entre facçoes, quando nao aproveitamento politico-religioso, como acontece em França com interferencia de regimes arabes nas representaçoes das suas comunidades.
Como nota complementar, na minha ideia,talvez se pudesse por em causa a concessao algo facil, a meu ver, da nacionalidade portuguesa. Mesmo sem defender o sistema americano de juramento e exames de historia e lingua,a valorizaçao da nacionalidade, o sentimento de aceitaçao e identificaçao com os valores portugueses(de que nao temos que nos envergonhar) parecem-me importantes, e independentemente da cor ou raça(como sempre foi ao longo da nossa historia), e nao apenas o criterio de tempo (por vezes artificial) de estadia.