F-16 Na Madeira em Quick Reaction Alert

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papatango

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« Responder #30 em: Maio 12, 2006, 10:40:36 pm »
Citação de: "Get_It"
Citação de: "Nuno Bento"
Em relação a possibilidade de um ataque de Marrocos á Madeira acho que simplesmente não faz sentido, pois logicamente a primeira opção seria um ataque as Canarias e so depois de vencidas essas avancariam para a Madeira. E para mais não faz sentido um ataque aereo a Madeira quando depois não tem poder naval para apoiar um desembarque.
E Depois ainda levavam com a reacção dos F-16 do continente sobre o território Marroquino.
E depois levavam também com uma reacção da força aérea e marinha espanholas em cima, em território marroquino. Tal como também tinha de levar com os Estados Unidos - no mínimo com sanções económicas. (Pelo menos eu gosto acreditar que sim).
Mas bem, penso que a ideia era avaliar apenas um cenário em que seria apenas: Portugal (F-16 + defesas na Madeira) vs Marrocos (Mirage + equipamento de ofensiva).

Cumprimentos,


Um dos problemas das visões estratégicas que se têm vindo a tornar norma, é que começamos a ter dificildade em pensar que num eventual conflito, poderiamos estar sozinhos.

É verdade que desde há muito tempo que consideramos os sistemas de alianças como uma das formas de defesa, no entanto, não sabemos o que pode acontecer amanhã.

E quando pensamos na questão dos Balcãs, vê-se no que deu.

= =

Há várias possibilidades, e uma delas (já aqui discutida) é o problema da fragmentação da Espanha.
Nós não sabemos o que podería acontecer se uma qualquer mutação em Espanha, complicasse a coordenação de forças espanholas.

Imaginem, por exemplo, o seguinte cenário:

Ocorrência de uma movimentação político-militar em Espanha provocada por uma exigência de uma autonomia que seja inaceitável para as F.A.'s espanholas

A situação coloca vários governos autonomos em estado de alerta.
Na Catalunha, é decidido não autorizar qualquer movimentação do exército.
Como resultado, e contra as ordens do governo, militares espanhóis mandam avançar unidades militares para a Catalunha.

Nas Canárias, as Forças militares declaram-se solidárias com as forças militares em Espanha, mas o governo regional determina que não se movam.

A continuação da crise, leva as forças espanholas nas Canárias a tomar uma posição de força contra o governo regional.
A marinha espanhola, está paralizada por causa da crise no continente, e não faz nada, porque alguns comendantes estão à espera que o rei tome uma posição.

O governo das Canárias considera a separação política provisoria, e isso leva a acções de intimidação contra o governo regional.
A crise começa a afectar o turismo e milhares de turistas querem fugir.

(não adianta dizer que isso hoje não faria sentido - estamos a trabalhar no campo das hipóteses).


O que acontece se em Marrocos de repente surge um governo fundamentalista, que pretende agir, com o objectivo de proteger as pessoas nos aeroportos das Canárias, com o intuito de evacuar turistas?

Uma situação deste tipo, podería despoletar uma acção violenta por parte de Marrocos contra as Canárias.
E contra a Madeira?
Depende do que ocorresse posteriormente.

A ideia de que acabaram os conflitos no mundo, continua a ser uma ideia romântica, e nada mais que isso.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #31 em: Maio 12, 2006, 11:02:31 pm »
Citação de: "papatango"
A ideia de que acabaram os conflitos no mundo, continua a ser uma ideia romântica, e nada mais que isso.


Ora aqui está a razão verdadeira do estado decrépito a que as nossas forças armadas e da nossa conciência como nação e já agora, como europeus moles e efeminados.
É a crença terrívelmente perigosa que define as mentes dos "progressistas-caviar" que cobardemente ignoram a feia realidade.
E que sobretudo serve de argumento para desviar recursos para outras... "prioridades".
Já agora, já repararam que até o JSF já começa a ser encarado como pouco viável, tanto pelo Reino Unido como pela Noruega?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #32 em: Maio 12, 2006, 11:18:26 pm »
Não entendi.  :oops:
O JSF ?

Desinteresse?
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Luso

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« Responder #33 em: Maio 12, 2006, 11:37:42 pm »
Caso a sua dúvida se refira ao JSF, papatango, pode consultar

http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... ele=jdc_34

No caso do Reino Unido, o problema reside na transferência de tecnologia furtiva. Já se pensa inclusivamente numa versão naval do Typhoon para os novos porta-aviões ingleses.

No caso da Noruega...
http://www.defenseindustrydaily.com/200 ... x.php#more

Nestes últimos anos os americanos estão a gerir PESSIMAMENTE os seu programas de desenvolvimento e de aquisição de sistemas de armas avançados e a alimentar clientelas...
É o que dá ter políticos moles.
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nestor

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« Responder #34 em: Maio 13, 2006, 01:47:29 am »
Citar
Ocorrência de uma movimentação político-militar em Espanha provocada por uma exigência de uma autonomia que seja inaceitável para as F.A.'s espanholas

A situação coloca vários governos autonomos em estado de alerta.
Na Catalunha, é decidido não autorizar qualquer movimentação do exército.
Como resultado, e contra as ordens do governo, militares espanhóis mandam avançar unidades militares para a Catalunha.

Nas Canárias, as Forças militares declaram-se solidárias com as forças militares em Espanha, mas o governo regional determina que não se movam.

A continuação da crise, leva as forças espanholas nas Canárias a tomar uma posição de força contra o governo regional.
A marinha espanhola, está paralizada por causa da crise no continente, e não faz nada, porque alguns comendantes estão à espera que o rei tome uma posição.



Una cosa es el deseo, la fragmentacion de España, y otra muy distinta la realidad.

Los gobiernos autonomicos, incluidos el catalan y su proposición del nuevo estatuto*, no tienen autoridad ni función alguna sobre las FAS que estan bajo las ordenes del gobierno español y su jefe supremo es el Rey. Nadie mas tiene competencias sobre el Ejercito.

En Cataluña no seria necesario enviar al Ejercito puesto que ya está allí, ademas de la Guardia Civil y Policia Nacional que bastan para mantener el orden, al igual que han hecho en el Pais Vasco desde la llegada de la democracia, sin intervención del Ejercito.

Lamento comunicar que los independentistas catalanes de ERC han sido expulsados del gobierno catalan por Maragall que pertenece al PSC-Partido Socialista Obrero ESPAÑOL. Precisamente llegó a la presidencia de la Generalidad catalana gracias a los votos de los NO nacionalistas catalanes.

Otra noticia es que en Cataluña y el Pais Vasco son mas los que votan a los partidos NO nacionalistas, pero es que ademas, en esos partidos nacionalistas, CIU o PNV, la gran mayoria ni siquiera son independentistas. No hay que confundir el nacionalismo con el independentismo. De hecho estos partidos han estado gobernando o han colaborado tanto en el gobierno central como en los autonomicos, apoyando al PP o al PSOE.

Saludos.

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http://estaticos.elmundo.es/documentos/2006/03/08/ponencia.pdf

A ver donde hace referencia el borrador del nuevo estatuto al Ejercito.
 

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Shar[K]

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« Responder #35 em: Maio 13, 2006, 11:11:11 am »
Mesmo existindo uma guerra civil em espanha (knock knock on the wood) só teriamos perigo de "invasão por parte de marrocos".
Ora para marrocos damos "bem conta" como estamos. Com umas OHP e os U209-PN então n tinhamos "nada a temer".

O que acho que o papatango queria dizer é basicamente, se tivermos o apoio internacional em caso de conflito melhor, mas á partida convem não contar com ele. E é para esse caso que deveriamos estar minimamente preparados.
 

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Luso

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« Responder #36 em: Maio 13, 2006, 12:00:44 pm »
Citar
O que acho que o papatango queria dizer é basicamente, se tivermos o apoio internacional em caso de conflito melhor, mas á partida convem não contar com ele. E é para esse caso que deveriamos estar minimamente preparados.


A isso é o que eu chamo de soberania!
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pedro

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« Responder #37 em: Maio 13, 2006, 02:02:07 pm »
Mas as OHP nao vinham??????? :shock:
Cumprimentos
 

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papatango

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« Responder #38 em: Maio 13, 2006, 02:14:04 pm »
Citação de: "nestor"
Una cosa es el deseo, la fragmentacion de España, y otra muy distinta la realidad.
nestor:
Há um tópico específico para colocar as questões politicas sobre os separatismos em Espanha.
Não confunda as análises militares (com cenários de hipotese) com outras realidades.
É tão legítimo para nós considerarmos o problema de uma guerra civil em Espanha, ou qualquer coisa parecida, como é legítimo tecer considerações com base num golpe fundamentalista em Marrocos.

= = = =

Luso:
Não tinha entendido o ponto de vista sobre a questão do JSF.

= = = =

Citação de: "Shar[k
"]Ora para marrocos damos "bem conta" como estamos. Com umas OHP e os U209-PN então n tinhamos "nada a temer".

Aí é que eu tenho algumas dúvidas.
Tenho feito algumas pesquisas sobre a questão e sobre as possibilidades marroquinas, e não me parece que sejam assim tão poucas.

Não se esqueça que menosprezar um potencial adversário, é meio caminho andado para a derrota.

Marrocos não precisa de muito para nos ser superior.

Têm meios para transporte de tropas que nós não temos, nem vamos ter no futuro.

Com algum apoio adicional, poderiam de facto tomar a Madeira e Porto Santo, e guarnecer as ilhas com homens e carros de combate.

É claro que não estão neste momento em condições de o fazer, mas a nossa superioridade não existe. Ela é decorrente da debilidade deles e não da nossa força.

A nossa cada vez mais preocupante mania de achar que os "outros" nos defendem se for preciso, está a debilitar o país e corre o risco de o debilitar mais no futuro.

A visão "ibérica" do actual governo, é um risco para a soberania nacional, porque estou cada vez mais a ficar com a impressão de que pretendem armar Portugal para ser uma especie de força de apoio dependente de outros países, e sem a mais pequena capacidade de actuação independente.

Ao mesmo tempo, como nos dizem que a nossa independência também se defende no Afeganistão, pensamos na nossa capacidade de envbiar uns quantos gatos pingados para o fim do mundo, mas destruimos completamente a nossa capacidade de defender o nosso território, com base no "Conto do Vigário" de que já não há inimigos próximos.

Os perigos são muito maiores que o que pode parecer.
Não estamos preparados para qualquer eventualidade.
Não estamos hoje, como não estavamos no passado, por exemplo durante as invasões francesas.

As nossas Forças Armadas, não têm hoje, qualquer capacidade operacional. Estão ali por estar, existem porque representam a "intenção" de ter forças armadas, mas não passam disso: uma intenção.

Umas forças armadas desarmadas, são absolutamente irrelevantes quando se trata de defender um país.

Este caso da Madeira, é interessante, e mostra que há quem ainda tente fazer alguma coisa, mas as debilidades são evidentes, infelizmente.

Cumprimentos
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Charlie Jaguar

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« Responder #39 em: Maio 13, 2006, 03:56:57 pm »
Citação de: "old"
Estan en negociaciones para adquirir Tornados 20 o 30 de ataque a Arabia Saudi y dar de baja los F5

Colega Old

Por favor, podia dizer-me onde leu tal coisa? É que eu não consigo encontrar nada que mencione sequer esse facto e seria curioso apurar a sua eventual veracidade.  :wink:

É que, a confirmar-se isso, a entrada do Tornado nesta equação poderia modificar substancialmente todo o cenário em questão.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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pedro

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« Responder #40 em: Maio 13, 2006, 04:23:31 pm »
Alguem poderia dar alguma solucao para este (problema)??
Cumprimentos :D
 

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« Responder #41 em: Maio 13, 2006, 08:08:10 pm »
Aviões Tornado para Marrocos é pura invenção.

Boatos como este são bastante recorrentes.
Costumam ser lançados por foristas espanhóis, "correm" foruns e mais foruns e acabam por ser quase como que oficializados!

Já houve com F-16, Mirage 2000, agora são Tornados...
 :D


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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Miguel

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« Responder #42 em: Maio 13, 2006, 09:41:11 pm »
E preciso ser "cego" para não compreender que os F16 da Madeira, vão ser a reafirmação de Portugal sobre a Madeira e a ilhas Selvagems, face ao desreipeito dos direitos internacionais cometidos pelo Estado Espanhol.

Marrocos nunca violou o espaço aéreo de portugal,pelo contrario Espanha o faz constantemente.
 

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pedro

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« Responder #43 em: Maio 13, 2006, 11:31:10 pm »
Este Jorge e bom e para a malta rir um bocado. :lol:  :lol:  :lol:  :lol:
 

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Aponez

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« Responder #44 em: Maio 14, 2006, 10:29:05 am »
Citação de: "p_shadow"
Aviões Tornado para Marrocos é pura invenção.

Boatos como este são bastante recorrentes.
Costumam ser lançados por foristas espanhóis, "correm" foruns e mais foruns e acabam por ser quase como que oficializados!

Já houve com F-16, Mirage 2000, agora são Tornados...
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