LIBERDADE, PORTUGUESES! 1º de Dezembro 1640

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LIBERDADE, PORTUGUESES! 1º de Dezembro 1640
« em: Novembro 21, 2007, 07:02:15 pm »


LIBERDADE, PORTUGUESES!

«O dia primeiro de Dezembro de 1640 amanheceu puro e alegre... Assim o afirmam quantos viveram essa data gloriosa da História de Portugal (...). Os fidalgos portugueses que tinham resolvido restaurar a independência portuguesa, dirigiam-se discretamente para o terreiro do Paço (...). Na Sé, o relógio da torre começa a badalar e, como por encanto, os conjurados descem dos coches, saltam dos cavalos, estugam o passo à uma, entram em grupo no Palácio da Ribeira, desembaraçando-se das capas, empunhando pistolas, desembainhando espadas... É o ataque de surpresa. Em poucos minutos, dominam a guarda alemã da Vice-Rainha, derrubam alabardas, invadem as salas a caminho do gabinete de Miguel de Vasconcelos, o Secretário de Estado, traidor dos portugueses (...). Este sai, branco de espanto, e é logo morto (...). O largo terreiro é já um mar de gente. O povo acorre, da Ribeira, da Rua Nova, do Rossio, gritando, num entusiasmo novo, dançando abraçado, como numa festa antiga. Abrem-se as janelas do Paço e surge D. Miguel de Almeida, de espada erguida, as lágrimas rolando sobre a barba branca:
— Liberdade, Portugueses! Viva El-Rei D. João IV.»
Alternativa Portugal

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Benny

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« Responder #1 em: Novembro 22, 2007, 11:32:05 am »
Que pena não haver um só bom filme sobre este acontecimento histórico.

Benny
 

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nelson38899

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« Responder #2 em: Novembro 22, 2007, 12:27:36 pm »
boas

O que interessa não é o filme, mas sim manter este acontecimento muito importante, na mente das pessoas.

Cump.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Benny

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« Responder #3 em: Novembro 23, 2007, 10:03:40 am »
Tem toda a razão, meu caro. Mas um bom filme é actualmente o meio mais adequado para manter algo vivo na mente das pessoas.

Por acaso lembra-se do discurso da cerimónia do ano passado? Eu também não...

Benny
 

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papatango

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« Responder #4 em: Novembro 23, 2007, 10:13:06 pm »
Esse Rolão Preto não era um fascista ? :conf:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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André

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« Responder #5 em: Novembro 24, 2007, 08:48:51 pm »
Citação de: "Benny"
Tem toda a razão, meu caro. Mas um bom filme é actualmente o meio mais adequado para manter algo vivo na mente das pessoas.

Por acaso lembra-se do discurso da cerimónia do ano passado? Eu também não...

Benny


Mas o pessoal do cinema em Portugal está mais interessado em corrupções e mexericos do que retratar acontecimentos importantes da nossa história. E também não vai ser Hollywood a fazer porque para eles a Europa é Inglaterra, França e o resto é paisagem.  :(

 

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rsf

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« Responder #6 em: Novembro 30, 2007, 06:07:28 pm »
Citação de: "papatango"
Esse Rolão Preto não era um fascista ? :)
Era Nacional-Sindicalista, vulgarmente conhecido por "Camisas Azuis".
Foi antagonista de Salazar, e inclusivé, apoiou a candidatura do General Humberto Delgado, nas eleições de 1958.
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Jorge Pereira

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« Responder #7 em: Dezembro 01, 2007, 02:22:50 am »
Citar
D. Sebastião, um rei jovem e aventureiro, habituado a ouvir as façanhas das cruzadas e histórias de conquistas além mar, quis conquistar o Norte de África em sua luta contra os mouros. Na batalha de Alcácer Quibir no Norte de África, os portugueses foram derrotados e D. Sebastião desapareceu. E os guerreiros diziam cada um a sua historia. O desaparecimento de D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique (1578-1580), deu origem a uma crise dinástica.

Nas Cortes de Tomar de 1581, Filipe II de Espanha é aclamado rei, jurando os foros, privilégios e mais franquias do Reino de Portugal. Durante seis décadas Portugal ficou privado de rei natural, sob o que se tem designado por "domínio filipino".

Com o primeiro dos Filipes (I de Portugal, II de Espanha), não foi atingida de forma grave a autonomia política e administrativa do Reino de Portugal. Com Filipe III de Espanha, porém, começam os actos de desrespeito ao juramento de Filipe II em Tomar. Em 1610, eclodiu um primeiro sinal de revolta portuguesa contra o centralismo castelhano, na recusa dos regimentos de Lisboa a obedecer ao marquês San-Germano que de Madrid fora enviado para comandar um exército português.

No início do reinado de Filipe IV, ao estabelecer-se em Madrid a política centralista do Conde-duque de Olivares, o seu projecto visava a anulação da autonomia portuguesa, absorvendo por completo o reino de Portugal. Na Instrucción sobre el gobierno de España, que o Conde-Duque de Olivares apresentou ao rei Filipe IV, em 1625, tratava-se do planeamento e da execução da fase final da sua absorção, indicando três caminhos:

1º - Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
2º - Ir o rei Filipe IV fazer corte temporária em Lisboa;
3º - Abandonar definitivamente a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar (1581), que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar (Oriente, África e Brasil), passando estes a ser Vice-reis, Embaixadores e oficiais palatinos de Espanha.
A política de casamentos seria talvez a mais difícil de concretizar, conseguindo-se ainda assim o casamento de Dona Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança, a pensar que dele sairiam frutos de confusão e de unificação entre Portugal e Espanha. O resultado veio a ser bem o contrário.

A reacção à política fiscal de Filipe IV vai tomar a dianteira no processo que conduz à Restauração de 1640. Logo em 1628, eclode no Porto o " Motim das Maçarocas", contra o imposto do linho fiado. Mas vão ser as " Alterações de Évora", em Agosto de 1637, a abrir definitivamente o caminho à Revolução.

Nas "Alterações de Évora", o povo da cidade deixava de obedecer aos fidalgos e desrespeitava o arcebispo. A elevação do imposto do real de água e a sua generalização a todo o Reino de Portugal, bem como o aumento das antigas sisas, fez subir a indignação geral, explodindo em protestos e violências. O contágio do seu exemplo atingiu quase de imediato Sousel e Crato; depois, as revoltas propagaram-se a Santarém, Tancos, Abrantes, Vila Viçosa, Porto, Viana do Castelo, a várias vilas do Algarve, a Bragança e à Beira.

Em 7 de Junho de 1640 eclodia também a revolta na Catalunha contra o centralismo do Conde-Duque de Olivares. O próprio Filipe IV manda apresentar-se em Madrid o duque de Bragança, para o acompanhar à Catalunha e cooperar no movimento de repressão a que ia proceder. Muitos nobres portugueses receberam semelhante convocatória. À semelhança do duque de Bragança, muitos nobres não se dispuseram a obedecer a Madrid.

Sob o poder de Filipe III, o desrespeito pelo juramento de Tomar (1581) tinha-se tornado insuportável: nomeados nobres espanhóis para lugares de chefia militar em Portugal; feito o arrolamento militar para guerra da Catalunha; lançados novos impostos sem a autorização das Cortes. Isto enquanto a população empobrecia; os burgueses estavam afectados nos seus interesses comerciais; e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante a impotência ou desinteresse da coroa filipina.

Portugal achava-se envolvido nas controvérsias europeias que a coroa filipina estava a atravessar, com muitos riscos para a manutenção dos territórios coloniais, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses em África (São Jorge da Mina, 1637), no Oriente (Ormuz, em 1622 e o Japão, em 1639) e fundamentalmente no Brasil (Salvador, Bahia, em 1624; Pernambuco, Paraíba, rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe desde 1630).

Em 12 de Outubro, em casa de D. Antão de Almada, reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro. Decidiu-se então ir chamar o Duque de Bragança a Vila Viçosa para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.

No dia 1 de Dezembro de 1640, eclodiu por fim em Lisboa a revolta, imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração da Casa de Bragança no trono de Portugal.


Viva Portugal!!!
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Benny

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« Responder #8 em: Dezembro 01, 2007, 01:50:55 pm »
Para que nunca nos esqueçamos de comemorar o 1º de Dezembro.

Viva Portugal!

Benny
 

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Adamastor

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« Responder #9 em: Dezembro 01, 2007, 02:03:44 pm »
Viva Portugal!

Viva o 1 de Dezembro!
 

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ShadIntel

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« Responder #10 em: Dezembro 01, 2007, 09:26:32 pm »


Viva Portugal !
 

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PereiraMarques

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« Responder #11 em: Dezembro 01, 2007, 09:49:06 pm »
 

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pedro

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« Responder #12 em: Dezembro 01, 2007, 10:01:39 pm »
Claro que sim.
VIVA PORTUGAL.
 

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comanche

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« Responder #13 em: Dezembro 01, 2007, 10:10:18 pm »
Viva Portugal!
 

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André

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« Responder #14 em: Dezembro 01, 2007, 10:10:52 pm »
VIVA PORTUGAL!!!!!  :Soldado2:  e morte aos traidores e colaboracionistas :N-icon-Gun: