Invasão da Ucrânia

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ricardonunes

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3315 em: Junho 28, 2023, 10:29:52 am »
Então o cozinheiro veio dizer que a marcha até Moscovo demonstrou que se tivessem sido eles a invadir a Ucrânia, que a operação especial tinha terminado após um dia? (Prigozhin Is Back On His Soapbox Two Days After Outright Mutiny, 26 de Junho de 2023) Até me ri depois de ter visto que eles perderam o contrato em Moçambique depois de terem falhado contra o estado islâmico.

Cumprimentos,

Até podia dar vontade de rir, mas se pensar mos que depois de 20 anos a Nato foi escorraçada do Afeganistão por uns barbudos fedorentos, e não venham com a desculpa da retirada.....

Da última vez que vi, foi assinado um acordo de paz e a OTAN já tinha saído do Afeganistão quando os talibans subiram ao poder. Mas tudo bem, é preciso é dizer mal da OTAN para enaltecer a Rússia, certo?!

Ninguém está a enaltecer ninguém, apenas a constatar factos.

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Viajante

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3316 em: Junho 28, 2023, 10:37:05 am »
Então o cozinheiro veio dizer que a marcha até Moscovo demonstrou que se tivessem sido eles a invadir a Ucrânia, que a operação especial tinha terminado após um dia? (Prigozhin Is Back On His Soapbox Two Days After Outright Mutiny, 26 de Junho de 2023) Até me ri depois de ter visto que eles perderam o contrato em Moçambique depois de terem falhado contra o estado islâmico.

Cumprimentos,

Até podia dar vontade de rir, mas se pensar mos que depois de 20 anos a Nato foi escorraçada do Afeganistão por uns barbudos fedorentos, e não venham com a desculpa da retirada.....

Da última vez que vi, foi assinado um acordo de paz e a OTAN já tinha saído do Afeganistão quando os talibans subiram ao poder. Mas tudo bem, é preciso é dizer mal da OTAN para enaltecer a Rússia, certo?!

Ninguém está a enaltecer ninguém, apenas a constatar factos.

De vez em quando expôe-se como foi o caso!
Então quando critica o que corre mal com a NATO e coloca-se de fora, como se não pertencesse a um país fundador da NATO ..... defende outros interesses de outros países que estão contra a NATO e contra Portugal!?

É o seu "modus operandi", desestabilizar!
Outro exemplo do que você fez, foi lançar um boato racista para virem outros pegar na trampa que você mesmo plantou: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=13296.1230

Você é como o PCP (Partido Contra Portugal!)
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3317 em: Junho 28, 2023, 10:43:21 am »
Então o cozinheiro veio dizer que a marcha até Moscovo demonstrou que se tivessem sido eles a invadir a Ucrânia, que a operação especial tinha terminado após um dia? (Prigozhin Is Back On His Soapbox Two Days After Outright Mutiny, 26 de Junho de 2023) Até me ri depois de ter visto que eles perderam o contrato em Moçambique depois de terem falhado contra o estado islâmico.

Cumprimentos,

Até podia dar vontade de rir, mas se pensar mos que depois de 20 anos a Nato foi escorraçada do Afeganistão por uns barbudos fedorentos, e não venham com a desculpa da retirada.....

Da última vez que vi, foi assinado um acordo de paz e a OTAN já tinha saído do Afeganistão quando os talibans subiram ao poder. Mas tudo bem, é preciso é dizer mal da OTAN para enaltecer a Rússia, certo?!

Ninguém está a enaltecer ninguém, apenas a constatar factos.

De vez em quando expôe-se como foi o caso!
Então quando critica o que corre mal com a NATO e coloca-se de fora, como se não pertencesse a um país fundador da NATO ..... defende outros interesses de outros países que estão contra a NATO e contra Portugal!?

É o seu "modus operandi", desestabilizar!
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Você é como o PCP (Partido Contra Portugal!)

Uma vez, perguntei a um Major paraquedista, vindo da sua missão do Afeganistão, porque não destruíam os campos de opio visto ser dessa forma que os talibans se estavam a financiar.

A resposta foi... se o fizessem estavam a tirar de comer aos agricultores pobres... aqui esta um bom exemplo do modus operandi da NATO....
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3318 em: Junho 28, 2023, 10:49:48 am »
Off topic


Você é como o PCP (Partido Contra Portugal!)

Se fosse PCP ou BEEE acha que tecia um comentário sobre a insolação da militar da GNR   :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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ricardonunes

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3319 em: Junho 28, 2023, 11:27:41 am »
Citar
"A Rússia atacou um hotel e uma pizzaria em Kramatorsk assassinando civis".

É assim que a notícia está a ser vendida no Ocidente.

Mas há quatro questões às quais ninguém se atreve a responder:
1- Porque razão os civis de Kramatorsk comunicam em inglês?
2- Como se justificam tantas pessoas com uniformes militares, coletes à prova de bala e veículos militares?
3- Como se explica a sinalização militar ucraniana colocada neste edifício?
4- Como é que uma mercenária estrangeira instalada neste hotel tira uma fotografia e publica-a no Instagram como sendo "com o seu instrutor"?

Era ainda importante explicar que o "hotel" estava fechado a reservas de civis... porque estava dedicado em exclusividade à hospedagem de mercenários estrangeiros.

Vamos ser sérios?

Alexandre Guerreiro

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CruzSilva

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3320 em: Junho 28, 2023, 11:50:30 am »
Então o cozinheiro veio dizer que a marcha até Moscovo demonstrou que se tivessem sido eles a invadir a Ucrânia, que a operação especial tinha terminado após um dia? (Prigozhin Is Back On His Soapbox Two Days After Outright Mutiny, 26 de Junho de 2023) Até me ri depois de ter visto que eles perderam o contrato em Moçambique depois de terem falhado contra o estado islâmico.

Cumprimentos,

Até podia dar vontade de rir, mas se pensar mos que depois de 20 anos a Nato foi escorraçada do Afeganistão por uns barbudos fedorentos, e não venham com a desculpa da retirada.....

Ao menos a OTAN aguentou 20 anos já a Rússia Soviética só aguentou 10.
« Última modificação: Junho 28, 2023, 11:51:18 am por CruzSilva »
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Fraz

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3321 em: Junho 28, 2023, 11:55:24 am »
Citar
"A Rússia atacou um hotel e uma pizzaria em Kramatorsk assassinando civis".

É assim que a notícia está a ser vendida no Ocidente.

Mas há quatro questões às quais ninguém se atreve a responder:
1- Porque razão os civis de Kramatorsk comunicam em inglês?
2- Como se justificam tantas pessoas com uniformes militares, coletes à prova de bala e veículos militares?
3- Como se explica a sinalização militar ucraniana colocada neste edifício?
4- Como é que uma mercenária estrangeira instalada neste hotel tira uma fotografia e publica-a no Instagram como sendo "com o seu instrutor"?

Era ainda importante explicar que o "hotel" estava fechado a reservas de civis... porque estava dedicado em exclusividade à hospedagem de mercenários estrangeiros.

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Uma pessoa que chama factos à sua total deturpação da verdade e depois vem postar as idiotices de um Alexandre Guerreiro, precisa de ajuda urgente...
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3322 em: Junho 28, 2023, 12:27:50 pm »
Citar
"A Rússia atacou um hotel e uma pizzaria em Kramatorsk assassinando civis".

É assim que a notícia está a ser vendida no Ocidente.

Mas há quatro questões às quais ninguém se atreve a responder:
1- Porque razão os civis de Kramatorsk comunicam em inglês?
2- Como se justificam tantas pessoas com uniformes militares, coletes à prova de bala e veículos militares?
3- Como se explica a sinalização militar ucraniana colocada neste edifício?
4- Como é que uma mercenária estrangeira instalada neste hotel tira uma fotografia e publica-a no Instagram como sendo "com o seu instrutor"?

Era ainda importante explicar que o "hotel" estava fechado a reservas de civis... porque estava dedicado em exclusividade à hospedagem de mercenários estrangeiros.

Vamos ser sérios?

Alexandre Guerreiro
Uma pessoa que chama factos à sua total deturpação da verdade e depois vem postar as idiotices de um Alexandre Guerreiro, precisa de ajuda urgente...

Idiota é quem vomita um comentário sem saber o que está a dizer... mas aqui é normal
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3323 em: Junho 28, 2023, 12:32:58 pm »
Idiota é quem vomita um comentário sem saber o que está a dizer... mas aqui é normal

Isso é verdade...
 

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ricardonunes

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3324 em: Junho 28, 2023, 12:34:27 pm »
Este é um dos vídeos que despertou a atenção para a presença  de mercenários a falar inglês na linha da frente



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Fraz

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3325 em: Junho 28, 2023, 12:47:14 pm »
Este é um dos vídeos que despertou a atenção para a presença  de mercenários a falar inglês na linha da frente

https://www.facebook.com/reel/1400460557192683
Este é outro.... esta youtuber na realidade é uma sniper especializada em neutralizar as miras opticas do T-14

...mas qual linha da frente???
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3326 em: Junho 28, 2023, 12:59:07 pm »
Então o cozinheiro veio dizer que a marcha até Moscovo demonstrou que se tivessem sido eles a invadir a Ucrânia, que a operação especial tinha terminado após um dia? (Prigozhin Is Back On His Soapbox Two Days After Outright Mutiny, 26 de Junho de 2023) Até me ri depois de ter visto que eles perderam o contrato em Moçambique depois de terem falhado contra o estado islâmico.

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Até podia dar vontade de rir, mas se pensar mos que depois de 20 anos a Nato foi escorraçada do Afeganistão por uns barbudos fedorentos, e não venham com a desculpa da retirada.....

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De vez em quando expôe-se como foi o caso!
Então quando critica o que corre mal com a NATO e coloca-se de fora, como se não pertencesse a um país fundador da NATO ..... defende outros interesses de outros países que estão contra a NATO e contra Portugal!?

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A resposta foi... se o fizessem estavam a tirar de comer aos agricultores pobres... aqui esta um bom exemplo do modus operandi da NATO....

A unidade em questão era a QRF da Força Internacional de Apoio à Segurança da OTAN. Era esse a sua função? Não, quanto muito as unidades com um território especifico é que deviam patrulhar, identificar os campos e destrui-los, como de resto fizeram.

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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nelson38899

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3327 em: Junho 28, 2023, 01:14:56 pm »
Então o cozinheiro veio dizer que a marcha até Moscovo demonstrou que se tivessem sido eles a invadir a Ucrânia, que a operação especial tinha terminado após um dia? (Prigozhin Is Back On His Soapbox Two Days After Outright Mutiny, 26 de Junho de 2023) Até me ri depois de ter visto que eles perderam o contrato em Moçambique depois de terem falhado contra o estado islâmico.

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Da última vez que vi, foi assinado um acordo de paz e a OTAN já tinha saído do Afeganistão quando os talibans subiram ao poder. Mas tudo bem, é preciso é dizer mal da OTAN para enaltecer a Rússia, certo?!

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De vez em quando expôe-se como foi o caso!
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A resposta foi... se o fizessem estavam a tirar de comer aos agricultores pobres... aqui esta um bom exemplo do modus operandi da NATO....

A NATO queria ganhar o coração e a mente do povo afegão, por isso evitava ao máximo prejudicar os civis.

O problema no Afeganistão. é o facto de a religião ter um peso muito grande.

Hoje vê-se o quanto o Ocidente era fundamental para o futuro do país.

"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Malagueta

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3328 em: Junho 28, 2023, 01:46:55 pm »
A vitória da Ucrânia pode estar mais perto do que pensávamos

NOTA DO EDITOR | Keir Giles trabalha no Programa Rússia e Eurásia da Chatham House, um think tank britânico de política internacional. É o autor de "Russia's War on Everybody: And What it Means for You". As opiniões expressas neste artigo são da sua inteira responsabilidade
Enquanto começa a assentar a poeira da abortada marcha de Yevgeny Prigozhin sobre Moscovo com os seus mercenários wagnerianos, os pormenores do acordo que pôs fim à curta insurreição permanecem incompletos e confusos.

De facto, quem disser que não está perplexo com a situação, é porque não tem estado atento. Mas enquanto o impacto a curto prazo do desafio à autoridade de Moscovo ainda se faz sentir, as consequências a longo prazo para a Rússia são muito mais claras.

Tanto o presidente Vladimir Putin como a própria Rússia mostraram ser muito mais fracos do que gostariam de fingir ser. A visão de colunas wagnerianas a quem aparentemente acenaram quando se dirigiam para Moscovo e que entraram calmamente para ocupar um quartel-general militar importante enquanto tomavam café, rebentou com a ideia de que Putin detém um controlo firme e incontestado do poder no seu país.

E a capacidade de um grupo de insurretos armados percorrer o sul da Rússia sem ser desafiado pôs em evidência a falta de capacidade do Estado russo para lidar com desafios para além da linha da frente da sua guerra contra a Ucrânia

sso não significa que o exército ucraniano possa, de igual modo, percorrer a autoestrada para Moscovo sem oposição. Mas mostra que o Kremlin e as suas forças estão divididos e incertos - e que o sucesso da Ucrânia na guerra pode ser mais fácil de alcançar do que se pensava antes de Prigozhin ter mostrado a vulnerabilidade da Rússia.

Crucialmente, isto também não significa que a Rússia esteja em risco iminente de colapso ou "fragmentação". Prigozhin não teria conseguido desafiar diretamente o poder de Putin, mesmo que quisesse - e, além disso, os regimes russos têm tendência para sobreviver à sua própria disfuncionalidade durante muito mais tempo do que o esperado.

A oportunidade para a Ucrânia reside, pelo contrário, no efeito que isto deverá ter na sua coligação de apoiantes ocidentais.

O que a rebelião da Wagner significa para o "acordo negociado"
Esta prova da fragilidade da resistência russa deita por terra um argumento fundamental para forçar Kiev a um cessar-fogo ou a um "acordo negociado".

O argumento era que, uma vez que era improvável que a Ucrânia derrotasse a Rússia de forma convincente e expulsasse as suas forças do território ucraniano, atualmente sob ocupação militar, Kiev teria de procurar obter condições de paz - e quanto mais cedo o fizesse, melhor.

É uma linha que é frequentemente acompanhada por argumentos sem sentido a favor da "neutralidade" ucraniana, ignorando tanto a história passada como a realidade atual. Mas o principal impacto de todas estas propostas seria dar a vitória à Rússia e recompensar Moscovo pela sua agressão.

O aparente progresso lento na contraofensiva da Ucrânia não tem ajudado. As altas individualidades de Kiev têm tido o cuidado de gerir as expectativas, tanto antes como depois do início das grandes operações. E os analistas militares começaram a discernir a forma do que a Ucrânia está a fazer e concordam que o sucesso não deve ser medido apenas pelo movimento da linha da frente.

No entanto, é vital que a Ucrânia mostre progressos e alimente a perspetiva do fim da guerra para manter a sua coligação de apoio e evitar esses apelos contínuos para aceitar a derrota - especialmente à luz das sugestões de que Kiev tem uma hipótese de sucesso claro antes de ser empurrada para negociações

Em vez de planear a derrota, o Ocidente deve redobrar o apoio
A aventura de Prigozhin mostra que a perspetiva de colapso da resistência russa defendida pelos apoiantes mais otimistas da Ucrânia pode estar mais próxima do que se pensava. Mas este facto tem de ser confrontado com o receio de que os esforços da Ucrânia possam ter sido fatalmente comprometidos por atrasos no fornecimento de equipamento militar de guerra, principalmente por parte dos EUA e da Alemanha.

Esses atrasos representam um sucesso impressionante para as campanhas de informação russas, principalmente a intimidação nuclear. Mas também apontam para um argumento circular dos políticos ocidentais que, independentemente das suas razões, não estão totalmente convencidos da necessidade de uma vitória ucraniana.

Planear a derrota corre o risco de se tornar uma profecia autorrealizável - o pensamento é que a Ucrânia não recebeu ajuda militar suficiente para derrotar a Rússia, pelo que não pode alcançar a vitória, pelo que devemos planear um impasse e negociações, pelo que não faz sentido aumentar a ajuda militar à Ucrânia

O que a rebelião da Wagner demonstra é que, em vez disso, este é o momento de redobrar o apoio à Ucrânia. É o momento de recuperar o tempo perdido e de aproveitar a evidente hesitação de Moscovo para conseguir uma derrota convincente da agressão russa, essencial para eliminar - pelo menos temporariamente - a ameaça à Europa.

Isto não significa apenas satisfazer as necessidades imediatas e cruciais da Ucrânia, como os meios para continuar a negar a supremacia aérea russa. Significa também o levantamento de todas as restrições artificiais ao que a Ucrânia pode fazer com as armas que lhe são fornecidas. O absurdo das proibições de as utilizar para atacar a Rússia, por receio de ofender Putin, tem de acabar.

Acima de tudo, há que ultrapassar o medo que existe em algumas capitais ocidentais da vitória ucraniana e da derrota russa. Esta semana, a Chatham House publicou um relatório elaborado por nove peritos de renome sobre a Rússia e a Ucrânia (entre os quais me incluo), que analisa atentamente os possíveis resultados da guerra.

A nossa conclusão unânime é que a única forma de tornar a Europa mais segura em relação à Rússia é aumentar urgentemente a assistência para permitir a vitória de Kiev.

O fornecimento de armas à Ucrânia e o apoio total a Kiev para derrotar e expulsar o exército invasor da Rússia são um investimento na paz.

A melhor altura para fazer esse investimento já passou há muito tempo. Mas a próxima melhor altura é agora.

https://cnnportugal.iol.pt/ucrania/guerra/a-vitoria-da-ucrania-pode-estar-mais-perto-do-que-pensavamos/20230628/649b37c8d34ef47b875552eb
« Última modificação: Junho 28, 2023, 01:47:21 pm por Malagueta »
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #3329 em: Junho 28, 2023, 02:05:49 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.