Portugal e Espanha

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emarques

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« Responder #45 em: Outubro 06, 2004, 02:54:06 pm »
Por falar em enclaves...



Sabiam que aquele "espigão" existia? O mais curioso é que a ponta é do outro lado de um rio, pelo que o único contacto com aquele bocadinho de Portugal é através de uma ponte. Qual será a história deste estranho bocado de fronteira?
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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emarques

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« Responder #46 em: Outubro 06, 2004, 03:05:59 pm »
Ainda outro enclave:



Llívia, província de Girona, entre a Espanha e a França.

Aproveito também para falar de um site muito interessante: http://sigpac.mapa.es/cibeles/visor/. Pena que a ferramenta do IGEO seja tão fraca em comparação com esta. (e porque raio é que as fotos do IGEO são vermelhas? Estes têm umas fotos em cor real excelentes.) Este site só é suposto cobrir o território espanhol, mas como é difícil tirar fotografias que respeitem fronteiras ainda se apanham uns bons pedaços de território português. :twisted: )
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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typhonman

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« Responder #47 em: Outubro 10, 2004, 12:41:20 am »
Emarques esse enclave chama-se Tourem, é uma aldeia de barroso!
as suas gentes foi-lhes inquirido se queriam ser espanhois ou portugueses..eles escolheram ficar do lado de cá!
Já agora, aconselho a visitar!
No inverno.. no tempo do fumeiro.. ehehe :!:
 

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papatango

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« Responder #48 em: Outubro 23, 2004, 03:39:36 pm »
=========================================
Continuação
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Economia portuguesa - desenvolvimento
este texto, constitui a continuação do tema abaixo, e foi transferido para aqui, por forma a mais facilemnte ter os temas organizados, uma vez que os temas tratados, transcendem a área económica.
http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... 8533cecf79
=========================================


Em primeiro lugar.
Grande parte da sua resposta, destina-se a explicar o significado da palavra “desqualificar”. Agradeço as explicações, mas para saber o significado de uma palavra, não é necessário vir ao Fórum Defesa. Eu limito-me a pegar num dicionário, de língua Portuguesa.
-Desqualificar:
-Excluir de um torneio ou certame
-Inabilitar
-Desclassificar
-Excluir a circunstancia qualificadora de um crime (termo jurídico)
(In KouganLarouse, Rio de Janeiro, 1979)


Ou então
-Tirar a qualificação
-Inabilitar
(in Lello & Irmãos, Porto, 1988)


Caramba, lá estou eu a utilizar livros, péssima invenção esta dos livros. Aliás deviam começar a contar a história desde o dia em que inventaram os “enlaces”. Tudo ficava mais simples.

= = = =

As minhas apreciações, dizem respeito ao texto que foi objecto de cotação, a saber:
Citar
Em 1986, Madrid e Lisboa entraram na Comunidade Económica Europeia (CEE) com índices semelhantes de desenvolvimento relativo
[/b]

Este pequeno texto, caro Ferrol, vai contra tudo o que está escrito, em todos os livros e estatísticas que tenho sobre economia, durante os anos 80. Basicamente, a frase diz que, a Espanha, tinha um nível de vida idêntico ao de Portugal, em 1986. Ora, quando se olha para as estatísticas de 1986, a diferença entre Portugal e Espanha, é abissal.

Não tenho duvida de que aquela frase está errada, porque todas as várias fontes que posso consultar dizem o contrário. “É uma daquelas que até parecem duas”, como costumamos dizer.

Para explicar o total absurdo da afirmação que reputei de mentirosa, eu apresentei os números que tinha, e citei a fonte. (editora Abril, de São Paulo, que é tanto quanto sei, o maior complexo editorial e gráfico daquilo que conhecemos como  América Latina.

Você, não é obrigado a conhecer a Editora Abril, nem a saber que é uma editora de referência, no entanto, não há nada neste mundo que lhe permita colocar em causa a honorabilidade da editora, nem da pessoa que apresenta os dados colhidos de uma publicação daquela editora.

Você tem todo o direito de escrever que os dados podem estar errados, tem o direito de dizer que não conhece a editora Abril, mas se o fizer, tem que demonstrar o contrário, e você não o fez.

Entre a dúvida razoável, (que é um direito que lhe assiste) e a rejeição absoluta, partindo do principio de que se trata de mentiras só porque não conhece os factos - ou estes são contrários ao seu ponto de vista - (que é um direito que você não tem), você, opta pela segunda hipótese. E isso, Ferrol, do meu ponto de vista está errado.

A forma como você apresentou o  seu ponto de vista (que na realidade não foi ponto de vista, foi apenas critica “grátis”, sem qualquer sustentação) implica, para quem quer que leia o que você escreveu, que o utilizador “Papatango”, não é minimamente credível e que costuma apresentar neste Fórum, ou noutros, mentiras injustificadas, sem apresentar provas dos disparates que produz.

Portanto, Ferrol, do meu ponto de vista, você tentou desacreditar a minha pessoa, num tom paternalista, como se em todas as discussões que tivemos, não fosse você, aquele que nunca nos disse o que pensa, refugiando-se nos seus “enlaces” que são, Ferrol, quer você goste quer não, apenas a opinião dos outros, sendo que você é o “palmero” de serviço que bate palmas, e depois mostra o link para justificar as palmas.

Este é um Fórum de debates e as pessoas debatem ideias, não estamos aqui para debater links. Eu já lhe mostrei que links, há os de todos os tipos, defendendo desde a Independência de Madrid, até aqueles que demonstram cientificamente que Aznar estava possuído por um venuziano, e que Zapatero, está tomado pelo espírito de um Marciano e que Venuzianos e Marcianos não se suportam uns aos outros.

Os links não são necessariamente verdades, são, eles também opiniões, como no link que nos deu do ministério da defesa de Espanha, a explicar porque é que Gibraltar era Espanhol. Ora, Ferrol, por amor de Deus, um pouco mais de imaginação, e um pouquinho mais de respeito pela nossa inteligência, não vinha nada mal. Afinal, somos portugueses, mas não somos estúpidos, embora eu saiba que muitos espanhóis vêm os portugueses como uns “Galegos” um pouco mais aperfeiçoados.

= = = =
O que o Manuel Liste aqui, colocou, infelizmente não prova nada, uma vez que nos mostra números desde 1994, e o que está em causa, é o que ocorreu em 1986, ano para o qual não nos são apresentados números.

No entanto, colocarei aqui, imagens do almanaque mundial, da editora Abril, com, pelo menos a indicação relativa ao PIB per capita de Portugal e o de Espanha, para que não haja duvidas sobre as razões que estão na base das minhas afirmações. Demonstrando que as afirmações são falsas. Se no entanto, o Ferrol, tiver algum dado concreto que indique o contrario, por favor indique-o, mesmo sem de link. Eu acredito na sua palavra de honra.

Diferença entre administrador e moderador
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
Citar
como co-administrador do foro é vostede sequera responsable en parte dos contidos que na páxina se presentan ¿non sí?


Ora bem, Ferrol, vamos ver se nos entendemos.
Há uma diferença muito grande entre administrador e moderador.
O administrador, ou administradores, são as pessoas que gerem as questões técnicas, que determinam quais são as opções que aparecem nos menus, que determinam qual é a cor das páginas do Fórum e que, em ultima análise repreendem, ou expulsam, participantes, segundo o critério que eles tiverem.

O moderador, é alguém, que não tem (como é o meu caso) qualquer relação com o fórum, que não seja a de, seguindo um determinado numero de regras, manter o funcionamento do fórum, e garantir que os participantes, mantêm um nível de civilidade. Tanto posso ser eu, como você, ou outra pessoa qualquer.

Moderador e Administrador, num fórum, são coisas completamente diferentes.

Eu conheço tanto quanto você as razões do banner publicitário neste Fórum. Mas se quer saber, para mim, que respeito a legalidade, a moral e a justiça, de facto, o território correspondente à Câmara Municipal da vila de Olivença, Concelho de Olivença, Distrito de Évora, Província do Alto Alentejo, Republica Portuguesa, é de facto território português. O que é que você quer fazer?

Eu bem lhe peço argumentos para ver se mudo de ideias, mas como o que ouço é sempre a mesma coisa, ou seja, argumentos inválidos segundo os mais básicos princípios da moral, e da justiça, vou continuar a achar que Olivença é território português, enquanto ninguém me demonstrar o contrário.

Portanto, embora eu não tenha nada a ver, nem com a administração deste fórum, nem com a associação que é anunciada no “banner”, para mim, a expressão “Olivença é terra portuguesa” é uma expressão válida e verdadeira, não havendo portanto nenhuma contradição.

Página websamba.com/Areamilitar e Galiza.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
A página que refere, que é em parte de minha autoria, refere numa nas suas secções, a Galiza, como país da CPLP. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Neste momento, essa menção, pode levar a alguma confusão, porque não estão feitas todas as páginas dependentes desse menu (menu que me tem dado dor de cabeça porque volta e meia desformata a página). No entanto, a Galiza, está junto com a Guiné Equatorial, que como sabe, não é um país de língua portuguesa, mas sim de língua castelhana, e a cor no menu, é diferente, dando a clara indicação de que se trata de algo diferente.
Não entendo muito bem a sua dúvida.
Quer que se passe a Galiza para o grupo de cima, porque a Galiza está mal acompanhada, por um país de língua castelhana ? :twisted:

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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nestor

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« Responder #49 em: Outubro 23, 2004, 05:13:02 pm »
Esta es la evolución de las economias de Alemania, Portugal y España segun el Banco Mundial desde 1985 hasta el año 2005

 
Country Subject Description Units Scale 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Germany Gross domestic product based on purchasing-power-parity (PPP) per capita GDP US dollars Units 16834.467 17596.336 18369.982 19603.368 20879.004 22505.838 19370.273 20132.266 20244.661 21087.972 21856.182 22385.727 23095.705 23844.328 24664.986 25871.020 26657.964 26961.809 27351.095 28104.148 29204.401
Portugal Gross domestic product based on purchasing-power-parity (PPP) per capita GDP US dollars Units 7146.415 7606.107 8238.061 8937.493 9814.213 10727.392 11392.570 11890.441 11976.305 12498.134 13135.513 13846.044 14640.442 15464.781 16254.562 16984.607 17579.002 17838.631 17939.751 18428.107 19339.652
Spain Gross domestic product based on purchasing-power-parity (PPP) per capita GDP US dollars Units 8876.713 9338.107 10128.661 10980.991 11928.128 12841.586 13622.985 14051.846 14207.999 14822.793 15544.061 16207.150 17157.861 18075.751 19022.212 20082.165 20928.590 21592.398 22403.458 23300.434 24572.290

Este es el enlace:

http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2004/01/data/dbcoutm.cfm?SD=1985&ED=2005&R1=1&R2=1&CS=3&SS=2&OS=C&DD=0&OUT=1&C=134-182-184&S=PPPPC&CMP=0&x=76&y=13

Ahora que cada uno saque sus conclusiones.

Saludos
 

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nestor

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« Responder #50 em: Outubro 23, 2004, 05:39:18 pm »
Citar
Relativamente à língua:
Repito, o que disse, porque nunca mudo de opinião, conforme o lugar onde escrevo.
A língua portuguesa, advém do galego. As línguas separam-se após o século XIII, e especialmente no século XV, aquando do inicio do processo de “Doma e Castraçom”, em que a língua Galega foi proibida, a nobreza Galega expulsa da Galiza e obrigada a viver em Castela.

As línguas separam-se não porque a língua Galega tenha sofrido outras alterações, mas porque a imposição de Castela teve o declarado objectivo de destruir a língua da Galiza, para mais facilmente a dominar, a destruir, a domar.
Foi o crime perfeito. Ou melhor, quase perfeito.

Essa língua Galega, deu origem ao português, que hoje se fala em todos os continentes da terra. Mas Ferrol, foi Portugal e não a Galiza que a expandiu, e por isso, a língua galega, passou a chamar-se português.


Si no he entendido mal, aqui se asegura que el Portugues proviene del Gallego, pero como Portugal ha extendido su idioma a todos los confines de la Tierra, por ese motivo ahora el gallego debe llamarse portugues.

Bueno, si seguimos esa lógica aunque el español actual desciende del latin y España ha logrado que esa lengua sea hablada por mas de 500 millones de habitantes, el latin debe pasar automaticamente a llamarse español :shock:

Noto cierto rechazo hacia Castilla en algunos foristas, cuando Castilla en la actualidad es solamente una mas de las comunidades autonomas o regiones que forman España y no precisamente de las mas pujantes ni influyentes. Si hace cinco siglos se propuso elimitar cualquier otra lengua dentro de sus dominios, desde luego que no lo ha conseguido y mucho menos con el gallego que se hablaba incluso en los peores momentos de la dictadura franquista mientras otras lenguas apenas eran testimoniales.

Rodriguez Ibarra es el presidente de una comunidad autonoma que ha sido elegido en repetidas ocasiones por los extremeños. Esa comunidad autonoma pertenece a un pais democratico que se llama España. Y España tiene un pais vecino que se llama Portugal, con el cual tiene similitudes y diferencias. La cuestión es dilucidar que es lo que nos une y lo que nos separa. Desde luego la geografia hace que compartamos incluso los rios que nacen en España y desembocan en Portugal.

Lo anterior, que es obvio, parece que no lo tienen muy claro ciertos foristas.

Saludos
 

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papatango

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« Responder #51 em: Outubro 23, 2004, 07:26:57 pm »
Conforme referido acima, aqui está a minha fonte (publicação em papel), do ano de 1988 (há já dezasseis anos) da Editora Abril







Os valores indicados são os valores obtidos em dolares americanos, e não pelo sistema de paridades de poder de compra.

O sistema PPP, normalmente aproxima Portugal de Espanha.
A razão prende-se com o facto de, quando se analizam os preços, as estatisticas PPP, partirem do principio de que em Portugal os bens de consumo são mais baratos que em Espanha, razão pela qual, o rendimento português aparece como sendo maior, quando se compara o rendimento segundo a paridade de poder de compra. ISto evidentemente não tira nenhum valor ás estatisticas, mas que cada um tire as suas conclusões.

Sobre as questões da lingua responderei em post seguinte.

Cumprimentos
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papatango

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« Responder #52 em: Outubro 25, 2004, 01:25:08 pm »
Mais dados, da mesma fonte (FMI)
http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo ... &x=35&y=11

É engraçado como as coisas mudam conforme o prisma em que fazemos as pesquisas ... :mrgreen:

Parece que podemos "montar as nossas proprias estatísticas neste site"

Claro, que nunca estão errados...

Mas enfim, são estatisticas. O que de qualquer forma resalta de todas, é que CONFORME EU DISSE:

É MENTIRA QUE QUANDO PORTUGAL ADERIU Á UNIÃO EUROPEIA O SEU NIVEL DE VIDA FOSSE IDENTICO AO DOS PAISES DA "COESÃO".

Quanto aos outros problemas sería ridiculo negar o obvio. Ocorreu em Portugal uma divergência objectiva e real, a partir do ano 2000. Contra factos não há argumentos.

Outra coisa são os textos lançados "á balda" por alguns jornais, com o objectivo de fazer propaganda politica, e ainda por cima escritos por estrangeiros que não se deram ao trabalho de consultar as estatisticas, mas que  tiveram tempo inventar estatisticas novas, e tirar conclusões..
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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« Responder #53 em: Outubro 25, 2004, 03:49:18 pm »
Citação de: "papatango"
Conforme referido acima, aqui está a minha fonte (publicação em papel), do ano de 1988 (há já dezasseis anos) da Editora Abril
Não consigo ver as imagens... Ups, já vejo.

Citar
A razão prende-se com o facto de, quando se analizam os preços, as estatisticas PPP, partirem do principio de que em Portugal os bens de consumo são mais baratos que em Espanha


Penso que a estatística da paridade do poder de compra não se baseará só nos preços dos bens. Esses são em geral bastante semelhantes em Portugal e Espanha. O que faz realmente diferença é mais o preço dos serviços. Em muitos casos, os preços em Espanha são mais altos simplesmente porque os trabalhadores espanhóis ganham mais. Nos serviços, em que os custos de mão de obra são mais altos, isso nota-se mais.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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papatango

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« Responder #54 em: Novembro 01, 2004, 03:37:47 pm »
http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=78&start=210

Neste tópico

Continuação de mais uma discussão sobre  Olivença que resulta em questões Portugal-Espanha.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Moi

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« Responder #55 em: Dezembro 04, 2004, 12:07:28 am »
Não resisto a lançar algumas pequenas provocações sem maldade...

O nosso feudo, ainda que pequeno... demorou 1 século e meio para expulsar os mouros do nosso território...

Os vizinhos espanhóis demoraram seis séculos, sete....

O império português projectou-se a 30 mil quilómetros...

O espanhol a menos de metade...

Em 1980 o PIB per capita espanhol era similar ao... iraquiano...
(podem defender-se falando dos números actuais...)

Mas ainda assim pequenos, estamos em 10º lugar nas reservas mundiais de ouro... antes do 25 de Abril estavamos entre os três primeiros
(bem sei que a importancia disso nos dias de hoje é idiscutivel, visto as divisas serem mais importantes, etc...)

Uma anedota, engraçada, demonstrativa....

Um locutor de rádio no final de um Portugal-Espanha:

O jogo de futebol acabou empatado caros ouvintes...
a zero golos para Portugal e zero golaços para Espanha... :D

saudações
 

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jango

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Espanha/Portugal
« Responder #56 em: Dezembro 04, 2004, 01:30:03 am »
Caros Comapnheiros de Fórum..
Tenho lido com alguma atenção as opiniões expressas aqui sobre estes assuntos que inevitavelmente arrastam alguma polémica por envolver sentimentos muitas vezes tão exarcebados como o nacionalismo. Faço notar que tenho-me em conta como um "patriota" , nem sei se o termo será o mais correcto...inclusivé já fiz algumas intervenções noutro fórum (fórum armada) , insurgindo-me contra uma tendência muito portuguesa de nos rebaixar-mos e dizermos mal de tudo o que é português. Contudo sempre tive noção que não convém cair em exageros de nacionalismos. Isto tudo a propósito das polémicas expressas aqui, que me pareçem, foram um pouco exageradas, e até, inclusivé pouco simpáticas para os nossos colegas espanhois , Dinivan e Ferrol, que nos tem distinguido e enriquecido o conteudo deste fórum com as suas intervenções.
Pessalmente gostaria de ver discutidos estes assuntos com um pouco mais de elevação e respeito por quem tem outras opiniões diferentes da nossa. É verdade que quanto a mim também me faz confusão como a Espanha ( um dos países mais belos da europa, com muitas coisas admiráveis e que deveríamos respeitar) consegue justificar em termos de politica oficial e em termos diplomáticos, a sua reinvidicação de Gibraltar e ao mesmo tempo a sua recusa em entregar Ceuta e Melilla e ,claro, Olivença. Na verdade não consegui vislumbrar uma justificação razoável pelos nossos companheiros Dinivan e Ferrol sobre este assunto. Gostaria também de perceber um pouco mais sobre os nacionalismos da Galiza e Catalunha e País Basco. Talvez possamos discutir um pouco de tudo isto sem tiradas ácidas, irónicas ou absurdamente nacionalistas....
Cumprimentos a todos...
 

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Moi

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« Responder #57 em: Dezembro 04, 2004, 10:49:40 pm »
Ora aí está um novo conceito... Absurdamente nacionalista...  :roll:

A minha pequena provocação não tem mal nenhum, poderia ser facilmente rebatida, mas há sempre quem se prontifica a chegar a terreiro para vir acalmar as hostes, dar a face, apelar ao patriotismo moderado... enfim a clamar por uma certa «elevação»... ou lá o que quer que tal palavra signifique no intelecto do pregador, sempre disposto a assistir a prosáicas discussões intelectuais, mas nunca a ceder à quente discussão patriótica ainda que sem qualquer maldade, é que assim é que é «fofo», como diz o outro...
 

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Miguel

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« Responder #58 em: Dezembro 05, 2004, 04:59:09 pm »
:roll: quem se lembra que as canarias erem parte do reino de portugal, e foram-nos roubadas pelos espanhois?
Afinal a historia mostra que:
Nunca portugal tentou roubar territorio aos espanhois
a espanha pelo seu lado tiro-nos Olivença,ilhas canarias,ceuta,etc....

claro hoje talvez não nos tire mais territorio, mas não se deve deixar haver uma grande desproporção de forças,porque os conflitos potenciais podem sempre surgir dentro "da nossa propria familia" seja eles provocados, por os Rios ou ZEE, mas neste momento a espanha e marroccos constitui a principal ameaça por esses motivos, qualquer aquisição do outro lado DEVE SER AVALIADA por nossa parte!!!!!
 

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papatango

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« Responder #59 em: Dezembro 05, 2004, 10:35:18 pm »
Jango:
Eu compreendo perfeitamente o seu ponto de vista e todos os pontos de vista são bem vindos.

Evidentemente a “elevação” é sempre bem vinda em qualquer forum de discussão, mas também não nos podemos esquecer que um fórum vive exactamente da discussão e que, se a discussão for condicionada por regras absolutamente estritas, acaba sendo uma discussão sobre coisa nenhuma.

Enquanto houver duas pessoas na terra, haverá pontos de vista diferentes. Se no que respeita a questões com a Espanha, fizermos o que sempre fizemos, ou seja, ser cordatos e bem educados, como cabe a um “país de poetas” corremos o risco de ser mal interpretados. Essa mesma má interpretação, que leva os espanhóis, quando o assunto é referido (E COM O OBJECTIVO DE TERMINAR A DISCUSSÃO NO INICIO) a dizerem, que em Portugal, só dois ou três gatos pingados ainda pensam na questão de Olivença.

Você diz-nos que não entende a dualidade de pontos de vista dos espanhóis, que continuam a reclamar Gibraltar, quando têm entre mãos um problema muito mais indecente.

Pois eu respondo-lhe que, em grande medida, essa dualidade tem a ver com as deturpações da História oficial de Espanha (deturpações que não são necessariamente mentiras claras) e com a ajuda que muitos de nós lhes damos, ajudando-os a concluir que de facto o problema não existe, porque nos calamos (ou porque nos calam, vide acontecimentos no Alqueva há umas semanas atrás, ou no jogo Portugal Espanha em Lisboa no Euro-2004).

A questão de Olivença, é, do meu ponto de vista, uma declaração de falta de vergonha de muitos governantes portugueses e uma declaração de soberba e falta de vergonha por parte dos castelhanos.

E é importante referir Castelhanos, porque não temos o direito de colocar todos os residentes nesse país no mesmo saco. Uma parte da Espanha, é Algoz, a outra é tão ou mais vitima que nós.

Essa é a razão pela qual eu me recuso a referir a Espanha, com referências como “De Espanha nem bom vento nem bom casamento”. Essa expressão não faz sentido, porque estaríamos a ser injustos para milhões de pessoas que são tão normais e pacificas quanto nós próprios. Não podemos meter todos os espanhóis no mesmo saco, e temos a obrigação de saber estabelecer as diferenças.

Para finalizar, e embora você ache ou esteja de acordo com as posições expressas pelos participantes espanhois, convido-o a ler os textos, e a dizer se concorda com expressões como

“aqui el nazi lo sera Vd. o su bendita madre.” (insulto pessoal e não critica politica)
“no se preocupe, que dinero no nos falta, al contrario que a cierto vecinito de España....”
“por que mientras que Portugal no era mas que un pequeño paisucho de tres al cuarto,”

Se em algum fórum espanhol alguém dissesse isto, era o bom  o bonito. O português só é bem tratado pelos castelhanos quando corresponde ao estereotipo que tem do português e do Galego, humilde, meio tonto, calado e subserviente. Quando lhes mostramos os dentes, ficam irritados, raivosos e perdem normalmente a cabeça. (Essa sempre foi a nossa grande vantagem. :mrgreen: ).

Portanto, neste fórum, só temos visto uma tremenda, interminável e tão portuguesa, cordialidade, paciência e condescendência.

No entanto, do meu ponto de vista, há alturas em que é necessário bater com os punhos em cima da mesa. Nós somos por natureza pessoas humildes, mas ás vezes também ficamos de saco cheio.

As questões surgidas, apenas demonstram, que à superficie, por razões politicas, podemos estar todos de braços abertos e em lua de mel. Mas a realidade é outra.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...