Novos Blindados para o Exército

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TazMonster

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« Responder #60 em: Abril 29, 2004, 08:57:08 pm »
Mas ao contrário desses sistemas, o AMOS é muito mais versátil. Permite fazer tiro directo, ou Tiro utilizando uma trajectória mergulhante para alcances mais curtos (o que ajuda a proteger da contrabateria). Além de que o morteiro não é para ser sempre utilizado na sua máxima cadência de tiro (creio que eles dizem que conseguem 20 Tiros por Minuto), na maioria das missões de tiro não serão disparados mais do que 4 tiros por arma (sistema e não tubo), o AMOS com os 2 tubos, consegue despachar a missão de tiro muito mais depressa e por-se a andar para evitar a contrabateria (em termos tácticos, este sistema poderia ser mesmo operado por unidades de Artilharia, é como se fosse um Obus AP).
O tempo de vida do tubo também seria muito maior, porque os disparos seriam divididos pelos dois tubos.
Só uma pequena desvantagem, é claro que o €€€€€€ deve ser quase o dobro dos outros, mas... eu acho q compensa.
Não me importava de ser o primeiro artilheiro a comandar uma unidade de morteiros daquela.

Cumprimentos
Taz
 

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papatango

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« Responder #61 em: Abril 29, 2004, 10:57:12 pm »
Uma pequena nota

Dos três modelos em causa, só o AMOS permite fazer tiro directo, mas o sistema Suiço, parece que tem maior alcance.

É preciso ver que todos os sistemas disparam de dentro do veículo, portanto não se torna em principio necessária grande preparação para depois dos disparos sair do lugar.

O rate of fire do AMOS é de até 23 disparos por minuto, e eu, já vi alguns comentários sobre a questão do tiro directo dizendo que, não será assim tão vantajoso, porque em tiro directo, o alcance, em tiro tenso, é relativamente pequeno. A questão que é colocada é a seguinte:

Para que serve a capacidade de disparar  tiro directo de um AMOS?
Para disparar sobre outros carros? Que carros? Se o conceito de utilização táctica do AMOS implica que este está a uma distância muito mais segura de zonas quentes?

O outro problema é que um AMOS não pode enfrentar nada que tenha um canhão igual ou superior a 20mm. Não deve levar blindagem adicional, porque já de si é bastante pesado. Frente a qualquer veículo blindado, VCI ou tanque, é um “sitting duck”

O sistema AMOS, do meu ponto de vista, é dinheiro deitado á rua, e capacidade de fogo, que analisando as nossas capacidades de engajamento em conflitos, decorrentes do nosso conceito estratégico de defesa,  nunca será provavelmente necessária.

Cumprimentos

PS.
Alguém conhece algum tipo de morteiro mais convencional que atinja os 9 Km e tenha um cadência de 10 disparos por minuto?
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #62 em: Maio 03, 2004, 05:31:09 pm »
Não é novidade mas a coisa mexe...

"NEWSWEEK: Pentagon Chief Weapons Tester Reported Stryker Vehicle Did Not ‘Meet Requirements’
 
 
(Source: Newsweek; issued May 2, 2004)
 
 
 NEW YORK --- In the fall of 2003, after noting in his annual report that the Army’s new Stryker Armored Vehicle “did not meet Army requirements” against rocket-propelled grenades, Pentagon chief weapons tester Tom Christie sent a classified letter to Defense Secretary Donald Rumsfeld’s office urging the military to be very cautious about where in Iraq it deployed the Stryker, Newsweek has learned.  
 
“I was slapped down,” says Christie of the response he received as the Pentagon was about to deploy the first 300 Strykers to Iraq. “It was: ‘What are we supposed to do with this [letter]?... Are you trying to embarrass somebody?’“  
 
The $4 billion Stryker program was seen as the vanguard of the lighter, high-speed Army of the future, reports Senior Editor Michael Hirsh in the May 10 issue of Newsweek (on newsstands Monday, May 3). But six months after Christie’s exchange, the fighting in Iraq has called into question not only the Stryker’s effectiveness but the Army’s shift toward a lighter, faster infantry. With a record 138 U.S. soldiers dead in April, some inside the Pentagon are asking why the Army spent billions on new wheeled vehicles like the Stryker when commanders in the field are crying out for old-style tanks and personnel carriers that are better protected and armed.  
 
So eager were some Army brass to push the Stryker, critics say, that they paid three times as much for it as the competing bid and lowered its performance requirements whenever it failed testing. And even though the Stryker is largely untried, Gen. Larry Ellis of Army Forces Command sent a March 30 memo to the chief of staff asking for more money for the program as far ahead as fiscal year 2008-09. More funding for Strykers is so “imperative,” Ellis wrote, that money might have to be diverted from a program to refurbish Bradley fighting vehicles, the armored, treaded carriers that many soldiers see as the star performer in Iraq. That suggestion raised hackles among track advocates inside the Pentagon. Army spokesman Maj. Gary Tallman said last Friday there is “no plan at this time to buy more Strykers.”  
 
Many soldiers killed and wounded in Iraq were traveling in thin-skinned Humvees, which ride on rubber tires like the Stryker. Meanwhile, thousands of M113 armored personnel carriers, which are treaded and better armed, sit in mothballs around the world, even next door in Kuwait. But treaded personnel carriers can better bear the weight of big-caliber guns and armor needed to defeat insurgents and defend against improvised explosive devices and rocket- propelled grenades; Strykers are mounted with only machine guns or grenade launchers. And now “tanks and armored personnel carriers are what commanders are looking for,” Capt. Bruce Frame of CENTCOM tells Newsweek.  
 
Tallman insists the faster, quieter Stryker is performing ably in Iraq, with only two vehicles lost so far. Each has an additional $500,000 worth of armor around it, including ceramic tiles and an unwieldy cage that some liken to a “Rube Goldberg device.” Still, the Strykers have been kept from most of the heavy fighting, and they don’t seem able to carry the weight of state-of- the-art “reactive armor.” Tallman adds that the Army is still undecided about whether its “future combat system” will be wheeled or treaded. What happens in Iraq, he adds, will “undoubtedly” influence that debate.  
 
-ends-  "
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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TazMonster

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« Responder #63 em: Maio 03, 2004, 07:24:54 pm »
Caro PT.

Citar
Para que serve a capacidade de disparar tiro directo de um AMOS?
Para disparar sobre outros carros? Que carros? Se o conceito de utilização táctica do AMOS implica que este está a uma distância muito mais segura de zonas quentes


Como pode observar pela presente situação no Iraque, as "Zonas Quentes" estão por toda a parte e uma viatura ter capacidade de se defender dá um tremendo jeito. O sistema pode até disparar em movimento, e nem quero saber se acerta ou não, desde que sirva para os "Turras" baixarem a cabeça já dá jeito.
Claro que o alcance em tiro tenso (directo) é menor (mesmo que seja sempre feito a carga máxima) a elevação é menor, logo a flecha tb é menor. Mas o tiro directo serve é para autodefesa, e como disse anteriormente, é uma capacidade que é sempre uma mais valia.
Mais, o AMOS será orgânico do pelotão de Morteiros pesados da Companhia/Esquadrão de Apoio ao Combate (CAC/EAC) dos Batalhões Inf/Grupos Carros, no entanto dava jeito que as companhias/esquadrões de manobra também fossem dotadas deste sistema (mesma munição, mesma manutenção, etc) e estes sistemas actuam isolados (perto do PC da Comp, mas nunca muito perto para evitar a contrabateria), por isso a capacidade de auto defesa e "shoot & scoot" é sempre uma boa mais valia.

Um abraço
Taz
 

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papatango

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« Responder #64 em: Maio 03, 2004, 09:04:53 pm »
Caro TazMonster.
Eu não estou em desacordo no que diz respeito ao facto de “dar jeito”. Se eu me vir numa situação complicada, eu vou preferir ter uma G-36 á mão, em vez de uma Walter P-38.

O problema que aqui se levanta é o problema do conceito de utilização deste equipamento.

Ou seja, considerando o conceito de utilização deste equipamento, provavelmente não veriamos AMV’s com AMOS no Iraque, porque no actual estagio das coisas os morteiros não fazem grande sentido (a não ser para os imbecis dos americanos que arrasam um quarteirão inteiro se do quarteirão veio uma pedrada, e depois queixam-se).

Portanto, o conceito de operação deste tipo de arma, deverá implicar o aproveitamento da vantagem táctica que resulta de um maior alcance máximo da arma. No caso que referiu, uma unidade deste tipo, que opera nas proximidades do PC da companhia, deverá estar acompanhado de um outro tipo de veículo, nomeadamente um com torre de 25mm.

É aqui que eu vejo o grande problema desta compra. A maioria dos carros terá uma metralhadora exterior de 12.7 e mais nada. Não podem fazer o papel de VCI’s no caso de lhes ser aplicada melhor blindagem. A quantidade de carros com peça de 25mm limita-se a 32 unidades.

Igualmente será interessante analisar a utilização táctica dos veículos de controlo do campo de batalha, porque este tipo de veículos destinam-se exactamente a evitar surpresas, pelo que um carro que está numa área mais quente mas a pelo menos 6 Km de uma eventual frente, deverá ter sempre uma noção do que se passa no campo de batalha circundante.

Claro que este tipo de organização, não se coaduna com a actual situação do Iraque. As forças moveis que viermos a ter devem poder organizar-se como forças de ataque / choque. Um morteiro não me parece ser muito apropriado para uma força de policiamento.

Acho que deveriam retirar as peças de 105mm dos V-150 e entrega-los á GNR. As torres podiam-se aproveitar para colocar nos AMV/PANDUR/PIRANHA (Não me digam que se forem fabricados cá, não é possível efectuar a alteração).

O outro problema, do meu ponto de vista é a questão logística. Lembre-se que se tivermos uma metralhadora na mão, gastaremos sempre muito mais munição que se tivermos uma arma que só permite tiro-a-tiro. O mesmo conceito se aplica ao AMOS que é tão sofisticado que dispara 23 por minuto. (É claro que, pobre de quem estiver do outro lado). Mas se estivermos longe de casa, não podemos gastar muita munição porque pode fazer falta.

Ora nesse caso, como resultado, se temos que poupar munição, para que queremos uma peça que nos permite gastar mais que aquilo que temos ?

Além disso, não nos podemos esquecer de que os outros sistemas (se é disto que estamos a falar) também são modernos.

Mas se calhar sou um bocado levado a achar o SOLTAM ou o RUAG melhor, porque acho que o PANDUR, por ser alemão/austriaco, é melhor que o PATRIA que é mais bonito, mas que não me dá tanta segurança

Cumprimentos
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Luso

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« Responder #65 em: Maio 03, 2004, 10:48:49 pm »
"Ora nesse caso, como resultado, se temos que poupar munição, para que queremos uma peça que nos permite gastar mais que aquilo que temos ? "

Não será por isso mesmo que vai ser escolhido?
Isso é tão... português!  8)
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Rui Elias

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« Responder #66 em: Maio 05, 2004, 02:54:12 pm »
Anedota de caserna:

Sabem porque é que os M-60 foram dispensados de participarem no desfile do 25 de Abril?

Porque se fossem lá, pensar-se-ia que o Museu Militar também se tinha feito representar :lol:
 

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Guilherme

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« Responder #67 em: Maio 05, 2004, 03:05:07 pm »
Por falar em M-60, dois artigos interessantes, um sobre esse tanque no Exército Brasileiro, e outro sobre uma manobra militar no sul do Brasil, onde o mesmo foi empregado:

http://www.defesanet.com.br/m60/

http://www.defesanet.com.br/cacequi/
 

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Rui Elias

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« Responder #68 em: Maio 05, 2004, 03:10:58 pm »
Guilherme:

Essas manobras foram no sul do Brasil, e usaram M-60?

E os argentinos não se fartaram de rir? 8)






Não me leve a mal, mas não consegui resistir...
 

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Guilherme

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« Responder #69 em: Maio 05, 2004, 03:12:28 pm »
hehehe.

Para você ter uma idéia, os M-60 do Brasil são os tanques mais avançados da América do Sul. Os argentinos não têm coisa melhor. :jok:
 

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Normando

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« Responder #70 em: Maio 06, 2004, 12:53:34 am »
Governo assina esta semana substituição das Chaimite

Francisco Mota Ferreira
05-05-2004 14:50:04
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=126115

O Governo vai assinar esta semana o despacho que leva para negociação o concurso de substituição das viaturas blindadas de rodas para o Exército e a Marinha, anunciou esta quarta-feira na Assembleia da República o ministro de Estado e da Defesa Nacional. Referindo-se a esta decisão do Governo, Paulo Portas lembrou que isto significa que «o ciclo das Chaimites está a chegar ao fim.

A abertura do concurso para aquisição das 320 viaturas blindadas de rodas destinadas ao Exército e Marinha foi anunciada, com pompa e circusntância, pelo primeiro-ministro, Durão Barroso, em Agosto de 2003, numa substituição que envolve um investimento da ordem dos 382 230 milhões de euros no período compreendido entre 2004 e 2013.
As viaturas terão capacidade 8x8 e serão capazes de participar em operações nas áreas do reconhecimento, protecção anticarro e de transporte blindado de pessoal.

Aquela que será a mais recente coqueluche do Exército pretende substituir numa fase inicial as velhas Chaimite que datam da guerra do Ultramar e também as viaturas de lagartas M113. Os novos 8x8 destinam-se às Brigadas Mista Independente (BMI), Aerotransportada (BAI), e Ligeira (BLI).
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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Luso

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« Responder #71 em: Maio 06, 2004, 09:36:03 am »
"pretende substituir numa fase inicial as velhas Chaimite que datam da guerra do Ultramar e também as viaturas de lagartas M113."

Os M113 por rodas?
Mas esta gente não aprende com o que está a acontecer no Iraque?
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papatango

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« Responder #72 em: Maio 06, 2004, 10:59:21 am »
:amazing:
Caí pró chão.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Rui Elias

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« Responder #73 em: Maio 06, 2004, 11:35:20 am »
Colegas:

sei que não vem muito a propósito, mas será que alguém me pode publicar se tiver, uma ou duas fotos de um Milan, já que pelos vistos perdi as que tinha :( .

Obrigado

Quanto ao concurso, acho que este até nem foi muito demorado.

Vamos agora ver o tempo que leva a apresentação de propostas, o estudo destas, as inevitáveis negociações e a adjudicação.

Será impressão minha, mas uma viatura 8por8 é semelhante às viaturas que os russos têm?
 

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Guilherme

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« Responder #74 em: Maio 06, 2004, 12:37:30 pm »
Rui Elias: