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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: HELLAS em Agosto 30, 2007, 11:36:34 pm

Título: REPUBLICA OU REINO?
Enviado por: HELLAS em Agosto 30, 2007, 11:36:34 pm
Una coisa que muitas vezes pensei dos portugueses é que un reino historico como é o reino de Portugal, com tantos anos de historia e que agora desde faz relativamente poucos anos é una republica. Que resta da monarquia portuguesa?,á pessoas que estao a reclamar a volta da monarquia? ainda esta viva ou esta totalmente a morrer?
Em Espanha a algun monarquico tradicionalista que nao esta a reconoscer a linha Borbonica como reis de Espanha, nem sequer o que foi a linha austracista dos Habsburgo por considerar  linhas estrangeiras a hispanidade, e falam que como nao resta nada dos antigos linagens do que seria a atual estado espanhol, em caso de existir em Portugal alguna linha dos Bragança ele tinha que ser o rei de Espanha. E muito rebuscado e longe se suceder, mas estao a imaginar por vez que finalmente fora un rei portugues o rei de Espanha. Por mim seria totalmente legitimo, e por favor, nao queram ver nem fantasmas, nem invasoes, nem ataques, etc...contra Portugal, tenho que estar a dizer isto porque nao quero que voces resten chateados a pensar o que muitas vezes pemsam erradamente. Sao meras hipotesis e curiosidades.
Título:
Enviado por: Luso em Agosto 31, 2007, 01:50:31 am
Quando o "pobão" entender que é do seu interesse ter um mediador que represente um mínimo de independência nacional e isento de sectarismos partidários quase sempre a soldo de interesses privados ou internacionalistas estéreis, destruidores e desumanos aí o País (e o mundo) muito terá a ganhar. Até lá vai imperar a propaganda dos invejosos crónicos, dos mafiosos, iberistas e traidores.
Desta lista retiro o Pereira Marques que é um tipo de jeito mas mal orientado.  :mrgreen:

E refiro-me apenas ao reino de Portugal, porque a situação das Espanhas não me diz respeito, apesar das simpatias que possa ter por esta ou aquela "nação".
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Agosto 31, 2007, 02:06:39 am
Olha que eu sei que ainda és Leonês... :wink:

Isso de Reis é para países em que há várias nações, tipo Espanha e Bélgica, ou para aqueles que são "estupidamente" ricos e gostam de gastar dinheiro com essas coisas "arcaicas", tipo Suécia, Holanda, Dinamarca, Noruega, etc.

Depois podemos ir sempre à pergunta fundamental e discutir se a Monárquia pode impedir a alternância contínua entre o partido de centro-esquerda e o do centro-direita, próprio do sistema político em Portugal e, genericamente, nas várias democracias ocidentais...já para não falar no papel totalmente nulo de um Rei na política económica de um país...
Título: Re: REPUBLICA OU REINO?
Enviado por: zocuni em Agosto 31, 2007, 02:35:23 am
Citação de: "HELLAS"
Una coisa que muitas vezes pensei dos portugueses é que un reino historico como é o reino de Portugal, com tantos anos de historia e que agora desde faz relativamente poucos anos é una republica. Que resta da monarquia portuguesa?,á pessoas que estao a reclamar a volta da monarquia? ainda esta viva ou esta totalmente a morrer?
Em Espanha a algun monarquico tradicionalista que nao esta a reconoscer a linha Borbonica como reis de Espanha, nem sequer o que foi a linha austracista dos Habsburgo por considerar  linhas estrangeiras a hispanidade, e falam que como nao resta nada dos antigos linagens do que seria a atual estado espanhol, em caso de existir em Portugal alguna linha dos Bragança ele tinha que ser o rei de Espanha. E muito rebuscado e longe se suceder, mas estao a imaginar por vez que finalmente fora un rei portugues o rei de Espanha. Por mim seria totalmente legitimo, e por favor, nao queram ver nem fantasmas, nem invasoes, nem ataques, etc...contra Portugal, tenho que estar a dizer isto porque nao quero que voces resten chateados a pensar o que muitas vezes pemsam erradamente. Sao meras hipotesis e curiosidades.


Tudo bem,Hellas

Bem minha posição,acerca deste assunto é o seguinte,não me satisfaz nosso modelo de República assim como não me identifico no modelo de Monarquia que tivemos no final do século XIX.É um tema que não vou desenvolver,por ser algo extenso e de repente pouco atractivo para o fórum.Não tenho nada contra um nem contra outro,apenas que seja eficiente.
Pergunta se existe Monarquia em Portugal,sim existe na figura de D.Duarte Pio de Bragança,herdeiro legitimo da coroa portuguesa,e Rei caso Portugal fosse um Reino.
Poliíticamente,nos anos 80,existia o PPM(Partido Popular Monárquico),chegou a ter alguma representatividade,mas penso que hoje como Partido anda algo sumido.Por vezes vejo na televisão da comemoração da data Monárquica,e vejo um movimento com pouca participação,contudo com muito entusiasmo.
Talvez fosse um tema que deveria e poderia ser mais desenvolvido e discutido sem tabus e preconceito.

Abraços,
Título: Re: REPUBLICA OU REINO?
Enviado por: JLRC em Agosto 31, 2007, 03:28:15 am
Citação de: "zocuni"
 
Pergunta se existe Monarquia em Portugal,sim existe na figura de D.Duarte Pio de Bragança,herdeiro legitimo da coroa portuguesa,e Rei caso Portugal fosse um Reino.


Eu vou corrigir a resposta do Zocuni. Não existe monarquia em Portugal, existe sim um partido monárquico mas sem expressão eleitoral e existe um representante da linhagem dos Bragança, o duque de Bragança cuja legitimidade à coroa de Portugal eu duvido visto ser descendente de D. Miguel, que foi banido de Portugal e exilou-se em Áustria. Os pais do D. Duarte eram aliás, austriacos. Embora seja republicano, penso que deveria haver um referendo em Portugal em que as pessoas podessem escolher entre monarquia e republica. Seria a melhor maneira de calar os monárquicos pois estes perderiam certamente. Não sei é se os manárquicos aceitariam o referendo pois a sua derrota iria calá-los para sempre.
A propósito, julgo que já houve um rei português de um dos reinos da Hispania, o de Aragão. Refiro-me a D. Pedro (1429-1466), 5º condestável de Portugal, filho do Infante D. Pedro e neto de D. João I e que foi D. Pedro V de Aragão. Foi rei julgo que por 2 anos tendo morrido, segundo parece, envenenado. Como sabem, o infante D. Pedro foi casado com D. Isabel de de Urgel, filha de Jaime II conde de Urgel e de D. Isabel de Aragão, daí a legitimidade do filho ao trono de Aragão (Catalunha).
Título:
Enviado por: P44 em Agosto 31, 2007, 09:05:43 am
Também acho que deveria existir um referendo, para acabar com esse assunto de uma vez por todas.


Citação de: "JLRC"
Embora seja republicano, penso que deveria haver um referendo em Portugal em que as pessoas podessem escolher entre monarquia e republica. Seria a melhor maneira de calar os monárquicos pois estes perderiam certamente. Não sei é se os manárquicos aceitariam o referendo pois a sua derrota iria calá-los para sempre.


assino por baixo!
Título:
Enviado por: DC 38 em Agosto 31, 2007, 10:41:42 am
Citação de: "P44"
Também acho que deveria existir um referendo, para acabar com esse assunto de uma vez por todas.


Referendo??? para quê?? só para gastar dinheiro na organização e distribuir para a campanha...

Mesmo  que fosse essa a vontade da "pova" não conseguiriamos passar para um regime monarquico, pois quem iria vetar as leis absurdas dos governos eleitos pela Maioria???

Assim, como assim vamos tendo um pequeno equilibrio, como Soares/Cavaco, Sampaio/Santana Lopes e Cavaco/Socrates...

A todos,

BZ
Título: Re: REPUBLICA OU REINO?
Enviado por: zocuni em Agosto 31, 2007, 11:35:44 am
Citação de: "JLRC"
Eu vou corrigir a resposta do Zocuni. Não existe monarquia em Portugal, existe sim um partido monárquico mas sem expressão eleitoral e existe um representante da linhagem dos Bragança, o duque de Bragança cuja legitimidade à coroa de Portugal eu duvido visto ser descendente de D. Miguel, que foi banido de Portugal e exilou-se em Áustria. Os pais do D. Duarte eram aliás, austriacos. Embora seja republicano, penso que deveria haver um referendo em Portugal em que as pessoas podessem escolher entre monarquia e republica. Seria a melhor maneira de calar os monárquicos pois estes perderiam certamente. Não sei é se os manárquicos aceitariam o referendo pois a sua derrota iria calá-los para sempre.
A propósito, julgo que já houve um rei português de um dos reinos da Hispania, o de Aragão. Refiro-me a D. Pedro (1429-1466), 5º condestável de Portugal, filho do Infante D. Pedro e neto de D. João I e que foi D. Pedro V de Aragão. Foi rei julgo que por 2 anos tendo morrido, segundo parece, envenenado. Como sabem, o infante D. Pedro foi casado com D. Isabel de de Urgel, filha de Jaime II conde de Urgel e de D. Isabel de Aragão, daí a legitimidade do filho ao trono de Aragão (Catalunha).


Tudo bem,JLRC

Obrigado pela correcção.Bem é claro que em Portugal é uma República e disso ninguém dúvida.Agora,julgava que esse D.Duarte fosse caso existisse o descendente directo dos Braganças,pelo menos aparece assim nos midia e caso Portugal voltasse à Monarquia,coisa que dúvido,na minha modesta opinião deveria ser uma nova família,uma nova dinastia,mas não creio que aconteça.
Quanto a fazer um referendo,penso como algo desnecessário.

Abraços,
Título:
Enviado por: HELLAS em Agosto 31, 2007, 11:48:27 am
Obrigado pelas tudas as respostas. JLRC, nessa epocas, pemso que tudos ou praticamente tudos os reinos da Hispania tem ligaçoes entre eles, igual eram segumdos no linagem de um e quintos noutros.
Eu por muito que leja libros e informaçoes é imposivel lembrar dos reis, filhos, pais, avos, etc....
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Agosto 31, 2007, 11:55:21 am
O último Rei de Portugal, D. Manuel II, morreu sem deixar descendência, a partir dai quem terá "legitimidade" para reclamar o "direito ao trono" é assunto de lana caprina...

A mãe de Duarte Pio de Bragança, não era austríaca, mas sim brasileira ou quanto muito francesa, e representava a linhagem (interrompida em Portugal) de D. Pedro IV de Portugal (I do Brasil) através dos Orleans e Bragança, a "Casa Real do Brasil".

Ver: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=100000 (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=100000)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 31, 2007, 04:06:19 pm
Bem eu sou monárquico, como tal defendo a solução de uma monarquia constitucional.
Título:
Enviado por: HELLAS em Agosto 31, 2007, 05:41:40 pm
Cabeça de Martelo, achas que os monarquicos em Portugal estao a extinguir ou ainda resta alguna coisa daquele historico Reino de Portugal nas mentes?tem força ou nao?
Diz, como monarquico, estas a identificar-te tambem com a tradicionalista ou para ti nao tem nada que ver?.
Título:
Enviado por: zocuni em Agosto 31, 2007, 11:26:53 pm
Citação de: "PereiraMarques"
Isso de Reis é para países em que há várias nações, tipo Espanha e Bélgica, ou para aqueles que são "estupidamente" ricos e gostam de gastar dinheiro com essas coisas "arcaicas", tipo Suécia, Holanda, Dinamarca, Noruega, etc.

Permita-me discordar.Primeiramente,gostava de ser estupidamente rico como esses países escandivos.Que me conste só maluco rasga dinheiro.Outra coisa nada nos garante que uma família Real,seja muito mais cara que um Presidente da Republica,veja-se gastos de campanha,comitivas de apoio,benefícios quando seixam o cargo,um monte de regalias,etc.Segundo esta questão não pode ser levada muito por aí,numa visão algo simplista.Requer uma profundidade mais abrangente,e um diálogo entre a sociedade.

Citar
Depois podemos ir sempre à pergunta fundamental e discutir se a Monárquia pode impedir a alternância contínua entre o partido de centro-esquerda e o do centro-direita, próprio do sistema político em Portugal e, genericamente, nas várias democracias ocidentais...já para não falar no papel totalmente nulo de um Rei na política económica de um país...


Se isso acontecesse na sua plenitude,que grande democracia teríamos,mas não constacto isso.Tenho assistido ao quê,um PR sempre se reelege,sendo puramente uma troca de pessoas e não de ideias,tenho alguma dificuldade em ver diferenças entre os PR que tivemos(Mário Soares,Jorge Sampaio e Cavaco Silva),me parecem um personagem só.É o que penso.
Outra coisa,diz que um Rei não tem papel na política económica de um país,pode ser e um PR,terá?Não vejo grande diferenças.

Obs:Não me leve a sério,sou monarquista,mas não me revejo na figura de D.Duarte,pode estar descansado.Sou pela Restauração,sou pela mudança,não me agrada o que vejo.É claro que podemos ir para pior,mas pelo menos tentamos.
Tive dificuldade em postar estas minhas convicções,o tema do site não é político.Desculpem o desabafo.

Abraços,
Título:
Enviado por: antoninho em Agosto 31, 2007, 11:29:55 pm
Por muito que se diga, a monarquia em Portugal saiu pela porta das traseiras(mais precisamente pela da Ericeira, sem glória), apostar agora nesse sistema, era regressar ao comodismo arcaico ainda pior do que aquele em que vivemos como afirmou o Luso.
Temos é que encontrar um novo sistema que corrija esta tendência de políticos partidários de carreira que ignoram o povo....
Sou por um sistema presidencial parecido com o dos EUA (claro que sem aquelas eleições manhosas que permitiu ao actual presidente lá ficar), por uma autonomia regional, pois isso iria permitir que as regiões mais pobres sairiam mais beneficiadas, pois estariam nas mesmas condições que a Madeira e os Açores e que são injustas só de pensar que temos regiões que necessitam mais de apoio que essas duas.....
Título: Concordo
Enviado por: zocuni em Agosto 31, 2007, 11:35:44 pm
Tudo bem,Antoninho

No geral concordo consigo.Penso que a saída seria uma terceira via.Mas o que seria?Essa é a questão?Eu não sei.
Talvez aqui no fórum alguém tenha essa visão.

Abraços,
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Agosto 31, 2007, 11:49:02 pm
A Rainha de Inglaterra é das mulheres mais ricas do mundo, deve ter conseguido essa fortuna através do trabalho braçal ou então foi pelos seus dotes intelectuais...

O facto de o Presidente da República não ter intervenção na política económica era exactamente para fazer contraponto com o Rei, que também não tem. Ou seja, ao contrário do que alguns "engraçados" afirmam, a Monárquia não tem qualquer espécie de relação directa com o maior o menor grau de Desenvolvimento Sócio-Económico de um país, para os que falam de uma Suécia, de uma Dinamarca, de uma Noruega, de uma Bélgica, etc., posso facilmente contrapôr com uma Finlândia, uma Alemanha, uma França, ou até uma Irlanda.

Por outro lado, custa-me crer, que em pleno Século XXI, quando se fala no aprofundamento da Democrácia, de uma Democrácia mais Representativa e Participatica, se deixe a escolha da Chefia do Estado nas mãos de uma qualquer sucessão familiar.

Se eu acredita-se que a Monárquia traria algum progresso material, ou até "espiritual", para Portugal era dos primeiros a defende-la... :o
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 01, 2007, 08:05:08 pm
Eu não pretendo fazer proselitismo da causa monárquica porque entendo que devem as pessoas meditar sobre o que as rodeiam e comparar propaganda com factos. Tenho que confiar na inteligência das pessoas. É só dessas que eu me quero rodear. Deixo-vos aqui um texto que considero interessante que roubei do "Per-Espectivas" (do dono do desaparecido Letras com Garfos")...

Sexta-feira, 24 de Agosto, 2007
Porque sou monárquico
Arquivado como: Portugal — Orlando @ 4:48 pm

Quando lemos as obras em prosa de Fernando Pessoa, devemos ter muita cautela no juízo ideológico, porque nunca sabemos qual a “personagem” que escreve. Poderemos encontrar em Pessoa loas à restauração da monarquia e ao integralismo lusitano, e logo adiante, a diabolização da monarquia. Por vezes, Pessoa culpa a monarquia pelos erros da república; outras vezes, de tantos erros na república, dizia Pessoa que pelo menos a monarquia tinha um sentido decorativo, e que nem isso a república tem. Contudo, tenho muitas dúvidas que Pessoa concordasse com a política integracionista de Portugal em Espanha, nitidamente imposta pela União Europeia, e seguida com obediência canina, pelos actuais políticos do centrão português.

Não sou monárquico porque sou passadista, sou-o porque penso no futuro. O problema é que o futuro que eu penso não é o mesmo que os iberistas europeístas defendem para Portugal. Por isso é que os iberistas são republicanos; não descortinamos por aí um iberista monárquico, porque seria um contra-senso, um absurdo. Por isso é que a dinastia dos Duques de Bragança (que começou em 1640) é maldita em Espanha, e a monarquia em Portugal o pior inimigo dos iberistas espanhóis e portugueses. Antes de mais, temos que tentar perceber os vários tipos de iberismo existentes.

O Iberismo de Unamuno é o iberismo das nacionalidades ibéricas subordinadas a Madrid, uma “federação” em que existe uma língua superior a todas, a língua franca: o castelhano. Unamuno coloca a língua e a cultura castelhanas acima de todas as outras línguas e culturas ibéricas – a língua de Castela é a “língua superior” porque é a que tem mais falantes. Esta supremacia linguística iberista já não faz sentido, numa altura em que a língua inglesa é de facto a mais falada no mundo. O Iberismo de Unamuno é o que existe hoje com as autonomias em Espanha. Unamuno passou à História, o seu prazo de validade expirou.

Depois, temos o Iberismo Pessoano, e não totalmente assumido, o de Miguel Torga. Escreve Fernando Pessoa:

“Para uma união ibérica de qualquer espécie, seja essa espécie qual for, três coisas são essenciais, e sem elas nada se poderá fazer, e antes de elas se fazerem é inútil pensar sem receio nosso em qualquer aproximação. Essas três coisas são: primeira, a abolição da monarquia em Espanha. Segunda, a separação final da península nas três nacionalidades essenciais – a Catalunha, Castela e as províncias que conseguiu submergir na sua personalidade, e (terceira) a criação do estado galaico-português.”

Fernando Pessoa coloca a hipótese de um tipo de iberismo que os iberistas de Madrid nunca aceitarão. Por exemplo, a abolição da monarquia em Espanha significaria o fim da Espanha como país – não como nação, porque não existe só uma nação em Espanha. Fernando Pessoa reconhece implicitamente que a monarquia une uma Espanha com várias nações, e implicitamente reconhece que a melhor forma de manter uma nacionalidade, mesmo contra-natura como é o caso espanhol, é através de um regime monárquico. Fernando Pessoa reconhece (sem ser explicitamente) que a monarquia tem um poder aglutinador. O caso da actual Bélgica é um exemplo da força aglutinadora da monarquia num país com duas nações completamente diferentes.

Pessoa defende depois a independência das nacionalidades ibéricas:

“É absolutamente impensável a solução do problema ibérico sem ser por uma federação; é impensável a federação com a constituição desigual, antinatural, viciosa e falsa, dos estados ibéricos actuais. Se os espanhóis não querem, como é natural, encarar de modo algum essa solução do problema, pedimos que nos desculpem de deixar de pensar no assunto.”

Fernando Pessoa defende (depois da abolição da monarquia em Espanha) as seguintes nacionalidades ibéricas independentes: a Catalunha (que pode incluir, ou não, Valência), Castela, País Basco, Andaluzia, e um estado galaico-português, que incluiria os territórios de Portugal e da Galiza.

Escreve Fernando Pessoa: “o grande inimigo da Ibéria é Castela”.

Exactamente porque Fernando Pessoa – tal como Miguel Torga – pede aquilo que é impossível aceitar pelos actuais iberistas, não pode ser considerado como “iberista”. Fernando Pessoa dá um xeque-mate ao iberismo, ao dizer que este só seria possível sob a bandeira da justiça e da igualdade entre as nações ibéricas. Escreve Pessoa (in “Da Ibéria e do Iberismo”):

“A primeira nação inimiga da Ibéria é a Espanha – no sentido da actual Espanha, Castela imperando antinaturalmente num agrupamento que não conseguiu absorver, porque não absorveu a Galiza e a Catalunha”.

O Iberismo de Miguel Torga é geográfico, telúrico, e não político ou mesmo cultural. Miguel Torga sempre criticou o fatalismo impotente do português contemporâneo, e nunca poderia por isso sucumbir a um fatalismo que admitiria a inexorabilidade da alienação cultural portuguesa, submetida por um fado que exige a integração de Portugal em Espanha.

O Iberismo de Fernando Pessoa é, de facto e na prática, um anti-iberismo, no sentido da sua exigência extrema no respeito pelas nacionalidades ibéricas. Fernando Pessoa pede o que os iberistas espanhóis nunca poderiam aceitar, e nesse sentido, é um inteligente anti-iberista português.

Por último, temos o Iberismo actual, protagonizado boçalmente por políticos portugueses como o ministro Mário Lino e, de uma forma inconfessável, por José Sócrates e muita gente dentro das fileiras do Partido Socialista. O Iberismo actual é uma recuperação do iberismo de Unamuno, um iberismo maçónico desta feita integrado numa política europeísta de integração.

Para todos os países europeus, com excepção de Portugal, a integração europeia significa a alienação de uma parte da sua soberania para todos os outros países. Para Portugal, a integração europeia significa a alienação de uma parte da sua soberania para todos os outros países europeus, e a outra parte que resta alienada a Espanha. Com a integração europeia, os outros países da Europa ficam, ainda assim, com alguma coisa, mas Portugal fica praticamente com nada. Não existisse o Brasil, a integração portuguesa na Europa transformaria Portugal, a médio prazo e numa perspectiva de Bruxelas, numa província espanhola governada a partir de Madrid. Seria o Brasil que nos lembraria que Portugal ainda existe.

Assumo-me monárquico – e defensor da continuidade da dinastia dos Duques de Bragança no trono de Portugal. Explico-me: monárquico, porque os iberistas actuais, defensores da transformação de Portugal em província autónoma espanhola, odeiam a força aglutinadora desempenhada historicamente pela monarquia no nacionalismo português, e sou defensor da dinastia dos duques de Bragança porque os iberistas espanhóis, defensores da supremacia da cultura castelhana, são dela inimigos históricos fidagais. Os espanhóis iberistas odeiam os Duques de Bragança.

Em suma: sou por D. Duarte Pio, aka D. Duarte II, porque os caminhos alternativos que os europeístas colocam aos portugueses são a vergonha e a infâmia.
Título:
Enviado por: HELLAS em Setembro 01, 2007, 10:56:44 pm
a dinastia dos Duques de Bragança (que começou em 1640) é maldita em Espanha....PODES EXPLICAR O MOTIVO?NAO SABIA DISTO.

Nao estou em concordamça com Pessoa, mas pelo menos estou a ver que sabe distinguir entre Castelha e Espanha.
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 01, 2007, 11:53:30 pm
Citação de: "HELLAS"
a dinastia dos Duques de Bragança (que começou em 1640) é maldita em Espanha....PODES EXPLICAR O MOTIVO?NAO SABIA DISTO.

Nao estou em concordamça com Pessoa, mas pelo menos estou a ver que sabe distinguir entre Castelha e Espanha.


Hellas, a resposta a essa pergunta só lhe pode ser dada pelo seu autor, Orlando Braga, contactável em http://espectivas.wordpress.com/ (http://espectivas.wordpress.com/).
Da parte que me toca, a percepção que se tem em Espanha da Casa de Bragança (certamente do conhecimento de poucas pessoas) é para mim irrelevante. As minhas preocupações são sobretudo internas.

E aproveito a deixa para um outro comentário interno, que é a aparente veneração ou maior simpatia pela Casa Real Britânica. Muito bom republicano laico não se coibe de fazer a sua vénia à Rainha Isabel II ou à restante família real, e os próprios jornalistas falarem de "Sua Majestade" por isto ou por aquilo, como se fosse fino. E depois diz desprezar SAR D. Duarte. Tal como a parolada que tem horror ao nacional e que prefere o lixo estrangeiro (de todo o tipo).
Há também o humorista barato que morre por viver junto da "nobreza" estrangeira e insiste no cansado "aheee, a Isabelinhaaaa", que já teve a sua piada. - A ver se gozam com o Socas!
Título:
Enviado por: ferrol em Setembro 03, 2007, 09:12:49 am
¿Maldita a Casa de Braganza en España?  :roll:
Título:
Enviado por: ricardonunes em Setembro 03, 2007, 09:43:45 am
Citação de: "ferrol"
Casa de Braganza


Eu já que andava deconfiado c34x

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg104.imageshack.us%2Fimg104%2F1681%2Fganzaavatarlm7.png&hash=ca6d241df7903749e3535561b6701543)
Título:
Enviado por: manuel liste em Setembro 03, 2007, 10:28:57 am
Lo cierto es que yo no veo la relación entre la república o la pertenencia de Portugal a la Unión Europea con una supuesta 'anexión' de Portugal por España. Para empezar hay que decir (otra vez) que España no tiene la menor intención de anexionar a nadie, y no comprendo porqué algo así tendría que ser del agrado de la UE.

En la UE todos los paises hemos renunciado a parte de nuestra soberanía en favor de las instituciones europeas, y no sólo Portugal. Portugal no es el único país pequeño que hay en la UE, ni tampoco es de los más pequeños para que se esté poniendo en causa su existencia constantemente por parte de algunos opinadores portugueses.

En cuanto a la Casa de Braganza (en español) o de Bragança (português), decir que es falso que sea objeto de algún tipo de rechazo en España. Es una casa real sin trono como tantas otras. Creo que incluso el Rey Juan Carlos tiene algo de sangre de la Casa de Braganza, así que...

Lo que más me ha llamado la atención del artículo de Braga es la decepcionante opinión de Pessoa sobre Galicia, un irredentismo que se repite y se repite, y que yo personalmente lo encuentro algo irritante.
Título:
Enviado por: HELLAS em Setembro 03, 2007, 11:13:19 am
Por suerte Manuel Liste, es un opinion personal, pues ya ves por aqui que varios foristas ven con simpatias a Galicia por los lazos historicos y linguisticos que hay, asi que mejor dejarlo en anecdotico.
Es como cuando alguno dice que en el campo del Celta ven banderas portuguesas, y ya por eso a lo mejor creen que los Celtarras son la opinion general de Vigo y ya por eso se consideran portugueses los Vigueses, entonces por esa regla de tres los del Deportivo de La Coruña querrian ser turcos. Asi que tu mejor que yo sabras que son meras anecdotas.
Título:
Enviado por: ferrol em Setembro 03, 2007, 11:31:57 am
Citação de: "manuel liste"
Lo que más me ha llamado la atención del artículo de Braga es la decepcionante opinión de Pessoa sobre Galicia, un irredentismo que se repite y se repite, y que yo personalmente lo encuentro algo irritante.
No, no nos confundamos...el artículo dice que Pessoa dice...el articulo también dice que los Braganza están vetados en España, y no lo están, luego, si el artículo dice que Pessoa habla de irredentismo, obviamente, Pessoa dice todo lo contrario... :wink:  ¿no?
Título:
Enviado por: manuel liste em Setembro 03, 2007, 11:35:38 am
Los celtarras muestran banderas de Portugal porque los aficionados del Depor les llaman 'portugueses' para picarles. Así demuestran que no les molesta el adjetivo. Es como cuando en Cataluña se bromea con el apelativo de 'polacos', como si en el Camp Nou sacasen banderas de Polonia...algo así.

Ferrol: habrá que dejarlo como interrogante entonces, aunque la cita está entrecomillada y por tanto es supuestamente literal.
Título:
Enviado por: ferrol em Setembro 03, 2007, 11:56:13 am
Citação de: "manuel liste"
Ferrol: habrá que dejarlo como interrogante entonces, aunque la cita está entrecomillada y por tanto es supuestamente literal.
Me río yo de las "literalidades" de éste foro...si son capaces de hacer pasar por verídicas noticias sacadas del GARA, ¿Tú crees que no son capaces de hacer pasar por literales apenas 2 líneas de texto?

En el mismo blog:
Citar
A legalização da adopção de crianças por duplas de homossexuais abrirá, inexoravelmente, a porta a uma tolerância legal em relação à pederastia

¿Tú te vas dando cuenta de cuales son las "fuentes" de las que beben los foristas en este foro?El periódico de ETA, un blog homófobo... :roll:

Yo, en este foro, hace tiempo que no dudo...
Título: ????
Enviado por: zocuni em Setembro 03, 2007, 12:42:50 pm
Citação de: "HELLAS"
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Por suerte Manuel Liste, es un opinion personal, pues ya ves por aqui que varios foristas ven con simpatias a Galicia por los lazos historicos y linguisticos que hay, asi que mejor dejarlo en anecdotico.


Citar
Es como cuando alguno dice que en el campo del Celta ven banderas portuguesas, y ya por eso a lo mejor creen que los Celtarras son la opinion general de Vigo y ya por eso se consideran portugueses los Vigueses, entonces por esa regla de tres los del Deportivo de La Coruña querrian ser turcos. Asi que tu mejor que yo sabras que son meras anecdotas.


Onde eu me incluo,tenho simpatia pela Galiza e pelos mesmos motivos que enumera.É natural e reciproca essa nossa identidade com Galiza,ao contrário de toda Espanha.

Não misture futebol,num tema como este por ser fora de contexto.

Abraços,
Título:
Enviado por: HELLAS em Setembro 03, 2007, 01:40:28 pm
Zacuni, pemso que nao percebis-te o motivo disse exemplo levado ao futebol, igual que podia arramjar outro exemplo em qualquer outro lugar ou ambito, nao misturo nada.
É normal que tenhan laços entre Portugal e Galiza, como da mesma forma deve haber galegos que nao curtam dos portugueses, resto de espanhois que nao curtan dos portuguese e de outros que sim curtam, sejam e estem na parte geografica que seja.
Título: ????
Enviado por: zocuni em Setembro 03, 2007, 01:51:05 pm
Citação de: "HELLAS"
Zacuni, pemso que nao percebis-te o motivo disse exemplo levado ao futebol, igual que podia arramjar outro exemplo em qualquer outro lugar ou ambito, nao misturo nada.
É normal que tenhan laços entre Portugal e Galiza, como da mesma forma deve haber galegos que nao curtam dos portugueses, resto de espanhois que nao curtan dos portuguese e de outros que sim curtam, sejam e estem na parte geografica que seja.


Entendi sim,Hellas
´
Você disse que era anedótico,os portugueses se identificarem com os galegos por causa da questão linguistica e laços históricos.
Se existe alguma região da Espanha com que temos essa ídentidade é precisamente com a Galiza,não vislumbro outra.Quanto a ter na Galiza ter galegos que não gostam de portugueses,isso é normal,agora essa taxa na Galiza é a mais baixa de Espanha.
Claro que os galegos não são portugueses,nem os portugueses são galegos,mas temos muito em comum,sim.
Conheço algo da Galiza e da Espanha,e isso é visivel e notório.

Abraços,
Título:
Enviado por: manuel liste em Setembro 03, 2007, 02:04:42 pm
Lo siento amigo, pero todo eso está fuera de contexto en la cuestión monarquía-república  :twisted:

Pero ya puestos, decir que soy gallego y me gusta la cerveza. Estoy dispuesto a que me envíen una caja de Sagres en aras de la hermandad entre nuestros dos pueblos, portes pagados please
Título:
Enviado por: HELLAS em Setembro 03, 2007, 03:02:35 pm
El preguntar lo que pregunté por saber el padecer de los portugueses en la cuestion no tiene nada de estar fuera de contexto, son lo que son y no discuto nada.
Prefiero Super Bock.
Zucomi, obvio, lo mais parecido em Espanha a Portugal e Galiza, tudos tem claro isso e é normal.
Título:
Enviado por: manuel liste em Setembro 03, 2007, 03:09:39 pm
Parecido con el Norte de Portugal en todo caso, porque el resto queda lejos.
Título:
Enviado por: HELLAS em Setembro 03, 2007, 03:50:36 pm
Manuel, a ver, con utlilizar un poco la logica nos evitariamos malos entendidos faciles de entender. No estamos hablando etnicamente ni geograficamente, donde seguramente y como dices,el norte de Portugal se parecera mas a Galicia. Creo entender que se esta hablando de los lazos en general de Portugal, como son la lengua que sea norte o sur es la misma y los lazos historicos donde mas o menos idem.
Título:
Enviado por: manuel liste em Setembro 03, 2007, 04:28:34 pm
Citação de: "HELLAS"
Manuel, a ver, con utlilizar un poco la logica nos evitariamos malos entendidos faciles de entender. No estamos hablando etnicamente ni geograficamente, donde seguramente y como dices,el norte de Portugal se parecera mas a Galicia. Creo entender que se esta hablando de los lazos en general de Portugal, como son la lengua que sea norte o sur es la misma y los lazos historicos donde mas o menos idem.


Yo no me refiero para nada a supuestos lazos étnicos en los que no creo. En toda la Península no hay más que una étnia, la Humana. Me refiero como es obvio a que Galicia y el Norte tienen una geografía parecida e intereses comunes, económicos sobre todo.

Nuestros lazos históricos 'buenos' fueron con el Norte de Portugal, región con la que Galicia compartió una historia común hasta el siglo XII. Desde entonces no ha habido lazos históricos mayores que los que pueda haber entre dos regiones fronterizas cualesquiera, aunque ahora estamos intentando al menos por nuestra parte mejorar ese estado de cosas. El resto de Portugal nunca ha tenido vínculos especiales con Galicia, esos lazos son muy inferiores a los de Galicia con paises extranjeros como Venezuela o Argentina y desde luego muy inferiores a los que Galicia tiene con cualquier otra región de España, Cataluña incluida por supuesto.

A no ser que te refieras como 'lazo histórico' a los intentos de anexión
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Setembro 03, 2007, 05:16:35 pm
Até ao século XIX houve uma imigração significativa de Galegos para Portugal, nomeadamente Porto e Lisboa, ocupando por vezes os "piores" trabalhos e mais duros.

http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheir ... o11211.pdf (http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/artigo11211.pdf)
http://anomalias.weblog.com.pt/arquivo/142602.html (http://anomalias.weblog.com.pt/arquivo/142602.html)
http://209.85.129.104/search?q=cache:v0 ... cd=8&gl=pt (http://209.85.129.104/search?q=cache:v0tT1C7Q8jEJ:comunidad.terra.es/blogs/lisboa/default.aspx+galegos+lisboa&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=8&gl=pt) , etc., etc.
Título:
Enviado por: zocuni em Setembro 03, 2007, 05:42:52 pm
Citação de: "HELLAS"
Prefiero Super Bock.


Tudo bem,Hellas

Também prefiro Super Bock,de preferência bem gelada.Pena que aqui no Brasil,onde resido,pague uma fortuna para beber uma de vez em quando!

Abraços,
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 03, 2007, 10:28:32 pm
Citar
El resto de Portugal nunca ha tenido vínculos especiales con Galicia, esos lazos son muy inferiores a los de Galicia con paises extranjeros como Venezuela o Argentina y desde luego muy inferiores a los que Galicia tiene con cualquier otra región de España, Cataluña incluida por supuesto.
Manuel Liste, você deveria estudar um pouco mais a história das migrações galegas.
Durante muito tempo, muita da migração de galegos para Portugal, não era para o Porto ou para o norte de Portugal mas sim para Lisboa. Até eu tenho, ou melhor,  ao que consta tive um bisavô galego, que casou com uma bisavó do algarve. Ainda me lembro dela quando era muito pequeno. Ela tinha quase 100 anos, como viuva vestia de preto (como era tradição) e uma das coisas que se notava era o olho azul. É até engraçado comparar os algarvios aos andaluzes...

(Por outro lado, não se pode negar que muitos usos e costumes árabes foram por nós aceites. Aliás a superioridade tecnologica dos árabes e dos berbéres era reconhecida por toda a gente, mas isso é outra história)

A questão, é que por causa da lingua, as origens galegas dessas pessoas foram-se diluindo. Além de que enquanto que os galegos que íam para a américa mantinham uma ligação sentimental muito mais forte que os que vinham para Portugal, que podiam facilmente voltar às suas terras.

= = = = = = =

Quanto à questão monarquia / república, confesso que tanto se me dá como se me deu.

Portugal é uma república.

Essa república foi implantada através de um golpe de estado absolutamente ilegítimo e após os golpistas terem feito uma campanha para denegrir a figura do rei D. Carlos, que hoje levaria os jornalistas à cadeia sem apelo nem agravo.

Mas mesmo assim não foi suficiente, e a Maçonaria que não conseguia atingir a teta do poder de outra forma, decidiu ordenar o assassinio do Rei para assim com a monarquia enfraquecida conseguir controlar o país.

O comportamento corrupto dos republicanos a seguir ao golpe de 5 de Outrubro também não é razão para nos orgulharmos.

Quanto a isso não tenho dúvidas.

A república ainda hoje, mesmo sem nunca ter sido referendada mantém um preceito constitucional que proibe a possibilidade de existir outra forma de governo que não fosse a republicana.

No entanto, se me perguntarem, olhando para a realidade da sociedade portuguesa e aquilo que eu acho necessário, como uma figura relativamente independente mas com legitimidade dada pelo voto, que possa servir de contraponto ao primeiro ministro, a república fará mais sentido que a monarquia.

Mas não gosto da actual república.

Cheira a mofo, tresanda a corrupção, e é arrogante na medida em que são arrogantes as elites mal educadas, depravadas e analfabetas que suportam os dois partidos do poder.

Cumprimentos
Título: Texto
Enviado por: zocuni em Setembro 03, 2007, 10:40:33 pm
Tudo bem,

Tem aqui um texto bastante ilustrativo da emigração galega para Lisboa,por Alfredo Saramago.

AGalegos, simplesmente...
Os senhores da água e dos petiscos


Os senhores da água, os galegos, merecem uma nota que os separe dos que aparecem sempre na sua companhia, como negros, mulatos, mouros, etc.…Por duas razões: porque em finais do século XVIII já eram 60 000, número considerável em relação à população de Lisboa, e porque a sua acção foi importante na história da alimentação da cidade, tão importante que essa acção chegou aos nossos dias transmitindo usos que se transformaram em emblema da cidade como, por exemplo, as populares «iscas com elas». Era gente forte, muito robusta, preparada para trabalhos pesados, que tinham como característica principal serem muito económicos. Não se metiam em brigas, e nunca eram tidos como culpados de qualquer roubo ou qualquer crime. Eram orgulhosos e desembaraçados e raramente ofereciam os seus préstimos, aguardavam que alguém os pedisse. Os galegos em Lisboa eram vendedores de água, moços de frete de corda ao ombro, moços de lojas e armazéns, criados de hospedarias e casas particulares, cocheiros, trintanários, varredores de ruas e empregados das tabernas e casas de pasto. Foi nesta actividade, e na de aguadeiro, que se tornaram conhecidos e que se enraizaram na cidade. Trabalhavam muito, viviam economicamente e depois de juntar algum dinheiro partiam para as suas terras e compravam um terreno. Em 1801 houve uma tentativa de os expulsar por causa da guerra mas o Intendente Geral da Polícia avisou que, expulsando-os deixava de haver quem servisse a cidade. Foram deixados em paz e continuaram. Em relação aos criados portugueses, mais subservientes, os galegos eram mais orgulhosos, mais limpos, mais fiéis e mais sóbrios. Quando chovia e a lama deixava as ruas da cidade em estado lastimável, eram eles que carregavam as pessoas. Os que vendiam água iam encher as suas barricas decoradas aos chafarizes e depois apregoavam a «áááágua freeesca, frisquiiinha, quem quer beber áugua freeesca?» Vendiam cada copo de água a 5 réis.

Alfredo Saramago, "Para uma história da alimentação de Lisboa e seu termo"
(lido in imaginário 2005, assírio e alvim)

Publicado por morfeu às novembro 15, 2005 05:33 PM

Abraços,
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 25, 2007, 06:34:45 pm
Dedicado ao Pereira Marques, esse reles republicano e ilustríssimo elemento desta assembleia...

A ignocância atrevida de uma “jornalista de causas” do regime

25 de Setembro de 2007 às 4:36 pm por André Azevedo Alves


Como poderia a monarquia ser uma democracia se à Fernanda Câncio parece que não era? Como poderia Portugal em 1908 ser um Estado de direito se a Fernanda Câncio não o vê assim? Que diabo, estamos a falar da jornalista que denunciou ao mundo as imposturas da Irmã Lúcia e da Madre Teresa de Calcutá. É certo que, no primeiro acaso, lhe apareceu Nossa Senhora de Fátima e, no segundo, o Christopher Hitchens, mas tais revelações divinas não embaciam o brilho do seu parecer. Pelo contrário, colocam-no bem alto.

(…)

E como é que era dantes?

Bom, dantes a monarquia em 1908 era um regime constitucional. Tinha uma Constituição, a velhinha Carta de quase oitenta anos, um Parlamanto com duas câmaras, eleições nacionais para a câmara baixa, deputados republicanos desde 1878, eleições municipais que foram ganhas pelo Partido Republicano no Porto em 1906 e em Lisboa em 1908 e, regra geral, a salvaguarda dos direitos, liberdades e garantias reconhecidos na maioria das monarquias constitucionais contemporâneas, como por exemplo a Inglaterra. Havia censura, que era usada sem grande êxito para impedir ataques ao regime e ao catolicismo, religião oficial, e durante alguns meses João Franco governou sem o Parlamento, “ditadura” a que um apavorado D. Manuel II pôs termo assim que chegou ao poder. O chefe de Estado não era obviamente eleito, como não é hoje no Reino Unido, na Holanda, na Bélgica, na Dinamarca, na Noruega, na Suécia, em Espanha, no Canadá e na Austrália, essas tiranias onde os gays e o aborto são reprimidos.

Estranhamente, a I República não alterou muito isto. O chefe de Estado era agora eleito, mas pelos deputados. Nada de sufrágio directo para a Presidência. Era o que faltava - entregar à malta a eleição do mais alto magistrado da nação… O direito de voto, que na monarquia chegou a abranger um universo de 950 mil eleitores, mesmo com a restrição censitária, foi reduzido em 1911 a 400 mil eleitores, os chefes de família que fossem civis e soubessem ler e escrever. Por outras palavras, foi negado aos militares, aos analfabetos e à mulheres. Aos militares por medo da sua politização, deliciosa ironia num regime que tinha nascido de uma revolução armada, e às mulheres e aos analfabetos por medo da influência da Igreja sobre os espíritos simples. Na prática, o eleitorado da I República estava concentrado nas grandes cidades, onde, como vimos, o Partido Republicano já ganhava eleições durante a monarquia.

http://www.oinsurgente.org/2007/09/25/a ... #more-9134 (http://www.oinsurgente.org/2007/09/25/a-ignocancia-atrevida-de-uma-jornalista-de-causas-do-regime/#more-9134)
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 25, 2007, 09:53:31 pm
O comportamento dos repúblicanos a seguir ao golpe de 5 de Outubro, retirou grande parte da legitimidade ao movimento republicano, que diga-se de passagem nunca teve grande legitimidade.

Ainda hoje, temos na nossa constituição uma imposição desse tempo, que proíbe que os portugueses se o quiserem possam escolher a monarquia como forma de governo.

Um problema chamado Maçonaria, que impôs o regime em 5 de Outubro de 1910.

Mas não se vão sem resposta, porque foi a mesma maçonaria que pressionou o Salazar para manter o sistema repúblicano, em vez de enveredar por um sistema monárquico que permitisse a liberalização do regime.

Foi Salazar que decidiu continuar com o sistema repúblicano, mas sabemos hoje que o Chefe de Estado era maçon e que a sua influêencia era muito maior que o que muitos gostariam que tivesse tido.
Por isso, a ideia de que a Maçonaria defendia as luzes e a democracia, é mais uma historieta inventada pelas elites casapianas.

Cumprimentos


Nota:
O Salazar não tinha o poder que achamos que tinha. Uma das provas, são as inumeras tentativas do historiador Fernando Rosas, deputado do Bloco de Esquerda, que tem feito um trabalho de recolha de dados sobre o periodo, em que se tenta continuamente encontrar uma solução para um problema que não tem solução:

Como é que um professor de Coimbra que quase esteve para ser padre, consegue ser o Mussolini português, e isto depois de se ter demitido do governo sendo chamado para formar novo governo...

Quando começamos a juntar dois com dois, concluimos que são quatro. É uma chatice quando o Zé chega à conclusão de que afinal é capaz de fazer contas...
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Setembro 25, 2007, 10:16:32 pm
A questão é que a Monárquia caiu de "podre", o rotativismo da monarquia constitucional entre Partido Progressista e Partido Regenerador foi aproveitado pelas organizações republicanas, maioritariamente maçonicas, para inculcar a inépcia do Estado e a falta de progresso do País na Monárquia (tanto a questão do "Mapa Cor de Rosa", como a Ditadura de João Franco, os adiantamentos à Casa Real, etc., etc.).

Por isso praticamente ninguém "mexeu uma palha" para salvar a Monárquia (à excepção da aventura de Paiva Couceiro na "Monárquia do Norte"), o País precisava de um "abanão" e a mudança de Regime Político pareceu ser uma boa solução tanto para as elites, como para o "Povo".

Infelizmente a "solução" manteve grande parte do status quo, semelhante ao rotativismo, em que partidos e "sub-partidos" resultantes da divisão do Partido Republicano Português alternavam continuamente no poder em efémeras coligações. Em função disto em 1926 surgiu outra "solução" que todos conhecemos :twisted: , preocupa-me a "qualidade" da Democrácia e a sua repercussão na Sociedade Portuguesa.
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 25, 2007, 10:48:16 pm
Citação de: "PereiraMarques"
preocupa-me a "qualidade" da Democrácia e a sua repercussão na Sociedade Portuguesa.


Já somos dois então. :mrgreen:
Então agora com o PSD a estoirar vai ser um riso.
Título:
Enviado por: P44 em Setembro 27, 2007, 12:23:08 pm
Oh Meus Amigos,
Isto actualmente é mas é uma "merdocracia" (pardon my french...)
Título:
Enviado por: Pantera em Setembro 27, 2007, 01:10:59 pm
Como dia António Sardinha do movimento integralismo Lusitano:

Antes de sermos monárquicos somos nacionalistas, mas somos monárquicos porque essa é a melhor forma de servir a Nação

A república basicamente serve os interesses partidários, e não da Nação.
É feita para se pôr lá um presidente que anda a passear de um lado para o outro, sem esquecer que temos que sustentar os ex-presidentes. Com o republicanismo joga-se um jogo político onde o que importa é o tacho ps ou psd, com a Monarquia, é-se obrigado a servir o povo, nasce-se, vive-se e morre-se para isso.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 27, 2007, 02:16:27 pm
Citação de: "Pantera"
Como dia António Sardinha do movimento integralismo Lusitano:

Antes de sermos monárquicos somos nacionalistas, mas somos monárquicos porque essa é a melhor forma de servir a Nação

A república basicamente serve os interesses partidários, e não da Nação.
É feita para se pôr lá um presidente que anda a passear de um lado para o outro, sem esquecer que temos que sustentar os ex-presidentes. Com o republicanismo joga-se um jogo político onde o que importa é o tacho ps ou psd, com a Monarquia, é-se obrigado a servir o povo, nasce-se, vive-se e morre-se para isso.


X2 :wink:
Título:
Enviado por: Johnnie em Setembro 27, 2007, 03:00:57 pm
Isto de querer a monarquia de volta faz-me lembrar aqueles fanáticos que em tempos de CD/DVD/Blue-Ray continuam a preferir o velho LP de vinil ou o pessoal da fotografia que diz que nunca na vida usará uma maquina fotográfica digital  :roll:
Título:
Enviado por: André em Setembro 27, 2007, 03:21:48 pm
É verdade que a Democracia não é o melhor sitema político mas também a Monarquia deixa muito a desejar. Só para sustentar uma famíla real com palácios, Rolls Royces, Bentleys ou Mercedes, iates, casamentos e as respectivas jantaradas etc etc!!!!! Então num país como Portugal era aí que as finanças iam abaixo. E ainda aguentar com os escândalos dos respectivos membros da família real em tudo o que é jornais, canais de televisão e revistas. O país torna-se propriedade de festas e diversão de meia dúzia de gatos pingados enquanto os outros (povo) trabalham para eles. :?
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 27, 2007, 05:45:48 pm
Johnnie e André: com o que se falou acerca deste assunto vocês ainda estão nessa das "jantaradas"?
Passa-vos tudo ao lado?
Podem perfeitamente contra-argumentar e ser do contra mas não venham com essas fantasias, peço-vos, senão dou-vos factos.
Já agora, podem dizer-me qual é o orçamento da Casa Real Britãnica e da Presidência da República Portuguesa?
E também vos pergunto: querem um representante português, isento de interesses e alheio a lojas e confrarias internacionalistas e obscuras (para não dizer mafiosas, criminosas e traidoras) ou um Presidente da República que é escolhido de meia dúzia de candidatos apoiados por quem der mais?

E deixem lá os problemas dos ingleses. Mas já reparam que os "putos" insistiram em servir no Iraque?
Teremos nós líderes com este espírito?

Discordem mas não com lugares comuns básicos... e falsos.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 27, 2007, 05:50:44 pm
Citação de: "Luso"
Johnnie e André: com o que se falou acerca deste assunto vocês ainda estão nessa das "jantaradas"?
Passa-vos tudo ao lado?
Podem perfeitamente contra-argumentar e ser do contra mas não venham com essas fantasias, peço-vos, senão dou-vos factos.
Já agora, podem dizer-me qual é o orçamento da Casa Real Britãnica e da Presidência da República Portuguesa?
E também vos pergunto: querem um representante português, isento de interesses e alheio a lojas e confrarias internacionalistas e obscuras (para não dizer mafiosas, criminosas e traidoras) ou um Presidente da República que é escolhido de meia dúzia de candidatos apoiados por quem der mais?

E deixem lá os problemas dos ingleses. Mas já reparam que os "putos" insistiram em servir no Iraque?
Teremos nós líderes com este espírito?

Discordem mas não com lugares comuns básicos... e falsos.


X2

Qual é meus senhores, investiguem!
Título:
Enviado por: André em Setembro 27, 2007, 06:26:27 pm
Eu não faço pesquisa nenhuma, estou aqui na boa :wink:
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 27, 2007, 06:38:29 pm
Citação de: "André"
Eu não faço pesquisa nenhuma, estou aqui na boa :wink:


Para mim esta curta resposta é claríssima. Tipo preciosidade...

E por falar em preciosidades deixo-vos aqui uma que me surpreendeu pela simplicidade:

Being against parliament is not the same as being against the Crown, far from it. Treason is an act against the Crown not Parliament. To the Queen I am a loyal servant, to a politician I am the enemy.

God Save the Queen! Long Live England! Down with Parliament!


http://www.mwrforum.net/forums/showthread.php?t=6241 (http://www.mwrforum.net/forums/showthread.php?t=6241)

Ora aí está a ideia!
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Setembro 27, 2007, 07:34:54 pm
Num regime puramente parlamentar um Rei ou um Presidente da República é igual, ambos têm uma figura meramente protocolar. Acontece que Portugal, e bem na minha opinião, tem um "regime de carácter eminentemente parlamentar, mas com uma componente semi-persidencialista", que na Europa apenas tem paralelo na Finlândia e, salvo erro, num dos países bálticos :?: . Já o caso da França pende mais para o semi-presidencialismo "puro".

Isto para dizer que o Presidente da República Portuguesa, tem poderes constitucionais superiores aos dos Monarcas europeus, assim como em relação aos Presidentes da República em regimes parlamentares (Alemanha, Itália, Grécia, etc.).

Por outro lado, tradicionalmente o Presidente da República Portuguesa tem uma voz própria na sociedade. Todos vemos diariamente o Presidente da República a falar sobre política externa, sobre a economia, o sistema de justiça, etc.

Os monarcas europeus não falam para a sociedade. Qual é a opinião da Rainha de Inglaterra sobre a Guerra do Iraque? Qual a opinião do Rei de Espanha sobre a aprovação do novo Estatuto Político da Catalunha? Qual a opinião do Rei da Bélgica sobre as crescente clivagens entre as comunidades linguisticas e a possível desagregação do país?, etc.
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 27, 2007, 07:54:50 pm
Citação de: "PereiraMarques"
Os monarcas europeus não falam para a sociedade. Qual é a opinião da Rainha de Inglaterra sobre a Guerra do Iraque? Qual a opinião do Rei de Espanha sobre a aprovação do novo Estatuto Político da Catalunha? Qual a opinião do Rei da Bélgica sobre as crescente clivagens entre as comunidades linguisticas e a possível desagregação do país?, etc.


Isso é um facto. Mas também é um facto que isso é um problema deles. Certamente que tais silêncios contribuem/pactuam para a manutenção ou continuidade de degradação. Também não concordo com a mera figura decorativa - para isso já basta o que temos! Por isso afirmo que devemos ter uma referência firme, isenta e liberta de modas e pressões. Não seria pelo facto de termos uma monarquia que as liberdades cívicas estariam em causa (caramba elas já estão em causa e todos se dizem republicanos e laicos). O Monarca é a bandeira viva da nação e guardião reconhecido da cultura, tradição, dignidade e independência.
A natureza das relações humanas não se esgota na democracia. Se forem pais saberão o que digo, se forem filhos também! :wink:

Mas já agora: já viram o que se passou na Tailândia?
Os governantes eleitos começaram a abusar do seu poder e a ir contra a cultura e tradições do seu país. Os militares golpistas conquistaram o poder para o devolver ao Rei que convocou novas eleições. E o povo sereno e do lado das supremas instituições.
Não defendamos as instituições só porque sim. Elas tem que cumprir uma tarefa. E quando deixam de cumprir essa tarefa: - andor!
Por vezes há a tendência de se defender "burocráticamente" as instituições mas não nos devemos esquecer do essencial.

Imaginem agora que tinhamos um presidente iberista e ministros iberistas...
Coisa difícil de acontecer, não?
Título:
Enviado por: ricardonunes em Setembro 27, 2007, 08:14:06 pm
Tenho uma grande dúvida  :roll:

Caso, e isto hipoteticamente, passasse-mos para uma monarquia, quem ia ocupar o trono :?:
Título:
Enviado por: pedro em Setembro 27, 2007, 08:19:53 pm
A resposta a sua pergunta e sim.
Nao esquecer que existe a casa real portuguesa e o chefe dela e o senhor duarte pio, pretendente a coroa de Portugal.
Cumprimentos :wink:
Título:
Enviado por: garrulo em Setembro 27, 2007, 08:51:14 pm
El presupuesto de la Casa Real para 2008, sera de 8,6 millones de euros si las CORTES LO APRUEBAN.
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 27, 2007, 09:16:10 pm
Achar que a monarquia é um regime bacoco e com cheiro a idade média, peço perdão pelas minhas palavras, é um disparate.

A Dinamarca, e Suécia, a Noruega ou a Holanda têm algum cheiro bacoco a idade média ?  :shock:

Na realidade, um sistema parlamentar tanto pode ser monárquico como rublicano e essa é uma das grandes mentiras que ainda hoje muita gente compra.

Nós não tinhamos uma monarquia absoluta em Portugal em 1910, mas sim uma monarquia parlamentar.

Nesse regime monarquico, havia eleições e até os analfabetos tinham direito de voto (direito que perderam com a republica não medieval e não bacoca).

No entanto, aceito que em Portugal, faz falta um poder de equilibrio. A sociedade portuguesa tem estas características e os portugueses são dificeis de governar.

Poir isso, é necessária um poder adicional, no caso o presidente.

Imaginem o Pedro Santana Lopes como Primeiro Ministro.
Se estivessemos em monarquia, o Rei não poderia demitir o Primeiro Ministro, porque numa monarquia parlamentar o rei não tem (nem pode ter) poder para demitir o primeiro ministro.

Então ainda estavamos a gramar com o "homem da noite..."

Foi por querer meter-se na política, que o rei acabou por complicar as coisas, pois as suas intervenções não eram legitimas. Daí, a ditadura, que era na prática um governo nomeado pelo rei, sem o apoio do parlamento (mais ou menos como os governos de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes nos anos 70 e 80).

Mas ao contrario do monarca, Ramalho Eanes tinha a vantagem de ter sido votado e representava por via da lei eleitoral, mais de 50% dos portugueses.

A monarquia não tem problema nenhum. Acho que que a sociedade portuguesa actual teria dificuldade em viver num regime monárquico, por falta de maturidade.

Para isso, tinhamos que mudar muitas coisas, entre as quais o caquético sistema eleitoral português, que nos impede de eleger quem queremos, forçando o voto no cabeça de lista, mesmo que se trate de um imbecil ou de um bandido.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Setembro 27, 2007, 09:27:19 pm
"Prontos" já sei que quem me ia governar era o "pastelão" do "hortelão" :?:

Com eleições não me parece viável :!:
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Setembro 27, 2007, 10:31:23 pm
Longe de mim meter-me em sucessões dinásticas, mas a via directa, com maior grau de legitimidade, de continuação da Casa Real Portuguesa terminou com a morte do Rei D. Manuel II e a sua falta de descendência.

Duarte Pio de Bragança procura continuar a Casa Real Portuguesa/Dinastia de Bragança por duas vias. Pela via paterna descendendo de D. Miguel e, consequentemente, da sua descendência exilada na Áustria. Por via materna de D. Pedro (IV de Portugal, I do Brasil), nomeadamente da Casa Imperial Brasileira/familia de Orleans e Bragança.

D. Manuel II, Rei de Portugal:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=6444 (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=6444)

Duarte Pio de Bragança:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=100000 (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=100000)
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Setembro 28, 2007, 01:30:30 am
Citação de: "papatango"
A monarquia não tem problema nenhum. Acho que que a sociedade portuguesa actual teria dificuldade em viver num regime monárquico, por falta de maturidade.
Para isso, tinhamos que mudar muitas coisas, entre as quais o caquético sistema eleitoral português, que nos impede de eleger quem queremos, forçando o voto no cabeça de lista, mesmo que se trate de um imbecil ou de um bandido.


Totalmente de acordo!!!
A incapacidade universal e pacíficamente aceite pelos eleitores portugueses de poderem ter um real poder discriminatório sobre os políticos que pretendem ser seus representantes tanto no Parlamento ou Governo como nas autarquias,  sempre me deixou algo frustrado.E tanto mais, e ja o  expliquei aqui,  que é possivel noutros paises (muitos deles monárquicos, por sinal :) ) serem dadas mais responsabilidades aos eleitores... os quais podem escolher candidatos mesmo não sendo nesse momento  prioritários nos aparelhos partidários ( e  fazem-no através de escolha nominal em listas, onde se incluem os suplentes).

Talvez fosse interessante, mesmo se algo marginal ao tema, pensar qual a razão porque a maioria (esmagadora?) das Repúblicas mantem a figura do Chefe de Estado, mesmo quando, e especialmente, este não passa (pretensamente) de uma figura decorativa em termos constitucionais como na Suíça, Alemanha e muitos, muitos outros...memória, necessidade 'histórica' do REX ou o quê... ?
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Setembro 28, 2007, 01:31:02 am
Citação de: "papatango"
A monarquia não tem problema nenhum. Acho que que a sociedade portuguesa actual teria dificuldade em viver num regime monárquico, por falta de maturidade.
Para isso, tinhamos que mudar muitas coisas, entre as quais o caquético sistema eleitoral português, que nos impede de eleger quem queremos, forçando o voto no cabeça de lista, mesmo que se trate de um imbecil ou de um bandido.


Totalmente de acordo!!!
A incapacidade universal e pacíficamente aceite pelos eleitores portugueses de poderem ter um poder discriminatório sobre os políticos que pretendem ser seus representantes tanto no Parlamento ou Governo como nas autarquias,  sempre me deixou algo frustrado.E tanto mais, e ja o  expliquei aqui,  como é possivel noutros paises (muitos deles monárquicos, por sinal :) ) serem dadas mais responsabilidades aos eleitores... os quais podem escolher candidatos mesmo nao sendo nesse momento  prioritarios nos aparelhos partidarios ( e  fazem-no através de escolha nominal em listas, onde se incluem os suplentes).

Talvez fosse interessante, mesmo que algo marginal no tema, pensar qual a razão porque a maioria (esmagadora?) das Repúblicas mantem a figura do Chefe de Estado, mesmo quando, e especialmente, este não passa (pretensamente) de uma figura decorativa em termos constitucionais como na Suíça, Alemanha e muitos, muitos outros...memória e/ou necessidade (histórica do REX ?) de quê ?
Título: Quem Pediu a Informação, Reveja Agora os Seus Argumentos
Enviado por: Supremo Alquimista em Dezembro 26, 2007, 09:06:24 am
Quando o Estado é público mas tem manias privadas, acontecem coisas destas:

"A Point de Vue (Revista FRANCESA) acaba de publicar os dinheiros de algumas listas civis de chefes de Estado para o ano de 2008.

É edificante e merece reflexão:

Isabel II (Rainha de Inglaterra) - 15.500.000 Euros
Juan Carlos I (Rei de Espanha) - 8.050.000 Euros
Beatriz I (Rainha da Holanda) - 5.600.000 Euros
Margarida II (Rainha da Dinamarca) - 8.600.000 Euros
Carlos XVI (Rei da Suécia) - 5.200.000 Euros
Harald II (Rei da Noruega) - 15.000.000 Euros
Alberto II (Rei dos belgas) - 9.542.000 Euros
Henrique (Grão-Duque do Luxemburgo) - 650.000 Euros

É muito? Então agora senhoras e senhores agarrai-vos à cadeira... TCHARAMMMMMM!

Cavaco Silva (este dispensa apresentações) - 16.000.000 Euros (Só em países ricos como Portugal é que a presidencia da república - modernidade - pode ter este orçamento não é como os outros paises terceiro mundistas e atrasados da europa cujas Casas Reais - anacronismo - são umas pelintras e que mesmo assim ainda gastam de mais... com o fausto!)"
Título:
Enviado por: Supremo Alquimista em Dezembro 26, 2007, 09:13:57 am
Citação de: "ricardonunes"
"Prontos" já sei que quem me ia governar era o "pastelão" do "hortelão" :?

Acho-o uma "anedota".


É tão anedota que já representou mais vezes o Estado português no estrangeiro, às custas do seus próprio bolso, que qualquer outro membro do MNE.
É tão anedota que foi o primeiro a alertar a a angariar fundos para Timor aquando das primeiras notícias de massacres indonésios.
É tão anedota que sabe o realmente precisão as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, a contrário desses senhores que vão limpar o rabo para o Parlamente e para o Governo.
E é tão anedota que nos dias do seus casamento e baptizados dos seus filhos o povo inteiro saiu à rua com bandeiras azuis e brancas gritando vivas ao Rei.

Tome juízo e bem haja.
Título: Re: Quem Pediu a Informação, Reveja Agora os Seus Argumentos
Enviado por: ShadIntel em Dezembro 26, 2007, 01:20:47 pm
Citação de: "Supremo Alquimista"
Quando o Estado é público mas tem manias privadas, acontecem coisas destas:

"A Point de Vue (Revista FRANCESA) acaba de publicar os dinheiros de algumas listas civis de chefes de Estado para o ano de 2008.

É edificante e merece reflexão:

Isabel II (Rainha de Inglaterra) - 15.500.000 Euros
Juan Carlos I (Rei de Espanha) - 8.050.000 Euros
Beatriz I (Rainha da Holanda) - 5.600.000 Euros
Margarida II (Rainha da Dinamarca) - 8.600.000 Euros
Carlos XVI (Rei da Suécia) - 5.200.000 Euros
Harald II (Rei da Noruega) - 15.000.000 Euros
Alberto II (Rei dos belgas) - 9.542.000 Euros
Henrique (Grão-Duque do Luxemburgo) - 650.000 Euros

É muito? Então agora senhoras e senhores agarrai-vos à cadeira... TCHARAMMMMMM!

Cavaco Silva (este dispensa apresentações) - 16.000.000 Euros (Só em países ricos como Portugal é que a presidencia da república - modernidade - pode ter este orçamento não é como os outros paises terceiro mundistas e atrasados da europa cujas Casas Reais - anacronismo - são umas pelintras e que mesmo assim ainda gastam de mais... com o fausto!)"

Boa tarde,

Este assunto já começou a ser discutido aqui: http://forumdefesa.com/forum/viewtopic. ... highlight= (http://forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=6213&start=0&postdays=0&postorder=asc&highlight=)
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Dezembro 26, 2007, 10:18:12 pm
É inquestionável na Europa qual a vantagem de ter uma monarquia, dos 27 nos 10 primeiros em bem estar e economia 8 são monarquias :

Inglaterra, Luxemburgo, Belgica, Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Espanha

São os países com mais desenvolvimento e força Internacional que Portugal e alguns nunca tiveram colónias. Segundo como já disse neste fórum nesses países os monarcas gozam de mais de 80% de simpatia, são Monarquias Parlamentares onde a democracia não é posta em causa.
Quanto a nós a presidência nutre alguma simpatia pelos portugueses ?

Quando há taxas de abstenção nas eleições que são superiores a 40% não acham que algo anda mal ?

Transição para Monarquia ?

- referendo mudando a constituição que obrigada ditatorialmente pelo artigo 288 b) da Constituição Portuguesa que o regime tem que ser repbulicano. Tal só poderia ser feito com votação de de 2/3 dos deputados do Parlamento.

- depois do resultado do referendo validado caso fosse a favor a mudança de regime seria alterada a Constituição.Como vêem não é muito complicado.

Quanto a Chefe da Casa Real Portuguesa gostaria de frisar que D.Duarte foi combatente de Ultramar, piloto de helicópteros na Força Aérea em Angola. Serviu a sua pátria e já fez mais do que alguns presidentes da republica.
Título:
Enviado por: Johnnie em Dezembro 27, 2007, 12:04:02 am
Bem my 2 cents:

Por principio sou contra regimes/sistemas onde alguém é algo pelo simples facto de ser descendente de alguém como é o caso das monarquias...Simplesmente não gosto da ideia...

Os nossos primeiros reis aos quais devemos a criação do país ainda lhes reconheço alguma legitimidade e valor, agora a estas monarquias de palacete, corta fitas e frequentadores de festas profissionais...ARRRGHH  :roll:

A republica pode não ser perfeita, mas ao menos sabemos que os cargos não serão vitalícios nem hereditários, o que por si é bom...

Mas cada caso é um caso e nunca é bom generalizar demasiado
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 27, 2007, 12:17:58 am
Citação de: "Rui Monteiro"
É inquestionável na Europa qual a vantagem de ter uma monarquia, dos 27 nos 10 primeiros em bem estar e economia 8 são monarquias :

Inglaterra, Luxemburgo, Belgica, Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Espanha

São os países com mais desenvolvimento e força Internacional que Portugal e alguns nunca tiveram colónias.


Sai um Nobel da Economia, bem "quentinho" :roll:

Islândia, Finlândia, Suíça, França, Irlanda, etc., até vão já a correr arranjar um rei para manterem o seu nível de Desenvolvimento Humano. :lol:
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Dezembro 28, 2007, 09:47:25 am
Nóbel da Economia para alguns daqui mas Licenciatura de Matemática Aplicada e Computação pela Universidade de Aveiro tenho de certeza  :twisted:
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 28, 2007, 02:23:00 pm
Citação de: "Rui Monteiro"
Já que tomou esse ponto, pergunto-lhe ? em 97 anos da menina francesa ( republica )diga-me se esses países que referi perderam na economia ?

Tanto as Repúblicas e Monárquias da Europa Ocidental e do Norte tiveram as economias e as infra-estruturas totalmente devastadas na II Guerra Mundial e conseguiram recuperar. Veja-se o exemplo do "Milagre Alemão" e é uma República c34x  Aliás, no nosso sistema semi-presidencial/semi-parlamentar o Presidente dispõe de bastante latitude para desenvolver iniciativas de diplomacia económica, que nenhum Rei pode desempenhar.

Citação de: "Rui Monteiro"
Já que falamos de Pátria e Patriotismo um Rei coloca-se a milhas de distância de um Presidente porque normalmente a nação revê-se na pessoa que representa a nação representada pelo Rei.


Não senhor, a Nação revê-se em si própria, no seu povo, nas suas tradições, na sua história. A sua redução ou simplicação na figura de determinado indivíduo ou família é, no mínimo, falta de confiança da Nação em si própria.
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Dezembro 28, 2007, 02:32:18 pm
Citar
Não senhor, a Nação revê-se em si própria, no seu povo, nas suas tradições, na sua história. A sua redução ou simplicação na figura de determinado indivíduo ou família é, no mínimo, falta de confiança da Nação em si própria.


Pois claro e por isso é que o Povo não se revê em nada quando há eleições presidenciais, 40% ou mais de abstenção dá que pensar. Algo deve estar mal   :lol:

Por isso que disse é que ninguém desta republica vai conseguir inspirar e guiar o país. Ninguém se revê na Nação, toda a gente prefere produtos estrangeiros a portugueses e depois sondagens dão 19% de portugueses que gostavam de ser espanhois.
Não vai ser um presidente a inverter o caminho, um Rei sempre foi o símbolo de união de uma nação.

p.s. : Atenção, sempre no contexto de uma Monarquia Constitucional ou Parlamentar.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 28, 2007, 03:07:13 pm
Citação de: "Rui Monteiro"
Pois claro e por isso é que o Povo não se revê em nada quando há eleições presidenciais, 40% ou mais de abstenção dá que pensar. Algo deve estar mal   :lol:

Os níveis de abstenção são crescentes e em todo o tipo de eleições, nessa lógica deve-se acabar com tudo, Autárquias, Parlamento, etc.

Citação de: "Rui Monteiro"
Ninguém se revê na Nação, toda a gente prefere produtos estrangeiros a portugueses e depois sondagens dão 19% de portugueses que gostavam de ser espanhois.

E os Flamengos querem separar-se dos Valões e os Bascos e os Catalães de Espanha. As questões de identidade étnico-cultural não têm nada a ver com o tipo de Regime.

Citação de: "Rui Monteiro"
Não vai ser um presidente a inverter o caminho


Pois não, tem de ser o povo no seu conjunto a criar novas condições culturais, laborais, organizativas, etc., que permitam círculos virtuosos de Desenvolvimento sócio-económico. Os ditos Países Desenvolvidos da Europa Ocidental e do Norte (Monárquias e Repúblicas) conseguiram atingir os actuais níveis de vida, fruto de um nível educacional/cultural superior, de uma administração pública eficiente e de um sistema democrático transparente e, crescentemente, participativo.

Nesta perspectiva, o papel do Chefe de Estado, independentemente do tipo de Regime, é praticamente negligenciavel. Não será por acaso que nos Países Desenvolvidos da Europa Ocidental e do Norte que são Repúblicas, o nível de poder constitucional dos Presidentes da República é reduzido, semelhante ao dos monarcas.
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Dezembro 28, 2007, 03:28:16 pm
E já agora quais são os níveis de aceitação dos Chefes de Estado nesses países ? Principalmente nos Monárquicos ?

Ninguém falou em Ditaduras e ninguém disse para abolir as eleições, essa demagogia é boa para esconder o facto de que a republica está doente.
As eleições são um bom indicador já para não falar das últimas eleições na Câmara Municipal de Lisboa onde a taxa de abstenção foi de 45% num fim de semana de chuva e onde nos 4 mais votados três eram movimentos independentes. Curioso ...  

Continuo e afirmo que num País Monárquico a Pátria une-se em volta do Chefe de Estado. Melhor Exemplo actual é a Bélgica, esta sobreviveu.  Mas o exemplo que nós monárquicos democratas queremos é um exemplo como o da Espanha, não é preciso ir mais longe.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 28, 2007, 03:56:19 pm
Citação de: "Rui Monteiro"
E já agora quais são os níveis de aceitação dos Chefes de Estado nesses países ? Principalmente nos Monárquicos ?

O melhor nível de aceitação de um Chefe de Estado que se consegue, no estado presente das nossas sociedades e democracias, é através da promoção periódica de eleições.

Citação de: "Rui Monteiro"
Ninguém falou em Ditaduras e ninguém disse para abolir as eleições

Já afirmei anteriormente que as Monarquias europeias são regimes democráticos, ainda que "imperfeitos" face à impossibilidade de escolha e de renovação períodica do Chefe de Estado.

Citação de: "Rui Monteiro"
esconder o facto de que a republica está doente.

Mais do que a República "doente" devemos falar de Democracia "doente". Porque senão devemos questionar-nos se, no fim do século XIX, princípio do século XX,  era a Democracia ou a Monarquia que estavam "doentes" :wink:

PS: Ó Luso andas a dormir?, apanhaste alguma indigestão agora no Natal? :P
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 28, 2007, 05:21:17 pm
Citação de: "PereiraMarques"
PS: Ó Luso andas a dormir?, apanhaste alguma indigestão agora no Natal? :P


Bom e velho Pereira (e reles republicano): o regime monarquico não se enquadra dentro da presente cultura portuguesa. Por este motivo é que entendo que argumentar e contra-argumentar é um exercício cansativo e frustrante para mim.
Basta ler os jornais, sair à rua, ver televisão, trabalhar, ver as manifestações artístico-culturais e desportivas e falar com este e com aquele para constatar que o regime republicano é realmente o que a população pede e merece.
O Presidente da República é sem dúvida o seu melhor representante.

Quando a tendência geral vai no sentido do nivelamento por baixo a nível cultural e cívico, não se pode falar de aristocracia, de serviço, sacrífício e superação. Apenas de aparatchiks, logo da República.

Um sistema monárquico legítimo implica que os cidadãos se revejam em certos valores "não compráveis" ou "fashion". Hoje, tudo se compra e vende. E tudo é moda - o povo de hoje sabe muitas modas.

Ao povo actual basta-lhe um merceeiro com o qual se identifique e que saiba contar (se possível) mas sobretudo que lhes conte histórias de encantar e que todos possam entender. E que não lhes lembre da sua própria mediocridade: afinal, o presidente e/ou ministro é um "deles", logo está à sua altura.

Depois, um povo de invejosos vai querer um Rei?

A República é mesmo o sistema mais adquado ao povo actual, logo já não entro em discussões sobre qual o "melhor" sistema. Cada época tem um povo com uma cultura específica, logo tem o sistema que melhor se lhe adequa.

E como não pode trocar de povo, este monárquico resigna-se à evidência.
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Dezembro 28, 2007, 05:33:27 pm
Meu caro Luso

Nem todos os monárquicos se resignam ao regime actual e nem têm paciência para estar constantemente a aceitar supostos factos só pela simples ignorância do próprio Povo.

Se quiser junte-se a nós, temos Fórum Democracia Real que é oficialmente aprovado por S.A.R. D.Duarte de Bragança

http://democracia-real.goo-board.com/

A Acção Monárquica também neste momento bate-se também pela participação activa na sociedade Portuguesa, para isso participamos no Instituto da Democracia Portuguesa cujo presidente honorário é S.A.R. D.Duarte. No IDP estão também republicanos e vários quadros da sociedade portuguesa.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 28, 2007, 06:02:49 pm
Citação de: "Rui Monteiro"
Nem todos os monárquicos se resignam ao regime actual e nem têm paciência para estar constantemente a aceitar supostos factos só pela simples ignorância do próprio Povo.


Caro Rui, o Povo que faça um favor a si próprio e que se informe. Meios já não faltam.
Não tenciono fazer proselitismo para essa causa: os adeptos da Monarquia devem, na minha opinião dar o exemplo e constituir uma alternativa credível, preparando as suas fileiras para estarem prontos a servir em caso de necessidade.
Depois a Verdade só se revela aos que a procuram. Não vou andar atrás de ninguém para tentar convencer seja lá do que for.
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 28, 2007, 06:55:27 pm
Citar
Depois, um povo de invejosos vai querer um Rei?


Foi exatamente por esta "mania" que nos salvou do comunismo apos o 25Abril

Fico admirado contigo Luso :wink:
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Dezembro 28, 2007, 07:57:00 pm
Meu caro Luso

É precisamente através do Instituto da Democracia Portuguesa que os monárquicos querem participar na Democracia Portuguesa. Como membros do IDP estão académicos, militares, republicanos, ex-ministros,etc ...

É um movimento de resposta aos problemas da sociedade, neste momento está a debater-se o Ordenamento do Território onde se tem discutido o problema central que é a Ota.

Caso queria informar-se o site é http://idp.somosportugueses.com/

p.s. : não sou monárquico porque o meu tetra-avô era de sangue azul, que eu saiba a minha família antes e depois de 1910 era Monárquica e do Povo.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 28, 2007, 08:45:56 pm
Citação de: "Rui Monteiro"
p.s. : não sou monárquico porque o meu tetra-avô era de sangue azul, que eu saiba a minha família antes e depois de 1910 era Monárquica e do Povo.


Então somos dois. Não percebo quem diz que por se ser monárquico tem aspirações a ser Don-qualquer-coisa.

O Pereira é que me deixa triste: tão bom moço e sabe de heráldica como ninguém e de artilharia mais que o Nuno Rogeiro. :G-beer2:
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 28, 2007, 10:21:08 pm
Citação de: "Luso"
Don-qualquer-coisa.


O que tu tens é inveja :toto:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg155.imageshack.us%2Fimg155%2F1466%2Fsegg6.jpg&hash=1703018378432aa1c9486263b401bc29)
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Dezembro 28, 2007, 10:26:25 pm
E eu a julgar que os republicanos eram contra o uso de títulos, enfim.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 28, 2007, 10:37:58 pm
Citação de: "PereiraMarques"
O que tu tens é inveja :toto:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg155.imageshack.us%2Fimg155%2F1466%2Fsegg6.jpg&hash=1703018378432aa1c9486263b401bc29)


É mesmo! :mrgreen:
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 28, 2007, 10:43:28 pm
Citação de: "Rui Monteiro"
E eu a julgar que os republicanos eram contra o uso de títulos, enfim.


Não seja pretencioso, eu estava apenas a fazer uma brincadeira com o Luso, actualmente em Espanha o uso de Don tem apenas um uso deferencial, equivalente a Senhor em Portugal, Mister nos países de língua inglesa ou Monsieur nos países de língua francesa, toda a gente é Don ou Doña em Espanha.

Basta ver o equivalente deles ao Diário da República, o Boletín Oficial del Estado:
http://www.boe.es/g/es/boe/dias/2007/12 ... .php#00010 (http://www.boe.es/g/es/boe/dias/2007/12/28/seccion2A.php#00010)
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Dezembro 28, 2007, 10:53:06 pm
Eu pretensioso ? LOL

A sociedade é desigual, nós não nascemos todos iguais porque à nascença a Natureza faz a sua selecção. Para além disso uns nascem doentes e outros saudáveis, uns ricos e outros pobres.
Os republicanos falam muito em igualdade mas a verdade é que "Quando houver Justiça Social haverá igualdade de direitos". Por muito que pintem isso de outra maneira é a pura da verdade, assim como uns nascem com títulos e outros não  :lol:
Título:
Enviado por: Lancero em Dezembro 29, 2007, 12:24:59 pm
Branco ou tinto? Ou morangueiro?
Uma discussão bem mais interessante...  :wink:
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Dezembro 29, 2007, 02:01:31 pm
Agora mudando para o assunto original até porque há quem compre títulos ...

Porque razão o Exército estava todo do lado de El-Rei D.Carlos em 1908 ?
Se o país estivesse todo descontente com Rei porque razão houve três tentativas de Restauração com o Grande Paiva Couceiro, entre as quais conseguiu restaurar em 1919 do Minho até ao Vouga durante 25 dias e só acabou porque em Lisboa não teve sucesso e  porque D.Manuel II não quis voltar a Portugal ?

Se fosse fácil calar não tinham depois de 1910 também mudado o nome da Guarda Municipal para GNR para calarem os fieis à coroa mas isso é outra história ... Foi a ultima força fiel ao Rei até ao fim, curiosamente é a única que tem o título "Republicana".
Título:
Enviado por: Supremo Alquimista em Dezembro 29, 2007, 02:10:46 pm
A Propósito de GNR (breve cronologia):

    * Guarda Real da Polícia (GRP) - A Guarda Real da Polícia de Lisboa foi criada em 1801 pelo Príncipe Regente D. João, sob proposta do Intendente-Geral da Polícia da Corte e do Reino, Pina Manique, seguindo o modelo da Gendarmerie francesa, que havia sido criada em 1791. De observar que, já em 1793, o Intendente Pina Manique tinha organizado uma companhia militar de polícia experimental, antecessora da GRP. Seguindo-se à GRP de Lisboa, foram criadas a Guarda Real da Polícia do Porto e a Guarda Real da Polícia do Rio de Janeiro, esta última sendo a origem remota das actuais Polícias Militares do Brasil.

    * Guarda Municipal - No final de Maio de 1834, como resultado da Guerra Civil, o Rei D. Pedro IV, assumindo a regência em nome da sua filha D. Maria II, extingue as GRP de Lisboa e Porto, criando a Guarda Municipal de Lisboa e a Guarda Municipal do Porto com características idênticas. Em 1868 ambas as Guardas foram colocadas sob um Comando-Geral unificado, instalado no Quartel do Carmo em Lisboa, que ainda hoje é o Quartel-General da GNR. A Guarda Municipal era considerada parte do Exército Português, mas estava dependente do Ministério do Reino para todos os assuntos respeitantes à Segurança Pública.

    * Guarda Republicana - Depois do golpe de estado de 5 de Outubro de 1910 que substituiu a Monarquia Constitucional pelo regime republicano, o nome da Guarda Municipal foi alterado para Guarda Republicana. De notar que a Guarda Municipal foi a última força monárquica a render-se aos republicanos, sendo por isso curioso o facto de se ter transformado talvez na única instituição pública portuguesa com o título de "Republicana".

    * Guarda Nacional Republicana (GNR) - Por decreto de 3 de Maio de 1911 foi criada a Guarda Nacional Republicana, substituindo a Guarda Republicana, como uma força de segurança composta por militares, organizada num corpo especial de tropas, dependendo em tempo de paz do ministério responsável pela segurança pública, para efeitos de recrutamento, administração e execução dos serviços correntes, e do ministério responsável pelos assuntos militares para efeitos de uniformação e normalização da doutrina militar, do armamento e do equipamento. Em situação de guerra ou de crise grave, as forças da GNR ficarão operacionalmente sob comando militar.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 29, 2007, 03:31:21 pm
Citação de: "Lancero"
Branco ou tinto? Ou morangueiro?
Uma discussão bem mais interessante...  :mrgreen:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg.photobucket.com%2Falbums%2Fv249%2FLuso308%2Fpass.jpg&hash=105b72ba213150ac574c354c4d5b7c1d)
Título:
Enviado por: ShadIntel em Dezembro 29, 2007, 03:55:13 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "Lancero"
Branco ou tinto? Ou morangueiro?
Uma discussão bem mais interessante...  :mrgreen:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg.photobucket.com%2Falbums%2Fv249%2FLuso308%2Fpass.jpg&hash=105b72ba213150ac574c354c4d5b7c1d)

Estou espantado, imaginava mais o Luso a beber esta categoria de vinho :(
Título:
Enviado por: Lancero em Dezembro 29, 2007, 04:00:25 pm
Citação de: "ShadIntel"
Estou espantado, imaginava mais o Luso a beber esta categoria de vinho :shock: . Que coisa mais popular :mrgreen:
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 29, 2007, 05:30:05 pm
Citar
Estou espantado, imaginava mais o Luso a beber esta categoria de vinho


Era o que se bebia no velho restaurante da Felgueira, agora designado "Bar do Tó", onde se comia uma excelente posta arouquesa.
Tingia tudo. Acho que até formica.
O melhor ainda eram as filhas dos donos: que flores!

Citar
A mim espanta-me é o relógio  :wink:
Nem escudos para mais. Nem hoje! :mrgreen:
Título:
Enviado por: zocuni em Dezembro 30, 2007, 12:51:32 am
Citação de: "Luso"


Era o que se bebia no velho restaurante da Felgueira, agora designado "Bar do Tó", onde se comia uma excelente posta arouquesa.
Tingia tudo. Acho que até formica.
O melhor ainda eram as filhas dos donos: que flores!



Opa,as filhas do Bar do Tó,também fazem parte da ementa! :D

Abraços,
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Janeiro 01, 2008, 09:48:30 pm
Já para tanto álcool não se esqueçam da lei que tanto é válida para quem é civil ou autoridade, afinal não há santinnhos . Se conduzir não beba  :P
Título:
Enviado por: SmokeOn em Setembro 08, 2008, 12:09:26 pm
Talvez possam pensar mais no dinheiro que nos sai do bolso com isto :

http://causamonarquica.wordpress.com/2008/05/16/quanto-custa-um-rei-artigo-da-visao/
Título:
Enviado por: Laruschuie em Setembro 14, 2008, 10:43:47 pm
Sempre ouvi dizer que Futebol, Política e Religião, não tem discussão. É uma pena, mas realmente nunca vi ninguém convencer outro das suas convicções quando os temas são estes. No entanto, há quem mude de Clube, Ideais Políticos e Crenças - deve ser algo como deixar de fumar, a mudança tem de vir de dentro, não sei.

O que quero dizer é que não é muito produtivo dizer que é melhor um Rei que um Presidente, ou vice-versa. Mas é sempre bom saber factos, de ambos os lados.

Eu, pessoalmente, preferia viver no Reino de Portugal, e não na República Portuguesa. Gosto bastante do D. Duarte Pio, não gosto da maioria da nossa corja política actual, mas acho que é virtualmente impossível D. Duarte (ou um dos seus filhos...ou netos) vir a ser Rei. A República precaveu-se bem, e o Povo Português, esse, gosta é das lavagens de roupa suja que os partidos do poder fazem. Por isso, vai tudo ficar na mesma, neste nosso belo País que é Portugal.
Título:
Enviado por: legionario em Setembro 27, 2008, 09:32:57 am
Em 1910, quando fizeram a revolta républicana, se em vez desta tivessem organizado um referendo, os republicanos teriam cerca de 10% dos votos. O mesmo sucederia hoje, mas a favor da républica...penso eu !

As pessoas, sobretudo os portugueses, acomodam-se às situaçoes,  e em politica sobretudo... é o deixa andar !  Exemplo : em 5 000 000 de portugueses emigrantes, so 25 000 votam...
Outro exemplo : a esmagadora maioria dos portugueses que trabalham em paises "monarquicos" (Luxemburgo, Bélgica, Holanda, etc) sao mais Realistas do que o Rei ! é ouvi-los falar cada vez que uma Alteza visita uma associaçao Portuguesa ! conclusao : somos perfeitamente  "Situacionistas" !

No entanto penso que o Senhor Dom Duarte é e continuara a ser, uma Reserva para a nossa Naçao. Se um dia a situaçao politica e economica desacreditar completamente os actuais baroes,   um Rei podera aparecer aos olhos do Povo como um simbolo de unidade, seriedade, de imparcialidade e de coesão nacional. Mas neste caso, as nossas FA terao que fazer o que fizeram em 1910 ou em 1974 . A par do Rei, sao as Forças Armadas que constituem a principal reserva moral da Naçao.

Uma das certezas que tenho é que o poder politico supremo nao deve depender de caciques nem de lobbys economicos e muito menos de Nomenklaturas partidocraticas que vendem a mãe... a troco de tachos.
Título:
Enviado por: Heraklion em Dezembro 11, 2008, 11:08:33 pm
Amigos republicanos, não é um dos vossos grandes pretextos dizer que uma monarquia é cara, e que não temos de estar a pagar tão alto valor só para sustentar a familia real??
Pois saibam que a república portuguesa é mais cara que a monarquia espanhola, aliás, é mais cara que todas as monarquias da Europa á excepção da Inglesa.
Interessante, não??
E isto nominalmente, imaginem agora quão maior é o valor que cada cidadão português paga para sustentar a sua republica em termos de percentagem.
A monarquia espanhola é mais barata, e Espanha tem muito mais população, logo o que cada um paga é irrizório.
Agora no caso português.....
Viva o Reino de Portugal, Galiza e Algarves!!
Viva a monarquia!!
Viva D.Duarte II de Portugal!!
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Dezembro 11, 2008, 11:09:57 pm
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Viva o Reino de Portugal, Galiza e Algarves!!


UI :!:
Título:
Enviado por: TOMSK em Dezembro 12, 2008, 01:02:03 am
O correcto será o Reino de Portugal e do Algarve,  por tradição.
Algarves, se ainda tivéssemos presenças em África.
Não sabemos se a Galiza se quer juntar a Portugal.
Pode apenas desejar a independência...
Título:
Enviado por: AC em Dezembro 12, 2008, 01:32:45 am
Citação de: "Heraklion"
Amigos republicanos, não é um dos vossos grandes pretextos dizer que uma monarquia é cara, e que não temos de estar a pagar tão alto valor só para sustentar a familia real??

Não. Próximo!!
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 12, 2008, 08:21:19 am
Citação de: "Cabecinhas"
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Viva o Reino de Portugal, Galiza e Algarves!!

UI :mrgreen:

E Macau ainda há-de ser nosso outra vez!!!!! :lol:
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Dezembro 12, 2008, 11:50:02 am
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E Macau ainda há-de ser nosso outra vez!!!!! Laughing


Isso é que era!

Deixava de ouvir pessoas a perguntar se era chinês ou português, ou pior, se tinha a certeza se era português  :?  :?
Título:
Enviado por: Mike23 em Dezembro 28, 2008, 03:30:48 pm
Não sejamos ingénuos. Já mete nojo a comparação dos gastos da presidência da república com os da casa real espanhola. Numa altura onde na própria Espanha já uma grande parte da população pede o fim da monarquia, como até na própria Inglaterra, parece-me incrível como meia dúzia de inocentes achem que isto é o melhor regime para Portugal.

Leiam este texto que foi censurado em toda a Espanha!

Citar
La situación de las familias en España es complicada, el endeudamiento es muy alto, motivado en gran parte, por la adquisición de vivienda propia, a precios muy altos , debido a la gran demanda , para inversiones de dinero negro (entrada euro), aumento de población (inmigración y alta natalidad años 70) y desarrollo turístico con inversiones Europeas y nacionales en zonas de costa turistica 2ªvivienda ,ante todo esto, existe un sector empresarial corrupto, que junto a politicos y altos cargos que han aceptado sobornos ,para alterar la ley,(recalificaciones ,contratos de obras abusivos sin presupuestos,etc.) con las consabidas consecuencias, de desmesurado enriquecimiento y aumento de precios.

Leer como los que deberian preocuparse por los ciudadanos ,se preocupan de cubrir su riñón ,a nivel nacional, o en cuentas en paraisos fiscales.
Esto es una muestra pero ocurre lo mismo con:
- Empresarios especuladores
-Grupos financieros
-Empresas multinacionales
-Compañias de seguros
-Deportistas de élite
-Cantantes y actores de éxito
-Politicos y altos cargos
-Alcaldes y concejales
-SGAE y sus acólitos
- Todos aquellos .....
Y finalmente quien deberia dar ejem?plo a todo el PAIS, ¿X



Thursday, November 16, 2006
El libro
Los escándalos económicos, la actitud y la implicación documentada del entorno monárquico en el llamado "golpe de timón" de Febrero de 1981, y todo lo que la censura neofranquista ha ocultado a lo largo de los años juancarlistas. Descargar libro en .PDF

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A cuerpo de rey
Los negocios de Juan Carlos I: treinta años a cuerpo de rey x Decio Machado Los intereses financieros del jefe de estado se han visto envueltos en numerosas irregularidades. Los negocios del rey, así como su relación 'carnal' con la clase empresaria, contrasta con la figura mediática de "el rey de todos los españoles". Su intermediación a favor de los intereses de las multinacionales españolas y de las cúpulas de la CEOE han marcado su labor como máximo representante del Estado en el exterior
Con inmunidad penal ante cualquier delito y sobreprotegido como una delicada planta de invernadero, se han publicado muy pocas cosas con un mínimo de objetividad sobre el monarca y sobre sus actuaciones políticas. En el artículo 490.3 del Código Penal se puede leer: "el que calumniare o injuriare al Rey (...), será castigado con la pena de prisión de seis meses a dos años si la calumnia o injuria fueran graves, y con la de multa de seis a doce meses si no lo son".
Esto generó procesos por injurias al rey en varias ocasiones. Los artículos y un dibujo de Jesús Zulets llevaron a la revista El Cocodrilo al banquillo en 1987. También Javier Madrazo tuvo que vérselas con la justicia por decir: "ya que le pagamos policías, yates, viajes a esquiar y a montar a caballo, no habría estado de más que, por una vez abandonase sus ocupaciones y compartiese con la sociedad su preocupación por la guerra de Iraq"; o Arnaldo Otegi, por referirse al rey como el "jefe de los torturadores", así como Soziedad Alkohólica, Eskorbuto o Manolo Kabezabolo por el contenido de sus canciones.
A pesar del silencio mediático, la figura del rey dista mucho de ser incuestionable: desde su falta de legitimidad democrática a la construcción de su importante fortuna personal, pasando por una nunca bien aclarada actuación en el 23-F, el rey nunca ha tenido que rendir cuentas de sus acciones. La intermediación del rey en los intereses de las multinacionales españolas y de las cúpulas de la CEOE han marcado su labor como máximo representante del Estado en el exterior. Numerosos medios latinoamericanos no han dejado de denunciar sus actuaciones en beneficio del Santander Central Hispano o de Repsol en Argentina, ante la ofensiva española por hacerse con YPF.
Al mismo tiempo que la popularidad de la monarquía desciende en los sondeos, un nuevo movimiento republicano emerge con fuerza al cumplirse los 75 años de la proclamación de la II República.
Juan Carlos I, un as de los negocios
Las tramas financieras del monarca y el rico prosperar de su familia y de toda una subcorte que utiliza la imagen real para optimizar sus inversiones, señala a uno de los asuntos más oscuros de la Casa Real.
Se suele decir que la corte española es "una corte sin cortesanos", y es cierto que los monarcas no han sido amigos de aliarse con la aristocracia. En su lugar han preferido empresarios, banqueros y élites del poder económico y jet set en general.
Juan Carlos I llegó al trono literalmente con lo puesto. Se dice por cronistas del momento que incluso tenía que pedir el dinero a su padre, para visitar a su novia en Atenas.
Labrándose un futuro
El comienzo de su autosuficiencia económica, se remonta a 1962 (coincidiendo con su boda con Sofía), cuando el banquero Luis Vallas Taberner comenzó a administrar una "suscripción popular" que aportaría liquidez económica a los recién casados. En aquella `renta básica real' colaboraban además de otros banqueros, muchos nobles y empresarios del franquismo, según indica Patricia Sverlo (seudónimo del autor) en su libro Un rey golpe a golpe.
Otro de los que ha declarado haber hecho transferencias importantes al monarca fue Ruiz Mateos. Tras la expropiación de Rumasa, siendo prófugo de la Justicia en Londres, acusó al rey de haber aceptado "miles de millones" no solo de su propio bolsillo, sino del de diversos empresarios. El Fiscal General del Estado le acusó de un delito de injurias: lo que podría haberse convertido en un sumario comprometedor quedó reducido a nada.
En su libro El negocio de la libertad, Jesús Cacho habla de las vías de financiación personal del rey, según señala "una de las primeras formas conocidas fue el petróleo, las comisiones del crudo que importaba España para cubrir sus necesidades de energía. Nada más ocupar Juan Carlos I el trono a la muerte del dictador, Manuel Prado [y Colón de Carvajal, el hombre de confianza del rey] se dedicó a remitir varias misivas reales a otros tantos monarcas reinantes, especialmente del mundo árabe, para pedirles dinero en nombre del rey de España".
Hay constancia documental de una carta firmada por Juan Carlos I y dirigida al Sha de Persia, el 4 de julio de 1977, donde el monarca tras una descripción de la situación política dice: "me tomo la libertad, con todo respeto, de someter a tu generosa consideración la posibilidad de conceder 10 millones de dólares como tu contribución personal para el fortalecimiento de la monarquía española". Dos años después el Sha de Persia, títere de EE UU en la zona, cayó tras la revolución islámica.
Sus buenas relaciones con los dictadores árabes también quedó patente en la respuesta favorable de la monarquía saudí a la petición de un crédito de 100 millones de dólares. Exactamente la misma cantidad pagada por la empresa kuwaití KIO a Colón de Carvajal, indica Cacho. Y prosigue: "los pagos se justificaron en Kuwait por la necesidad de que, durante la llamada `Tormenta del Desierto', la aviación estadounidense pudiera disponer a su antojo de las bases aéreas españolas de Rota y Torrejón, para lo que era preciso `untar' a los políticos".
El último escándalo real llegó de Francia, donde en la instrucción del caso Elf (2003) por apropiación indebida, su ex presidente Le FlochPrigent declaró sobre la compra de Ertoil "haber entregado 55 millones de francos en España a numerosos hombres políticos; en particular a los próximos a Felipe González y del entorno del rey Juan Carlos", con el que Le Floch-Prigent aseguraba haberse visto en múltiples ocasiones.
Según José García Abad, autor del libro La soledad del rey: "Felipe González hizo la vista gorda ante los negocietes y escapadas reales e incluso llegó a realizar alguna importante negociación en beneficio de la Familia Real: envió a su hombre de confianza, Julio Feo, a gestionar cerca del Gobierno griego la devolución de los bienes de la familia de doña Sofía, que habían sido confiscados cuando el rey Constantino fue destronado".
Próximos a Juan Carlos I aparecen además nombres como Mario Conde, Alfonso Escámez, los Albertos... Destaca en sus relaciones el conocido como `clan de Las Cuatro Estaciones', nombre del restaurante del que Miguel Arias, Joaquín Vázquez Alonso, Jaime Cardenal Pombo y el propio rey son socios. Algunos aparecieron implicados en la trama de Ibercorp. Entre ellos se tejió una tupida trama de negocios. Cardenal Pombo fue socio de Borja Prado (hijo de Manuel Prado) en el sector armamentístico. Este último también coparticipa, junto a su madre Paloma Eulate y la Infanta Elena en la empresa Micos Mi Primer Cole, SL. Borja Prado fue requerido como testigo por parte de la Audiencia Nacional en la instrucción del caso Banesto y se ha visto relacionado con traficantes de armas.
Joaquín Vázquez Alonso fue el constructor que remodeló en su día el Palacio de la Zarzuela, y socio de Cardenal Pombo y Arias en varios negocios inmobiliarios.
La desaparecida revista de investigación Kalegorría indicaba que próximo a este grupo estaba Francisco Sitges, ex presidente de Asturiana de Zinc y ex propietarios de los astilleros Mefasa. Esta empresa fue la encargada de construir el yate Fortuna, tras una adjudicación estatal. Sitges acabó en el banquillo de los acusados del caso Banesto.
El paraíso mallorquín
Mallorca ha sido el otro espacio de ilustres amistades del monarca, en este caso mucho más aristocráticas. Allí, el rey Juan Carlos intimó con el príncipe Zourab Tchokotua, un aristócrata georgiano que fue procesado por un juzgado mallorquín en 1978 y en 1992 en relación con presuntas estafas inmobiliarias. En la última instrucción figuraba también su socio Oliver Mateu, otro hombre cercano al rey. Según Kalegorría, el clan Mallorca se completaba con un grupo selecto de empresarios hosteleros.
El rey fue fotografiado el 7 de agosto de 1990 en Puerto Portals, junto a sus amigos Giovanni Agnelli (dueño de FIAT) y Raul Gardini, ex presidente de Montedilson, la empresa química a la cual Juan Abelló vendió su laboratorio Antibióticos con un beneficio de 450 millones de dólares. Tanto Agnelli como Gardini se vieron implicados en casos de corrupción en Italia. Este último se suicidó en 1994.
Es público que el Fortuna II fue financiado por un grupo de empresarios mallorquines, los cuales juntaron 17,5 millones de dólares para hacer el regalo real. Hoy el monarca navega en el Fortuna III, valorado en más del doble que el anterior.
Mallorca es una buena fuente de ingresos para el rey en patrocinios, ropa y equipamientos deportivos, bebidas y relojes para la familia real, convertida en un atractivo modelo publicitario a veces subliminal y otras descarado.
¿Qué dinero tiene el rey?
La partida de los Presupuestos Generales del Estado para los gastos de la Casa Real no esta sometida por ley al control del Tribunal de Cuentas. La Constitución de 1978 permite al monarca disponer de él sin dar más explicaciones. En 1980, el Gobierno le asignó 200 millones de pesetas. Hasta entonces, el rey apenas cobraba un sueldo de Capitán General. Actualmente, la partida del Presupuesto General del Estado asciende a los 7,78 millones de euros.
Debido a la opacidad de la casa real, la fortuna del rey es difícil de cuantificar. La revista Forbes (abril 2003) incluye a Juan Carlos I en el sexto lugar de los monarcas más ricos de Europa con una fortuna de 1.790 millones de euros, el puesto 134 entre los más ricos del planeta.
Una familia como cualquier otra
La hermana
Pilar de Borbón y Borbón, duquesa de Badajoz. Presidenta y consejera delegada de Labiernag 2000 SA. Administradora única de Labiernag SL, y de San Jacobo SL, y consejera de Plus Ultra Seguros, Plus Ultra Vida, Boga SA y Vendome LG Ibéric.
El primo hermano
Carlos de Borbón-Dos Sicilias y Borbón-Parma, duque de Calabria. Consejero accionista de Grupo Dragados, Inmobiliaria Urbis, Cepsa, Viajes Marsans y de Sociedad Española del Acumulador Tudor, entre otras.
La prima hermana
Teresa de Borbón-Dos Sicilias y Borbón-Parma Vinos, duquesa de Salermo. Presidenta de San Dimas SL. Su hija Clara Moreno de Borbón es administradora de Salubre Consulting SL, y propietaria de Bodegas Tarsus y de Navamayor SA
El primo segundo
Alfonso de Borbón y Escasany. Presidente de Ahorro Familiar SA. Consejero de Axa Aurora Ibérica. Presidente de Ildefonso SL y de Keka SL. Consejero delegado de Gilgamesh Inmoinversión SL, y de ZRZ SL. Preside Data Rent SA BRIBÓN. Numerosas firmas patrocinan las actividades deportivas del monarca.
El yerno
Jaime de Marichalar y Sáez de Tejada, duque de Lugo. Esposo de la infanta Elena, miembro de la comisión ejecutiva de Pórtland Valderrivas, empresa perteneciente a Fomento de Construcciones y Contratas, presidida por Marcelino Oreja. Marichalar además preside la Fundación Winterhur, del grupo asegurador del mismo nombre, integrada en el grupo Crédit Suisse. Fue director gerente de Crédit Suisse First Boston en Madrid. Dado su dominio de la moda, el ocio y el gran lujo, fue nombrado consejero de Loewe. Un genio de la promoción por sus relaciones con Volvo, Hérmes o los modistos Christian Lacroix o Charles Jourdan.
El otro yerno
Iñaki Urdangarín, duque de Palma de Mallorca. Esposo de la infanta Cristina, director de planificación de Octagon Esedos S.L., de la multinacional Interpublic. Preside el Instituto Noos de Estudios Estratégicos. Vinculado también al Instituto Noos S.L y a Motorpress Ibérica. Participó en Dentipartnes SL, Odont Mad S.L., Sport e Rormaczione S.L., Enveitg XXI S.L. y Aizoon S.L. Nóos ha sido la adjudicataria de eventos de promoción turística y deportiva en Palma de Mallorca y en Valencia, ambos cuestionadas por sus costos desproporcionados. Actualmente también forma parte de la imagen patrocinadora del Govern balear.
Los amigos del rey
Manuel Prado y Colón de Carvajal
Hay constancia documental de que "el administrador privado del rey", Manuel Prado, utilizaba cartas con membrete real en las que pedía apoyo para determinados negocios. Hizo una fortuna a la sombra del monarca. Fue condenado por sus trapicheos con Javier de la Rosa en el caso KIO, donde recibió 100 millones de dólares del empresario catalán. Gracias a la intervención de la monarquía kuwaití, Prado logró evitar la orden de búsqueda de la Corte Comercial de Londres, ciudad donde se encuentra la sede de las operaciones internacionales de KIO. Las Cintas en posesión de De la Rosa que implicaban al rey en conversaciones telefónicas con importantes personalidades árabes, dan credibilidad a la tesis de que esos 100 millones de dólares salieron de KIO para premiar los servicios del monarca en la guerra del Golfo.
Marc Rich
Considerado el evasor de impuestos más importante en la historia de los EE UU. Le han calificado en diferentes medios como "el gran dragón de la corrupción", "monsieur pétrole" o "el delincuente más inescrupuloso de la era moderna". Cuando en 1983 se fugó de EE UU, el FBI lo perseguía por 65 delitos, como fraude, ganancias de 105 millones de dólares por venta ilícita de petróleo, simulación de precios, cotizaciones falsas y evasión fiscal por 48 millones de dólares. Rich adquirió la nacionalidad española y se estableció en Suiza. Organizó su red de empresas e hizo suculentos negocios con la mafia rusa, con Milósevic y con la Halliburton de Cheney. En 1998 fue indultado por Bill Clinton, tras financiar la campaña para senadora de Hillary. El rey Juan Carlos I figura entre los solicitantes del indulto, junto a Shabtai Shavit, ex jefe del Mossad; Camilo José Cela, ex presidente de la Fundación Marc Rich en el Estado; y por el ex vicepresidente del Real Madrid, el empresario Fernández Tapias.
Mario Conde
Este personaje no encaja exactamente en la sección de la economía golfa. El dinero y el éxito fue fomentado como estrategia de fuerte carisma sobre la realeza. Mario Conde aspiraba a que la monarquía le diera su respaldo para alcanzar el poder político, indican varios de sus biógrafos. El que llegó a convertirse en el "banquero de la monarquía" fue una de las amistades más peligrosas del rey. Cuando Banesto fue intervenido, aparecieron al menos dos cuentas a nombre del monarca (la cuenta 8317-172 y la 148963-172) vinculadas con operaciones en Asturiana de Zinc, Sindibank, y Banesto, así como opciones para la gran ampliación de capital que no llegó a realizarse, según denuncia Ernesto Ekaizer en su libro Vendetta. Revela Jesús Cacho que fue el rey quien intercedió entre Alfonso Escámez y Gustavo Villapalos para que el banquero fuera investido doctor honoris causa. Conde fue condenado por un `agujero' de 605.000 millones de pesetas y por apropiación indebida.
La familia real en cifras
800 millones de pesetas aumentó el presupuesto de la Casa Real entre 2002 y 2005
29 millones de pesetas fue el gasto en gasolina de la Casa Real en 1994. En 1995 el dato ya no figuraba en ese mismo informe.
1.790 millones de euros es la fortuna del rey, estimada por la revista Forbes en 2003.
6 millones de euros es lo que ha costado la nueva casa de los duques de Palma en el barrio de Los Pedralbes en Barcelona.
Diagonal

posted by Reina María Magdalena at 5:34 AM 0 comments


Um autêntico BPN real!

É isto o que querem? Eu não, nem a esmagadora maioria dos portugueses, felizmente.
Título:
Enviado por: Ataru em Dezembro 28, 2008, 07:00:07 pm
Por mim nem reino nem republica, o modelo norte-americano é o melhorzinho...
Título:
Enviado por: Lightning em Dezembro 28, 2008, 10:18:15 pm
Citação de: "Ataru"
Por mim nem reino nem republica, o modelo norte-americano é o melhorzinho...


Anarquia?  :lol:
Título:
Enviado por: André em Dezembro 29, 2008, 02:10:08 am
Citação de: "Lightning"
Anarquia?  :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: Duarte em Dezembro 29, 2008, 03:47:59 am
Citação de: "André"
Citação de: "Lightning"
Anarquia?  :roll:  :roll:


mas versão Portuga é a Burrocracia  :lol:
Título:
Enviado por: Ataru em Dezembro 29, 2008, 12:13:37 pm
Não, anarquia é o que aqueles miudos gregos querem, o modelo norte americano com 2 grandes partidos, senado e 1 presidente todo-poderoso era muito mais eficaz do que esta republica...
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 29, 2008, 01:23:09 pm
E porque não dizer logo que se trata do Regime Presidencialista em que o Chefe de Estado é simultaneamente Chefe de Governo...se calhar toda a gente percebia melhor... :twisted: ?
Título:
Enviado por: Lightning em Dezembro 29, 2008, 02:24:16 pm
Citação de: "Ataru"
o modelo norte americano com 2 grandes partidos, senado e 1 presidente todo-poderoso era muito mais eficaz do que esta republica...


Eu discordo, mas todos temos direito a opinião, então na pratica em Portugal ficavamos apenas a poder votar no PS ou no PSD e o Primeiro-ministro passava a chamar-se Presidente...

Mas o que acho mal é não haver um contra-poder ao do governo, como existe actualmente em Portugal na figura do Presidente da Republica.
Casos como o do Santana Lopes (quando era primeiro-ministro) já não iam acontecer, isto é, o Presidente da Republica (que deixaria de existir) já não poderia dissolver a Assembleia da Republica para haver novas eleições e se eleger um novo governo, iamos ter que aguentar o Santana Lopes até ao fim do mandato...
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Dezembro 29, 2008, 02:50:41 pm
Citar
já não poderia dissolver a Assembleia da Republica para haver novas eleições e se eleger um novo governo, iamos ter que aguentar o Santana Lopes até ao fim do mandato...


Assim temos que aguentar um Sócrates por 8 anos e mais qualquer coisa...

Venha o diabo e escolha?!

ADASSE :x
Título:
Enviado por: SmokeOn em Dezembro 29, 2008, 02:54:03 pm
Não teremos aqui um João Franco ?  -> Sócrates :lol:

E reforço da casa civil ? LOL até temos as actualizações das pensões dos ex-presidentes que o Gen. Eanes fez o exemplo de não aceitar ...

Como a história dá voltas ...  :roll:
Título:
Enviado por: tyr em Dezembro 29, 2008, 04:16:04 pm
nós não estamos numa democracia, nem numa republica, estamos numa Partidocracia, em que a progressão normal das sangeusugas é secretario de estado de qualquer coisa, ministro de qualquer coisa, primeiro ministro e depois de umas ferias tornam se Presidentes da republica, o ultimo verdadeiro presidente que tivemos foi o ramalho eanes, todos os que vieram a seguir, são bichos politicos completamente corrompidos e desacreditados pelo sistema.
Título:
Enviado por: Ataru em Dezembro 29, 2008, 09:06:32 pm
Não, simplesmente teriamos um regime muito mais eficaz que o actual, a assembleia da republica tem poderes a mais hoje em dia, e cá não existe o espirito de união que existe nos EUA, lá Republicanos e Democratas unem se em tempos dificeis, cá é o oposto...

Então os partidos de esquerda... PCP e BE meu deus...

Há o problema X, lá vem os comunas e bloquistas dizer mal do governo porque nunca cede...

O governo avalia melhor a situação e decide ceder, vêm a correr os vermelhos a dizer que um governo que cede é fraco e eles é que são a solução para todos os problemas...

Give me a break, esses partidos de extrema esquerda deviam ser proibidos tal como são actualmente os de extrema direita...
Título:
Enviado por: Lightning em Dezembro 29, 2008, 10:29:00 pm
Citação de: "Ataru"
Não, simplesmente teriamos um regime muito mais eficaz que o actual, a assembleia da republica tem poderes a mais hoje em dia,

Talvez sim, é a sua opinião...

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e cá não existe o espirito de união que existe nos EUA, lá Republicanos e Democratas unem se em tempos dificeis, cá é o oposto...

 :lol: e isso passava a acontecer automaticamente em Portugal só por mudarmos para o regime Americano, não seja inocente.

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Então os partidos de esquerda... PCP e BE meu deus...

Há o problema X, lá vem os comunas e bloquistas dizer mal do governo porque nunca cede...

O governo avalia melhor a situação e decide ceder, vêm a correr os vermelhos a dizer que um governo que cede é fraco e eles é que são a solução para todos os problemas...

Give me a break, esses partidos de extrema esquerda deviam ser proibidos tal como são actualmente os de extrema direita...


Penso que o PNR seja um partido de extrema direita e não é proibido, alias elegeu recentemente um deputado para a Assembleia da Madeira.

Então pela sua lógica, todos os partidos que não sejam os dois maiores (que em Portugal são PS e PSD) deviam ser proibidos, isso sim é democracia.
Título:
Enviado por: Ataru em Dezembro 29, 2008, 10:47:05 pm
Não foi isso que eu disse, simplesmente sou contra os partidos de extrema, na nossa constituição diz que são proibidas associações de cariz fascista, mas as comunistas são permitidas, ora isto não pode ser, se um lado e proibido também deve ser o outro, ou então são ambos permitidos.
Os portugueses ainda não perceberam que o Comunismo é tudo menos positivo, os americanos perceberam logo, daí eles serem a maior potência global, souberam rejeitar o comunismo logo á nascença...
Quando a Alemanha estava já praticamente derrotada os aliados deviam ter se unido aos alemães contra os russos, nessa altura eles ainda não tinham a bomba atómica e tinha-se evitado o contágio comunista!
Título:
Enviado por: dremanu em Dezembro 29, 2008, 10:53:16 pm
O único partido que devia ser proíbido, e com todos os membros a serem automaticamente metidos na prisão, é o partido dos sacanas (o PS).  De resto, não há problema.
Título:
Enviado por: Mike23 em Dezembro 29, 2008, 11:07:32 pm
Olhem que lindo...

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El Gobierno concede al Rey otros 3,3 millones de euros para 'redecorar' el palacio de La Zarzuela

La Casa del Rey dispondrá en 2009 de 8,9 millones de euros para sus gastos. Pero esa cantidad, consignada en los Presupuestos Generales del Estado para el próximo año, no es la única que el Gobierno destinará al monarca y su familia. El Ministerio de la Presidencia acaba de adjudicar a seis empresas privadas varios contratos para remodelar el palacio de La Zarzuela, residencia oficial de los Reyes, por valor de 3,3 millones de euros, cantidad que servirá para obras de jardinería y mejoras en la piscina, entre otras reformas.

La partida "Casa Real de Su Majestad el Rey" que figura en los Presupuestos del Estado otorga casi nueve millones de euros para el mantenimiento en 2009 de la Jefatura del Estado, es decir, de la monarquía. Don Juan Carlos "distribuye libremente" esa cantidad, destinada "al sostenimiento de su familia y Casa", según establece el artículo 65 de la Constitución. Sin embargo, no es ésa la única partida presupuestaria que sirve para financiar la Casa del Rey, cuyos gastos, en realidad, son sensiblemente más elevados.

Sin ir más lejos, los 3,3 millones de euros que el Gobierno se va a gastar en remozar el palacio de La Zarzuela serán aportados por Patrimonio Nacional, un organismo autónomo adscrito al Ministerio de la Presidencia que dirige la vicepresidenta primera, María Teresa Fernández de la Vega. Patrimonio Nacional administra los bienes de titularidad del Estado que están al servicio del Rey "para el ejercicio de la alta representación que la Constitución le atribuye", entre ellos los palacios reales de Madrid, El Pardo o Aranjuez.

Tampoco se financian con la partida de la Casa Real los sueldos de la mayor parte de sus empleados -algo más de seis millones de euros-, que corren a cargo del Ministerio de Administraciones Públicas; ni los viajes oficiales del Rey, la Reina o el Príncipe de Asturias, que sufraga el Ministerio de Asuntos Exteriores; ni el mantenimiento de los vehículos oficiales que utiliza don Juan Carlos, que paga el Ministerio de Economía y Hacienda; ni los sueldos del jefe del Cuarto Militar y los ayudantes del Rey y el Príncipe, que abona el Ministerio de Defensa.

Jardines y piscina

El pasado 3 de noviembre, el Consejo de Administración de Patrimonio Nacional adjudicó a la empresa Construcciones J. Quijano la rehabilitación del edificio catalogado como R-15, en el complejo de La Zarzuela, por importe de 1,5 millones de euros, y la reforma de la piscina exterior del palacio, cuyo presupuesto asciende a 163.000 euros.

Patrimonio también aprobó, ese mismo día, el contrato para la ampliación y reforma del control de acceso al palacio, en Somontes, adjudicado a Lahoz Hermanos Constructores por casi 935.000 euros. Otros 300.000 euros han ido a parar a la firma Técnicas de Arquitectura Monumental, que se encargará de las obras de ampliación de los almacenes de la llamada Zona P del recinto. Finalmente, la empresa DGS Construcción y Jardinería fue la adjudicataria de un contrato por valor de 30.500 euros para mejoras ornamentales en los jardines privados del palacio.

Un día después, el 4 de noviembre, Patrimonio Nacional adjudicó a la Compañía Española de Servicios Públicos Auxiliares las "actuaciones de jardinería, medioambiente y otras de apoyo a obras de arquitectura en el complejo del palacio de La Zarzuela", por importe de 297.000 euros. Por último, Contratas Bartolomé Ramón se encargará de renovar las instalaciones eléctricas del palacio de Marivent, en Palma de Mallorca, la residencia veraniega de los Reyes, por otros 78.000 euros.

Realço isto:

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Tampoco se financian con la partida de la Casa Real los sueldos de la mayor parte de sus empleados -algo más de seis millones de euros-, que corren a cargo del Ministerio de Administraciones Públicas; ni los viajes oficiales del Rey, la Reina o el Príncipe de Asturias, que sufraga el Ministerio de Asuntos Exteriores; ni el mantenimiento de los vehículos oficiales que utiliza don Juan Carlos, que paga el Ministerio de Economía y Hacienda; ni los sueldos del jefe del Cuarto Militar y los ayudantes del Rey y el Príncipe, que abona el Ministerio de Defensa.


Estão a ver como a monarquia é uma treta MUITO cara!


Mas há mais:

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Los Príncipes de Asturias comprarán una residencia de lujo en la península mozambiqueña de Machangulo

Los Príncipes de Asturias tienen previsto adquirir una residencia de lujo en la península mozambiqueña de Machangulo, donde una empresa africana está levantando un complejo turístico de cinco estrellas ubicado en una reserva natural, que tendrá hasta 20 mansiones. Así se ha publicado en la prensa de Holanda.
Según informaciones de Monarquía Confidencial (ver noticia), en este sueño veraniego don Felipe y doña Letizia tendrán otros vecinos con sangre azul, ya que tanto Felipe y Matilde de Bélgica como Guillermo y Máximo de Holanda ocuparán sendas residencias en ese mismo territorio.

En el caso del heredero del trono holandés, el gobierno de la Haya dará luz verde al proyecto de construcción de la mansión, informó el rotativo De Telegraaf. A pesar de que Guillermo de Holanda financiará la inversión de su propio bolsillo, para sus futuros planes de vacaciones se requiere la aprobación del gabinete y del Parlamento.

Por otro lado, también según informaciones de MC, Letizia Ortiz, a través del financiero Javier López-Madrid, podría haber llevado a su marido, nada preocupado por las cuestiones económicas, a la casa del ‘bróker’ colombiano Andrés Piedrahita, presunto culpable de que muchos ricos españoles hayan perdido auténticas fortunas en el ‘escándalo Madoff’. Aunque parece improbable que los Príncipes hubieran invertido algo en esta clase de operaciones.



 :roll:

Perante isto, e apesar dos seus defeitos, só posso dizer: Viva a República!
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Enviado por: Lightning em Dezembro 30, 2008, 01:24:37 am
Citação de: "Ataru"
Não foi isso que eu disse, simplesmente sou contra os partidos de extrema, na nossa constituição diz que são proibidas associações de cariz fascista, mas as comunistas são permitidas, ora isto não pode ser, se um lado e proibido também deve ser o outro, ou então são ambos permitidos.

Eu também não sou apologista de extremos, mas se eles se regerem pelas leis impostas aos partidos, não acho mal nenhum em que haja mais que dois partidos, até acho bem.

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Os portugueses ainda não perceberam que o Comunismo é tudo menos positivo, os americanos perceberam logo, daí eles serem a maior potência global, souberam rejeitar o comunismo logo á nascença...

Muitos portugueses são comunistas porque eles eram a unica força organizada contra o regime fascista de Salazar.

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Quando a Alemanha estava já praticamente derrotada os aliados deviam ter se unido aos alemães contra os russos, nessa altura eles ainda não tinham a bomba atómica e tinha-se evitado o contágio comunista!


Patton?  :lol:
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Enviado por: Ataru em Dezembro 30, 2008, 11:01:47 am
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Eu também não sou apologista de extremos, mas se eles se regerem pelas leis impostas aos partidos, não acho mal nenhum em que haja mais que dois partidos, até acho bem.

Eu também não sou contra haver mais de 2 partidos mas devia haver limite de partidos na assembleia, nos EUA há vários partidos mas só 2 de grande importância, ora cá temos 6 partidos na assembleia, uma barbaridade.

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Muitos portugueses são comunistas porque eles eram a unica força organizada contra o regime fascista de Salazar.

O Humberto Delgado não era comunista e sozinho conseguiu mais apoio que o partido comunista, estes até retiraram o seu próprio candidato pois sabiam que nada podiam contra Humberto Delgado ao qual chamavam de ""General Coca-Cola"

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Patton?


Estás te a referir ao general? não sabia que ele tinha a mesma ideia que eu, mas sem dúvida que tinha uma visão de futuro, mas não foi por ele que tive esta ideia, simplesmente pensei que fosse o melhor a fazer mas não sabia que outras pessoas tinham a mesma ideia que eu até ter lido "Um Milhar de Sóis" de Alex Scarrow.
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Enviado por: tyr em Dezembro 30, 2008, 02:39:19 pm
ataru, permite-me discordar, mas o grande problema de portugal,é exactamente só temos dois partidos com capacidade de formar governo (devido à falta de cultura democratica, pois em paises com outra cultura, houveram partidos do governo que por menos do que o que os nossos fizeram, deixaram de ter lugar no parlamento).
O problema é a cultura do taxo, que ou pertence ao PS ou ao PSD, e não existem alternativas que consigam votação suficiente para lhes tirar o lugar e o mais giro disto tudo é que fazem legixslação para darem regalias a eles próprios, mas chulando cada vez mais o zé povinho.
Eles não governam, para o bem do pais, eles governam, para o bem da própria classe politica. E isso, com nacionalista (no termo da amar a minha nação, nada a ver com xenofobia ou faschismo) deixa-me muito magoado.
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Enviado por: Heraklion em Janeiro 20, 2009, 02:02:44 am
Deverei rir ou chorar??
Só não vê quem não que ver ver.
A monarquia apresenta muitas vantagens, e para mim, nenhuns defeitos.
Teria orgulho em ter D.Duarte como chefe de estado do belo Portugal.
É por isso que peço aos amigos republicanos deste forum o seguinte
Os monárquicos apresentam soluções, explicam o que é uma monarquia hoje em dia. Os republicanos só sabem dizer que as monarquias são arcaicas, que o bigode de D.Duarte lhe fica mal e que tem uma maneira esquisita de falar... :lol:  :twisted:  :twisted:
Título:
Enviado por: Ataru em Janeiro 20, 2009, 10:29:27 am
O que eu acho mal na Monarquia é o facto de ser hereditária...
O Povo fica sujeito aos descendentes do Rei e não há real opção de escolha, olhem se nos sai um Iberista? távamos feitos...
Título:
Enviado por: Heraklion em Janeiro 20, 2009, 11:30:09 am
Não somos uma monarquia e temos ministros iberistas, portanto vai dar ao mesmo :lol:
Além disso. o parlamento pode depor o rei se achar necessário.