Buenos Dias,
A verdade é que as frotas pesqueiras portuguesas e espanholas durantes estes ultimos séculos aumentaram quer a nivel quantitativo quer a nivel qualitativo, sem que houvesse um orgão que regulasse esse facto, em conjunto com estudos sobre as espécies, e, como é claro, ao fim de algumas décadas começa-se a resentir. A eliminação de parte substancial da frota pesqueira é ou era portanto necessária. Claro que isso provocou mal estar em comunidades piscatórias, quer em Portugal quer em Espanha. Naquele texto em ingles de uma autora espanhola dá para perceber a importancia das pescas para a Galiza.
Mas nos ultimos tempos as ajudas da UE no sector das pescas vão (uma boa parte) para o abate de embarcações excedentárias. Até os pescadores já começaram a perceber que, se o peixe está a faltar nas costas europeias, é devido a nós proprios e logo à que abrandar o ritmo.
O caso canadiano, acho que existe muitos dados encobertos, muitos interesses canadianos encobertos sim. Mas o facto que Espanha não conseguiu meter o estado canadiano em tribunal pode explicar muita coisa. Mas sim, o acto dos canadianos pode ser considerado como pirataria, e a nivel legal sem justificação, mas simplesmente porque foi realizado em águas internacionais. Mas, se por exemplo, um navio comete ilegalidades graves nas águas nacionais, mas que consegue escapar à perseguição e entrar nas águas internacionais, será isto tipo uma zona livre para quem comete infrações? Antes do Estai houve inumeras infracções, despois do Estai desapareceram, serviu de exemplo.
Ainda à uns meses atrás a guarda costeira norueguesa fez o mesmo com um barco de pesca russo, e os noruegueses não inventaram necessidades ambientais..
Relativamente a Portugal, penso que se quisessemos teriamos mandado uma Fragata Vasco da Gama, normalmente existe sempre 1 disponivel, mas o facto de o navio apresado ser espanhol e o numero reduzido de barcos portugueses deixou-nos um pouco "fora". Secalhar se Portugal e Espanha tivessem mandado uma força conjunta, um dos nossos submarinos por exemplo, muito provavelmente teriamos mais poder à mesa de negociações. Mas em Portugal toda a gente sabia que os pescadores não usavam redes legais, e toda a gente tava preocupada com a protecção ambiental, portanto essa guerra passou-nos ao lado.
Acho sim que deve haver uma organização internacional que fiscalize que a evolução do numero de espécies e regule a captura de pescas nas águas internacionais. No artigo fala-se da NAPO para o noroeste atlântico, mas deveria haver uma simplesmente para o Atlântico norte. Felizmente nas costas europeias a UE trata disso, em que nas discussões existem países defensores do peixe, nórdicos e etc, e outros pescadores, Portugal e Espanha. Eu pessoalmente estou com os nórdicos, a continuação do panorama actual dá "vacas magras" a muita gente, se se desse tempo às espécies para recuperarem talvez de futuro haveria "vacas gordas ou medianas" para um numero consideravel de pescadores. Mas à que representar os interesses dos pescadores, logo a decisão de nossos países é aquela que se sabe.
Cumprimentos