Eu percebo o que quer dizer, mas os Humvee no Afeganistão não é equiparável, eles não foram comprados para o Afeganistão, nós já os tínhamos para Timor, a adaptação dos Humvee para o Afeganistão pode ter sido um "desenrascanso", nem sei se no início da guerra no Afeganistão, se já existiria MRAPs à venda. Quase de certeza que foi algo desenvolvido posteriormente como resposta a esses conflitos (Afeganistão e Iraque).
Sim, desenrascou-se com os Humvee não-blindados, que tiveram de ser substituídos com os Vamtac alugados, enquanto recebiam uma modernização/blindagem da Plasan Sasa. Depois foram empregues os Humvee blindados, e ao longo dos tempos foram adquiridos mais uns quantos, das versões M1151 (EP) mais os 3 do TACP da FAP (penso que da versão M1165). Já havia MRAPs em 2002, e alguns até antes disso, mas a partir de 2007 começaram a surgir muitos mais. Daí até à nossa saída no Médio Oriente, nunca comprámos nenhum (nem uma meia dúzia), ficando nos últimos anos dependentes do empréstimo dos Maxxpro e M-ATV americanos.
Portanto, num TO onde a ameaça assim o justificava, não foram capazes de gastar uns 10 milhões (se tanto) numa dezena de MRAP, mas para COIN em África, já se vai gastar dezenas ou mesmo uma centena de milhões na compra do meio "ideal" para aquela missão.
No mínimo, se querem que assim seja, adquirir o meio ideal para a missão COIN, então apliquem o mesmo racional no resto das FA. O meio ideal para tudo, e não apenas aquele que coincide com uma compra política.
Penso que nunca se falou em mais que 5 ou 6 helis de evacuação...
Falar não se falou. Havia a esperança que com a revisão da LPM, se arranjasse maneira de ter mais do que o número planeado (mesmo para 5 ou 6 helicópteros decentes, o orçamento já era curto).
Não tenho dados para isso.
Mas olhe que por regra, a hora de voo de helicóptero é sempre mais cara que de avião, tem inspecções muito mais frequentes, as partes móveis (rotores) exigem vigilância constante pelos mecânicos, etc.
Mesmo assim, serão duas linhas logísticas, mais pessoal de terra dedicado a cada uma das aeronaves, etc.
Agora claro, também haveria a opção de só enviar o ST, ficando todas as missões que um heli faz, dependentes de terceiros. E isto, também não favorece nada o ST, pois fazia mais sentido termos nós helicópteros, e pedir apoio de STs dos países vizinhos que já os possuem.
Eu percebo essas vantagens, mas algumas são teóricas, Qual navio é que existe de onde possam operar?
Enquanto esse navio não existir, a que ilhas consegue chegar?
Nos Açores a partir do grupo central consegue dar apoio a operações nas ilhas mais a ocidente?
É que nos arquipélagos todas as ilhas têm pista, de onde aviões tipo Super Tucano podem operar.
Um UH-60 não é um Merlin. Não haveria de ser difícil ter fragatas capazes de os operar, o mesmo para o AOR (e os NPO batch 3 deviam estar preparados para o mesmo). Agora, se não tivermos essa capacidade no futuro, é culpa nossa.
A ilha mais afastada do grupo central, situa-se a cerca de 310 km de distância. O UH-60 consegue fazer isso.
Então e ias usar o ST para dar mobilidade aérea entre ilhas? Tanto do ponto de vista civil como militar. E se falarmos em operar a partir de bases aéreas/aeródromos, podemos então falar de usar UAV/UCAV, que são muito superiores para a missão em questão.
Então a ideia era os UH-60 irem para a esquadra 103?
Os Caracóis passavam a usar helicópteros?
Ou a 103 continuava sem meio e comprava-se UH-60 para enviar para missões em Africa?
A esquadra 103 é uma esquadra de aviões de instrução, poderia receber era um avião de outro modelo, como o PC-21.
Helicópteros UH-60 tácticos, tinha que se criar uma unidade nova, ou na Força Aérea, ou no exército, ou algo mais inovador, algo conjunto se desse (??).
Obviamente que os UH-60 não iriam para os Caracóis. Para os Caracóis iria a opção mais adequada para treino, e com vantagens em termos de custos, e de preferência, que permitisse ter interoperabilidade com países aliados. A ideia passava por manter os custos nos mínimos.
Os UH-60, por serem mais versáteis para diversos TOs, esses sim deviam ter maior investimento.