Não tendo conhecimento, da doutrina russa, e naõ tendo outra forma de confirmar, o nuno rogeiro, no ultumo leste-oeste, indicou que faz parte da doutrina russa, que os comandantes estejam na linha da frente.
Não tem necessáriamente a ver com "fazer parte da doutrina"
O problema, é que as unidades russas são organizadas em batalhões e regimentos, mas tradicionalmente as unidades deste escalão não têm uma tradição de autonomia tática.
Ou seja:
Se uma comandante de batalhão numa força NATO estiver encalacrado e tiver que tomar uma decisão que pode contrariar as suas ordens, mas ser no final benéfica, esse comandante tem autonomia para tomar decisões no local e agir de imediato.
A falta de autonomia do ponto de vista tático, é um problema terrivel para os russos e já os atormentava na II guerra mundial, o que levou a que as divisões russas fossem na verdade muito mais pequenas (e por-conseguinte mais numerosas) que as suas congéneres ocidentais.
As tropas acabam por ficar paradas à espera de ordens, porque se tomar uma decisão errada o comandante da unidade pode ser punido (na II guerra, a punição era a execução sumária)
Como resultado, quando as coisas correm mal e os planos precisam ser alterados, os russos normalmente recorrem ao envio das altas patentes para o campo de batalha. Primeiro porque o escalão de comando imediatamente acima, tem mais confiança nos relatórios de um general, e segundo porque um oficial de alta patente pode transmitir ordens de forma mais enfática e clara às tropas.
Durante a II guerra mundial, os alemães conseguiram muitas vitórias mesmo quando estavam a recuar, porque os comandos alemães tinham autonomia. Isso levou a que Hitler tomasse pessoalmente o comando de alguns exércitos, com resultados desastrosos.