Toda esta questão relacionada com a pretensa islamófobia, ou fatwas, ou pretenso direito moral de exercer uma qualquer vingança a troco seja de dinheiro ou bilhete directo para 1 qualquer paraíso, é mais simples do que parece.
Tenho uns anos largos de trabalho em países árabes, o que me fez perder uma série de ilusões.
Vejamos a questão religiosa: O islão NÃO É SÓ UMA RELIGIÃO, É UMA FORMA DE VIDA, o islão condiciona, o modo de viver em sociedade, como comer, como vestir, como se comportar em relação ao corpo humano, seja o próprio, seja o da mulher, desde pormenores como urinar de joelhos, como limpar o ânus após defecar, como no caso das mulheres raparem os pelos púbicos, até como tomar banho.
Não vou entrar em detalhes mas tudo isto tem normas precisas, que podem ou não ser seguidas, tal como o beber álcool, ou comer carne de porco.
Tal como o relacionamento para com a mulher, que não é considerada no mesmo plano de igualdade em relação ao homem, mas sim num plano de serventia, procriação, desde os casos mais duros da aplicação da lei corânica em que num caso de violação o ónus da culpa recai nela porque permitiu, até aos casamentos de horas para que os " combatentes de deus" possam usufruir dos prazeres carnais.
É doloroso ouvir uma secretária com alguma cultura e instrução, dizer que o cabelo á vista transtorna os homens que os vai desviar da oração, fomentar as relações adulteras etc,, etc.,pelo que tem que o tapar, e isto com uma convicção impressionante.
Limitei-lhe a dizer que sempre vi a minha avó e mão sem lenço e nunca tive pensamentos pecaminosos.
Alias tanto quanto sei, só a Turquia assinou a Declaração dos Direitos Humanos, pois que a igualdade de direitos da mulher, é contra os preceitos islâmicos.
Na recente Conferência da Mulher Árabe, alguns países mais rígidos do médio oriente nem conseguem trata-las como mulheres isto num contexto jurídico, SÃO IRMAS, não mulheres.
Mas o mais importante é que o muçulmano é indoutrinado desde pequeno que a sua religião é a UNICA VERDADEIRA( dizem que os cristãos são desviados da verdadeira religião, seja lá isso o que for), e todas as outras são falsas. Não aceitando nenhuma outra ideia, nem mesmo num plano filosófico, isto é em amena conversa, são taxativos, só o islão é que é aceite e 1 dos seus deveres é aliciar os ditos descrentes para entrarem no islão como costumam dizer.
No caso do país onde trabalho, que poder-se-á dizer que é um dos mais liberais, para se casar com uma natural( NÃO É O MEU CASO) é obrigatório mudar de religião, tendo que dizer uma oração simples aceitando alá e o maomé como profeta, bater com a cabeça no chão tomar um nome árabe e ser ouvido por uma espécie de tribunal eclesiástico que faz algumas perguntas, para saber a razão porque querem ser muçulmanos( não podem em principio dizer que é só para casar, pois isso seria admitir a hipocrisia do acto em si).
Basta ver os imigrantes, que fora do ambiente familiar bebem, e em família quando o sócio da mesquita começa com a cantoria é vê-los a levantarem-se para ir rezar para não haver comentários.
Isto vem nos jornais publicitado e é, a maior das hipocrisias pois se a lei assim não o obrigasse nenhum dos noivos se daria ao trabalho de andar a aprender a rezar em árabe mesmo não percebendo o que dizem.
No fundo tudo o que converta um não crente em muçulmano é bem vindo, mesmo que seja prá treta, mas há preceitos curiosos, 1 muçulmano pode casar com uma não muçulmana pois os filhos são sempre pertença do pai( por isso existem os casos de pais que depois fogem com os putos para a terra de origem e é muito difícil que as mães os retomem, pois isso vai contra a lei corânica ), em contra partida uma muçulmana não pode ou não deve casar com um não muçulmano, mas deve tentar converte-lo.
Porque em caso de divorcio os filhos em princípio, ficam com os pais.
Não estamos a falar daquelas meninas da classe alta e cultura superior, que casam com muçulmanos em Portugal, e em que eles estão “perfeitamente” inseridos na nossa cultura, ai é fácil, o oposto NÃO É.
É, porque eles não casam só com elas, casam também com a cultura, costumes e, mais, com a família dela.
Esta questão tem a ver com a maneira como vêem o mundo, pois quando casam com um muçulmano passam a vestir como o marido quer, a levarem na tromba( eles tem o direito segundo a lei corânica),a serem encornadas de toda a maneira e feitio e pouco barulho.
Quando casam com estrangeiros (conheço pessoalmente 2 casos na minha empresa), fazem o que querem deles, com a ajuda da família obviamente, mais a mais no caso deles serem permissivos.
O mais estranho é que o direito civil não é completamente civil, pois excepto a Turquia, não há 1 outro país laico, o que acontece é que o civil aplica-se nuns casos mas noutros aplica-se a lei corânica, como no recente caso dos gajos apanhados a comer no ultimo Ramadão em Tizi-Ouzu, Argélia e que foram punidos, mesmo sendo cristãos.
Atenção que falo do Magreb, e não do médio Oriente onde impera a sharia.
Tal como a liberdade religiosa, pode frequentar-se as igrejas permitidas, mas não fazer prédica nem rezar fora dos locais autorizados.
No fundo a indoutrinação é de tal maneira que o desprezo por tudo o que não seja muçulmano, a sobrancearia com que nos vêem, o simples pensar que somos todos um bando de parvos, dado que nos vêem como inferiores, é uma coisa constante do dia a dia,( até um ponto, em que uma pessoa lhes diz para terem calma porque, numa família média em Portugal se como carne 3 a 4 vezes por semana e não 1 só vez na festa do Al-Aide que é quando matam o carneiro), desde sentirem-se na obrigação de nos dizerem como conduzir, como estacionar, até aos simples actos mundanos comuns.
Isto não se passa necessariamente nas estâncias de férias pois aí eles estão em principio para nos servir, a nós, os turistas, mas se conviverem no dia a dia durante uns tempos apercebessem-se que a mistura de 5 especiarias que usam na sopa é que é bom para todo o mundo não o fio de azeite, que usam pouco ou nada porque é caro.
Não tem no fundo a ver com provar outra coisa, tem com o que está bem enterrado no subconsciente, que somos uns pobres diabos que nunca tivemos até aquele momento a oportunidade de provar as delícias da cultura árabe.
Portanto esta incipiente guerra de culturas está perdida á partida da nossa parte, dado que, com a palhaçada do politicamente correcto, permitimos que uma religião ofensiva invada não só o nosso espaço como o nosso modo de vida.
Bastava que fosse aplicado o PRINCIPIO DA RECIPROCIDADE, em relação ao modo de vestir, como o rezar em publico, como nos princípios de integração( coisa que 99.9% ignoram olimpicamente), desde o sócio que não deixava as mulheres saírem nem os filhos irem á escola mas recebia o abono tanto delas como deles.
Claro que não estamos a falar dum país em si, mas, duma maneira de ser, que levanta desde logo, nos mais TOTÓS problemas de consciência, de islamofobia, respeito pelas minorias, intromissão na cultura e leis do país de origem, etc..
Bastava que se tomassem atitudes de igualdade de princípios.
Portanto o Dinamarquês vai viver até ao fim dos seus dias como o Salmam Rushdie, sempre a olhar prá sombra pois cortar-lhe a goela é um dever naquelas cabecinhas.
Isto é a principal fraqueza das democracias pois permitem que as ditas liberdades sejam usadas contra ela.
Se não for tomada uma posição frontal, é uma batalha perdida de antemão.
No fundo estamos a falar de 2 conceitos totalmente diferentes:
No islão, eu vou para o paraíso cortando cabeças
No Cristianismo( de hoje) eu vou para o paraíso amando o meu inimigo
Mais antagónico não pode ser.
Enquanto o Cristianismo é questionado ou a reflexão é vista como aceite, independentemente das posições mais duras das alas mais conservadoras da Igreja, no islão isso nem é questionável, não há debate, há ou não aceitação - o próprio tumulo do maomé foi destruído, poucos anos depois da sua morte para que não houvesse o mínimo tipo de adoração, pelos Wahabistas que ainda hoje ditam na arábia saudita.
Passar-se-ão muitos anos até que aja alguma espécie de evolução em termos doutrinários no seio do islão.
E curiosamente a qualidade de vida não altera em nada a questão de fundo, pois a diferença entre o sudão do norte e a arábia saudita é uma questão de muitos ou poucos dinares, a sharia é aplicada com a mesma rigidez.
Tenho 1 amigo que diz que eles não passam de adoradores duma pedra, porque será?
A minha esperança é que eles se enviem mutuamente pró paraíso depressinha, ter com as 70 virgens.
A propósito: se eles tem 70 virgens, á espera, elas tem o que?: Uma equipa de basquetebol á espera!! Ainda não arranjei quem me soubesse responder.
Att