Pandur II

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2700 em: Fevereiro 23, 2023, 04:03:47 pm »
Convém ver que o uso da dita arma (suponhamos que fosse a mesma RWS com o mesmo canhão de 30mm e míssil anti-tanque) vai depender inteiramente do cenário em que o veículo se insere. O ST5 não vai andar pelo campo de batalha armado em carro de combate só porque tem canhão todo jeitoso.

Essencialmente, a existência deste tipo de canhão no ST5, não sendo uma prioridade claro, quando faltam versões SHORAD, PM, e ACar, é uma alternativa interessante, na medida em que dá um poder de fogo à unidade que os opera, que de outra forma não teria, ou que teria de esperar por apoio de outros veículos mais pesados. As missões do ST5 não mudam, muda sim a capacidade de resposta que tem às variáveis (principalmente se considerarmos a capacidade de receber metralhadora coaxial e míssil anti-tanque ou 2 Stinger).

Já agora, nem me tinha apercebido, mas o canhão de 30mm em causa, é uma variante do canhão do Apache, e também do M-SHORAD.
 

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Luso

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Re: Pandur II
« Responder #2701 em: Fevereiro 23, 2023, 04:22:12 pm »
Já agora, nem me tinha apercebido, mas o canhão de 30mm em causa, é uma variante do canhão do Apache, e também do M-SHORAD.

E usa as munições dos Fiat (de alguns).
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Drecas

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Re: Pandur II
« Responder #2702 em: Fevereiro 23, 2023, 05:52:38 pm »
Embora a grande maioria de IFV's tenha não é algo necessário

O Stryker Dragoon não tem a torre perfurada, nem tem o BTR-3/4 e outros.


Quanto ao upgrade aos nossos 30 gostava de ver atgms e visão independente e estabilizada para o comandante, com 3rd gen thermals claro. Mais o que for preciso para ser um melhor veiculo para recon

mas o stryker é um IFV ???
O Stryker Dragoon e similares eu pessoalmente punha-os como IFV's
Percebo o porquê de os considerar APC's no entanto
Mas isso também neste caso nem é o mais importante haha
 

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papatango

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Re: Pandur II
« Responder #2703 em: Fevereiro 23, 2023, 06:34:57 pm »

A questão, é sempre a doutrina e para que servem os carros.
Do meu ponto de vista, e considerando alguns dos pensadores destas coisas nos EUA, os veículos de combate de infantaria, destinam-se a proteger os carros de combate pesados. Eles são o ecrã de proteção, que se destina a garantir que o carro de combate que está mais atrás, pode utilizar a sua peça principal, normalmente com maior alcance, para eliminar a ameaça detetada pelo VCI.

São viaturas que por isso têm que passar nos mesmos lugares dos tanques e por isso devem convenientemente  dispor de lagartas, para evitar que os tanques fiquem sem proteção adequada.

Vão normalmente entrar em contato ou com as viaturas de combate de infantaria inimigas, ou mesmo com os seus carros de combate principais, se tivermos em consideração que os russos colocam os seus carros de combate numa posição mais ofensiva.
 (e digo isto com grandes reservas porque fico com a impressão de que as doutrinas russas não passam do comando de divisão, dificilmente chegam a um comando de brigada e daí para baixo, é tudo ao molho e fé em Deus).

As viaturas de transporte de pessoal, são menos blindadas, e é suposto evoluírem no campo de batalha em posições mais recuadas, devendo  intervir, no caso de a infantaria inimiga assumir posições fortificadas, onde as armas principais dos carros de combate não podem chegar, e no caso de não estar disponível apoio de artilharia ou apoio aéreo.

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Pescador

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Re: Pandur II
« Responder #2704 em: Fevereiro 24, 2023, 05:32:56 pm »
Quando falei de um sistema para as Vantac era pela proteção do atirador, eficácia todo o tempo e alcance útil maior da arma estando associado aos sensores disponíveis. E ter uma arma AC disponível como tem esse também não era errado, para algumas missões. Não para substituir a função do Pandur
Dai que eu ao ver esses sistema a ser escolhido para o Pandur me lembrasse de nem que fosse a .50 mais o míssil era bom na Vantac. Não faltam exemplos de 4x4 na classe das Vantac com sistemas desses, até AA

Para as Pandur vejo melhor o exemplo Checo e a munição era igual as já existentes. Ganhava também na logística
« Última modificação: Fevereiro 24, 2023, 05:36:08 pm por Pescador »
 

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2705 em: Fevereiro 24, 2023, 06:54:07 pm »
Sim, a torre RCWS que os checos escolheram, igual à que era suposto vir para os Fuzos, era uma excelente escolha, juntamente com o par de mísseis Spike acoplados. Infelizmente, deve ser muito mais cara, o que poderá explicar o porquê de no programa Pandur, terem sido só 2 as escolhidas, ao invés de ter os IFV do Exército também com ela.

Assim sendo, e assumindo que a RS6 é mais barata que a RCWS e outras torres maiores e mais robustas, é melhor que nada.

Agora, a questão de uniformizar calibres, até se pode ver de outra forma: o M-SHORAD (versão AA do Striker), usa o mesmo calibre. Se um dia se viesse a ter Pandur SHORAD com este sistema, aqui tínhamos a uniformização.

A título de curiosidade, o MH-60L DAP também recebe este canhão (tal como o Apache que já tinha dito), e curiosamente, o AC-235 (versão gunship do CN-235) também o usa. Dito isto:
-nós devemos ter UH-60 no futuro relativamente próximo (espera-se), portanto não seria descabido que se pudesse introduzir esta arma como parte do seu armamento;
-e tal como já tínhamos falado antes, da ideia de, em vez de se comprar de propósito STs ou outro turboprop para COIN em África, optar por AC-295 para esta função, não seria descabido que fosse possível também integrar esta arma nesta aeronave.

Resumindo, esta arma em específico, teria potencial para ser integrada em Pandur, ST5, M-SHORAD, UH-60 e AC-295. Destes 5 meios, pelo menos 4 deles operam/operariam em TOs como a RCA.

Isto não passa de um exercício académico, já que seria uma sorte que viesse a confirmar a vinda das RS6 para os Pandur. Mas não deixa de ser um tema interessante.
 
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LM

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Re: Pandur II
« Responder #2706 em: Março 02, 2023, 03:56:12 pm »
https://twitter.com/Defence360/status/1631254682839465986?s=20

Citar
@ElbitSystemsLtd subsidiary Elmet International was awarded a $120 million follow-on contract from @GDELS_Official  to supply remote weapon stations and turrets and mortars for the Piranha V 8x8 vehicle of the 🇷🇴 Army. The work will be performed in 🇷🇴 over a 3-year period.
« Última modificação: Março 02, 2023, 03:56:32 pm por LM »
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Drecas

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Re: Pandur II
« Responder #2707 em: Março 02, 2023, 04:12:09 pm »
Roménia, famosa super potência económica

E 120M é francamente pouco, ou parece-me pouco, vamos ver quantos exemplares são afetados pela modernização.

Para mais detalhe já agora:
https://elbitsystems.com/pr-new/elbit-systems-awarded-a-120-million-follow-on-contract-to-supply-unmanned-turrets-weapon-stations-and-mortar-systems-to-the-romanian-armed-forces/

O facto de incluir RWS com apenas 12.7mm e não todos essa torre da foto muda as coisas
 

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2708 em: Março 02, 2023, 04:45:46 pm »
120 milhões é tudo, menos pouco dinheiro.  :o

Principalmente não sabendo quantos veículos estão em causa. Só se sabe que contratualizaram inicialmente 227 Piranha V, aos quais se juntarão outros 150 encomendados agora em Fevereiro. Ao incluir RWS, além de morteiros SPEAR e torre não tripulada UT-30, suponho que a maior parte serão equipados com RWS .50.
 

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Pescador

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Re: Pandur II
« Responder #2709 em: Março 02, 2023, 08:11:32 pm »
Sim, a torre RCWS que os checos escolheram, igual à que era suposto vir para os Fuzos, era uma excelente escolha, juntamente com o par de mísseis Spike acoplados. Infelizmente, deve ser muito mais cara, o que poderá explicar o porquê de no programa Pandur, terem sido só 2 as escolhidas, ao invés de ter os IFV do Exército também com ela.

Assim sendo, e assumindo que a RS6 é mais barata que a RCWS e outras torres maiores e mais robustas, é melhor que nada.

Agora, a questão de uniformizar calibres, até se pode ver de outra forma: o M-SHORAD (versão AA do Striker), usa o mesmo calibre. Se um dia se viesse a ter Pandur SHORAD com este sistema, aqui tínhamos a uniformização.

A título de curiosidade, o MH-60L DAP também recebe este canhão (tal como o Apache que já tinha dito), e curiosamente, o AC-235 (versão gunship do CN-235) também o usa. Dito isto:
-nós devemos ter UH-60 no futuro relativamente próximo (espera-se), portanto não seria descabido que se pudesse introduzir esta arma como parte do seu armamento;
-e tal como já tínhamos falado antes, da ideia de, em vez de se comprar de propósito STs ou outro turboprop para COIN em África, optar por AC-295 para esta função, não seria descabido que fosse possível também integrar esta arma nesta aeronave.

Resumindo, esta arma em específico, teria potencial para ser integrada em Pandur, ST5, M-SHORAD, UH-60 e AC-295. Destes 5 meios, pelo menos 4 deles operam/operariam em TOs como a RCA.

Isto não passa de um exercício académico, já que seria uma sorte que viesse a confirmar a vinda das RS6 para os Pandur. Mas não deixa de ser um tema interessante.


Sim os AC 295 já tinham vindo a assunto por aqui no fórum da FAP, quando se abordou a várias versões deste aparelho nomeadamente a anti submarina.

Havendo vários meios com a arma em questão, então faz sentido optar. Sendo questão de preços, lembro que esse RS6 a operar nos Patrulhas Tejo também não ficaria nada mal. Melhor que aquela coisa mal enjorcada que lá anda.
 

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Kalil

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Re: Pandur II
« Responder #2710 em: Março 02, 2023, 10:23:04 pm »
120 milhões é tudo, menos pouco dinheiro.  :o

Principalmente não sabendo quantos veículos estão em causa. Só se sabe que contratualizaram inicialmente 227 Piranha V, aos quais se juntarão outros 150 encomendados agora em Fevereiro. Ao incluir RWS, além de morteiros SPEAR e torre não tripulada UT-30, suponho que a maior parte serão equipados com RWS .50.

É um valor significativo mas, se for para equipar a maioria dos 370 veículos, é um custo relativamente baixo. Ju
Os morteiros são 26, produzidos na Roménia, quanto às torres 30mm não sei. Eles têm creio que 6 batalhões mecanizados, devem querer equipar com IFV um ou dois, por isso pelo menos umas 50 (especulo).
 

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2711 em: Março 02, 2023, 10:41:13 pm »
Penso que já tenham feito um primeiro contrato que já incluía as torres de 30mm, para o batch inicial de Piranha V (não sei quantos, mas já há fotos deles). É possível que este novo contrato, seja só para os 150 adicionais, o que coincide com as datas de ambos os anúncios (os veículos foram anunciados a 10 de Fevereiro, e agora a 2  de Março anunciam este equipamento).

A ser de facto isso, 120 milhões para equipar 150 veículos, estamos a falar de um valor médio de 800 mil por veículo. Em contraste, o contrato dos ST5, para 139 viaturas, por 60.8 milhões de euros, dá pouco menos de 440 mil euros por viatura. Ou seja, só em sistemas para os Piranha V, os romenos vão pagar quase o preço de 2 ST5. Não é nada barato mesmo.

Mesmo que fossemos fazer as contas a dividir os 120 milhões por 370 veículos, dá uma despesa de 324 mil euros cada um.

Daí que no nosso caso, tenha surgido a ideia da RWS RS6, muito provavelmente por uma questão de valores.
 

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Kalil

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Re: Pandur II
« Responder #2712 em: Março 03, 2023, 09:10:05 am »
Sim, faz sentido que seja apenas para o segundo batch. Só quando se souber a proporção de rws/UT30 é que se pode concluir.
O que parece caro é estes segundos veículos ficarem a mais de 4M cada. Mais 1M que os primeiros. O preço inicial foi semelhante.
« Última modificação: Março 03, 2023, 09:33:09 am por Kalil »
 

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Re: Pandur II
« Responder #2713 em: Março 06, 2023, 04:32:15 pm »
 

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Re: Pandur II
« Responder #2714 em: Março 06, 2023, 05:13:52 pm »
Obviamente que seria uma excelente escolha. Mas suponho que a possível escolha venha a recair na RS6, meramente porque o orçamento não deve permitir mais que isso.  ::)

Corre-se é o risco de que, se começam a procurar contrariedades para a RS6, no fim não vem é nenhuma, e lá continua tudo corrido a .50 com o atirador a descoberto (nem se dando ao trabalho de instalar uma protecção balística).