No papel, não seria uma má ideia. O problema é, além do custo, o tempo que demoram a fazer essas operações de modernização (veja-se o exemplo das BD). Ora primeiro criariam um GT, pago pelo Estado claro, e depois de 1 ou 2 anos a conviver... perdão, debater afincadamente os parâmetros do upgrade, lá tomavam uma decisão do que incluir. Depois toca a lançar concurso, com pelo menos 1 ano entre o dizer que se vai lançar concurso, até realmente se lançar o dito. Depois volta tudo à estaca zero, porque a verba era tão baixa, que ninguém se deu ao trabalho de comparecer. Aumenta a verba, ou mais provavelmente, cortam uma das fragatas. Novo concurso, agora já dá, à justa. Começa o MLU, passado 2 anos e meio, primeiro navio entregue, provavelmente sem metade do armamento, porque pagamos às mijinhas. 2 anos depois o segundo. Ora, 5 anos no mínimo para se ter o primeiro navio modernizado, 7 para o segundo, mais coisa menos coisa.
Resumindo, se nada mudar por estas bandas, em que seja possível fazer uma modernização de forma rápida e eficiente, mais vale encomendar navios novos, que demoram o mesmo tempo (ou menos) a construir, que os nossos a modernizar.
Se houvesse de facto capacidade de decidir o que incluir no upgrade, de forma rápida, e no espaço de 6 meses, o primeiro navio estava em modernização, aí era outra conversa. Não precisávamos de fazer um MLU como o australiano, podíamos fazer um mais simplificado, mas nada inferior, com equipamento que mais tarde pudesse ser transferido para outro navio aquando da substituição das VdG.