Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB
« Responder #75 em: Agosto 13, 2020, 02:56:46 am »
Submarino Riachuelo realiza sua primeira navegação independente


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Foi realizado hoje, dia 12/08, mais um importante marco no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha do Brasil: a primeira navegação independente do submarino S-40 Riachuelo, ou seja, sem a necessidade do uso de rebocadores.

Durante a navegação, de mais de 8 milhas náuticas a partir do cais 12 do Estaleiro de Construção (ESC), localizado na nova Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM), foram efetuados diversos exercícios de mar para testar os equipamentos e o treinamento geral da tripulação com os propulsão e lemes, diesel geradores, cargas das baterias no mar, sistema de comunicação, sistema de combate, mesa tática, radar, periscópios, eco e todos os sistemas de combate que associados à plataforma confirmam a segurança ao navio.

Os próximos passos a serem executados serão a imersão estática e a imersão dinâmica com o submarino em movimento.

 :arrow:   https://tecnodefesa.com.br/submarino-riachuelo-realiza-sua-primeira-navegacao-independente/

 

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB
« Responder #76 em: Agosto 13, 2020, 03:00:30 am »






 
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB
« Responder #77 em: Agosto 19, 2020, 01:40:10 am »
First Brazilian-Built Submarine Riachuelo (S 40) Begins Sea Trials


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On August 12, another important milestone was accomplished within the scope of the Submarine Development Program (PROSUB), when the Scorpene-Class submarine submarine “Riachuelo” (S 40) successfully performed the tests foreseen for the surface propulsion system, in continuation to the extensive acceptance testing program at sea. The rudders, the navigation and propulsion system, the diesel generators, the battery charges, and the communication system were tested at sea. All tests have been carried out more than 8 nautical miles (approximately 15 km) from pier 12, its starting point of the Construction Shipyard (ESC), located at the Submarine Base of Madeira Island (BSIM). Launched on December 14 2018, the Riachuelo started its trials in September 2019, successfully completing its first static dive test on 20 November 2019.

In 2009, Naval Group was entrusted by the Brazilian Navy with designing and transferring the technology for four conventional Scorpène® submarines, and for the design and manufacturing assistance for the non-nuclear part of Brazil’s first nuclear-powered submarine. The launching of the Scorpène® Riachuelo in presence of the Brazilian head of state today demonstrates the success of this program, with both the successful completion of the first submarine and of the shipyard’s infrastructure. The latter is being built by a Brazilian company, Construtora Norberto Odebrecht (CNO), based on Naval Group specifications and on the French group’s experience in the design, production engineering and in-service support of submarines. The Riachuelo will start sea trials in 2019 for delivery in 2020. Delivery of submarines 2, 3 and 4 will then follow every 12 to 18 months.


Since 2012, Naval Group has done considerable work to identify, select, negotiate, qualify Brazilian service providers in order to: feed the supplier database for equipments or products supplied by Naval Group to the Brazilian Navy and and to present and qualify local suppliers for the future needs of the Brazilian Navy. This work enables the Brazilian Navy to rely more and more on a sovereign national industrial base. It also enables the Brazilian industrial ecosystem to access new markets by promoting their “Naval Group” and “Brazilian Navy” accreditation (whose image of excellence and seriousness is highly regarded in Brazil) and to avail of the know-how and experience of the French group in the fields of project management.

Scorpène® is the conventional submarine designed by Naval Group for the export market. It demonstrates both Naval Group’s ability to deliver best in class submarines and to conduct successful transfers of technology. Today 14 Scorpène® submarines are in operational service or being built, for the Chilean Navy (2 units), the Malaysian Navy (2 units), the Indian Navy (6 units) and the Brazilian Navy (4 units). The Scorpène® design is adapted to fit each navy’s specific requirements. Thus, the Brazilian Scorpène® will be slightly longer to carry a larger crew, almost double the patrol range, and be able to cover greater distances. Multipurpose, it fulfils the entire scope of missions such as anti-surface and anti-submarine warfare, special operations, offensive minelaying and intelligence gathering.

 :arrow:  https://militaryleak.com/2020/08/18/first-brazilian-built-submarine-riachuelo-s-40-begins-sea-trials/
 

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB
« Responder #79 em: Agosto 27, 2020, 09:37:50 pm »
Como está o projeto do Submarino Nuclear Brasileiro?


Por Alexandre Galante

Objetivo principal do Programa de Desenvolvimento de Submarinos – PROSUB, realizado com transferência de tecnologia da França, o projeto do primeiro submarino nuclear brasileiro (SN-BR) eve sua concepção geral finalizada em janeiro de 2017.

A fase de projeto foi iniciada em fevereiro de 2019 e deve ser concluída em fevereiro de 2022.

O corpo técninco atual conta com 300 projetistas e deve chegar a 600 projetistas no auge do programa.

O gerencimento do programa é feito pela Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. – AMAZUL.

Pelas imagens divulgadas até agora pela Marinha do Brasil, o SN-BR será um “Scorpenezão”, isto é, uma interpolação dos submarinos Scorpène S-BR (classe “Riachuelo”) que estão sendo construídos no complexo naval de Itaguaí-RJ.


O acordo de parceria estratégica realizado entre o Brasil e a França em 2008 para a cooperação de longo prazo na área de defesa, incluiu o desenvolvimento e produção de submarinos Scorpene modificados (S-BR), a construção de uma base de submarinos e de um estaleiro moderno.

O acordo garantiu o desenvolvimento da parte não-nuclear do projeto submarino nuclear brasileiro, parcerias industriais, transferência de tecnologia e formação de pessoal.

O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) empregará muitos sistemas e tecnologias dos S-BR da classe “Riachuelo”, por isso a construção dos submarinos convencionais é importante, para dar experiência e escala de produção de equipamentos que serão comuns aos dois tipos de submarinos.

Muitos dos sistemas e equipamentos dos S-BR e SN-BR estão sendo nacionalizados e produzidos por empresas brasileiras.

Características do SN-BR

O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro SN-BR terá um diâmetro de 9,8 metros (o S-BR tem 6,2m), para poder acomodar o reator nuclear brasileiro, um reator de água pressurizada, também referido pela sigla PWR (do inglês pressurized water reactor).

O SN-BR terá 100m de comprimento, deslocamento de cerca de 6.000 toneladas e será movido por propulsão turbo-elétrica com 48 MW de potência, equivalentes a 650 carros de 100 HP ou ao fornecimento de energia a uma cidade de 20.000 habitantes.

Neste sistema, o reator nuclear fornece o calor para a geração de vapor, o qual aciona duas turbinas acopladas a dois geradores elétricos, um dos quais dedicado principalmente a gerar eletricidade ao motor elétrico de propulsão, e outro para o fornecimento de eletricidade aos demais sistemas do SN-BR.

O cronograma atualizado abaixo mostra o início da construção do SN-BR em 2023 e o término em 2033.


O Labgene, em Aramar

O submarino nuclear brasileiro SN-BR é um projeto dual. Por um lado, o domínio da tecnologia de construção do reator vai permitir que, no futuro, o Brasil tenha uma plataforma de armas mais ágil na proteção das águas territoriais. Por outro lado, habilitará o País a construir pequenas centrais nucleares de energia elétrica.

O Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE) do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) será a primeira planta com um reator nuclear de alta potência totalmente construída no Brasil.

Conceitualmente, é um protótipo com capacidade de geração de 48MW térmicos ou 11 megawatts elétricos (MWe), o que representa menos de 10% da capacidade de Angra 1, o suficiente para movimentar um submarino e alimentar sistemas elétricos, de renovação do ar etc.

O Labgene, além de unidade nuclear de geração de energia elétrica, será utilizado para validar as condições de projeto e ensaiar todas as situações de operações possíveis para uma planta de propulsão nuclear. Por isso mesmo, apesar de ser construído em terra, procura reproduzir em tamanho o reator que equipará o futuro submarino de propulsão nuclear.

Desde o início do programa, há mais de 30 anos, a Marinha tem investido na construção de componentes do projeto em parceria com empresas privadas, como o vaso do reator, condensadores, pressurizadores, turbogeradores de propulsão, entre outros.

Segundo palestra do Almirante Fragelli sobre o Prosub em 2010, as duas atuais usinas civis brasileiras usam urânio enriquecido de 3,2 a 4% e o reator naval do submarino nuclear brasileiro usará urânio enriquecido a 7%. O SN-BR deverá ter a necessidade cíclica operacional de ter seus elementos combustíveis nucleares totalmente substituídos de quatro em quatro anos.

Face ao período muito curto de troca dos elementos combustíveis nucleares nos modelos brasileiros, comparativamente em relação aos modelos americanos, ingleses e franceses, uma boa parte do esforço de engenharia do projeto do reator naval brasileiro está se dando no sentido de permitir a troca dos elementos combustíveis num tempo bem mais curto que o normalmente é conseguido nos modelos de outras origens.

A Base de Submarinos da Ilha da Madeira no Complexo Naval de Itaguaí-RJ terá dois diques totalmente cobertos para atender a dois submarinos nucleares ao mesmo tempo na chamada Ilha Nuclear onde os futuros submarinos nucleares serão construídos, receberão manutenção e onde se processará a troca do elemento combustível do reator quando necessário.

Ela deverá ser construida num recorte da encosta e será instalada sobre leito firme de rocha ao contrário do resto do complexo que foi feito sobre aterro e plataformas sobre o mar.


 :arrow:   https://www.naval.com.br/blog/2020/08/27/como-esta-o-projeto-do-submarino-nuclear-brasileiro/
 

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB
« Responder #80 em: Setembro 17, 2020, 07:15:50 pm »

Submarino Riachuelo realiza novo teste de imersão estática
 
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB
« Responder #81 em: Setembro 23, 2020, 09:51:37 pm »
Embarque de baterias no submarino Humaitá – S41


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“Mar à vista”. Em uma delicada e complexa operação, a equipe do Estaleiro de Construção (ESC) finalizou o embarque dos 360 elementos de baterias no Humaitá – S41, uma atividade que exigiu grande concentração e comprometimento na ativação e manuseio dos elementos.

O primeiro passo, foi a energização das baterias nas oficinas de ativação. Em seguida, os elementos foram transportados até o ESC, onde foram içados por uma ponte rolante até o interior da embarcação.

Por último, a equipe de elétrica tem a missão de conectar os barramentos nos elementos de baterias para permitir a realização de carga a bordo.


DIVULGAÇÃO: Itaguaí Construções Navais (ICN)

 :arrow:  https://www.naval.com.br/blog/2020/09/23/embarque-de-baterias-no-submarino-humaita-s41/
 

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB
« Responder #83 em: Novembro 30, 2020, 05:33:47 pm »
Submarino Riachuelo (S 40) realiza com sucesso o teste de Imersão Dinâmica


Por Luiz Padilha

Há muito aguardado por todos que acompanham o progresso do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), chegou o momento da fase de testes de imersão dinâmica do submarino Riachuelo (S 40), o mais novo submarino da Marinha do Brasil (MB).

Construído pela Itaguaí Construções Navais (ICN), o Riachuelo é o primeiro da classe, com um projeto baseado no submarino Scorpene da Naval Group; O Riachuelo recebeu modificações para atender as necessidades da MB, e desde que foi lançado ao mar, mesmo com a pandemia do Covid-19, seu programa de testes não parou.

O Defesa Aérea & Naval (DAN) já havia feito a cobertura da 1ª Imersão Estática, que pode ser vista clicando nos links que colocarei ao final deste artigo.

Nós aguardávamos com bastante ansiedade a 1ª Imersão Dinâmica do Riachuelo, pois, após os testes de propulsão realizados, mergulhar era o próximo passo.

Embarcamos no NPaOc Apa (P 121), onde fomos recebidos pelo seu comandante, Capitão de Fragata Luiz RICARDO Batista Ramalho, para acompanhar esse momento tão importante para o PROSUB. Suspendemos as 22 horas do dia 26 com o teste programado para o dia 27 pela manhã.


A fragata Constituição (F 42) e o Navio de Socorro Submarino NSS Guilhobel (K 120), estavam presentes na borda da área demarcada emitindo avisos para que nenhum navio adentrasse a área do teste.

Evidentemente, para um primeiro mergulho, por questões de segurança, muitos detalhes precisam ser checados e rechecados, o que acabou mudando a imersão para o início da tarde, o que para nós, não alterou em nada pois estávamos todos na expectativa do mergulho.

O comandante do Riachuelo, CF Edson do VALE Freitas, pediu que nosso navio ficasse há uma distância de 3.000 jardas (2.734 metros), por questões de segurança. Por esta razão, nossas imagens não possuem a proximidade que desejávamos, porém, entendemos perfeitamente suas razões e fizemos o nosso melhor.

Ás 14:59h o submarino já com todos os mastros recolhidos, a excessão do periscópio de ataque, deu início ao teste de imersão dinâmica. Com uma velocidade entre 7 e 8 nós, o Riachuelo começou a mergulhar lentamente, algo absolutamente normal para a 1ª vez.

Inicialmente o Riachuelo mergulhou e se manteve a cota de 7 metros, certamente verificando todos os sistemas antes de prosseguir na imersão. Em seguida, o submarino foi para a cota de periscópio e em seguida para 15 metros e nesse momento pelo rádio, pede para o NPaOc Apa saísse da área de testes, pois certamente o submarino iria realizar uma movimentação e seu comandante, com a devida precaução, precisa estar focado com o funcionamento de seu submarino.

Segundo a programação que nos foi passada, após a cota de 15 metros, o Riachuelo iria mergulhar até a cota de 55 metros, retornando a superfície as 19 horas, o que pela escuridão, não foi possível fazer o registro com imagens.

 Ficamos na expectativa de tentar no dia seguinte, a captura de mais imagens da segunda imersão, porém, o submarino nos informou que ela ocorreria as 4 horas da manhã, impossibilitando a captura de imagens. Com o retorno a superfície e encerramento do teste por volta das 13 horas, o comandante do Apa decidiu retornar a BNRJ.
 
Para nós, foi um momento histórico poder presenciar o 1º mergulho com propulsão do Riachuelo, um passo importante para a próxima fase dos testes antes de seu comissionamento pela Marinha do Brasil. Agora é aguardar os testes com o novíssimo torpedo pesado F21 (o mesmo usado pelo submarino francês Suffren da classe Barracuda), e na sequência o lançamento do míssil SM-39 Exocet.

Deixamos aqui o nosso “Bravo Zulu” a toda a tripulação do submarino Riachuelo pelo sucesso de seu 1º mergulho autopropulsado.

 :arrow:  https://www.defesaaereanaval.com.br/naval/submarino-riachuelo-s-40-realiza-com-sucesso-o-teste-de-imersao-dinamica







 
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB
« Responder #85 em: Dezembro 03, 2020, 02:07:47 pm »
As imagens do 1° teste de imersão dinâmica do Submarino Riachuelo S-40


O Riachuelo realizou mais uma importante missão com sucesso. O primeiro submarino Scorpène fabricado no Brasil atingiu sua profundidade de manobra! Esse êxito resulta de mais uma década de cooperação e transferência de tecnologia entre a Marinha do Brasil, a ICN e o Naval Group.

Aguarde em Dezembro, o lançamento do Humaitá e a integração final do Submarino Tonelero, o 2º e 3º submarinos do PROSUB. Scorpene da série Prosub.

 :arrow: https://www.defesa.tv.br/as-images-do-1-teste-de-imersao-dinamica-do-submarino-riachuelo-s-40/



 

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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (SSK/SSN) - PROSUB
« Responder #87 em: Dezembro 03, 2020, 02:54:05 pm »
Brasil lançará ao mar segundo submarino da nova classe


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Objetivo é controle da faixa litorânea conhecida como Amazônia Azul

O Brasil lançará ao mar o próximo submarino da nova classe Riachuelo, garantindo maior controle sobre a faixa litorânea conhecida como Amazônia Azul. A cerimônia que marcará o início das atividades de teste do submarino Humaitá ocorrerá no próximo dia 11.

O Humaitá é o segundo da classe, fruto da cooperação tecnológica com a França, que já lançou ao mar o submarino Riachuelo, este em fase de testes finais, com vistas a ser entregue para operação à Marinha em 2021, quando estará armado e pronto para cumprir suas missões.

No total, estão planejados quatro submarinos do tipo convencional, movidos à bateria, recarregadas por motor a diesel.

Marinha faz últimos ajustes no submarino Humaitá no Complexo Naval e Industrial de Itaguaí (CNI) - Tomaz Silva/Agência Brasil

Futuramente, seguindo o planejamento atual, o Brasil contará com um submarino com propulsão nuclear, em 2033, batizado de Álvaro Alberto, em homenagem ao almirante que foi um dos grandes incentivadores do programa nuclear da Marinha, idealizador e primeiro presidente do atual Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq). O início da construção do submarino nuclear está previsto para o segundo semestre de 2022.

Os submarinos convencionais têm uma capacidade operativa de até 80 dias no mar, podendo ficar submersos por até cinco dias, sem necessidade de vir à tona para influxo de ar aos motores a diesel, o que garante um grande raio de ação, podendo ir sem paradas, por exemplo, do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul. Já o nuclear poderá ficar submerso por um tempo muito maior, pois não precisa vir à tona para alimentar seu sistema de propulsão, que não depende de ar.

Marinha faz últimos ajustes no submarino Humaitá no Complexo Naval e Industrial de Itaguaí (CNI) - Tomaz Silva/Agência Brasil

Futuramente, seguindo o planejamento atual, o Brasil contará com um submarino com propulsão nuclear, em 2033, batizado de Álvaro Alberto, em homenagem ao almirante que foi um dos grandes incentivadores do programa nuclear da Marinha, idealizador e primeiro presidente do atual Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq). O início da construção do submarino nuclear está previsto para o segundo semestre de 2022.

Os submarinos convencionais têm uma capacidade operativa de até 80 dias no mar, podendo ficar submersos por até cinco dias, sem necessidade de vir à tona para influxo de ar aos motores a diesel, o que garante um grande raio de ação, podendo ir sem paradas, por exemplo, do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul. Já o nuclear poderá ficar submerso por um tempo muito maior, pois não precisa vir à tona para alimentar seu sistema de propulsão, que não depende de ar.

O contra-almirante André Martins, gerente de Infraestrutura Industrial do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), destacou que é fundamental ao Brasil resguardar a faixa da Amazônia Azul, por onde passam a maior parte do comércio marítimo nacional e onde estão localizadas as principais jazidas de petróleo do país.

“O Prosub está alcançando a etapa de lançamento de seu segundo submarino ao mar. Com isso, nós estamos cumprindo marcos do Prosub, com intenção de chegarmos ao nosso submarino nuclear brasileiro. Permitirá a renovação dos nossos submarinos, de modos a termos navios modernos, projetados com a presença de brasileiros e já operando em nossas águas nacionais”, disse o contra-almirante.

Segundo ele, somente 10 países em todo o mundo, incluindo o Brasil, fabricam submarinos convencionais. E apenas cinco países, atualmente, produzem submarinos nucleares, time ao qual o país irá se juntar dentro de mais alguns anos: “nossos submarinos contribuem com a defesa nacional, permitindo que o Brasil preserve suas riquezas e seu mar territorial”.

O contra-almirante destacou também que o programa Prosub gera um grande número de empregos, em toda sua cadeia de produção, além de garantir um arrasto tecnológico importante, formando gerações de engenheiros e especialistas na construção de submarinos ao longo dos anos. São cerca de 700 empresas envolvidas, na produção dos mais variados componentes, com 300 projetistas na fase atual, devendo chegar a 600 no auge do programa, em um total de 1,9 mil funcionários ligados à empresa Itaguaí Construções Navais (ICN).

Marinha trabalha na construção do submarino Toneleiro no Complexo Naval e Industrial de Itaguaí (CNI) - Tomaz Silva/Agência Brasil

Tonelero e Angostura

Na mesma cerimônia que marcará o lançamento ao mar do Humaitá, ocorrerá a integração das seções do submarino Tonelero, que será o terceiro da série, com previsão de lançamento para dezembro de 2021, seguido pelo último convencional, o Angostura, planejado para ser lançado em dezembro de 2022.

O valor total estimado pela Marinha para os quatro submarinos convencionais é de 100 milhões de euros, o equivalente a R$ 630 milhões em câmbio atual. Os quatro somados equivalem ao mesmo valor orçado para o submarino movido por energia nuclear, também 100 milhões de euros.

O projeto dos submarinos convencionais brasileiros é baseado no modelo francês Scorpene, porém a versão nacional é maior. Enquanto o Scorpene mede 66,4 metros (m), com 1.717 toneladas, os submarinos brasileiros têm 71,6 m, com 1.870 toneladas, acomodando uma tripulação de 35 militares e com um raio de alcance maior, dadas as dimensões continentais do Brasil.

O Prosub foi lançado em 2008 e contempla, além dos submarinos, a construção de um complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação, o Complexo Naval e Industrial de Itaguaí (CNI), que engloba o Estaleiro de Construção (ESC) e o Estaleiro de Manutenção (ESM), a Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM), o Complexo de Manutenção Especializada (CME) e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no município de Itaguaí, região metropolitana do Rio.

Atualmente, o Brasil conta com quatro submarinos da classe Tupi (Tupi, Tamoio, Timbira, Tapajó), um da série Tikuna e o Riachuelo, totalizando seis navios desse tipo. O Humaitá será o sétimo, mas estará operando apenas em fase de testes iniciais.

Marinha faz últimos ajustes no submarino Humaitá no Complexo Naval e Industrial de Itaguaí (CNI)- Tomaz Silva/Agência Brasil

 

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« Responder #88 em: Dezembro 06, 2020, 10:06:54 pm »
Brazilian Navy Approves Preliminary Design of Future Nuclear-Powered Attack Submarine (SSN)


On November 26, the Brazilian Navy (Marinha do Brasil) took a significant step in the process of obtaining the first conventional nuclear-powered submarine (SN-BR), the main object of the Submarine Program (PROSUB), by signing the Approval of the Bases of the Preliminary Project. The event took place at the Steel Structures Manufacturing Unit at the Itaguaí Naval Complex. To contextualize the importance of this act, it should be mentioned that the Navy Commander, through Ordinance No. 332, of November 16, 2020, created the charge of Naval Authority for Nuclear Safety and Quality (ANSNQ), designating the Director-General of Nuclear and Technological Development of the Brazilian Navy, Squadron Admiral Marcos Sampaio Olsen, to exercise it, concurrently with the other tasks under his responsibility.

The Brazilian Navy modernization program plans the development and construction of six nuclear attack submarines, as part of the national defense strategy that says that any effort to build or acquire nuclear submarines will be to develop strategic deterrence capability against “any hostile force” to the national land or sea territory. Brazil says that its future nuclear powered submarines capacity will serve as a “peaceful deterrent” and not “a weapon of war”. The Brazilian submarine Álvaro Alberto is a nuclear-powered attack submarine (SSN) under construction for the Brazilian Navy, by the Itaguaí Construções Navais (ICN). The construction is part of the strategic partnership signed between France and Brazil in 2008, which also included the total transfer of technology and support for the construction of four enlarged conventionally-powered Scorpène-class submarines.

Brazilian Navy Approves Preliminary Design of Future Nuclear-Powered Attack Submarine (SSN)

Álvaro Alberto has many similarities to his conventional successor of the Scorpène class. The first Brazilian nuclear submarine will have a beam of 9.8 m (32 ft) to accommodate the pressurized water nuclear reactor (PWR). Its 100 m (330 ft) length and 6,000-ton displacement will be propelled by a 48 MW (64,000 hp) turbo-charged propulsion system.[26] The submarine will be able to carry torpedoes, anti-ship and cruise missiles, and naval mines in six torpedo tubes. The namesake of the submarine will be a tribute to the Brazilian Navy vice admiral and scientist Álvaro Alberto da Mota e Silva, who is primarily responsible for the implementation of the Brazilian Nuclear Program. He was also Brazil’s representative on the UN Atomic Energy Commission (UNAEC) and President of Brazilian Academy of Sciences for two terms, from 1935–1937 and 1949–1951.

Brazil is the seventh country in the world, and the first in Latin America and the Southern Hemisphere, to acquire the technology for the construction of nuclear submarines. The country adopts the policy of “no first use”, also understands that with its future fleet, at least some of its weapons will be able to survive the first strike (nuclear or non-nuclear) of an enemy and prevent further attempts at aggression. Another main reason is the defense of the so-called Blue Amazon (Portuguese: A Amazônia Azul), a resource-rich area covering about 4,500,000 km2 (1,700,000 sq mi) off the Brazilian coast. This area is the country’s exclusive economic zone, home to a huge diversity of marine species, valuable metallic minerals and other mineral resources, petroleum, and the world’s second largest rare-earth reserve.

 :arrow:  https://militaryleak.com/2020/12/05/brazilian-navy-approves-preliminary-design-of-future-nuclear-powered-attack-submarine-ssn/
 

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« Responder #89 em: Dezembro 06, 2020, 10:13:45 pm »
Marinha aprova projeto preliminar do submarino com propulsão nuclear

Visão em corte simplificada do SN-BR. futuro submarino brasileiro com propulsão nuclear

Em 26 de novembro, a Marinha deu um passo significativo no processo de obtenção do primeiro submarino convencional com propulsão nuclear (SN-BR), objeto precípuo do Programa de Submarinos (PROSUB), mediante a assinatura da Aprovação das Bases do Projeto Preliminar (ABPP). O evento ocorreu na Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, no Complexo Naval de Itaguaí.

Para contextualizar a importância desse ato, convém mencionar que o Comandante da Marinha, por meio da Portaria nº 332, de 16 de novembro de 2020, criou o encargo de Autoridade Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (ANSNQ), designando o Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, para exercê-lo, concomitantemente com as demais tarefas sob sua incumbência.

Esse documento normativo também institui a estrutura daquela Autoridade, que tem por tarefa a promoção do licenciamento e da fiscalização dos meios navais, de suas plantas nucleares embarcadas para propulsão, além do transporte de seu combustível nuclear.


O evento representa o passo inicial para o processo de licenciamento de projeto e do processo construtivo do SN-BR. O Almirante Olsen, investido da competência a ele delegada como Autoridade Naval de Segurança Nuclear e Qualidade, ressaltou a importância desse marco estratégico, que contribui direta e indiretamente para uma iniciativa pioneira, de importância histórica, por expressar de forma concreta o trato dedicado e criterioso da Marinha com a segurança de suas tripulações, do meio ambiente e da sociedade em geral, atributo indissociável do meio naval estratégico que materializará um dos mais relevantes bastiões de Defesa da Amazônia Azul.

Para que a ABPP se concretizasse, a Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (AgNSNQ) elaborou uma nota técnica recomendando a aprovação à ANSNQ, precedida por um minucioso exame e aprimoramentos em documentos técnicos que foram encaminhados pela Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, com apoio do Centro de Desenvolvimento de Submarinos e da Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha, Organizações Militares apensadas na estrutura orgânica da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha.

A AgNSNQ consuma o primeiro Ato formal na qualidade de órgão técnico assessor independente e executor das atribuições da ANSNQ, consolidando a importância estratégica de sua criação. Como organização militar licenciadora e fiscalizadora de sistemas de propulsão nucleares embarcados, a ela cabe integrar a segurança naval da plataforma à segurança da planta nuclear.


FONTE: Marinha do Brasil

NOTA DO EDITOR: A Marinha mudou a denominação do submarino de propusão nuclear para “submarino convencional com propulsão nuclear”, querendo enfatizar que o submarino não levará armas nucleares. Mas a mudança causa confusão porque é contrária à denominação nas outras Marinhas, onde submarino convencional significa uma unidade com propulsão diesel-elétrica.

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